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Heróis de Angola ao preço da Avenida da Liberdade - Jornal de Leiria

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20 | 16 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2009 | SOCIEDADE | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA || D o s l e i t o r e s |DRFigueiró dos VinhosA políticae o carreirismo<strong>de</strong> Carlos LopesFoi recebi<strong>da</strong> com <strong>de</strong>sagrado,pelos socialistas e figueiroensesem geral, a notícia publica<strong>da</strong> numsemanário do distrito, em que oocupante <strong>da</strong> secção local do PS,Carlos Lopes, anunciava ser candi<strong>da</strong>toà presidência <strong>da</strong> CâmaraMunicipal <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhosnas próximas eleições autárquicas.Os figueiroenses não esquecemque tal indivíduo foi o causadorprincipal <strong>da</strong> <strong>de</strong>rrota sofri<strong>da</strong>pelos socialistas, nas eleiçõesem 2005, on<strong>de</strong> o Dr. FernandoManata, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 16 anos napresidência <strong>da</strong> Câmara Municipal,<strong>de</strong>ixou por todo o concelhoobra feita, com equipamentos emto<strong>da</strong>s as áreas sociais, saú<strong>de</strong>, cultura,recreio e <strong>de</strong>sporto e, por issomesmo, os figueiroenses têm umdívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> gratidão para com oDr. Manata, que, como é lógico,em comunicado publicado nacomunicação social, já se <strong>de</strong>marcou,não apoiando em na<strong>da</strong> CarlosLopes.Mais ain<strong>da</strong>, Carlos Lopes comochefe <strong>de</strong> Divisão Financeira eAdministrativa na Câmara Municipale dirigente do PS local, estáenvolvido como arguido numprocesso <strong>de</strong> suspeitas <strong>de</strong> corrupção,peculato, abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r efinanciamento partidário ilegal,a correr os trâmites no TribunalCentral <strong>de</strong> Instrução Criminal,em resultado <strong>da</strong>s buscas efectua<strong>da</strong>sna sua residência e secretaria<strong>da</strong> Câmara Municipal, em6 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2006, por briga<strong>da</strong>s<strong>de</strong> inspectores <strong>da</strong> Polícia Judiciária<strong>da</strong> Direcção Central <strong>de</strong>Investigação <strong>da</strong> Corrupção e Criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>Económica e Financeira,motivo pelo qual só seenten<strong>de</strong> esta toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posição<strong>de</strong> Carlos Lopes como mais uma<strong>da</strong>s suas habituais “brinca<strong>de</strong>iras”<strong>de</strong> muito mau gosto.Eu próprio, como filiado fun<strong>da</strong>dornacional do Partido Socialista,admira-me como as estruturasdo partido ain<strong>da</strong> mantêmnas suas fileiras Carlos Lopes,pela má imagem que este temprestado <strong>ao</strong> PS, como dirigentedistrital e ocupante <strong>da</strong> secçãolocal. ■Victor Camoezas,Figueiró dos VinhosFisco <strong>de</strong>ixacaducar3,7 milhões<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> IVASegundo mais um oportuno trabalhojornalístico do Público, <strong>de</strong> 6<strong>de</strong> Abril, ficámos com bastante perplexi<strong>da</strong><strong>de</strong>a saber que a administraçãofiscal <strong>de</strong>ixou caducar (e nãoprescrever) 3,7 milhões <strong>de</strong> euros<strong>de</strong> correcções <strong>ao</strong> IVA, que a bancaportuguesa <strong>de</strong>veria pagar. E, talcomo já disse, estamos em presença<strong>de</strong> caduci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e não <strong>de</strong> prescrições.São dois conceitos que sãomuitas vezes confundidos (comoé agora o caso), por terem semelhanças,mas que se distinguem eque em termos legais são diferentes.Sem entrar em pormenores diferenciadoresexplicativos, na caduci<strong>da</strong><strong>de</strong>não há processo <strong>de</strong> execuçãofiscal e o prazo para o fiscolançar ou corrigir a tributação é <strong>de</strong>quatro anos, sendo por isso umprocesso tipicamente administrativo.Por outro lado, na prescriçãojá há processo <strong>de</strong> execução fiscal,o prazo é <strong>de</strong> oito anos e o processojá não é administrativo, tendoantes natureza judicial e <strong>ao</strong> qualo contribuinte só se po<strong>de</strong> opor emtribunal (vejam-se atigos 45º., 48º.e 103º. <strong>da</strong> Lei Geral Tributária).Indo à substância <strong>da</strong> questão,é preciso em primeiro lugar dizerque este problema <strong>da</strong>s caduci<strong>da</strong><strong>de</strong>s,em geral e não especificamenteno sector financeiro, é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> hámuito, um dos mais graves problemas<strong>da</strong> administração fiscal.Como mo<strong>de</strong>sto ex-responsável,(ex-chefe adjunto), posso, to<strong>da</strong>via,com to<strong>da</strong> a segurança afirmar, que,infelizmente para o princípio doano que vem, mais uma vez, iremoslamentar a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> mais unsmilhões, que caducarão no finaldo corrente ano <strong>de</strong> 2009. An<strong>de</strong>ianos a clamar contra esse flagelo<strong>de</strong> ineficácia dos serviços e nuncaninguém responsável me quisouvir. Suspeito, aliás, como já tiveocasião <strong>de</strong> dizer, que o problema<strong>da</strong>s imensas caduci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, não foi,nem é resolvido (nem parcialmente)porque é, também aqui que, paraalguns, está a sua “galinha dosovos <strong>de</strong> ouro”, do dinheiro fácil,que se negoceia com alguns contribuintes.Se no passado, <strong>da</strong><strong>da</strong> a incipienteinformatização dos serviços erapossível culpabilizar, quase exclusivamente,as repartições <strong>de</strong> finançaspor esta <strong>de</strong>ficiência operacional,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> há anos que havendoum controle, em tempo real, porparte <strong>da</strong>s direcções distritais <strong>de</strong>finanças, é aí, nas pessoas dos directores,que resi<strong>de</strong> a maior responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,por esta intolerável situação.Com o aproximar do final <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> ano, sistematicamente, “chovem”nas repartições exigências<strong>de</strong> notificações, que se não são feitas<strong>ao</strong>s contribuintes, relativas amatéria colectável corrigi<strong>da</strong> pelaInspecção Tributária, <strong>de</strong>terminarãoa caduci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas correcções.O problema está há muito<strong>de</strong>tectado e nem os responsáveispolíticos, nem os superiores dirigentes<strong>da</strong> administração fiscal oquiseram até agora resolver.Dizer-se, como diz o Ministério<strong>da</strong>s Finanças, que há falta <strong>de</strong>recursos humanos bem preparadostecnicamente para fazer to<strong>da</strong>sas correcções recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelaInspecção Geral <strong>de</strong> Finanças oufalta <strong>de</strong> recursos, também humanos,nas Repartições para fazer<strong>de</strong>pois as necessárias notificaçõespara evitar as caduci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, dá-mevonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> rir. Disse vezes semconta, enquanto funcionário e sindicalistanos Impostos, que o investimentona administração fiscal é,certamente, o investimento maisrentável que o Estado po<strong>de</strong>ria fazerpara se financiar. Os responsáveisouviram-me, mas fingiram não meouvir, alguns talvez porque lhesnão convinha.Por outro lado, isto prova quea “máquina fiscal” funciona bemcontra o pequeno e médio contribuinte,geralmente o ci<strong>da</strong>dão comume mal (talvez não inocentemente)para cobrar o que <strong>de</strong>via <strong>ao</strong>s gran<strong>de</strong>scontribuintes, para quem a cargafiscal é, proporcionalmente, bemmais leve do que para o vulgarci<strong>da</strong>dãoFinalmente, sou dos poucos quenunca apoiei a i<strong>da</strong> <strong>de</strong> Paulo Macedopara Director-Geral dos Impostos,por ser um quadro <strong>da</strong> bancapriva<strong>da</strong>. Nem o elogiei gratuitamentena sua acção. Esta falta <strong>de</strong>operacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> inspecção tributáriano sector financeiro e, sobretudobancário, não será, em gran<strong>de</strong>parte, <strong>de</strong> sua responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>?Fernando António <strong>da</strong> CostaRocha(Ex-vice presi<strong>de</strong>nte do Sindicatodos Trabalhadores dosImpostos) Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> RainhaRectificaçãoNo texto com o título “Tribunalretira acusação <strong>de</strong> burla qualifica<strong>da</strong>”,publicado na edição <strong>da</strong>semana passa<strong>da</strong>, o JORNAL DELEIRIA escreveu que o colectivo<strong>de</strong> juizes retirou a acusação <strong>de</strong>burla qualifica<strong>da</strong> <strong>ao</strong> professorque é arguido no processo <strong>de</strong>receitas médicas falsas, a <strong>de</strong>correrno Tribunal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>pois<strong>de</strong>ste ter pago o valor total <strong>da</strong>in<strong>de</strong>mnização pedi<strong>da</strong>. No entanto,foi o funcionário <strong>da</strong> farmácia,cujo advogado é Vítor Faria,que pagou a in<strong>de</strong>minização, peloque lhe foi retira<strong>da</strong> a acusação<strong>de</strong> burla qualifica<strong>da</strong>. Este arguidomantém as acusações dos crimes<strong>de</strong> falsificação <strong>de</strong> documentose corrupção activa. O professore o proprietário <strong>da</strong> farmácia, tambémarguidos neste processo, sãoacusados dos crimes <strong>de</strong> falsificação<strong>de</strong> documentos e burlaqualifica<strong>da</strong>. Ain<strong>da</strong> no mesmotexto, clarifica-se que o últimoparágrafo foi retirado do <strong>de</strong>spacho<strong>de</strong> acusação do MinistérioPúblico, pelo que a citação <strong>de</strong>veriaencontrar-se entre aspas. Aosvisados e <strong>ao</strong>s leitores as nossas<strong>de</strong>sculpas. ■Capelas imperfeitasno Mosteiro <strong>da</strong> BatalhaHá que acrescentar que as po<strong>da</strong>s dos platanus também não sãonenhuma perfeição. Pelo contrário, são ambiental e tecnicamenteimperfeitas. Incorrectas, inadmissíveis. Só se po<strong>de</strong> tolerar parcialmenteum argumento <strong>de</strong> peso. O facto <strong>de</strong>stes platanus terem sidoplantados num local e <strong>de</strong> forma a que, em poucos anos, ficariam,irremediavelmente, a tapar a vista sobre um dos mais espectacularesmonumentos do mundo. Mas, assim como não se estropia um serhumano só porque é <strong>de</strong>masiado alto e gordo e está a tapar a vista<strong>da</strong>s pessoas que estão à sua frente para ver um espectáculo raro ebelo, também se <strong>de</strong>via ter tido a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> atenção quando os platanusforam plantados naquele local. O Mosteiro <strong>da</strong> Batalha já lá estava hámuito tempo, <strong>de</strong> certeza absoluta!...De qualquer modo: Há algum monumento mais importanteque a natureza? É com mágoa que envio esta nota. A revolta nãoé só minha. ■António Nuneshttp://dispersamente.blogspot.com/2009/04A Direcção do JORNAL DE LEIRIA recebe com agrado para publicação a correspondência dos leitores que tratem questões <strong>de</strong> interesse público (direcc<strong>ao</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes <strong>da</strong>s Cartas <strong>ao</strong> Director <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, publica<strong>da</strong>s nesta secção

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