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A forma de manusear e seuscui<strong>da</strong>dos específicos, bem como o‘comportamento’ dentro do site docliente são determinantes para osucesso <strong>da</strong> parceria. Há que se ter umasimbiose entre as filosofias de gestão,para que a integração <strong>da</strong>s pessoas nomesmo ambiente pareça natural e que orespeito pelos conhecimentos de ca<strong>da</strong>parte possa ser traduzido em resultadospara as duas empresas envolvi<strong>da</strong>s”,opina.Para Bacelar, <strong>da</strong> ID, a especializaçãoé essencial para que os operadorespossam buscar melhorias para asoperações de seus clientes – benchmarké uma ferramenta de extremo valor.Falando em especialização, Miriam,<strong>da</strong> Célere, questiona: quantas vezes jáouvimos a frase “é melhor procurar umespecialista”? Ela afirma não ter na<strong>da</strong>contra os generalistas, muito pelocontrário, segundo ela, eles continuamtendo papel importante em muitoscasos, inclusive ao reconhecer anecessi<strong>da</strong>de de indicar um especialista.Miriam compara a situação com osegmento médico: “o clínico geralexerce papel muito importante. Mas, porexemplo, em casos de fraturas, énecessário procurar um ortopedista. Emais, se, por exemplo, alguém tem umligamento <strong>da</strong> mão rompido numacidente, pode ser necessário consultarum ortopedista especializado em mão. E,se possível, de uma instituição de ponta(Einstein, Sírio, etc.).Para Miriam, a empresa especialistaprecisa de pessoas especializa<strong>da</strong>s paraconstruir sua experiência. E incentivaconstantemente a capaci<strong>da</strong>de deinovação para alcançar novos campos deação, oferecendo algo que as outrasempresas não conseguem oferecer.Mercado de intralogísticadeve se consoli<strong>da</strong>r no BrasilOperações necessitamde melhorias contínuasPetroquímicoé um dossetores que maisutilizamPartindo do princípio que aintralogística é a responsável pelaestocagem e controle dos fluxos dematérias, Macedo, <strong>da</strong> Mestra Log,considera que todos os segmentos têmpotencial e possibili<strong>da</strong>de de desenvolvimentopara o gerenciamento e controledestes fluxos. “Com isso, os custos demovimentação de materiais tendem aser reduzidos, principalmente quando asferramentas para movimentação earmazenagem são aplica<strong>da</strong>s de maneiraeficiente, atacando os pontos doprocesso em que há desperdícios derecursos e longos prazos paraatendimento”, expõe.De acordo com Bacelar, <strong>da</strong> ID, aintralogística é mais utiliza<strong>da</strong> pelossegmentos de varejo, varejo especializado,alimentício, automobilístico epetroquímico. Isso devido à necessi<strong>da</strong>dede ato nível de produtivi<strong>da</strong>de, proximi<strong>da</strong>de,flexibili<strong>da</strong>de, reativi<strong>da</strong>de e agili<strong>da</strong>de.“Dessa forma, agregamos valor àsoperações de nossos clientes e podemosimplantar novi<strong>da</strong>des tecnológicas, poisas operações necessitam de constantesevoluções, ou seja, melhoriascontínuas”, diz.Por sua vez, Miriam, <strong>da</strong> Célere,acredita que são vários os segmentos eque há uma grande expansão em setorescomo o de cosméticos, papel e celulose,automotivos, atacadista e eletroeletrônicos.“São empresas com movimentaçãointerna de grande volume em suasplantas, que precisam otimizar osserviços com ganho de produtivi<strong>da</strong>de ecuja rotina ultrapassa o transporte demercadorias ou matéria-prima, necessitandode uma inteligência na gestão queresulte em uma operação mais ágil,dinâmica, produtiva e com custosreduzidos”, conta.Murta, <strong>da</strong> Abrange, acrescenta queos segmentos que mais utilizam osserviços de intralogística são aquelesque têm os maiores percentuais decustos logísticos sobre o faturamento,como bebi<strong>da</strong>s, alimentos, celulose epapel. “Os principais motivos <strong>da</strong>sempresas ao buscarem a terceirizaçãoain<strong>da</strong> são reduzir custos internos, reduzirativos, focar em core business e ganharflexibili<strong>da</strong>de”.Já Ribeiro, também <strong>da</strong> Abrange,relata que nas indústrias dos maisdiversos segmentos, os serviços deintralogística já estão bem difundidos,em especial em empresas que necessitamde uma distribuição mais eficientepara atendimento do varejo em nívelnacional. “Nesses casos, uma operaçãode transporte, armazenagem e distribuiçãobem planeja<strong>da</strong>, com custoscontrolados e projeto inovador, é o queacaba fazendo a diferença sobre aconcorrência”.Segundo crê Bravo, <strong>da</strong> Ultracargo, ossetores de bens de consumo, químico epetroquímico estão na vanguar<strong>da</strong> destenegócio, no Brasil. “As razões que vejoestão relaciona<strong>da</strong>s às necessi<strong>da</strong>des deposicionamento no mercado de seusprodutos. O segmento de bens deconsumo, de maneira geral, possui umaconcorrência acirra<strong>da</strong> que exige, além decustos competitivos, agili<strong>da</strong>de, disponibili<strong>da</strong>deem hora e locais definidos econtroles de shelf-life”, diz, complementandoque estas características donegócio, quando compartilha<strong>da</strong>s com oOL, possibilitam ao produtor gerir seunegócio focado em produção, comercialização,marketing e análises dedeman<strong>da</strong>. Para Bravo, há aí um claroganho nos custos totais, principalmentepelo compartilhamento dos investimentosde ca<strong>da</strong> parte. “O operador, nestecaso, investe em tecnologia de gestãocom softwares e hardware, armazéns,equipamentos de movimentação etransporte, além de treinamentoexaustivo de seus colaboradores,deixando o produtor com investimentosbasicamente voltados para a linha deprodução e marketing”.No caso dos petroquímicos, contaque estas ativi<strong>da</strong>des começaram e serexplora<strong>da</strong>s no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 90,quando do movimento de abertura dopaís. “Resinas plásticas estavam sendoimporta<strong>da</strong>s e disponibiliza<strong>da</strong>s nomercado interno, e nossos produtoresestavam ain<strong>da</strong> com pesa<strong>da</strong>s estruturasde custo fixo oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s práticas depreços ‘cipados’. Houve neste momentoum grande movimento de terceirização,objetivando redução de custos para fazerfrente ao produto importado. Desdeentão, o modelo de terceirização foisendo aperfeiçoado e tornando-se umelemento fun<strong>da</strong>mental ao negócio deresinas petroquímicas, pelas práticas deexcelência em serviços e com os
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