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Revista Sebrae Agronegócios : inovação no campo

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Morro da CutiaÓleo de cozinha usadoabastece veículos <strong>no</strong>Rio Grande do SulSérgio AlbertoAGROENERGIAONG Morro da Cutia desenvolve tec<strong>no</strong>logia social que evitao descarte do produto <strong>no</strong> meio ambiente e cria alternativabarata e ambientalmente sustentável de geração de energia.Projeto recebeu prêmio da Fundação Banco do Brasil em 2007Aorganização não-governamentalgaúcha Morro da Cutiaestá implantando, na cidadede Montenegro, a 70 quilômetrosde Porto Alegre, uma i<strong>no</strong>vadoratec<strong>no</strong>logia social <strong>no</strong> <strong>campo</strong>da agroenergia. A ONG desenvolveuum projeto que adapta motores parautilizarem óleo vegetal já usado emfrituras, evitando o descarte <strong>no</strong> meioambiente e criando uma alternativabarata e ambientalmente sustentávelde geração de energia. O combustívelestá sendo utilizado em carros, tratorese caminhões de agricultores filiadosa cooperativas do local.“O desti<strong>no</strong> do óleo de cozinha descartado<strong>no</strong>s restaurantes e nas casas defamília é uma séria preocupação ambiental.Quando ele vai para o ralo dapia, entope a tubulação e pode causarsérios problemas <strong>no</strong>s sistemas de esgotoe <strong>no</strong>s mananciais hídricos”, informaPaulo Lenhardt, diretor da Morro daCutia e criador da tec<strong>no</strong>logia. “É precisotirá-lo da natureza. Estima-se que odescarte seja de um litro por mês paracada pessoa”, afirma.Os óleos vegetais, de acordo comLenhardt, são excelentes combustíveis.Segundo informações da Morro daCutia, combustíveis de óleos vegetaisnão contribuem para o efeito estufa,podem ser produzidos em praticamentequalquer canto do planeta e são 30%mais baratos e 50% a 70% mais limposque o biodiesel. Além disso, podem serfeitos por peque<strong>no</strong>s produtores, sãomais econômicos, têm propriedades lubrificantesque podem aumentar a vidaútil do motor e ajudam a preservar omeio ambiente.“Nosso veículo-piloto, uma camioneteS10, já rodou mais de 100 milquilômetros com óleo vegetal, semnenhum tipo de da<strong>no</strong> ao motor ou aoutro componente”, conta Lenhardt.A Pasteleira, como ficou conhecido oveículo, já eco<strong>no</strong>mizou R$ 20 mil emcombustível para a organização e evitouque mais de 10 mil litros de óleo decozinha fossem parar <strong>no</strong> esgoto.Os veículos que utilizam óleo usadoem frituras precisam ser adaptados esão bicombustíveis. São dois tanques,um para esse combustível e outro para“O desti<strong>no</strong> do óleo decozinha descartado <strong>no</strong>srestaurantes e nas casasde família é uma sériapreocupação ambiental.Quando vai para oralo da pia, entope atubulação e pode causarsérios problemas”Paulo LenhardtA tec<strong>no</strong>logia foi criada por PauloLenhardt, diretor da Morro da Cutiadiesel. O kit de adaptação, feito apenascom peças nacionais, foi criado combase em um modelo <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong>,doado pela Permacultura America Latina(PAL). Os interessados podem adquiri-lodiretamente com a Morro da Cutia.Para ser utilizado como combustível,o óleo de fritura é filtrado e depoisaquecido a 90 graus, para que tenha aviscosidade reduzida para níveis similaresao do diesel e possa ser aceito peloveículo. Após o uso, é preciso manter omotor funcionando com diesel para limpara máquina, pois o óleo vegetal, apósresfriado, tem sua densidade e viscosidadeaumentadas, o que pode prejudicaro funcionamento do motor. A mudançaé feita de forma automática, como emqualquer motor flexível, como os queusam gás e combustível líquido.O óleo de cozinha usado é recolhidoem 15 a 20 estabelecimentos comer-44 <strong>Sebrae</strong> Agronegócios

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