Salva TerraCertificação abre portas domercado exter<strong>no</strong> a produtores defrutas do Vale do São FranciscoCERTIFICAÇÃOAgência <strong>Sebrae</strong> de NotíciasDesde 2004, mais de 140 propriedades da região realizaram, comapoio do <strong>Sebrae</strong>, trabalho de adequação às exigências de países europeuse <strong>no</strong>rte-america<strong>no</strong>s em relação à qualidade e rastreabiliade de produtosOVale do São Francisco, comdestaque para os municípiosde Petrolina, em Pernambuco,e Juazeiro, na Bahia, éresponsável por 98% da exportaçãobrasileira de uvas, que tem como desti<strong>no</strong>sprincipais os Estados Unidos e aEuropa ocidental. O sucesso em mercadosconhecidos pela e<strong>no</strong>rme exigênciaem relação à qualidade e rastreabilidadedos produtos adquiridosé reflexo de um eficiente trabalho decertificação, que vem sendo realizadodesde 2004 com apoio do <strong>Sebrae</strong>.Na região, há 2,3 mil produtoresda fruta, alguns de grande porte, comárea superior a 20 mil hectares. Contudo,foi uma pequena fazenda, com apenas6,63 hectares, quem deu o pontapéinicial para o trabalho de certificação,que já inclui mais de 140 propriedades.A Salva Terra, localizada em Petrolina,foi a primeira fazenda produtoras deuvas <strong>no</strong> Brasil a ser certificada peloPIF-UVA, segundo critérios do InstitutoNacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial (Inmetro), e aprimeira pequena propriedade do Valedo São Francisco a receber certificaçãodo Eurepgap (atual Globalgap), exigidapela maior parte dos importado reseuropeus.Na região, há 2,3 mil produtores de uvas. Destes, 140 são certificadosEmpregos: 15 fixos e 50 durantea colheitaVolume de produção: 105,6toneladas em 2007Exportação: 100% da produção54 <strong>Sebrae</strong> Agronegócios
Segundo Giesta, é preciso incentivar maisprodutores da região a buscarem a certificaçãoPara este a<strong>no</strong>, o objetivo da Salva Terra éproduzir 165 toneladas da frutanalmente, como é o caso da Globalgap”,destaca.Em 2004, antes da certificação,a Salva Terra produziu 65 toneladasde uvas. Em 2007, a produção foi de105,6 toneladas. Para este a<strong>no</strong>, a meta“Nosso foco principal sempre foi aexportação e os mercados compradores,<strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, passaram a exigirdos fornecedores a rastreabilidadede seus produtos, de maneira a atestara conformidade, o cumprimento dedeterminadas técnicas e a preservaçãodo meio ambiente <strong>no</strong> processo produtivo”,afirma o engenheiro agrô<strong>no</strong>moMarcelo Giesta, proprietário da SalvaTerra. “E a melhor maneira de provarque cumprimos todos os pré-requisitosé por meio da certificação, do aval deuma empresa reconhecida internacioéchegar a 165 toneladas. Inglaterra,Estados Unidos e Canadá respondempor 90% das vendas da empresa, quetambém exporta para outros países europeus,como Alemanha, Áustria, Bélgica,Espanha, Holanda, Itália, Irlanda,Portugal, Noruega e Suécia. Ainda em2008, a empresa pretende iniciar vendaspara China, Japão e leste europeu.Para Giesta, o trabalho de certificaçãofoi iniciado para cumprir asexigências do mercado internacional,mas as vantagens para a propriedadeforam muito além. Ele destaca comoexemplos a melhoria doprocesso produtivo e daSérgio AlbertoAgência <strong>Sebrae</strong> de Notíciasqualidade do produto, aredução do uso de agroquímicos,maior qualificaçãodos funcionáriosenvolvidos na produção emelhor controle do investimentorealizado.“Com a adoção detécnicas que obedecema critérios de sustentabilidade,competitividadee segurança do alimento,conseguimos frutas dealta qualidade e produtividade”,conta Giesta. “Ea exigência de registrodocumental de todo oprocesso produtivo e dosresultados auxilia bastantenas tomadas de decisãoe, como conseqüência, nagestão do negócio. Commais organização, hámuito mais chance de umresultado econômico melhor”,destaca.Para se adequar àsexigências dos protoco losde certificação, informaGiesta, a Salva Terra precisouadaptar a infra-estruturafísica, implantar umsistema de sinalização na propriedade,realizar diversos cursos e capacitaçõespara adequar a mão-de-obra, elaborarum sistema de controle de cada umadas atividades e fazer análises químicase microbiológicas da água usada na“Com a adoçãode técnicas queobedecem a critériosde sustentabilidade,competitividade esegurança do alimento,conseguimos frutasde alta qualidade eprodutividade”Marcelo Giestairrigação e <strong>no</strong> consumo e <strong>no</strong>s resíduosde agrotóxicos nas frutas, entre outros.Segundo Giesta, o auxílio do <strong>Sebrae</strong>foi muito importante <strong>no</strong> processode certificação, tanto para a Salva Terraquanto para outros produtores de uvado Vale do São Francisco. “Foi um apoioessencial, tanto na adequação das propriedadesquanto na capacitação profissional”,ressalta o empresário. Alémdisso, várias propriedades contaramcom o Bônus Certificação, por meio doqual o <strong>Sebrae</strong> subsidia 50% dos custosda empresa certificadora, tanto <strong>no</strong> processoinicial como na manutenção <strong>no</strong>strês primeiros a<strong>no</strong>s.O número de fazendas produtorasde uva certificadas <strong>no</strong> Vale do SãoFrancisco tem aumentado a<strong>no</strong> a a<strong>no</strong>(32 em 2004, 59 em 2005, 94 em 2006e 141 em 2007), mas, segundo Giesta,ainda há muito espaço para crescer.“As fazendas com certificação representamum universo ainda peque<strong>no</strong> secomparado ao número de propriedadesexistentes <strong>no</strong> local”, avalia. “Estamostrabalhando para levar a certificaçãoaos demais produtores da região. Dessemodo, nós ganhamos em qualidadee escala e aumentamos bastante <strong>no</strong>ssacompetitividade <strong>no</strong> mercado internacional”,ressalta.Contatogiestamercelo@gmail.com(87) 3861-6164<strong>Sebrae</strong> Agronegócios 55