acessibilidade a atividades tais como escola, comércio, hospitais etc.Tal impacto afetatambém a via, uma vez que, tanto os veículos como os pedestres que se destinem à outramargem da via deverão cruzá-la, o que, principalmente no que diz respeito aos pedestres,será feito no ponto de acesso mais curto ao seu destino, ameaçan<strong>do</strong> assim a segurança.O tempo gasto pelas pessoas em transporte dentro de um veículo e no seudeslocamento a pé é igualmente importante. O tempo perdi<strong>do</strong> em congestionamentos,esperas ao longo <strong>do</strong> meio-fio <strong>para</strong> atravessar a via ou em outras situações, se caracterizacomo um retardamento. Partin<strong>do</strong> destas premissas, o critério <strong>para</strong> escolha <strong>do</strong> tipo detravessia é aquele que minimize o retardamento total de todas as pessoas afetadas pelaimplantação da travessia, sejam elas pedestres ou passageiros <strong>do</strong>s veículos trafegan<strong>do</strong>pelo local considera<strong>do</strong>.Mesmo nos casos de duplicação, ou criação de pistas laterais, esse impacto é verifica<strong>do</strong>,ocasionan<strong>do</strong> uma perda de acessibilidade, tanto maior quanto for a distância <strong>do</strong>sretornos, já ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> registra<strong>do</strong>s casos de grande redução no faturamento de pequenocomércio, chegan<strong>do</strong> a provocar a falência comercial em situações extremas.Para mitigação de tais impactos, recomenda-se consultar o <strong>Manual</strong> de Segurança dePedestres – DENATRAN – 1987, que se constitui em valiosa contribuição <strong>para</strong> osequacionamentos e soluções em especial, <strong>para</strong> a segurança no trânsito de pedestres,através da aplicação de meto<strong>do</strong>logias e técnicas <strong>para</strong> o tratamento <strong>do</strong>s dispositivosdestina<strong>do</strong>s ao aumento de segurança, em to<strong>do</strong>s os seus deslocamentos.Exemplos de dispositivos recomenda<strong>do</strong>s <strong>para</strong> a mitigação desses impactos:a) criar canais de acessibilidade (<strong>para</strong> veículos e pedestres), consideran<strong>do</strong>-se apossibilidade de rebaixamento da pista, manten<strong>do</strong>-se na superfície o acesso a ambasas margens da ro<strong>do</strong>via. Esta seria a solução ideal por anular não só o impacto dasegregação urbana como o <strong>do</strong>s acessos indevi<strong>do</strong>s, de intrusão visual, mitigan<strong>do</strong> aindaos produzi<strong>do</strong>s por ruí<strong>do</strong>s e vibrações;b) na impossibilidade de rebaixamento da pista, por motivos técnicos ou falta derecursos, tais canais deverão ser cria<strong>do</strong>s pela utilização de semáforos, passagensinferiores ou passarelas.48
494.5 INTRUSÃO VISUALO impedimento da visualização, parcial ou total, da paisagem urbana, ou a visualizaçãode paisagem esteticamente desagradável, caracteriza a intrusão visual. Tal impacto,quan<strong>do</strong> provoca<strong>do</strong> pela presença da ro<strong>do</strong>via e seus equipamentos (postes, placas desinalização, etc.), afeta negativamente as áreas lindeiras desvalorizan<strong>do</strong>-as.Neste caso, mesmo tratan<strong>do</strong>-se de uma adversidade que não interfere com a via, esteimpacto deve ser motivo de preocupação <strong>do</strong> órgão ro<strong>do</strong>viário, recomendan<strong>do</strong>-se <strong>para</strong> suamitigação algumas medidas que se seguem:a) propor projetos de engenharia esteticamente adequa<strong>do</strong>s à paisagem urbana;b) criar faixas de <strong>do</strong>mínio em função <strong>do</strong> grau de obstrução visual;c) utilização de vegetação e;d) considerar o desenho e aparência <strong>do</strong>s equipamentos complementares à via, tais comoplacas, semáforos, etc.Nas travessias urba<strong>nas</strong> e ao longo das ro<strong>do</strong>vias, além de se promover a satisfação deseus usuários e a preservação da beleza natural, através da proteção e melhoramento <strong>do</strong>seu caráter visual, e tratamento cênico da<strong>do</strong> às áreas lindeiras interfere diretamente <strong>nas</strong>ua segurança. Estu<strong>do</strong>s técnicos realiza<strong>do</strong>s com a finalidade de aumentar o nível desegurança ro<strong>do</strong>viária mostram que as percepções <strong>do</strong> motorista, seus reflexos, enfim, seucomportamento, está intimamente condiciona<strong>do</strong> às vizinhanças da ro<strong>do</strong>via e seu traça<strong>do</strong>.4.6 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E SONORACaracteriza-se pela falta de mobilidade, com a obstrução <strong>do</strong> trânsito, geran<strong>do</strong> oscongestionamentos urbanos, que são os maiores focos de poluição. Quan<strong>do</strong> o veículoesta <strong>para</strong><strong>do</strong> ou desenvolve velocidades mínimas em primeira marcha, a produção degases CO2 é muito maior, poluin<strong>do</strong> o ar com maior intensidade, geran<strong>do</strong> vários problemasde saúde, notadamente, as <strong>do</strong>enças de causa respiratórias, alergias e conjuntivites,principalmente <strong>nas</strong> crianças e nos i<strong>do</strong>sos. O ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong> ronco <strong>do</strong>s motores, as constantesfrenagens e mau uso da buzina causam poluição sonora que afetam o sistema auditivo.Já o tráfego de passagem que adentra à área urbana, o faz em altas velocidades. Aredução da velocidade, muitas vezes, é abrupta pela inexistência de sinalizaçãoadequada e principalmente pela interferência inadequada da construção de quebra-molase lombadas, construção sem qualquer técnica e com intervalos muito próximos entre elas,geran<strong>do</strong> até congestionamentos, quan<strong>do</strong> o volume de veículos é intenso. Oestacionamento irregular nos acostamentos das vias urba<strong>nas</strong> é outro fator de impedânciana mobilidade <strong>do</strong> tráfego. Os semáforos desregula<strong>do</strong>s e as <strong>para</strong>das de ônibus em locaisde grande movimentação de pedestres sem as respectivas baias de recuo, são, via-deregra,graves transtornos ao tráfego e agravam inúmeros conflitos de congestionamento,manobras arriscadas <strong>para</strong> troca de faixa de trânsito, quan<strong>do</strong> isto é possível, com riscos deacidentes de colisões e atropelamentos de pedestres.De acor<strong>do</strong> com o inciso XII <strong>do</strong> art. 21, da lei nº 9503 (Código de Trânsito Brasileiro),compete aos órgãos e entidades executivos ro<strong>do</strong>viários da União, no âmbito de sua