«...0 partiu» - Peço incluir aqui umpensamento pessoal: É pena que perdemosaquele costume apostólico que diretamentese liga à instituição pelo próprioSenhor, de partirmos o pão. - Eusei: o uso das hóstias é mais conveniente;não há o perigo de eventualmentemigalhas do pão consagrado se perderem.No entanto: Não seria de profundasignificância se também hoje comêssemosde «um só pão», partido entretodos, como bebemos de «um só cálice»?Não seria isto mais uma provada comunhão que nos une com - e sobo mesmo e único Senhor?«E o deu aos seus discípulos ...»Notem: «seus discípulos». - A nossapalavra «discípulo» não traduz inteiramentee completamente o qUe o originalgrego nos transmite. «akolouthêin»significa «seguir», seguir a um líder semperguntar por que e para que, seguiro caminho que o líder trilha. - Somostais seguidores do nosso único guia?Portanto: Jesus não simplesmente distribuio pão a esmo; o pão serve comoelo entre o 1vlestre e seus seguidores.- Em nossos dias sente-se mais e maisa inclinação de baratear a Santa Ceia:Entrada franca; entrada para todosque querem entrar! - Sob nenhumacircunstância Jesus queria isto. Ele odeu aos seus seguidores. Deu o quê?«Tomai, comei, isto é o meu corpo,que é dado por vós!» - Gostaria deexpressar aqui uma vez algo que hámuito desejava dizer, algo que, ao meuver está contido nas palavras do nossoSenhor. Ê uso em nosso meio que opastor nos dá a hóstia, o pão, diretamentena boca, ou sobre os lábios.Acho que o nosso texto diz algo diferente:Nosso Senhor Jesus Cristo a) tomouo pão; b) o deu aos seus discípulos;c) e disse: Tomai! Não é assim,que o discípulos tomaram o pão, comsuas mãos, da mão do Mestre e entãocomeram?! Não seria isto uma provaque no ato da distribuição não somossomente passivos mas co-participantes:Eu, de fato, desejo aquilo que me é dado.- Reflitamos uma vez sobre isto!E os discípulos tomaram o pão oque Jesus agora chama de nome diferente.Ele diz do pão: Isto é o meu corpo,que é dado por vós. Não faz explicaçõesminuciosas, não dá ensaio cíen-tífico ou dogmático sobre o «Como ?»,como acontece, como é possível? Quenós hoje com, em e sob o pão tomamose recebemos o corpo de Cristo dado pornós na cruz - isto é tão verdadeIrocomo aquele que o deu, é verdadeiro. Onosso receber do verdadeiro corpo deCristo dado por nós na cruz é tão divinaverdade, como Jesus Cristo na cruzé divina verdllide. - O milagre que experimentamosna Santa Ceia certamentenão é maior do que o de Deus em JesusCristo ter se tornado homem, nascidode uma mulher, do que o de Deusem Jesus Cristo ter morrido na Cruz.- Milagre não pode ser explicado comargumentos racionais; milagre que sepode compreender e explicar não maisé milagre, não mais é divino. - Portantotomemos as palavras e o quedizem como divina verdade: O pão, quecomemos na Santa Ceia é ao mesmotempo o corpo de Cristo dado por nós.Fechemos a caixa de perguntas da nossarazão!Por aquilo que segue no textoé ainda inifinitamente maior: «...istoé o meu corpo, dado por vós b - Porvós! Isto diz o Senhor Jesus Cristo aosseus discípulos; isto diz meu Senhor amim! «Dado, entregue, para ser mortopor ti! - Sim, lliqui estamos diantedo mais profundo de todos os mistériosde Deus: Deus se faz homem. E esteDeus-Homem morre. Morre, não qualquermorte, não como geralmente semorre aqui nesta terra da morte. Elemorre e morte mais miserável de quese tem noticia: morte de escravo criminoso.Certamente não por seus crimesparticulares, próprios. Não por simesmo. Por mim!!Desde que o pecado entrou no mundo,vale a palavra do Criador, que setornou o supremo Juíz: A alma que pecar,morrerá! - Eu pequei. Eu preciSo morrer. Tu pecaste. Tu tens de morrer.Não há escape! - Sem rumo anossa vida. Sem esperança a nossa morte,absolutamente sem esperança! - Epara dentro deste desespero soa agorade dentro da noite em qUe nosso SenhorJesus Cristo foi traído a mensagem:«... dado e derramado por vós,para a remissão dos vossos pecados».- Essa palavra vale; ela vale tantocomo a palavra triste da traição. Sim,essa palavra valeu naquela noite comovale hoje. E foi por isso que os cristãosda Igreja Antiga vestiram-se de bran-30
co quando foram tomar parte na SantaCeia. Vestiram o branco da alegria.Na noite em que o nosso Senhor JeSUs Cristo foi trai do começou a nossalibertação do poder do diabo e dos terroresda morte; e essa libertação tornou-serealidade completa e total quandoo Senhor da cruz exclamou seu bradoda vitória: Está consumado!E com essa mensagem podemos realmenteterminar as nossas reflexõessobre as palavras da instituição da SantaCeia. Porque a segunda parte somentefortifica aquilo que constatamosaté este ponto:«Semelhantemente também, de.poisda Ceia•..» Também aqui nosso Senhornada criou de novo. Estava lá na mesao cálice comum, o cálice que, como opão sem fermento. lembrava o primeiragrande libertação do povo de Deusda escravidão do Egito. Antiga aliançae nova aliança feitas por um e o mesmoDeus. Gostaria mais a palavra «testamento»porque nem o povo de Israel,nem nós, o povo do Novo Testamento,contribuimos algo, para quefosse «aliança» entre duas partes contraentes.- Terminada a ceia em lembraçadaquele primeiro testamento, começouentão com os mesmos elementosvisiveis a instituição do Novo Testamento.« e tendo dado graças, lho entregou» Foi um cálice comum. Nada decopos individuais como em alguns lugareshoje estão distribuindo. - Dizem:por razões de higiene, de saúde. Nãosei; francamente não sei se tais razõesdevem valer. Não ouso condenar o copoindividual, desde que neles é tomadoo mesmo vinho, o vínho abençoadona celebração. No entanto, mais umavez: eu não sei! simplesmente não meposso colocar na mesa do Senhor onde,pela primeira vez, o nosso Senhor tomouo cálice, aquele um, que estava namesa, aquele, sobre o qual tinha proferidoa oração da gratidão, este cáliceele entregou aos seus discípulos.«... dizendo: Bebei todos deste»não é assim: um após o outro!?«Este cálice é o novo testamento nomeu sangue, que é derramado por vóspara a remissão dos pecados. - Derramou-sesangue naquela noite milharesde anos antes; derramou-se sangue emcada casa em Israel; derramou-se sanguede um «cordeiro sem defeito» paracada família um (Êx 12.1-17). - Derramou-sesangue no grande dia da libertação,lá na cruz. Não de um «cordeirosem defeito», animal, mas o sanguedo Cordeiro Divino «morto pelo pecador»;derramou-se sangue uma vezpor todas as famílias da terra, por todosos homens de todos os séculos. Derramou-seo sangue do Deus-Homem,sangue todo-suficiente, sangue para nós,para mim «para a remissão dos pecados»,meus pecados e teus, todos osmeus pecados e todos os teus. «Remissão»foi feita, pagamento de toda a culpaque existia no livro de Deus, culpaminha, tua, de todos nós Nosso sangue,nossa vída pertencia' ao diabo, aele nós os entregamos; ele os requereude nós. Lá então veio o pagador de todasas culpas: sangue por sangue, vídapor vida - uma vida suficiente por todasas vidas humanas, porque aquelavida era a vida do Deus-Homem.«Fawi isto, quantas vezes o beberdes,em memória minha!» - Ah! quãopoucas são as vezes que nós celebramosesta festa da suprema alegria! Ah! comoSe não tivéssemos recebido tudoque tem valor nesta vida terrena poreste sacrifício! - Ê possível que nãohaja mais «tantas vezes», é bem possívelque estejamos bem perto da últimavez em que no-io é permitidocelebrar. Vamos hoje! Sim, vamos hoje!31
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