mann chamou de fatal esta linha de argumento.E um discípulo seu, solícito,acudiu pressuroso, formulando a propostade cons1derar o versículo 6, ou aomenos a parte b) como nota marginalposterior, eventualmente adição de umcopista, «porque parece não inserir-sena tradição».Irmãos e irmãs em Cristo: Deushouve por bem revelar-nos o seu FilhoJesus Cristo, nosso Salvador e suamaravilhosa obra em favor de nossaredenção, não por uma visão beata,nem por uma aparição física, mas porum relato escrito, assentaJdo em linguagemhumana, registrado como fatoou evento histÓrico nos quatro evangelhos,para ser lido e ouvido e entendidopor nÓs, e crido à maneira das criançasque são postas como modelos dafé. «Se não vos tornardes como crianças,de modo algum entrareis no reinodos céus». (Mt 18.3) :É o parâmetroadequado para a compreensão e aceitaçãocorreta do relato evangélico.A recusa formal e terminante dostermos dos evangelhos tem, talvez, suarazão profunda numa atitude ou mentalidadeque vem expressa nesta sentençade H. E. Fosdick: «É impossívelque um livro escrito há dois ou trêsmil anos, continue sendo usado no séculoXX, sem atualizar e enquadrarvárias de suas formas de pensamento ede expressão para categorias modernas».Jesus respondeu e disse: .., As palavrasde Jesus são, além de genuinas evel'daJdeiras, singelas e acessíveis mesmoaos poucos letrados, e perfeitamenteinteligíveis para a mente e linguagemcorrente do homem do século XX.Jesus disse (e assim iniciou o seuministério profético): «Arrependei-vose crede no evangelho!» fixando paraentão, para hoje e para todos os temposa regra de iniciação no noviciadocristão.Jesus disse: «Se não crerdes que eusou, morreis em vossos pecados», advertindotodos os incrédulos e céticosdo resultaJdo desastroso de sua atitudede recusa à distância....Jesus disse: «Em verdade, vos digo:quem OUVe a minha palavra e crê naqueleque me enviou, tem a vida eterna,não entra em juízo, mas passou damorte para a vida». Quem entre nÓsdesejaria perder uma só palavra, umasÓ sílaba, um sÓ fonema desta tão portentosapromessa de salvação?Irmãos e irmãs no Senhor, colegase discípulos na obra desta escola deprofetas: Na abertura de um novo anoletivo, o Senhor de toda a graça emisericórdia queira conceder ao corpodocente e ao corpo discente o divinofavor de permanecer na palavra de Jesus.,na palavra historicamente autêntica,na palavra registrada nos quatroevangelhos (e demais livros canônicos),na palavra inspirada pelo Espírito Santo,a única palavra que nos poderá tornarsábios para a salvação pela fé quehá em Cristo Jesus, a quem seja honrae glória e domínio e poder pelos séculosdos séculos. Amém.A LUTA ENTRE A VIDAE A MORTE(Sermão para Crítica - 169 Domingo deTrindade - Lc 7.11-17)M. W. Flor"Silêncio! Proibida a entrada!» - Oletreiro sobre a porta da sala de operaçõesdesperta em nós sentimentos de apreensão.Ali dentro se trava renhida luta en ..tre a vida e a morte. Os dois adversáriosinconciliáveis estão face a face.Defensor da vida. o médico luta, como bisturi e a seringa, para afugentar o espectroda morte. cujos agentes reduziramo organismo do paciente a uma ruína, emque a vida já não consegue resistir. Agora faz-se um silêncio angustiante. Opulso do doente deixa de bater. o sanguecoagula. o corpo esfria ... A mortetriunfou!Muitas vezes a operação é coroada deêxito. A atividade do organismo se reanimae o enfermo deixa. restabelecido, ohospital. Uma vitória da vida? Ah. se fosse!Mas é apenas um armisticio, de breveduração, a esmola de um pequeno prazoque o inimigo desapiedado lhe concede!Pouco mais cedo ou mais tarde elevolta ao ataque e arrebata a presa.
Quem é este conquistador invencívelque, há seis mil anos, devasta a nossaterra e semeia o terror? Quem é este tiranoimpiedoso que não faz acepção depessoa, distinção de idade, discriminaçãoracial, social ou econômica? Que brutalmenteignora laços de afeto, desrespeitavínculos sagrados, estendendo suas garrasfrias ao esposo querido, ao filho dileto,à mãe amada; que, impassível, faz jorrarrios de lágrimas e de sangue e deixa, nosrastos e ecos de sua passagem, sentimentosde frustação, de impotência, de infelicidade?A luta entre os dois poderes:Vida - I. a poder da morteMorte eUm cortejo fúnebre se encaminha parao cemitério. No esquife conduz uma vítimada morte. Não é um velho, alquebrado,farto de dias, que aguardasse ansiosamenteo descanso. É um jovem, no verdordos anos, crestado na flor da idade.É filho único de uma viúva, sua esperançae esteio para a velhice. Já é o segundoholocausto que o negro príncipe dassombras dela exige. Não se mostrou satisfeitocom a usurpação do marido, oprimeiro tributo. Não recua diante de Naim,que significa «a formosa», devido abeleza de sua localização na planície deEsdraelon. Não se compadece do desamparoe das lágrimas de uma pobre viúva.Espreita-a, sim, a ela também, com um risode maldade, pois também e!a não escaparáde suas garras.De nada valem à muiher solitária ascondolências dos amigos bem intencionados:não lhe podem devolver o fi!ho, nãopodem compensar a perda jrreparável.Eis um quadro da miséria e da desolação,em toda a trágica realidade, que amorte criou nesta terra. Todos os sofrimentos,todas as desgraças são sombraspálidas em confronto com o poder sinistro,com o domínio de terror do ceifadorde vidas.Meus amigos: Havia uma época em queo mundo desconhecia o flagelo da morte.Na segunda folha da Bíblia lemos o testemunho:«Viu Deus tudo quanto fizera, eeis que era muito bom.» Infelizmente ohomem não conservou-se no estado de ínocênciae desafiou a advertência divina.Desencadeou, ele próprio, a desgraça indizívelque o sujeitou ao poder fatal damorte. E arrastou consigo toda a sua desoendência,como acusa o apóstolo aos Ro-manos: «Portanto, assim, como por um sóhomem entrou o pecado no mundo e pelopecado a morte, assim também a mortepassou a todos os homens, porque todospecaram.»Aponta o apóstolo, na mesma passagem,a razão de ser da morte: «Pelo pecadoentrou no mundo a morte,» e «todospecaram, assim também a morte passou atodos os homens.» E no fim do capituloseguinte, declara a verdade nua e crua:«A morte é o salário do pecado.»A morte, pois, não é simpiesmente umaconseqüência natural do desgaste do organismohumano, cansaço de células, comoque a biologia moderna. A morte é,entre todos os fenômenos chamados irregulares,o mais antinatural; é uma interferênciaviolenta no princípio da vida; éa abrogação, a supressão arbitrária de umdireito sagrado que o homem originalmentepossui; o direito de uma vida eternaem comunhão com o Criador.Mas isto não explica o terror da morteem toda a sua extensão. Se a biologiatem razão que a morte é simplesmentea dissolução do organismo em seuselementos anorgânicos; se certas fiiosofiasestão com a verdade, quando postulamque a morte é a queda no nada; entãoresta:-ia um grande consolo: Sofrer resignadamenteo assalto do ceifador de vidas e,depois, nada mais sentir, deixar simplesmentede existir.a que, entretanto, torna a morte temporaltão horrorosa, é que segue, no seuencalço, a morte eterna, que a Escriturachama segunda morte. E esta não consistenum uniquilamento sumário do indivíduo,mas sim, na sua exclusão da vida eterna,ou na condenação a um tormento pereneque excede toda e qualquer imaginaçãohumana. Um poeta, como que em gemidos,assim expressa o seu horror; "Eternidade,oh! que temor, me inspiras como teu rigor! És longa em demasia.Só nestanoite de aflição concentro a mente, ocoração, do medo se angustia. Não há nadade pavoroso assim, como este tempoque é sem fim.»Ah, como os homens procuram defender-secontra um desfecho tão doloroso!Como a ciência trabalha para neutralizaro poder da morte, pesquisando meios, descobrindoremédios. Conseauiu efetivamente,em nosso século, ele;ar a idade médiado homem de 35 para 54 anos. Masisto é apenas, como já dissemos, um es-41
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