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E se ele fosse o som de 2011? - Fonoteca Municipal de Lisboa

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FlashTori Amosvai adaptarum conto <strong>de</strong> fadasdo século XIX,“The LightPrincess”,<strong>de</strong> GeorgeMacDonald;a estreiaé em Abril<strong>de</strong> 2012Braudiller, <strong>de</strong> contrato renovado,<strong>de</strong>ram carta branca ao rapaz quegostava mais <strong>de</strong> jogar pingue-ponguedo que <strong>de</strong> dançar e que, pela mão daavó, ia ver os espectáculos do festival.“Para mim o festival é uma<strong>de</strong>scoberta. Serve para apren<strong>de</strong>rcoisas sobre o que faço, sobre amecânica dos festivais”, dis<strong>se</strong> oartista associado da próxima ediçãona primeira <strong>de</strong> muitas conferências<strong>de</strong> imprensa. Um festival comoAvignon, acrescentou, po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve“colocar questões urgentes”: “O quefazer hoje? O que distingue a dançado teatro? O que po<strong>de</strong>mos fazer como mundo?”. Nomes e linhasprogramáticas só no fim <strong>de</strong> Março.Para já, sabe-<strong>se</strong> que a peça principalque apre<strong>se</strong>ntará na Cour d’Honneur,“Un Enfant”, em que o coreógrafojuntará cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z bailarinosadultos e 30 crianças dos cinco aos 11anos, virá à Culturgest, em <strong>Lisboa</strong>,nos dias 21 e 22 <strong>de</strong> Setembro.Tamara Karsavinae Vaslav Nijinsky,duas das maiores estrelasdos Ballets Rus<strong>se</strong>sBeavis & Butt-hea<strong>de</strong>stão vivosTori Amos leva ummusical ao NationalTheatreUm regresso aclamado e uma estreia a <strong>de</strong>spertar muitacuriosida<strong>de</strong>: assim <strong>se</strong> resumem dois dos <strong>de</strong>staques maissonantes da temporada <strong>2011</strong>/2012 do National Theatre, emLondres. O regresso é o <strong>de</strong> Mike Leigh, que estreará uma novapeça em Setembro, ainda <strong>se</strong>m título e sob a qual nada <strong>se</strong> sabe –<strong>se</strong>rá um trabalho <strong>de</strong> colaboração, improvisado, tendo comoprotagonistas a jovem actriz Ruby Bentall e a colaboradora <strong>de</strong>longa data Lesley Manville, pre<strong>se</strong>nça no último filme <strong>de</strong> Leigh,actualmente em cartaz, “Um Ano Mais”.A estreante é Tori Amos, cantora e pianista, <strong>se</strong>nhora <strong>de</strong> emoçõesfortes em ambiente <strong>som</strong>brio, que prepara para Abril <strong>de</strong> 2012uma adaptação do conto <strong>de</strong> fadas “The Light Princess” (GeorgeMacDonald, 1864). Com o <strong>se</strong>u toque pessoal, obviamente: “Nãohá nada <strong>de</strong> errado com a Disney, mas as minhas referências sãomais ‘West Si<strong>de</strong> Story’ misturado com ‘Jesus Cristo Superstar’”,dis<strong>se</strong>ra ao “In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt” em 2008.Tori Amos, cujo último álbum, “Midwinter Graces”, inclui umadas canções previstas para o musical (“Winter’s Carol”), estrear<strong>se</strong>-áno Theatre, mais propriamente no auditório Lyttelton, comuma velha história <strong>de</strong> príncipes e princesas: a princesa,enfeitiçada por uma tia malvada, torna-<strong>se</strong> leve como o ar e éobrigada a flutuar para <strong>se</strong>mpre num lago, única forma <strong>de</strong>escapar a um terrível <strong>de</strong>stino “anti-gravitacional” à <strong>se</strong>melhança<strong>de</strong> Ícaro - <strong>de</strong>pois aparece um príncipe que <strong>se</strong> apaixona por ela, atia velhaca <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> <strong>se</strong>car o lago e o melhor <strong>se</strong>rá, por agora, nãocontarmos mais. Fica a certeza <strong>de</strong> que, tratando-<strong>se</strong> <strong>de</strong> ToriAmos, o conto <strong>de</strong> MacDonald sofrerá algumas alterações. “Estoua tentar escrever um musical que <strong>se</strong>ja r<strong>ele</strong>vante para umarapariga <strong>de</strong> 16 anos dos nossos dias, um ritual <strong>de</strong> passagem <strong>de</strong>menina a mulher.”Quanto a Mike Leigh, é anunciado para a programação doNational Theatre pouco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sabermos que assinará para oHampstead Theatre uma nova encenação para “Ecstasy”, umadas suas primeiras peças, estreada em 1979 antes da viragem<strong>de</strong>cisiva para o cinema do mestre do realismo britânico – como oÍpsilon <strong>de</strong>u conta em Janeiro, a nova produção estará em cenaentre 10 <strong>de</strong> Março e 9 <strong>de</strong> Abril.Nos anos 90, <strong>ele</strong>s eram aqu<strong>ele</strong>s doisrapazes mal amanhados quepassavam tar<strong>de</strong>s inteiras <strong>se</strong>ntadosno sofá a comer batatas fritas (ou apegar-lhes fogo) e a bocejar emfrente aos ví<strong>de</strong>os dos Radiohead(“He’d better start rocking or I’llreally give him <strong>som</strong>ething to cryabout”), pelo menos até àquelaparte em que as guitarras finalmente<strong>se</strong> contorciam. Agora, nos anos 10,não sabemos em frente a que ví<strong>de</strong>o<strong>se</strong>les bocejarão (James Blake?) eusarão a sua fra<strong>se</strong> favorita (“Thissucks. Change it”), mas sabemosque <strong>ele</strong>s estão vivos e vão voltar àMTV: a estação vai retomar a série<strong>de</strong> Mike Judge, com novos episódios,ainda este ano, anunciou o“Hollywood Reporter”.Como estarão Beavis e Butt-headtantos anos <strong>de</strong>pois (a primeira sériefoi para o ar entre 1993 e 1997)? Boaquestão. A “Pitchfork” saliva só <strong>de</strong>imaginar o que po<strong>de</strong>rá sair daquelascabeças quando lhes aparecer umaLady Gaga pela frente - até lá, tem no“site” um compacto dos melhoresmomentos da dupla. Rocks!Beavis & Butt-headvoltam à MTV aindaeste ano, com novo<strong>se</strong>pisódiosOs Ballets Rus<strong>se</strong>sna cápsula do tempoÉ o único vestígio “vivo” <strong>de</strong>s<strong>se</strong>fenómeno absolutamente<strong>de</strong>terminante da história da dançaque foram os Ballets Rus<strong>se</strong>s: os 30<strong>se</strong>gundos <strong>de</strong> imagens em movimentoagora encontrados, registo <strong>de</strong> umaperformance da companhia <strong>de</strong>Diaghilev em 1928, são umaverda<strong>de</strong>ira cápsula do tempo quepermite toda uma nova aproximaçãoàs práticas dos Ballets Rus<strong>se</strong>s.Descoberto no arquivo on-line daPathé, on<strong>de</strong> estava erradamentecatalogado, o fragmento foientretanto i<strong>de</strong>ntificado por JanePritchard, curadora da exposição“Diaghilev and the Gol<strong>de</strong>n Age of theBallets Rus<strong>se</strong>s, 1909-1929”,recentemente montada em Londrespelo Victoria & Albert Mu<strong>se</strong>um. Nofilme, os bailarinos <strong>de</strong> Diaghilevdançam o ballet “Les Sylphi<strong>de</strong>s” numpalco ao ar livre, com uma florestapor trás - Pritchard percebeu tratar<strong>se</strong><strong>de</strong> uma performance dacompanhia na Festa dos Narcisos <strong>de</strong>Montreux, Suíça, em Junho <strong>de</strong> 1928,e con<strong>se</strong>guiu reconhecer o bailarinoSerge Lifar, uma das estrelas dosBallets Rus<strong>se</strong>s.A companhia fundada em 1909 peloempresário russo Serge Diaghilev éum colosso da história da dança,disciplina que revolucionou com asua abordagem erotizada (sobretudocom a performance <strong>de</strong> Nijinsky em“L’Après-Midi d’un Faune”) evanguardista (Picasso e Matis<strong>se</strong><strong>de</strong><strong>se</strong>nharam alguns dos cenários).Embora existam alguns registosmudos <strong>de</strong> algumas das estrelas dacompanhia, como Tamara Karsavina,não havia notícia <strong>de</strong> alguma vez acompanhia ter sido filmada a actuar.Afinal foi.4 • Sexta-feira 11 Fevereiro <strong>2011</strong> • Ípsilon

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