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Edição 78 download da revista completa - Logweb

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Segundo ele, quando semigra do veículo leve (capaz de carregaraté 6 tonela<strong>da</strong>s) para o VUC (capaz decarregar 1.800 kg), há um impacto decusto em São Paulo de 15% a 30% e de10% a 12% em todo o país, em decorrência<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de se fragmentar acarga a ser transporta<strong>da</strong>. “Com essesaumentos nos gastos, o valor terá queser repassado e negociado com ocliente”, adverte.Fonseca, <strong>da</strong> UPS, também temopinião semelhante. E acrescenta: outroponto será o transporte de mercadoriasconsidera<strong>da</strong>s de alto risco, que poderãoter custos maiores com Gerenciamentode Risco, quando a operação ocorrerdurante a noite.Já o diretor de logística AméricaLatina <strong>da</strong> Martin-Brower considera queum pequeno aumento é razoável namedi<strong>da</strong> em que o adicional noturno éincorporado ao salário. “Para os clientes,no entanto, deve haver um aumentomaior pois eles provavelmente criarãoestruturas não existentes hoje parareceber à noite. Envolveria aí, além doadicional noturno, horas extras.”Sarti, <strong>da</strong> Penske, <strong>completa</strong>: o aumentodos custos virá pois a maior parte dosoperadores logísticos terá capaci<strong>da</strong>deociosa durante o dia e custos adicionaispara trabalhar à noite.“Conforme já comentamos, o parquede veículos em operação não estáajustado para uma mu<strong>da</strong>nça desse nível.O tempo de implementação <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>snão é suficiente para alterar a matriz detransporte, sem ajustar as mesmasregras junto aos estabelecimentoscomerciais. Temos que lembrar quetemos uma legislação em vigência queaumenta o custo de mão-de-obra em até100% para a jorna<strong>da</strong> de trabalho noturnoe que dificilmente deixará de serrepassa<strong>da</strong> aos custos de frete”, avalia,por sua vez, Dias, <strong>da</strong> Mesquita.Outras medi<strong>da</strong>sSobre outras medi<strong>da</strong>s que poderiamter sido toma<strong>da</strong>s pelas autori<strong>da</strong>despúblicas para melhorar o trânsito naci<strong>da</strong>de de São Paulo, Bevilacqua, <strong>da</strong> LogFrio, é radical: “simples, determinar to<strong>da</strong>e qualquer entrega na ci<strong>da</strong>de de SãoPaulo no período noturno, como é feitonas metrópoles do mundo todo, e caso ocomércio abra as portas durante o diapara receber mercadorias, será multadopesa<strong>da</strong>mente”.Para Neiva, <strong>da</strong> Columbia, outrasmedi<strong>da</strong>s incluem o investimento eminfra-estrutura – estamos aguar<strong>da</strong>ndo há20 anos a construção de um anel viárioem São Paulo e teremos em 2009 aentrega de uma parte do Rodoanel, oresto <strong>da</strong> obra não tem prazo para terminar.“Isso complica muito o trânsito, estamosentre as cinco maiores ci<strong>da</strong>des do mundo,mas parece que não entendemos isso.Uma medi<strong>da</strong> como essa tem que serdiscuti<strong>da</strong> entre as áreas afeta<strong>da</strong>s, hápouco tempo as empresas investirammuito dinheiro para atender a uma novaexigência, que era de trabalharem com oveículo VUC, depois de milhares de reaisem investimento, esses veículos sãoproibidos de circular em SP, há um contrasensonas decisões e quem acaba pagandoa conta é o consumidor final”, destaca.Os caminhões pesados deixarão decircular na ci<strong>da</strong>de de São Paulo com aconclusão do RodoanelPara Fonseca, <strong>da</strong> UPS, os medi<strong>da</strong>stambém seguem por caminhos parecidos:investimento na melhoria de vias públicase rápi<strong>da</strong> continui<strong>da</strong>de do Rodoanel.“Muito já se falou e se discutiu, mas aconclusão do Rodoanel é essencial para amelhoria do trânsito, evitando que oscaminhões circulem dentro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de”,avalia Fagundes Jr., <strong>da</strong> Brasilmaxi, com aconcordância de Andréa, <strong>da</strong> Grecco, paraquem o Rodoanel será um grande aliado<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de São Paulo, evitando otrânsito de caminhões pesados. “Além deconcluir o Rodoanel, é preciso criarrestrições para a construção de centrosde distribuição dentro <strong>da</strong> área derestrição de São Paulo”, complementaSarti, <strong>da</strong> Penske.Outras medi<strong>da</strong>s poderiam incluirtransporte publico mais eficiente eestacionamentos subterrâneos, quetirariam 40% dos veículos <strong>da</strong>s ruas eaveni<strong>da</strong>s que estão estacionados a beira<strong>da</strong>s calça<strong>da</strong>s, aponta Benvenutti Neto.“De fato, em minha opinião, investimentoem transporte público é a únicasaí<strong>da</strong>. Principalmente transporte de altacapaci<strong>da</strong>de, como metrôs e trensurbanos. Sempre comparamos asrestrições de circulação em ci<strong>da</strong>des comoLondres e Paris com pedágios urbanos,mas ‘esquecemos’ de citar que a malhametroviária destas ci<strong>da</strong>des permite aoci<strong>da</strong>dão mover-se em praticamente to<strong>da</strong>sas regiões. No Brasil, porém, as medi<strong>da</strong>ssão freqüentemente toma<strong>da</strong>s antes de<strong>da</strong>r aos usuários alternativas para tal”,destaca Patury, <strong>da</strong> Martin-Brower.Dias, <strong>da</strong> Mesquita, também critica asobras de infra-estrutura de transportecoletivo, que não acompanharam ocrescimento <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, e o baixo crescimentona malha viária urbana, que entrouem saturação após o forte aquecimentode ven<strong>da</strong>s no setor automotivo.“Como medi<strong>da</strong> de curto prazo,entendemos que a proibição decirculação de veículos leves depasseio na ci<strong>da</strong>de com mais de 20 anosde fabricação e que hoje causamgrandes transtornos seria uma medi<strong>da</strong>mais acerta<strong>da</strong> que penalizar caminhõesque cumprem uma ativi<strong>da</strong>de econômica.Lembramos que hoje essa frota (veículosde passeio com mais de 20 anos)representa 1.6 milhões, em um total de6.0 milhões, e que os caminhões são280.000”, <strong>completa</strong> o diretor comercial &marketing.Ferreira, <strong>da</strong> Rápido 900, tambémpensa de modo semelhante aos seuscolegas. “Não somos especialistas emengenharia de tráfego e soluçõesurbanísticas, mas o mais óbvio é adiminuição do número de veículosparticulares por meio <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong>oferta e melhora do transporte coletivo.”Pontes, <strong>da</strong> ID Logistics, emen<strong>da</strong>: épreciso criar mais alternativas coletivasde transporte para população, buscandoa redução de automóveis nas ruas.Marques, <strong>da</strong> Cargolift, faz umaanálise mais abrangente. Para ele,existem várias alternativas para reduziro caos no trânsito de São Paulo. Umadelas é a implantação de um programade incentivo à renovação <strong>da</strong> frota decaminhões, como é o caso do EmplacaBrasil. Essa proposta prevê que<strong>da</strong> nai<strong>da</strong>de média dos veículos pesados quecirculam nas estra<strong>da</strong>s do país, por meio<strong>da</strong> troca dos caminhões por bônus emCentros de Reciclagem. Esses bônusseriam usados para comprar carretasnovas por preços menores. “Além deincentivar a economia, o Emplaca Brasilleva a uma diminuição na quanti<strong>da</strong>de deveículos que circulam na ci<strong>da</strong>de, o que ébom para todos”, diz o diretor-presidente.Ain<strong>da</strong> segundo ele, também épossível amenizar o problema com aproibição do transporte de cargas feitopor caminhões de placa branca. Perantea lei, eles são vistos como de proprie<strong>da</strong>depriva<strong>da</strong>, não de empresas autoriza<strong>da</strong>sa esse tipo de serviço. O impacto quecausam no trânsito é tamanho que ocarregamento de ca<strong>da</strong> um deles ocupa,em média, apenas 30% <strong>da</strong>s carrocerias.Com isso, temos muitos veículos compouca carga nas ruas.“Outra opção é dividir a ci<strong>da</strong>de emsetores, em que ca<strong>da</strong> um ficaria a cargode um número pré-definido de transportadoras,em quanti<strong>da</strong>de suficiente paraestimular a concorrência. Os veículosdeveriam trafegar com, no mínimo, 80%de sua capaci<strong>da</strong>de, para aproveitarmelhor o espaço na carroceria e diminuiro volume de carros nas ruas. Regularizaro serviço dos taxistas também énecessário. A liber<strong>da</strong>de que eles têm deparar no primeiro ponto que encontramsó aumenta os congestionamentos emSão Paulo. A prefeitura deve controlaresses serviços, a começar pelosprestados no aeroporto de Congonhas.Acredito que uma restrição a esse setordiminuiria em 25% a quanti<strong>da</strong>de de táxisna ci<strong>da</strong>de. Já o custo operacional cairia15%”, <strong>completa</strong> Marques. ●

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