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46 > BEST BAIRRO BRANDS www.interbrandsp.com.br> ENTREVISTA | JULIE MOSSLER 47Waze: inovação quenão para no trânsitoPOR DANIELLA BIANCHI | FELIPE VALÉRIO | JEFERSON MARTINSO Waze não para no trânsito. OWaze não para de inovar. O Wazenão para. É que o aplicativo não setrata de um simples GPS, e sim deuma ideia colaborativa, divertidae genial. Julie Mossler, Head ofGlobal Communications & CreativeStrategy da Waze, conta comouma startup de Israel se tornoua menina dos olhos do Google.Também mostra como o Waze andatransformando o relacionamentoentre marcas locais e consumidores.Interbrand: É fato: o Waze estáajudando paulistanos no trânsitotodos os dias. Qual é o segredoda marca para fazer isso?Waze: Eu acho que nossa marcacresceu e se tornou amada de formatão rápida porque o trânsito é umproblema universal, não apenas dospaulistanos. Não importa qual a suacidade, sua história, se você é homemou mulher... Outra coisa: o trânsitogeralmente acontece todos os dias. Enós queremos ajudar a solucionar esseproblema. Por isso, prestamos atençãopara realmente construir um produtoem torno do que os motoristasquerem. O resto, o crescimento,o amor, vem naturalmente.Interbrand: E como o Waze, quecomeçou como uma startup deIsrael e, agora, faz parte do Google,cresce sem perder sua essência?Waze: Eu acho que o coração danossa empresa é a comunidade.Somos somente 150 empregados,mas temos milhares de editores demapa, voluntários que modificamo mapa manualmente a partirdos problemas que os motoristasreportam. Começamos em Israelpedindo ajuda na construção dosnossos mapas, já que não nosbaseamos em nenhum outro mapajá existente. A empresa cresceu,mas para se tornar global contamoscom a ajuda de pessoas de cadaregião. Esse orgulho da nossahistória e da nossa comunidade fazparte do Waze. E o Google não quernem vai mudar isso. Crescemosdevagar porque queremosmanter uma cultura perfeita.Interbrand: São quantos editoresde mapa espalhados pelo mundo?Waze: 200.000. E esse é o nível“sênior-sênior”. Ou seja, pessoasque trabalharam no mapa pormuitos anos ou fizeram maisde 1 milhão de edições.Interbrand: Como o Wazeencontra as pessoas certaspara fazer a marca acontecer?E como vocês transmitemessa essência para elas?Waze: Ainda em Israel, éramosum projeto aberto de edição demapas e informações formadopor pessoas criativas e digitais.Em seguida, fomos expandindo,uma cidade de cada vez. Se vocêbaixa o Waze e vai para a lua, nósestaremos lá. Porque basta ligar seucelular para nos ajudar a construiro mapa, onde quer que seja. OWaze não força as comunidades afazerem nada, só damos suporte aelas por meio de tutoriais, vídeosno YouTube, encontros etc.Interbrand: Por ser um appcolaborativo, como vocês fazemem relação às regiões nãotransitadas pela maioria dosusuários? Muitas vezes, são favelas,que acabam não mapeadas.Waze: Essa é uma questão socialimportante e um problema paranós, como empresa. É muitodifícil dizer “essa área é muitoperigosa para transitar”, pois nósnão queremos fazer julgamentos.Nesses casos, contamos com aajuda da nossa comunidade e dosnossos gerentes locais para acessaressas regiões, sinalizar as principaisocorrências nessas vias e tomaras melhores decisões relativasàquela área. Já que nós não nosmantemos tão próximos daquelemapa quanto o gerente, confiamosem seu julgamento. De qualquer