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CLÁUDIA CRISTIANE LEVANDOSKI MARTINS GÊNEROS ... - Unisul

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20comunicação viva, direta, interativa, contextualizada, onde seu contexto de produção ébem mais complexo pelo seu caráter coletivo. Como observa Marcuschi (2007), noprocesso de construção discursiva da linguagem mediada pelos gêneros (hiper)textuaisna esfera semiótico-comunicativa há várias semelhanças e diferenças entre, porexemplo, a conversação face a face cotidiana e a conversação virtual na Internet.Crystal (2001) lembra que a modalidade língua escrita sempre ocupou statusmais elevado do que a modalidade língua oral entre gramáticos e estudiosos da línguaportuguesa. Sociolingüistas e analistas do discurso dedicam-se ao estudo da língua orale sua interferência na escrita. Língua e fala fazem parte de uma única gramática, mas hávariações lingüísticas distribuídas em diferenças sociais, temporais e individuais.A língua é um produto social pelo fato de sofrer alterações de acordo com olocal, a cultura e o passar do tempo. A escrita, por sua vez, perpetua o idioma,principalmente os não mais existentes, diferindo-se da linguagem. Oralidade e escritasão práticas de usos da língua com características peculiares, mas não suficientementecontrárias para caracterizar dois sistemas lingüísticos dicotômicos.Segundo a abordagem de Saussure, a língua e a escrita são sistemas distintosde signos, no entanto, a razão de a escrita existir é representar graficamente a língua.Em alguns momentos, dá-se maior importância à representação do signo (escrita) doque ao próprio signo (língua). A língua tem sua tradição oral independente da escrita,pois a língua evolui sem cessar, ao passo que a escrita tende a permanecer imóvel,então, a grafia acaba não correspondendo à fala. O fato, porém, de a escrita ocuparposição de destaque, explica-se primeiramente pelo fato de a imagem (visual)impressionar mais do que o acústico.A fala tem uma grande precedência sobre a escrita, mas do ponto de vista doprestígio social, a escrita é vista como mais prestigiosa que a fala. Não se trata,porém, de algum critério intrínseco nem de parâmetros lingüísticos e sim depostura ideológica. (STUBBS apud MARCUSCHI, 2007, p. 35).Koch (1997) afirma que outro ponto é que a escrita pode ser materializada e,por isso, se ter a idéia da efemeridade da fala. E, ainda, o rigor gramático-literárioagrega maior valor à escrita e, por fim, quando existe desacordo entre língua eortografia, a escrita tem quase fatalmente superioridade na decisão. Koch (1989, p. 32)afirma que

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