CLÃUDIA CRISTIANE LEVANDOSKI MARTINS GÃNEROS ... - Unisul

More documents

Recommendations

Info

53singular que comprova a opinião assumida pelo produtor (ibidem). Aparecem tambémsegmentos do discurso com dêiticos temporais e espaciais que remetem ao tempo eespaço de produção do bilhete. O signo verbal escrito cede lugar aos códigos cifradosusados pelos internautas à medida que simulam o real com novas formas de codificar alíngua. O acolhimento do novo depende da construção de novas maneiras deconhecimento e de poder, de uma subjetividade emancipada e de outra sociabilidade,significando que o indivíduo, ao utilizar a língua, não quer apenas transmitirinformações ou exteriorizar seu pensamento; na verdade, pela linguagem ele realizaações e atua sobre o interlocutor. A linguagem, portanto, deve ser concebida no espaçoda interação humana, uma vez que ela produz sentidos numa dada situação concreta deuso, num determinado contexto sócio-histórico e ideológico, ou, no dizer de Benveniste(1995, p. 286), “é na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui comosujeito.”Para atender a necessidades socioculturais e a inovações tecnológicas, omeio e as situações de produção se modificam. A partir do momento em que o meio e assituações de produção se modificam, a linguagem utilizada para a produção também sealtera.Com a inovação tecnológica e a praticidade que ela traz, a escrita de bilhetestradicionais se restringiu muito e o uso dos bilhetes no meio virtual tornou-se comum,pois permite a sensação de proximidade com o interlocutor.Cada vez mais o jovem tem incorporado à sua linguagem códigos utilizadospara comunicação na Web. É uma linguagem simplificada, com muitas abreviações e,às vezes, acréscimo de letras que constituem uma nova forma de escrever, que reproduza oralidade. Esta nova dinâmica social pode se constituir num modismo como tantosoutros que acometem os jovens. Integrados a computadores e conexões de banda larga,os jovens buscam respostas rápidas, e a expectativa de aproveitar ainda mais o momentode lazer. Ter acesso ao computador e às salas de bate-papo é hoje uma questão deinclusão social.Como usuários ativos do Orkut, os jovens incorporam novos códigos e revolucionama língua portuguesa, pois são verdadeiros neologistas ciberespaciais que, com muitaousadia, criam e recriam novas formas de comunicação a despeito de qualquer normagramatical, criam novos vocábulos, alteram palavras, encurtando-as, excluindo acentose pontuações. Há, ainda, a inclusão de expressões estrangeiras, algumas jáaportuguesadas. Nesta nova aldeia global, alguns jovens não conseguem ou não se
54importam em dissociar a língua do uso formal, mesmo na escrita em papel. É a escritados internautas com novas caracterizações e até mesmo novos códigos que estãosurgindo a partir de um novo meio interativo. Apresenta-se como um híbrido quecarrega consigo características da conversação, abreviações e ao mesmo tempo se dá apartir da escrita. (FREITAS, 2005).
Page 1 and 2:
CLÁUDIA CRISTIANE LEVANDOSKI MARTI
Page 3 and 4: 2Dedico esta dissertação a vocês
Page 6 and 7: 5RESUMOEsta pesquisa teve como obje
Page 8 and 9: 7LISTA DE ILUSTRAÇÕESFigura 1 - P
Page 10 and 11: 91 INTRODUÇÃOO século XX ficou m
Page 13 and 14: 122 REVISÃO TEÓRICAPara fundament
Page 15 and 16: 14Os Parâmetros Curriculares Nacio
Page 17 and 18: 16por isso seu caráter aberto à r
Page 19 and 20: 18medida que, em séculos recentes,
Page 21 and 22: 20comunicação viva, direta, inter
Page 23 and 24: 22seriam complementares e não excl
Page 25 and 26: 24sim como um locus 2 no qual o tex
Page 27 and 28: 26Para Marcuschi o suporte de gêne
Page 29 and 30: 28salienta o autor, se a Internet
Page 31 and 32: 30“O que importa é que é uma re
Page 33 and 34: 32articulações estritamente ling
Page 35: 342. AmigosCada usuário tem um gru
Page 39 and 40: 38• Atividades• Alunos e Escola
Page 41 and 42: 40próprio Orkut, principalmente em
Page 43 and 44: 42Cometer um "orkuticídio" é um t
Page 45 and 46: 44Muitas vezes um usuário não des
Page 47 and 48: 46Vírus informáticos têm sido be
Page 49 and 50: 48Muitos avanços tecnológicos est
Page 51 and 52: 50incorporando novas formas lingü
Page 53: 52resposta-ativa do interlocutor. A
Page 57 and 58: 56Quadro 1 - Modelo de introdução
Page 59 and 60: 58(2) Estabelecer uma interpretaç
Page 61 and 62: 604 ANÁLISE DOS DADOSNeste capítu
Page 63 and 64: 62Já o movimento 2, que é a sauda
Page 65 and 66: 64Oie!Quanto tempo! Saudade ^^To be
Page 67 and 68: 66que ocorrem nos bilhetes digitais
Page 69 and 70: 68mais agora ja compreii! =]ai tenh
Page 71 and 72: 70elaborada de forma complexa em qu
Page 73 and 74: 72hahaha...XDDadoro essa foto sua..
Page 75 and 76: 74Recado n.23★Bruninha_:Dexa pra
Page 77 and 78: 765 CONCLUSÕESNeste novo territór
Page 79 and 80: 78sociodiscursiva. Ainda aqui me ap
Page 81 and 82: 80______. Os gêneros do jornal: um
Page 83 and 84: 82______. Gêneros textuais: config
show all

CLÃUDIA CRISTIANE LEVANDOSKI MARTINS GÃNEROS ... - Unisul

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?

CLÃUDIA CRISTIANE LEVANDOSKI MARTINS GÃNEROS ... - Unisul