13.07.2015 Views

construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Diante <strong>do</strong>s graves problemas advin<strong>do</strong>s da relação predatória homem e natureza,a questão <strong>do</strong> espaço assume dimensões jamais vistas. Santos, nos fala de umahistória <strong>do</strong> homem sobre a terra como ruptura progressiva com o seu entorno, deuma natureza constantemente redescoberta desde a passagem da ordemreligiosa, para a ordem racional, crian<strong>do</strong>-se, assim, uma “Natureza Social”(1996:16). No início <strong>do</strong>s tempos históricos a organização da produção, <strong>do</strong> espaçoe da vida social se dava de acor<strong>do</strong> com as forças, necessidades e desejos decada grupo humano. Essa relação começa a se desfazer com a introdução <strong>do</strong>comércio entre as coletividades, corresponden<strong>do</strong>-se a isso novas lógicas e novasrelações. Essa evolução culmina, no que ele denomina de “mundialização” daeconomia e na a<strong>do</strong>ção de um modelo técnico mais ou menos único emcontraposição à diversidade de recursos naturais e humanos existentes. Assim,Santos nos convoca a realocar o eixo <strong>do</strong> debate das questões relativas ao meioambiente para uma ênfase na “...reflexão mais profunda sobre as relações, porintermédio da técnica, seus vetores e atores, entre a comunidade humana assimmediatizada e a natureza, assim <strong>do</strong>minada...” (p.65).Claro está que é impossível um retorno àquela relação idílica, praticamente semmediação, entre homem e natureza. No entanto, não se pode mais desconsideraro impacto que a questão ambiental trouxe para a humanidade, com o despertarpara a criação de novos valores, novas lógicas, novas disciplinas, novos olhares,nova ética enfim.A idéia <strong>do</strong> uso equilibra<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos naturais não é nova. Vaillancourt (1994),aponta para o fato de que ao longo da história da humanidade sempre houveaqueles que apregoaram o uso modera<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos naturais. Ele cita, entreoutros exemplos, a recomendação feita, em 1915, pela Comissão deConservação <strong>do</strong> Canadá em relação ao respeito aos ciclos naturais e àmanutenção <strong>do</strong> capital natural em condições intactas de uso para as geraçõesfuturas e a publicação pela União Internacional para a Conservação da Naturezae seus Recursos <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento intitula<strong>do</strong> The State of the Protection of Nature inthe World em 1951 (atualiza<strong>do</strong> em 1954), considera<strong>do</strong> como o precursor <strong>do</strong>Relatório Brundtland (1987).16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!