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construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

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diferentes de uma mesma história. A rua constitui-se no elo estrutura<strong>do</strong>r que uneestes <strong>do</strong>is grupos: os “que são da rua” e os que “estão na rua”.Se até 1993, a Pastoral havia prioriza<strong>do</strong> o trabalho organizativo desenvolvi<strong>do</strong>junto aos cata<strong>do</strong>res, a partir deste ano sua atuação é ampliada junto aos outrossegmentos da população de rua, num contexto favorável à essa ação, em funçãoda possibilidade de implementação de programas junto à esta população porparte da gestão da Frente BH Popular. Esse ano é marca<strong>do</strong> por um intensoprocesso de movimentação e participação da população de rua organizada emvárias instâncias político-institucionais, que possibilitaria à este segmentoalcançar uma série de conquistas. Ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> que compreende os anosde 93-96, a parceria <strong>do</strong> poder público com a ASMARE se solidifica e aAssociação devi<strong>do</strong> ao seu forte cunho de geração de trabalho e renda, cada vezmais, se fortalece enquanto espaço de intercâmbio e de alternativas para a saídada rua <strong>do</strong>s outros grupos da população de rua, como já vimos no capítulo anterior.A partir de 1997, já na gestão da frente liderada pelo PSB/PMDB, alguns <strong>do</strong>s<strong>limites</strong> da relação com o poder público, em sua capacidade de implementaçãodas políticas públicas reivindicadas pela população de rua, começam a seevidenciar. A relação inicial de “cumplicidade” que havia marca<strong>do</strong> a gestão PatrusAnanias é substituída pela desconfiança e pelo acirramento <strong>do</strong> discurso deautonomia e de identidade característicos <strong>do</strong>s movimentos sociais. Apesar dacrescente consolidação da relação de parceria existente entre a SLU e aASMARE, o clima de desconfiança na administração pública e a consequentereorientação <strong>do</strong>s objetivos estratégicos da Pastoral em relação ao trabalho comos outros grupos de mora<strong>do</strong>res de rua – marcan<strong>do</strong> a passagem para aconstituição de um movimento social da população de rua – também incidirásobre a relação da ASMARE com o poder público, conforme desenvolveremos umpouco mais tarde.Paralelamente, a partir de 1999, técnicos da Pastoral, em conjunto com aASMARE, iniciam um trabalho piloto de consultoria, no âmbito <strong>do</strong> Programa Lixo e165

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