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construindo a cidadania: avanços e limites do ... - Inclusive Cities

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aplicação da lei é um instrumento de poder arbitrário. A aplicação <strong>do</strong>s “planos”segue a lógica da “...<strong>cidadania</strong> restrita a alguns”: ou somente uma parte <strong>do</strong> planoé cumprida ou ele é aplica<strong>do</strong> apenas a uma parte da cidade (1997:123). Ou seja,cumpre o papel <strong>do</strong> “plano discurso”.Maricato, nos diz que a crise pela qual passa o planejamento urbano 24 e a buscade uma nova matriz teórica constituem um importante impulso para uma produçãointelectual comprometida com a democracia no Brasil (1997:127).É nesse contexto da discussão sobre as chamadas questão ambiental e questãourbana, que se faz necessário aprofundar a reflexão sobre o papel das gestõeslocais na dinamização de movimentos sociais porta<strong>do</strong>res de um potencial demudança. Essa discussão poderá contribuir para o redesenho <strong>do</strong>s horizontes dastemáticas ambiental e urbana dentro de uma ótica mais inclusiva.Ribeiro, chama a atenção para a necessidade de se buscar um novo modelo depolítica urbana que se paute pela idéia de políticas que “...habilitem as camadassociais em situação de exclusão e vulnerabilidade para manter relações deintegração com os circuitos de produção e distribuição de riqueza” (1995:153).Muitas prefeituras, afirma ele, poderiam “...reforçar a renda das pessoasenvolvidas na economia <strong>do</strong> lixo, pela compra, por parte das empresas de limpezapública, <strong>do</strong>s materiais recicláveis para revenda ou transformação, quebran<strong>do</strong>,assim, os vis laços de exploração organiza<strong>do</strong>s pelos atravessa<strong>do</strong>res presentesnesses circuitos” (p.153).Creio que é fundamental ressaltar que, mais <strong>do</strong> que simplesmente comprar osmateriais recicláveis, as prefeituras podem incluir o segmento social quetradicionalmente vem se ocupan<strong>do</strong> dessa atividade – os cata<strong>do</strong>res – comoparceiros prioritários de sua política de gerenciamento de resíduos sóli<strong>do</strong>s.24 A respeito da crise da matriz funcionalista/modernista <strong>do</strong> planejamento ver Maricato (1997).30

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