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EDIÇÃO 22 - Dezembro/11 - RBCIAMB

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

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concreto e pedra e produzirápedrisco. Se a Prefeitura fossecomprar pedras, o valor do metrocúbico é de R$ 15,00 e totalizaria R$45.000,00 por mês em gastos.Material Cerâmico: Sãotriturados 200 m 3 por dia e suaprodução é utilizada para base dedrenagem em obras públicas – 5.000m 3 em média por mês. Assim aPrefeitura deixa de comprar essaquantidade por mês a custo de R$23,00/ m 3 , o que representa em umaeconomia de R$ <strong>11</strong>5.000,00 mensais.Lajes Protendidas: Utilizadasem obras de contenção de canais,muros de arrimo, calçadas, caixas deinspeção, entre outros. Existe umaparte que é moída e misturada comentulho e utilizada em estradasvicinais. Hoje o estoque é de 100.000m 3 – A Prefeitura deixa de gastarcom alvenaria cerca de R$100.000,00 por mês.Gesso: Destinado àConcessionária. Colocado naincorporação do adubo orgânico.Distribuído à agricultura para acorreção do grau de acidez do solo(pH) representando economia paraos agricultores.Segundo o diretor doGERESOL, todas as concessões edoações significam medidas desustentabilidade tanto para o meioambiente, como para empresas, poisgeram receitas, empregos econsequentemente mais impostos –receitas para o Poder Público.Existe um custo que comtodo esse trabalho do GERESOL éevitado com a disposição final. Osresíduos reaproveitados ou trocadosgerariam um volume que uma vezpago para a destinação, custaria R$75,00/t aos cofres públicos. APrefeitura deixa de enviar para oaterro sanitário a quantia mensalreferente a:Madeira R$ <strong>11</strong>2.500,00Entulho da Construção Civil R$233.000,00Há também os ganhosdecorrentes da economia noconsumo de energia elétrica. APrefeitura tem economia noprocesso de destinação dos resíduosuma vez que Concessionárias derecicláveis domésticos, Gesso eMadeira ficam com o ônus doconsumo de energia, dessa forma, oCentro de Gerenciamento deResíduos Sólidos economiza cerca deR$ 30.000,00 por mês com energianas operações de reciclagem.No ano de 2005, os ganhosdecorrentes da economia dematérias primas com o uso deresíduos reaproveitados em estradasvicinais, contenção de canais, murosde arrimo, calçadas, caixas deinspeção, encostas de barrancos emargens de rios, adubos e nutrientesem praças, base de drenagem,somaram R$ 260.000,00 por mês (R$100.000,00 referentes a lajes; R$<strong>11</strong>5.000,00 a material cerâmico e R$45.000,00 a entulhos da construçãocivil), correspondendo a R$3.120.000,00 no ano.Os trabalhos de destinaçãode resíduos colaboram com aeconomia de recursos hídricos.Jundiaí tem uma reserva de águacom previsão de abastecimento paraos próximos 20 anos. Duas represasmantêm o equilíbrio deabastecimento.Segundo o Secretário deServiços Públicos, os ganhoseconômicos se refletem ainda naeconomia de recursos, subsídiosevitados e na própria vida útil dosequipamentos públicos que sofremmenor desgaste, uma vez que asconcessionárias possuem seuspróprios equipamentos e recursos.Estima-se, segundo o Secretário, umaeconomia mensal de R$ 300.000,00.Os resultados obtidos, apartir dos dados fornecidos pelaSecretaria de Serviços Públicos eaplicados na equação de Calderoni(2003), indicam uma economia nareutilização de resíduos com difícildestinação, de cerca de R$814.800,00 ou R$ 9.777.600,00/ano.Esse valor corresponderia ao custode construção de 480 casaspopulares 2 de 50m 2 ou, ainda, a 14%do orçamento anual da Secretaria deServiços Públicos.Os resultados se referem aredução de gastos, com adubação depraças públicas, com realizações deencostas de barrancos em situaçãode risco ou correção de quadros eoutras aplicações dos resíduossólidos reaproveitados e, também aeconomias em materiais utilizadosem construções públicas, reformas eobras de drenagem. Há que seconsiderar que os valores utilizados efornecidos pela Secretaria deServiços Públicos apresentamrestrições, devido a sua nãosistematização ou mesmo condições(balanças, medidores etc.) de umaapuração mais acurada.A Tabela 2 sintetiza osresultados explanados. A limitaçãode recursos orçamentários, segundoo Secretário de Serviços Públicos,levou a Secretaria a buscaralternativas para a gestão dosresíduos que na época eramdispostos na área onde atualmenteestá o GERESOL. A busca de parceriascom o setor privado foi uma formade se equacionar a situação, tendoem vista gerar benefícios para acomunidade e para o meio ambiente.Assim, pode-se considerarque as ações adotadas pelaPrefeitura de Jundiaí caminharam aoencontro das metas estabelecidaspela Agenda 21 e Agenda 21 Local.No Capítulo 8 da Agenda 21– “Integração Entre Meio Ambiente eDesenvolvimento na Tomada deDecisões”, a ação está planejada naintegração entre meio ambiente edesenvolvimento segundo os planospolíticos, de planejamento e demanejo. Nesse capítulo, os sistemasde tomada de decisão vigentes emmuitos países tendem a separar osfatores econômicos, sociais eambientais nesses planos.A pesquisa mostrou que aPrefeitura de Jundiaí, em algunscasos, vem trabalhando na melhoriados processos de tomada de decisão,descentralizando algumas atividades.O resultado dos processos doGERESOL vem dessadescentralização.As ações da Secretaria deServiços Públicos junto àscomunidades, ações conjuntas com osetor privado e todas as iniciativas doRevista Brasileira de Ciências Ambientais – Número <strong>22</strong> – dezembro de 20<strong>11</strong> 46 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478

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