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Revista Dr Plinio 180

Março de 2013

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Não creio que apanhem<br />

uma só fotografia em que<br />

eu tenha fisionomia de<br />

atormentado. Estou sempre<br />

tranquilo, sereno, em ordem<br />

e satisfeito, com um bemestar<br />

interior dado pelos<br />

gáudios da inocência<br />

O menino <strong>Plinio</strong> durante uma viagem<br />

a Águas da Prata - São Paulo<br />

O gáudio da serenidade<br />

Existem os gáudios do equilíbrio, da objetividade e da<br />

distância psíquica que constituem um todo. Quem tem<br />

estes gáudios começa por se alegrar em ser tranquilo:<br />

“Eu sou eu mesmo, sinto que mando em mim e que obedeço<br />

a quem deve ser obedecido. Dentro de mim tudo<br />

está em ordem, e eu vejo todas as coisas nas devidas proporções<br />

e distâncias: isso é bom, aquilo é mau; isso é verdadeiro,<br />

aquilo é falso; isso é belo, aquilo é feio; eu catalogo<br />

segundo os predicados e as circunstâncias sem mexer<br />

em ninguém, e simplesmente olhando de cá, de lá, de<br />

acolá e formando o meu universo interior, imagem fiel<br />

do universo exterior analisado.” Isto dá uma plenitude,<br />

uma satisfação!<br />

E depois vêm as legítimas simpatias e as legítimas execrações<br />

e antipatias. E como as ideias são claras, elas encontram<br />

as palavras adequadas para se exprimir, e saem<br />

cristalinas e fluentes. Não como um esguicho que jorra,<br />

mas como uma fonte em que as águas brotam puras, generosas,<br />

abundantes, irrigando uma parte do terreno e<br />

indo mais além, podendo formar um rio, mas na tranquilidade,<br />

no donaire daquilo que está ordenado e vê de cima.<br />

Como isto é diferente do embalo!<br />

Em meus antigos tempos, senti a propósito da oratória<br />

e de tantas outras coisas essa alternativa entre as duas<br />

formas de gáudio: o do embalo e o da serenidade, o qual,<br />

no fundo, é o gáudio da inocência.<br />

Vários membros de nosso Movimento tiveram a paciência<br />

de coletar fotografias minhas de todos os tempos<br />

e, portanto, também da época em que era pequeno.<br />

Não creio que apanhem uma só fotografia em que eu<br />

tenha fisionomia de atormentado. Estou sempre tranquilo,<br />

sereno, em ordem e satisfeito. Creio não terem<br />

encontrado também uma fotografia em que eu esteja<br />

manifestando muita alegria. Com bem-estar interior,<br />

graças a Nossa Senhora, sim. Esse bem-estar interior<br />

era dado pelos gáudios da inocência com a qual todos<br />

nós nascemos. Essa inocência foi acrescida, de um modo<br />

sobrenatural e admirável, pelo batismo, e dela fomos<br />

fazendo este ou aquele uso, ao logo de nossas vidas.<br />

Não é um privilégio meu, pois todos nós tivemos<br />

em mãos essa possibilidade.<br />

Um circuito semelhante à corrente elétrica<br />

Desde os albores de meu convívio com outros, lembro-me<br />

dessa diferença. Eu me sentia, dentro de mim,<br />

cheio de gáudios. Quando eu estava com um certo número<br />

de colegas e amigos, percebia neles a fruição da<br />

alegria pela alegria, o desejo exorbitante da gargalhada,<br />

da brincadeira, do corre-corre e do remexe-mexe,<br />

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