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<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> comenta...<br />
Os fulgores da<br />
Ressurreição<br />
Contemplando os esplendores e mistérios que envolvem a Páscoa da<br />
Ressurreição, <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> tece interessantes hipóteses e comentários<br />
sobre o significado dos acontecimentos narrados no Evangelho.<br />
N<br />
as cerimônias litúrgicas do tríduo pascal, a<br />
Igreja sempre soube impregnar de tristeza a<br />
atmosfera quando se tratava de ficar triste; e<br />
depois marcar de alegria os momentos em que se deveria<br />
estar alegre.<br />
Pudemos ver, por exemplo, essa nota de tristeza, sobretudo,<br />
ontem: a cerimônia da Sexta-Feira Santa<br />
estava pungente!<br />
Agora, o júbilo. O Gloria in Excelsis<br />
Deo dá-nos a impressão de ser o reflexo<br />
da alegria de quando Nosso Senhor<br />
ressuscitou!<br />
A primeira visita ao<br />
Santo Sepulcro<br />
Vitor Toniolo<br />
O Evangelho lido hoje narra<br />
que Santa Maria Madalena e<br />
a outra Maria encontraram o sepulcro<br />
aberto e um anjo sobre a<br />
lápide que antes vedava o túmulo.<br />
O anjo rolou a pedra e sentou-<br />
-se nela. Por ser o seu rosto como<br />
o raio e a sua vestimenta como a<br />
neve, ele incutiu grande terror àqueles<br />
guardas que tomavam conta do sepulcro,<br />
e que então fugiram. Duas simples<br />
mulheres não tiveram medo, e ele falou<br />
com elas familiarmente.<br />
Tem-se a impressão de que elas estavam muito<br />
intimidadas, porém não medrosas, o que é uma coisa diferente.<br />
Outra manifestação da intimidação delas é o fato de<br />
ter sido necessário o anjo dizer-lhes que entrassem no<br />
sepulcro. Seria normal elas penetrarem ali, vamos dizer,<br />
com as reverências devidas a um lugar sacrossanto, fazendo<br />
assim a primeira visita ao Santo Sepulcro! Uma<br />
honra, aliás, enorme! Todas as gerações dos séculos posteriores<br />
visitaram o Santo Sepulcro. Elas foram as<br />
duas primeiras. É formidável! Como honra, é<br />
algo extraordinário!<br />
Elas entraram e viram que Nosso Senhor<br />
não se encontrava lá. Estava tudo<br />
explicado.<br />
Um acontecimento<br />
pleno de simbolismos<br />
Agora, eu teria muita vontade<br />
de saber qual era o sentido simbólico<br />
do rosto como fulgor e das<br />
roupas como neve.<br />
Evidentemente o fulgor indica<br />
o poder de Deus. Mas indicará de<br />
que maneira? Será um fulgor de<br />
vitória, de festa triunfal em que não<br />
se está mais pensando no inimigo,<br />
ou desse tipo de celebração de triunfo<br />
na qual se tem a sensação de estar calcando<br />
aos pés o inimigo? É uma pergunta.<br />
Qual seria o feitio desse fulgor?<br />
Se soubéssemos como os exegetas consideram<br />
esse fulgor, talvez pudéssemos ter aí um elemento para<br />
formar um juízo sobre isso.<br />
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