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Em meio às trevas densas, de<br />
repente reluz algo à maneira<br />
de um corisco sublime! A<br />
montanha, como que, racha<br />
e Nosso Senhor se levanta<br />
como um raio. E num instante<br />
já está junto à porta, um anjo<br />
rola a lápide e Ele aparece<br />
diante dos olhos estupefatos<br />
Timothy Ring<br />
À direita, Cristo Ressuscitado - Vitral<br />
da Pro-Catedral de Ontário, Canadá.<br />
Na página anterior, Aparição de<br />
Jesus às santas mulheres - Museu<br />
do Prado, Madri (Espanha)<br />
Em certo momento, Nosso Senhor começaria a dar<br />
sinais de vida. Seu Corpo sagrado se tornaria de uma<br />
luminosidade extraordinária, e no instante em que sua<br />
Alma o reassumisse, sua primeira atitude seria uma<br />
glorificação do Padre Eterno e um ato de amor ao Espírito<br />
Santo. E levantando-Se com uma majestade indizível,<br />
caminharia dentro do sepulcro transformado,<br />
de repente, numa catedral feita de luzes, cânticos<br />
e glória.<br />
Chegando junto à porta do túmulo, o anjo rolaria a<br />
pedra. É-nos legítimo imaginar que no interstício entre<br />
a Ressurreição e o encontro com Santa Maria Madalena,<br />
em virtude do deslocamento rapidíssimo dos<br />
corpos gloriosos, Ele tenha estado no Cenáculo e se<br />
manifestado a Nossa Senhora. De maneira a ter sido<br />
Ela a primeira pessoa a contemplar seu divino Filho<br />
ressuscitado. Logo depois, Jesus teria Se apresentado<br />
a Santa Maria Madalena, conforme nos descreve<br />
o Evangelho.<br />
Essa seria uma modalidade de conceber a Ressurreição.<br />
Poder-se-ia figurá-la de outro modo, conforme a piedade<br />
e o feitio de cada pessoa. Por exemplo, em meio<br />
às trevas densas, de repente reluz algo à maneira de um<br />
corisco sublime! A montanha, como que, racha e Nosso<br />
Senhor se levanta como um raio. E num instante já está<br />
junto à porta, um anjo rola a lápide e Ele aparece diante<br />
dos olhos estupefatos. Acabou!<br />
A Páscoa: uma festa triunfal<br />
Em todo caso, a Páscoa não é uma celebração qualquer,<br />
é uma festa de triunfo. Portanto, não pode ser considerada,<br />
como muitos supõem, apenas como uma festa<br />
caseira para despertar a bonomia familiar, distribuindo<br />
ovos e todos se abraçando. Tudo isso é muito legítimo,<br />
acho um encanto, mas a Ressurreição tem qualquer coisa<br />
de um estouro, de uma explosão magnífica!<br />
Sem dúvida, pode-se imaginar a Ressurreição acompanhada<br />
pelo maior e mais majestoso dos raios desferidos<br />
numa aurora.<br />
Vários quadros representam o divino Ressuscitado assim,<br />
saindo com o braço direito levantado e tendo os dedos<br />
em posição de quem ensina ou abençoa, mas com<br />
um ar de desafio vitorioso: “Já atravessei!” Isso deveria<br />
causar no Inferno o terror diante da inutilidade de tudo<br />
quanto fizeram contra Ele.<br />
Aí está um pequeno comentário para participarmos<br />
juntos das alegrias pascais.<br />
v<br />
(Extraído de conferências de 18/4/1981 e 21/4/1984)<br />
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