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DENÚNCIA PROÉTICA<br />
manjedoura de Belém, na gruta que desde pequenos<br />
aprendemos a imaginar como seria, e como ali se deu o<br />
episódio maravilhoso do Nascimento do Divino Infante.<br />
Leva-nos a pensar em Maria, Virgem antes do parto, durante<br />
o parto e depois do parto. Em seguida, traz à nossa<br />
lembrança a adoração de Nossa Senhora, de São José, e a<br />
dos Anjos do Céu que, em quantidade incontável, para lá<br />
olhavam e para lá dirigiam seus hinos de glória a Deus<br />
Nosso Senhor, ao Menino recém-nascido em Belém, à sua<br />
Mãe Celestial e ao seu pai jurídico, São José.<br />
Ao mesmo tempo, nos arredores da cidade de David,<br />
numa noite estrelada e fria, acordavam os pastores, e estes<br />
viam no firmamento rasgado, no qual o próprio paraíso<br />
celeste aparecia, os Anjos que cantavam: “Glória a Deus<br />
no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa<br />
vontade!”<br />
Esta era a promessa feita aos homens na noite de Natal.<br />
Devemos esperar que esta promessa se volte de um modo<br />
especial para os pobres homens do século XX. Deste<br />
século que vai caminhando para o seu fim em meio a tantos<br />
tropeços, a tantos castigos — e quão merecidos castigos!<br />
— e a tantas decepções, mas deste século XX para o<br />
qual se volta também a misericórdia do Menino recémnascido,<br />
as preces em favor dele que se erguem da parte<br />
de Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças, Intercessora<br />
gloriosamente onipotente, que obtém de Deus tudo<br />
quanto pede, e de São José, Patrono da Santa Igreja<br />
Católica Apostólica Romana.<br />
Nesse momento, então, nós nos voltamos para Nossa<br />
Senhora e seu castíssimo esposo, pedindo que<br />
apresentem ao Divino Menino Jesus, desde logo,<br />
a perspectiva das nossas orações na noite<br />
de Natal, rogando a Eles, antes de tudo, pelo<br />
bem da Santa Igreja Católica. Em segundo<br />
lugar, pelo bem da Cristandade, outrora a<br />
gloriosa família das nações que tinham é<br />
e unanimemente criam na verdadeira Igreja, constituindo<br />
um só rebanho sob o cajado de um só pastor, que é o Santo<br />
Padre, o Papa, e que hoje se encontram divididas por dilacerações<br />
religiosas, filosóficas, políticas, sociais, econômicas<br />
e culturais de toda espécie.<br />
Nós nos voltamos para Eles, apresentando as nossas<br />
famílias, que também elas sofrem o contragolpe de todas<br />
essas penosas circunstâncias, pensando de um modo especial<br />
nos seus jovens expostos a tantos riscos de perdição,<br />
mas também procurados tão eficazmente pela graça de<br />
Deus, convidando-os a lutar pela Civilização Cristã até o<br />
último extremo de sua capacidade de agir.<br />
Considerando tudo isso, pedimos a São José e a Nossa<br />
Senhora que rezem para que tudo quanto ainda há de bom<br />
no mundo contemporâneo e em nosso Brasil, na nossa<br />
querida Terra de Santa Cruz, se consolide, se robusteça e<br />
se torne capaz de heróicas resistências aos germes de decomposição<br />
que trabalham hoje.<br />
E que, ao mesmo tempo, a Providência Divina intervenha<br />
para destroçar as conjurações, os ardis e os embustes<br />
daqueles que se articulam para acabar de destruir o que<br />
resta da Civilização Cristã, e que chegariam a destruir a<br />
Santa Igreja Católica Apostólica Romana, se destrutível<br />
fosse aquela Igreja de quem Nosso Senhor disse a São Pedro:<br />
“Pedro, tu és pedra, e sobre essa pedra edificarei a<br />
minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão<br />
contra ela!”<br />
É inútil! As portas do inferno não prevalecerão contra a<br />
Igreja de Cristo! Pelo contrário, haverá um momento em<br />
que elas se quebrarão, se desfarão em pedaços, e a Igreja<br />
de Cristo continuará mais altaneira que nunca a sua peregrinação<br />
pela história, até o dia glorioso em que Nosso Senhor<br />
Jesus Cristo baixará com os Anjos do Céu e com as<br />
almas dos justos para julgar os vivos e os mortos.<br />
É nesse sentimento de Natal que eu encerro essas<br />
palavras.<br />
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