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Revista Dr Plinio 33

Novembro de 2000

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DENÚNCIA PROÉTICA<br />

manjedoura de Belém, na gruta que desde pequenos<br />

aprendemos a imaginar como seria, e como ali se deu o<br />

episódio maravilhoso do Nascimento do Divino Infante.<br />

Leva-nos a pensar em Maria, Virgem antes do parto, durante<br />

o parto e depois do parto. Em seguida, traz à nossa<br />

lembrança a adoração de Nossa Senhora, de São José, e a<br />

dos Anjos do Céu que, em quantidade incontável, para lá<br />

olhavam e para lá dirigiam seus hinos de glória a Deus<br />

Nosso Senhor, ao Menino recém-nascido em Belém, à sua<br />

Mãe Celestial e ao seu pai jurídico, São José.<br />

Ao mesmo tempo, nos arredores da cidade de David,<br />

numa noite estrelada e fria, acordavam os pastores, e estes<br />

viam no firmamento rasgado, no qual o próprio paraíso<br />

celeste aparecia, os Anjos que cantavam: “Glória a Deus<br />

no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens de boa<br />

vontade!”<br />

Esta era a promessa feita aos homens na noite de Natal.<br />

Devemos esperar que esta promessa se volte de um modo<br />

especial para os pobres homens do século XX. Deste<br />

século que vai caminhando para o seu fim em meio a tantos<br />

tropeços, a tantos castigos — e quão merecidos castigos!<br />

— e a tantas decepções, mas deste século XX para o<br />

qual se volta também a misericórdia do Menino recémnascido,<br />

as preces em favor dele que se erguem da parte<br />

de Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças, Intercessora<br />

gloriosamente onipotente, que obtém de Deus tudo<br />

quanto pede, e de São José, Patrono da Santa Igreja<br />

Católica Apostólica Romana.<br />

Nesse momento, então, nós nos voltamos para Nossa<br />

Senhora e seu castíssimo esposo, pedindo que<br />

apresentem ao Divino Menino Jesus, desde logo,<br />

a perspectiva das nossas orações na noite<br />

de Natal, rogando a Eles, antes de tudo, pelo<br />

bem da Santa Igreja Católica. Em segundo<br />

lugar, pelo bem da Cristandade, outrora a<br />

gloriosa família das nações que tinham é<br />

e unanimemente criam na verdadeira Igreja, constituindo<br />

um só rebanho sob o cajado de um só pastor, que é o Santo<br />

Padre, o Papa, e que hoje se encontram divididas por dilacerações<br />

religiosas, filosóficas, políticas, sociais, econômicas<br />

e culturais de toda espécie.<br />

Nós nos voltamos para Eles, apresentando as nossas<br />

famílias, que também elas sofrem o contragolpe de todas<br />

essas penosas circunstâncias, pensando de um modo especial<br />

nos seus jovens expostos a tantos riscos de perdição,<br />

mas também procurados tão eficazmente pela graça de<br />

Deus, convidando-os a lutar pela Civilização Cristã até o<br />

último extremo de sua capacidade de agir.<br />

Considerando tudo isso, pedimos a São José e a Nossa<br />

Senhora que rezem para que tudo quanto ainda há de bom<br />

no mundo contemporâneo e em nosso Brasil, na nossa<br />

querida Terra de Santa Cruz, se consolide, se robusteça e<br />

se torne capaz de heróicas resistências aos germes de decomposição<br />

que trabalham hoje.<br />

E que, ao mesmo tempo, a Providência Divina intervenha<br />

para destroçar as conjurações, os ardis e os embustes<br />

daqueles que se articulam para acabar de destruir o que<br />

resta da Civilização Cristã, e que chegariam a destruir a<br />

Santa Igreja Católica Apostólica Romana, se destrutível<br />

fosse aquela Igreja de quem Nosso Senhor disse a São Pedro:<br />

“Pedro, tu és pedra, e sobre essa pedra edificarei a<br />

minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão<br />

contra ela!”<br />

É inútil! As portas do inferno não prevalecerão contra a<br />

Igreja de Cristo! Pelo contrário, haverá um momento em<br />

que elas se quebrarão, se desfarão em pedaços, e a Igreja<br />

de Cristo continuará mais altaneira que nunca a sua peregrinação<br />

pela história, até o dia glorioso em que Nosso Senhor<br />

Jesus Cristo baixará com os Anjos do Céu e com as<br />

almas dos justos para julgar os vivos e os mortos.<br />

É nesse sentimento de Natal que eu encerro essas<br />

palavras.<br />

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