ECO IDELÍSSIMO DA IGREJA O PAPA, VIGÁRIO DE CRISTO A MAIOR ORÇA MORAL DO MUNDO
Um poeta latino escreveu este verso tremendo: Tu regere imperio populos, Romane, memento! “Lembra-te, ó Roma, que tua missão é governar, pela força, os povos”. Nós, que viemos ao mundo dois mil anos depois, bem sabemos como faliu essa apóstrofe de Virgílio. A Roma das grandes conquistas e das grandes usurpações, a Roma da força bruta, cujo carro do triunfo trilhou tantas vezes sobre a dignidade dos povos subjugados e sobre o solo de países vencidos, esfacelou-se e sepultou-se nas próprias ruínas. Mas uma outra Roma surgiu sobre as cinzas da primeira. Uma Roma nova que triunfa, que conquista, não pela espada ou pela força, mas pelo coração e pelo amor. Se Virgílio conhecesse as maravilhas do amor, certamente seus versos seriam uma profecia sublime: Tu regere amore populos, Romane, memento! Lembra-te, ó Roma, que vencerás o mundo pelo amor! E esse grande amor, esse grande coração, centro e força da Roma nova, é o Papa, o Vigário de Cristo. Pedro, primeiro Pontífice, ao receber do Mestre as chaves do reino do Céu, recebia antes seu coração divino. Possuindo o coração de Cristo, capaz de amar a humanidade inteira, Pedro pôde ser Cristo na terra. Clemente XIII, na constituição “Inexhaustum” tem esta expressão singular: “Pedro é o sucessor de Cristo. Mas Pedro não poderia ser o sucessor de Cristo se não possuísse o coração de Cristo”. Eis o mistério augusto que faz do Pontífice Romano o Pai universal dos povos, o próvido distribuidor do pão da verdade, o guia seguro nos caminhos tortuosos da paz e da justiça. Há vinte séculos a humanidade o reconhece como tal. Malgrado as lutas, as perseguições, as aberrações de todos os tempos — indivíduos e povos, grandes e pequenos, nos momentos de dor e de infortúnio, voltam-se para Roma, apelando para Aquele que, sem distinção de casta ou de raça, a todos ouve, a todos acolhe, a todos consola e abençoa. A força moral do Pontífice é a mesma de sempre, de hoje, de ontem, de todos os períodos da sua história. Ele é o ponto de atração de todas as inteligências e de todos os corações. Sua majestade, sublime e excelsa entre todas, supera o humano, atinge o divino. Rei de um pequenino Estado, assenta-se sobre um trono que é a garantia de Sobre as ruínas da primeira Roma ergueu-se outra, triunfante, cujo coração é o Vigário de Cristo