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Revista Dr Plinio 33

Novembro de 2000

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O PENSAMENTO ILOSÓICO DE DR. PLINIO<br />

para daí tirar o néctar de uma admiração<br />

una, e oferecer esse néctar a<br />

Nossa Senhora.<br />

Podemos, pois, imaginar como era<br />

no seu aspecto humano a Igreja do<br />

Império Romano, e qual sua diferença<br />

com a fase anterior.<br />

Se Deus deu aos gregos a filosofia,<br />

deu aos romanos o direito. Este é tão<br />

parecido com os Dez Mandamentos<br />

que as Decretais de Graciano, uma<br />

espécie de compilação da legislação<br />

romana, foram incorporadas como<br />

Direito Canônico pela Igreja Católica<br />

e tinham vigência como lei de todos<br />

os povos cristãos na Idade Média.<br />

A Santa Igreja soube muito bem valer-se<br />

das riquezas da cultura clássica, tomando<br />

como base de seu pensamento e de<br />

suas leis a filosofia grega e o direito romano<br />

(“ilósofo sentado” e detalhe da<br />

“Escola de Atenas”, de Rafael)<br />

Onde não havia, sobre algum ponto,<br />

uma lei particular, o que valia era o<br />

Direito Romano.<br />

De tal maneira a filosofia grega entrava<br />

em simbiose com a fé cristã, os<br />

Dez Mandamentos e a moral católica,<br />

que foi adotada por São Tomás como<br />

base para definir inteiramente o<br />

pensamento católico filosófico princeps.<br />

E o direito elaborado pelos romanos<br />

é o fundamento do direito<br />

das nações católicas. Ambos produziram<br />

isso quando ainda pagãos.<br />

ato que bem precisamos<br />

frisar, para compreendermos<br />

a glória e a<br />

grandeza extraordinária,<br />

ao lado<br />

de mil misérias,<br />

da cultura<br />

clássica.<br />

No arco romano, a<br />

expressão da alma católica<br />

ocidental<br />

Como imaginar, então, o ambiente<br />

das catacumbas, a vibração da alma<br />

humana ali, ou já na Igreja liberta, no<br />

Império Romano do Ocidente?<br />

Tenho a impressão de que o arco<br />

romano exprime perfeitamente os imponderáveis<br />

dessa atmosfera. Pode-se<br />

dizer que os arcos simbolizam uma<br />

civilização quase tão sintomaticamente<br />

quanto os olhos refletem uma alma.<br />

Tome-se o arco ogival, considerese<br />

o arco árabe, evoque-se o arco romano.<br />

Certa vez, numa rua de São<br />

Paulo, deparei com a imitação de um<br />

portal japonês, muito modesta mas<br />

que exprime o espírito nipônico:<br />

aquelas duas pontas levantadas, ver-

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