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Revista Dr Plinio 33

Novembro de 2000

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Um poeta latino escreveu<br />

este verso tremendo: Tu<br />

regere imperio populos,<br />

Romane, memento! “Lembra-te, ó Roma,<br />

que tua missão é governar, pela<br />

força, os povos”.<br />

Nós, que viemos ao mundo dois mil<br />

anos depois, bem sabemos como faliu<br />

essa apóstrofe de Virgílio. A Roma<br />

das grandes conquistas e das grandes<br />

usurpações, a Roma da força bruta,<br />

cujo carro do triunfo trilhou tantas<br />

vezes sobre a dignidade dos povos<br />

subjugados e sobre o solo de países<br />

vencidos, esfacelou-se e sepultou-se<br />

nas próprias ruínas. Mas uma outra<br />

Roma surgiu sobre as cinzas da primeira.<br />

Uma Roma nova que triunfa,<br />

que conquista, não pela espada ou pela<br />

força, mas pelo coração e pelo amor.<br />

Se Virgílio conhecesse as maravilhas<br />

do amor, certamente seus versos seriam<br />

uma profecia sublime: Tu regere<br />

amore populos, Romane, memento!<br />

Lembra-te, ó Roma, que vencerás o<br />

mundo pelo amor!<br />

E esse grande amor, esse grande<br />

coração, centro e força da Roma nova,<br />

é o Papa, o Vigário de Cristo. Pedro,<br />

primeiro Pontífice, ao receber do<br />

Mestre as chaves do reino do Céu, recebia<br />

antes seu coração divino. Possuindo<br />

o coração de Cristo, capaz de<br />

amar a humanidade inteira, Pedro pôde<br />

ser Cristo na terra. Clemente XIII,<br />

na constituição “Inexhaustum” tem<br />

esta expressão singular: “Pedro é o<br />

sucessor de Cristo. Mas Pedro não<br />

poderia ser o sucessor de Cristo se<br />

não possuísse o coração de Cristo”.<br />

Eis o mistério augusto que faz do Pontífice<br />

Romano o Pai universal dos povos,<br />

o próvido distribuidor do pão da<br />

verdade, o guia seguro nos caminhos<br />

tortuosos da paz e da justiça. Há vinte<br />

séculos a humanidade o reconhece<br />

como tal. Malgrado as lutas, as perseguições,<br />

as aberrações de todos os tempos<br />

— indivíduos e povos, grandes e<br />

pequenos, nos momentos de dor e de<br />

infortúnio, voltam-se para Roma, apelando<br />

para Aquele que, sem distinção<br />

de casta ou de raça, a todos ouve, a<br />

todos acolhe, a todos consola e abençoa.<br />

A força moral do Pontífice é a mesma<br />

de sempre, de hoje, de ontem, de<br />

todos os períodos da sua história. Ele<br />

é o ponto de atração de todas as inteligências<br />

e de todos os corações.<br />

Sua majestade, sublime e excelsa entre<br />

todas, supera o humano,<br />

atinge o divino. Rei de um<br />

pequenino Estado, assenta-se<br />

sobre um trono<br />

que é a garantia de<br />

Sobre as ruínas da primeira Roma ergueu-se outra,<br />

triunfante, cujo coração é o Vigário de Cristo

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