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FOTO: OH MY LOVE<br />
O CENÁRIO:<br />
“Sou aquela irmã<br />
que não é casada<br />
nem tem filhos e<br />
mora perto da mãe<br />
(que tem problemas<br />
de coração e<br />
não pode conduzir), por isso,<br />
a minha irmã, mãe de dois<br />
filhos, parte do princípio que<br />
eu tenho a disponibilidade e<br />
obrigação de ajudar a minha<br />
mãe todos os fins de semana.<br />
Como se o facto de ser solteira<br />
significasse que nunca tenho<br />
nada para fazer! Adoro a minha<br />
irmã e sei que ela tem uma vida<br />
muito preenchida com o trabalho<br />
e a família, mas também<br />
preciso de tempo para mim ao<br />
fim de semana, sem sentir que<br />
estou a negligenciar as necessidades<br />
da minha mãe ou culpa<br />
por ser uma má irmã e filha.”<br />
- Joana, 26 anos<br />
A ESTRATÉGIA:<br />
És filha, não és empregada<br />
a tempo inteiro. Muitas vezes<br />
pensamos que ao colocar as<br />
necessidades da família acima<br />
das nossas estamos, de alguma<br />
forma, a ser melhores pessoas.<br />
Mas nem sempre é o caso. É<br />
importante comunicar, definir<br />
limites e que te coloques em<br />
primeiro lugar. Toda a gente<br />
precisa de tempo para si. Ser<br />
altruísta não significa esquecer-se<br />
de si mesmo, e quando<br />
temos em conta a própria vontade<br />
baixamos os níveis de<br />
stress. Num caso como este,<br />
fala com a tua mãe, diz-lhe que<br />
gostas e te preocupas muito<br />
com ela, mas precisas de algum<br />
tempo para ti, para que depois<br />
possas continuar a ajudá-la e<br />
apoiá-la. Pergunta à tua irmã<br />
se ela pode alternar os fins de<br />
semana contigo ou propõe contratarem<br />
alguém a meias em<br />
part-time. Faz o que puderes<br />
sem entrar em conflito.<br />
O CENÁRIO:<br />
“Uma das minhas melhores<br />
amigas foi despedida. Por<br />
isso, quando jantávamos ou<br />
saíamos juntas eu acabava<br />
por pagar a despesa. Não me<br />
importei e até me ofereci das<br />
primeiras vezes, pois sabia<br />
que ela estava a passar por<br />
uma fase difícil. Mas agora<br />
sinto que ela já parte do princípio<br />
de que eu vou pagar<br />
sempre! Eu também tenho<br />
despesas ao final do mês e<br />
tenho de gerir bem o meu<br />
ordenado. Não quero parecer<br />
insensível nem deixar de estar<br />
com ela, mas começo a ficar<br />
aborrecida com esta postura.”<br />
- Luísa, 30 anos<br />
A ESTRATÉGIA:<br />
Sê honesta ou então vais<br />
ficar numa situação de crise,<br />
como ela. Se é a tua melhor<br />
amiga, tens de lhe dizer a verdade<br />
– que adoravas poder<br />
ajudá-la mais mas infelizmente<br />
tens de fazer cortes<br />
nas tuas despesas. Se não<br />
fores sincera vais acabar por<br />
guardar ressentimentos. Esta<br />
é uma ótima oportunidade<br />
para serem mais criativas. Em<br />
vez de irem ao cinema, façam<br />
maratonas de séries ou filmes<br />
em casa, ou pratiquem<br />
jogging no parque da cidade.<br />
Podem fazer programas baratos<br />
onde desfrutam da companhia<br />
uma da outra, sem<br />
entrar em falência ou estragar<br />
a amizade.<br />
O CENÁRIO:<br />
“Eu e uma colega fomos<br />
escolhidas para fazer um<br />
projeto. Esforcei-me imenso<br />
na pesquisa e elaboração de<br />
todo o trabalho e ela fez a<br />
apresentação aos nossos chefes.<br />
No final só lhe deram os<br />
parabéns a ela. Achei que ia<br />
dizer que eu também tinha<br />
muito mérito, mas não o fez.<br />
Fiquei sem palavras.”<br />
- Rute, 29 anos<br />
A ESTRATÉGIA:<br />
Tens de te saber defender,<br />
seja qual for a circunstância.<br />
Não é necessário fazer<br />
um drama ou grande alarido<br />
sobre o assunto, mas nesta<br />
situação, se não conseguiste<br />
intervir no momento, o ideal<br />
seria marcar uma reunião a<br />
sós com o teu chefe e garantir<br />
que ele sabe de que forma<br />
contribuíste para o projeto.<br />
Podes dizer algo como, “gostava<br />
só de esclarecer uma<br />
questão em relação à apresentação<br />
de ontem”, e começas<br />
a referir os pontos que<br />
desenvolveste, para que perceba<br />
que foste parte ativa no<br />
trabalho. Por mais desconfortável<br />
que seja, é importante<br />
dar este tipo de feedback<br />
aos teus superiores, se não<br />
acabas por ficar na sombra e<br />
passas por pouco profissional<br />
ou proativa. Lembra-te que<br />
grande parte do teu sucesso<br />
profissional está relacionado<br />
com a capacidade para o<br />
marketing pessoal. Promove-<br />
-te, negoceia e sabe defender<br />
o teu trabalho.<br />
O CENÁRIO:<br />
“Prometi ao meu namorado<br />
que o ajudava com a entrega<br />
de um projeto importante,<br />
mas também tenho uma proposta<br />
para apresentar no dia<br />
seguinte a um cliente, e ainda<br />
não a terminei. Amo o meu<br />
namorado e queria mesmo<br />
ajudá-lo, mas ele deixa sempre<br />
tudo para o último dia,<br />
e pede-me ajuda imensas<br />
vezes.”<br />
-Sónia, 31 anos<br />
A ESTRATÉGIA:<br />
Foca-te no teu prazo de<br />
entrega primeiro. Embora<br />
não pareça muito grave, desvalorizar<br />
as tuas prioridades<br />
e compromissos é um ato<br />
de desrespeito para contigo<br />
mesma. Não tenhas receio<br />
de ser assertiva e ir direta ao<br />
assunto. Embora não seja uma<br />
conversa fácil, tens de explicar<br />
com calma ao teu namorado<br />
que tens pena, mas o<br />
teu prazo é tão importante e<br />
exigente quanto o dele. Lembra-lhe<br />
que se trata de uma<br />
responsabilidade e obrigação<br />
tua, com consequências práticas.<br />
Ele vai querer o melhor<br />
para ti, por isso tens de lhe<br />
dizer o que é, realmente,<br />
melhor para ti. Claro que é<br />
difícil dizer-lhe que não, mas<br />
vários estudos revelam que os<br />
casais que têm mais conversas<br />
difíceis mas honestas, têm<br />
um relacionamento mais saudável<br />
e duradouro. <br />
DEZEMBRO <strong>2016</strong> _ COSMOPOLITAN _ 57