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Cosmopolitan Portugal - Nº 296 (Dezembro 2016)

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FOTO: OH MY LOVE<br />

O CENÁRIO:<br />

“Sou aquela irmã<br />

que não é casada<br />

nem tem filhos e<br />

mora perto da mãe<br />

(que tem problemas<br />

de coração e<br />

não pode conduzir), por isso,<br />

a minha irmã, mãe de dois<br />

filhos, parte do princípio que<br />

eu tenho a disponibilidade e<br />

obrigação de ajudar a minha<br />

mãe todos os fins de semana.<br />

Como se o facto de ser solteira<br />

significasse que nunca tenho<br />

nada para fazer! Adoro a minha<br />

irmã e sei que ela tem uma vida<br />

muito preenchida com o trabalho<br />

e a família, mas também<br />

preciso de tempo para mim ao<br />

fim de semana, sem sentir que<br />

estou a negligenciar as necessidades<br />

da minha mãe ou culpa<br />

por ser uma má irmã e filha.”<br />

- Joana, 26 anos<br />

A ESTRATÉGIA:<br />

És filha, não és empregada<br />

a tempo inteiro. Muitas vezes<br />

pensamos que ao colocar as<br />

necessidades da família acima<br />

das nossas estamos, de alguma<br />

forma, a ser melhores pessoas.<br />

Mas nem sempre é o caso. É<br />

importante comunicar, definir<br />

limites e que te coloques em<br />

primeiro lugar. Toda a gente<br />

precisa de tempo para si. Ser<br />

altruísta não significa esquecer-se<br />

de si mesmo, e quando<br />

temos em conta a própria vontade<br />

baixamos os níveis de<br />

stress. Num caso como este,<br />

fala com a tua mãe, diz-lhe que<br />

gostas e te preocupas muito<br />

com ela, mas precisas de algum<br />

tempo para ti, para que depois<br />

possas continuar a ajudá-la e<br />

apoiá-la. Pergunta à tua irmã<br />

se ela pode alternar os fins de<br />

semana contigo ou propõe contratarem<br />

alguém a meias em<br />

part-time. Faz o que puderes<br />

sem entrar em conflito.<br />

O CENÁRIO:<br />

“Uma das minhas melhores<br />

amigas foi despedida. Por<br />

isso, quando jantávamos ou<br />

saíamos juntas eu acabava<br />

por pagar a despesa. Não me<br />

importei e até me ofereci das<br />

primeiras vezes, pois sabia<br />

que ela estava a passar por<br />

uma fase difícil. Mas agora<br />

sinto que ela já parte do princípio<br />

de que eu vou pagar<br />

sempre! Eu também tenho<br />

despesas ao final do mês e<br />

tenho de gerir bem o meu<br />

ordenado. Não quero parecer<br />

insensível nem deixar de estar<br />

com ela, mas começo a ficar<br />

aborrecida com esta postura.”<br />

- Luísa, 30 anos<br />

A ESTRATÉGIA:<br />

Sê honesta ou então vais<br />

ficar numa situação de crise,<br />

como ela. Se é a tua melhor<br />

amiga, tens de lhe dizer a verdade<br />

– que adoravas poder<br />

ajudá-la mais mas infelizmente<br />

tens de fazer cortes<br />

nas tuas despesas. Se não<br />

fores sincera vais acabar por<br />

guardar ressentimentos. Esta<br />

é uma ótima oportunidade<br />

para serem mais criativas. Em<br />

vez de irem ao cinema, façam<br />

maratonas de séries ou filmes<br />

em casa, ou pratiquem<br />

jogging no parque da cidade.<br />

Podem fazer programas baratos<br />

onde desfrutam da companhia<br />

uma da outra, sem<br />

entrar em falência ou estragar<br />

a amizade.<br />

O CENÁRIO:<br />

“Eu e uma colega fomos<br />

escolhidas para fazer um<br />

projeto. Esforcei-me imenso<br />

na pesquisa e elaboração de<br />

todo o trabalho e ela fez a<br />

apresentação aos nossos chefes.<br />

No final só lhe deram os<br />

parabéns a ela. Achei que ia<br />

dizer que eu também tinha<br />

muito mérito, mas não o fez.<br />

Fiquei sem palavras.”<br />

- Rute, 29 anos<br />

A ESTRATÉGIA:<br />

Tens de te saber defender,<br />

seja qual for a circunstância.<br />

Não é necessário fazer<br />

um drama ou grande alarido<br />

sobre o assunto, mas nesta<br />

situação, se não conseguiste<br />

intervir no momento, o ideal<br />

seria marcar uma reunião a<br />

sós com o teu chefe e garantir<br />

que ele sabe de que forma<br />

contribuíste para o projeto.<br />

Podes dizer algo como, “gostava<br />

só de esclarecer uma<br />

questão em relação à apresentação<br />

de ontem”, e começas<br />

a referir os pontos que<br />

desenvolveste, para que perceba<br />

que foste parte ativa no<br />

trabalho. Por mais desconfortável<br />

que seja, é importante<br />

dar este tipo de feedback<br />

aos teus superiores, se não<br />

acabas por ficar na sombra e<br />

passas por pouco profissional<br />

ou proativa. Lembra-te que<br />

grande parte do teu sucesso<br />

profissional está relacionado<br />

com a capacidade para o<br />

marketing pessoal. Promove-<br />

-te, negoceia e sabe defender<br />

o teu trabalho.<br />

O CENÁRIO:<br />

“Prometi ao meu namorado<br />

que o ajudava com a entrega<br />

de um projeto importante,<br />

mas também tenho uma proposta<br />

para apresentar no dia<br />

seguinte a um cliente, e ainda<br />

não a terminei. Amo o meu<br />

namorado e queria mesmo<br />

ajudá-lo, mas ele deixa sempre<br />

tudo para o último dia,<br />

e pede-me ajuda imensas<br />

vezes.”<br />

-Sónia, 31 anos<br />

A ESTRATÉGIA:<br />

Foca-te no teu prazo de<br />

entrega primeiro. Embora<br />

não pareça muito grave, desvalorizar<br />

as tuas prioridades<br />

e compromissos é um ato<br />

de desrespeito para contigo<br />

mesma. Não tenhas receio<br />

de ser assertiva e ir direta ao<br />

assunto. Embora não seja uma<br />

conversa fácil, tens de explicar<br />

com calma ao teu namorado<br />

que tens pena, mas o<br />

teu prazo é tão importante e<br />

exigente quanto o dele. Lembra-lhe<br />

que se trata de uma<br />

responsabilidade e obrigação<br />

tua, com consequências práticas.<br />

Ele vai querer o melhor<br />

para ti, por isso tens de lhe<br />

dizer o que é, realmente,<br />

melhor para ti. Claro que é<br />

difícil dizer-lhe que não, mas<br />

vários estudos revelam que os<br />

casais que têm mais conversas<br />

difíceis mas honestas, têm<br />

um relacionamento mais saudável<br />

e duradouro. <br />

DEZEMBRO <strong>2016</strong> _ COSMOPOLITAN _ 57

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