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REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 05

NIEDJA BEZERRA O renascimento que veio com a superação de um desafio A vontade de crescer que criou a DIAMANTES LINGERIE + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

NIEDJA BEZERRA
O renascimento que veio com a superação de um desafio

A vontade de crescer que criou a DIAMANTES LINGERIE

+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

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meu temperamento, de expressar minha arte através de<br />

uma escola mais radicial. Fui enveredando pela abstração<br />

gestual até esse expressionismo abstrato, e acho que é um<br />

rumo, vou seguindo para ver onde vai desembocar”, revela,<br />

colocando-se livre para experimentar mudanças.<br />

Foi a exposição de alguns de seus quadros durante<br />

o Massafeira Livre, no Theatro José de Alencar, em 1978,<br />

que marcou a virada na trajetória artística de Mano, quando<br />

ele próprio passou a encarar com mais profissionalismo a<br />

arte que produzia. Foi em Fortaleza, lembra ele, que o trabalho<br />

começou a se desenvolver, crescer, integrar exposições<br />

e concursos até chegar às mostras individuais. Do VII Salão<br />

Nacional de Artes Plásticas na Casa de Cultura Raimundo<br />

Cela, em 1980, ele foi convidado especial da V Unifor<br />

Plástica, em 1984, e ganhou um salão especial na mesma<br />

mostra, no ano seguinte.<br />

A Galeria Ignez Fiuza, na capital cearense, a Galeria<br />

Spathula, no Rio de Janeiro, e a Galeria de Arte Banestado,<br />

no Paraná, foram alguns espaços que sediaram suas exposições<br />

individuais, até que Mano chegou em Paris, no ano<br />

2000, no Espace Culturel Jorge Amado, com “Fontes de uma<br />

Outra Luz”. “Dizem que Paris é a cidade-luz, mas para mim,<br />

quem tem esse título é mesmo o Ceará”, diz ele, explicando<br />

a essência das obras que expôs na França.<br />

REFERÊNCIAS<br />

No ateliê de Mano, misturam-se obras com sua assinatura<br />

abstrata característica, as pinceladas “velozes e<br />

rasgadas”, como o próprio artista identifica; e desenhos<br />

mais definidos que retratam, em sua maioria, ícones<br />

da religiosidade ocidental. Essas peças, inclusive, estão<br />

sendo produzidas e reunidas por Mano para integrar<br />

uma exposição, ainda sem data definida para acontecer,<br />

sobre a religiosidade e as faces de Jesus Cristo. “Não é<br />

religião, é minha religiosidade. Eu sou fã absoluto dessa<br />

entidade, dessa figura, dessa pessoa, alma, espírito que é<br />

Jesus Cristo”, confessa. Praias, sertões e as cores quentes<br />

do Ceará também são referências presentes no trabalho<br />

de Mano, sem esquecer dos nus femininos, que marcaram<br />

uma das fases de sua pintura.<br />

Quando a tela não dá conta de registrar as emoções de<br />

Mano, ele recorre à escrita, atividade que já rendeu quatro<br />

publicações: dois livros de poesia e dois de prosa-poética.<br />

“Assim como a minha pintura, que é desorganizada e se<br />

28 <strong>GALERIA</strong>

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