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REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 05

NIEDJA BEZERRA O renascimento que veio com a superação de um desafio A vontade de crescer que criou a DIAMANTES LINGERIE + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

NIEDJA BEZERRA
O renascimento que veio com a superação de um desafio

A vontade de crescer que criou a DIAMANTES LINGERIE

+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

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VOZ COLETIVA E<br />

PIONEIRA<br />

RESPONSÁVEL PELA CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS IM<strong>POR</strong>TANTES PARA<br />

A GARANTIA DOS DIREITOS DO CIDADÃO, SOCORRO FRANÇA<br />

RELACIONA O PODER À MISSÃO DE CUIDAR DO OUTRO<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

A<br />

fala firme e bem elaborada da maranhense de 73<br />

anos deixam clara a rotina intensa de trabalho<br />

que ela teve durante muito tempo e mantem<br />

atualmente.“Até hoje não paro um instante,<br />

porque eu acho que não vim ao mundo para<br />

passear”, estabelece Socorro França, que ocupa<br />

agora o cargo de secretária estadual de Justiça e Cidadania,<br />

pasta que garante o exercício pleno dos direitos do cidadão<br />

e cuida das unidades prisionais cearenses e de mais de 27 mil<br />

detentos. Antes de chegar ao atual posto, Socorro trilhou<br />

um longo caminho, com direito a cinco mandatos à frente<br />

do Ministério Público do Ceará (MPCE), participou da<br />

comissão que criou o Código de Defesa do Consumidor e<br />

instituiu a primeira ouvidoria estadual do Brasil. Toda essa<br />

trajetória, contudo, não representa um desejo de diminuir o<br />

ritmo de trabalho, muito menos de tomar para si o mérito<br />

por essas conquistas. “Eu sempre tiro um olhar para as coisas<br />

que fiz na vida, e elas não são minhas, nada disso é meu.<br />

Eu tenho que fazer por aquele que não tem voz, aquele que<br />

realmente está ali esperando que os que têm poder façam<br />

alguma coisa por ele”, determina.<br />

Esse compromisso foi firmado quando Socorro era<br />

ainda criança, em São Luís, e, após conseguir se infiltrar<br />

no fórum de frente à casa onde morava, viu um promotor de<br />

Justiça discursando, na tribuna, sobre o combate ao crime.<br />

“Eu disse a mim mesma que seria promotora de Justiça um<br />

dia”, lembra ela. A liderança e a sensibilidade, dons natos de<br />

Socorro, foram sendo trabalhados nas vivências que teve na<br />

Igreja, participando de grupos de jovens. Em seguida, teve<br />

início a formação acadêmica. “O Direito eu fiz por realmente<br />

poder 43

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