Revista MB Rural 32 2017

qualquer análise química do solo
que se preze. Nossa recomendação
é que a Matéria Orgânica deve ser
colocada como ponto fundamental
e prioritário nos trabalhos de manejo
da fertilidade do solo.
Do contrário todos os investimentos
produtivos poderão
ser subutilizados – desde corretivos,
fertilizantes e inseticidas. Também
não aproveitaremos de forma eficiente
os novos materiais genéticos
estão surgindo derivados enormes
investimentos em pesquisa.
Faz-se necessário aplicarse
práticas produtivas onde os
benefícios do incremento da M.O.
possam ser explorados ao máximo.
Sendo assim, princípios
tais como repensar os modelos de
reformas de pastagens, qualificar
equipes sobre as práticas de manejo
adotadas, garantir resíduos de
forragem e/ou palhadas sobre o
solo, utilizar materiais genéticos
eficientes em melhorar o perfil
do solo, ter objetivos claros ao
revolver o solo, utilizar-se de todas
as fontes de M.O. disponíveis são
ações práticas que devem fazer
parte do planejamento estratégico e
produtivo de uma propriedade.
Também é muito importante
renovarmos o conhecimento sobre
o uso dos “Sistemas Integrados
de Produção”. Com certeza a
integração agricultura pecuária fará
cada dia mais parte dos processos
voltados a melhoria da Matéria
Orgânica do solo. Neste sentido, o
conhecimento e estudo aprofundado
de cada estratégia trarão a clareza
das vantagens financeiras e a
motivação para aplicá-los de forma
plena e profissional. Além disso,
aproveitar-se dos sinergismos das
atividades ou ciclos produtivos
exige muita responsabilidade
técnica e competência operacional
– fato possível apenas a aqueles que
realmente entenderem do sistema
adotado.
Deste modo, converse mais
com seu técnico (Agrônomo, Zootecnista
ou outro profissional qualificado
no tema solos) sobre como
montar um plano de trabalho onde
a Matéria Orgânica seja parâmetro
fundamental para a tomada de decisão.
Também busque pesquisas,
simpósios e cursos sobre este tema.
Os próprios agentes de pesquisa do
Tocantins (EMBRAPA, UFT e Unitins)
vêm produzindo regionalmente
interessantíssimos trabalhos sobre
o assunto, mas temos visto que
muitos técnicos e produtores ainda
não se sensibilizaram para a importância
do tema e destas pesquisas regionais.
Somente com sabedoria (liderança),
objetividade (estratégia) e
competência (equipes qualificadas)
será possível transformar as pesquisas,
conhecimentos e tecnologias
atualmente disponíveis em Projetos
lucrativos e sustentáveis – condições
essenciais aos negócios agropecuários
de sucesso. “Compre esta
briga”, com certeza o tempo e os
resultados vão mostrar que optou
pelo caminho certo.
EDIÇÃO 03 | ANO 07 | JUL/AGO 2017
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