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ao redor de 35% a ingestão de matéria<br />
seca e proporciona menores<br />
perdas de peso, e quando usada em<br />
conjunto com mineral e energia esta<br />
resposta pode ser ainda maior, e<br />
muitas vezes é possível se obter ganhos<br />
relativos.<br />
Este aumento na ingestão<br />
acontece porque a digestão dos<br />
bovinos é realizada através de um<br />
processo de fermentação microbiana,<br />
realizada por fungos, bactérias e<br />
protozoários, este conjunto de microrganismos<br />
são chamados de microbiota<br />
ruminal.<br />
A nutrição dos ruminantes<br />
depende diretamente da simbiose<br />
entre o animal e a microbiota ruminal<br />
que habita o seu aparelho digestivo,<br />
pois, quando um bovino ingere<br />
alimento, na verdade ele está fornecendo<br />
nutrientes para a microbiota<br />
ruminal, que é responsável pela<br />
fermentação e digestão, fazendo o<br />
desdobramento destes alimentos<br />
ingeridos e para então fornecer os<br />
nutrientes que alimentará o animal.<br />
Porém se houver deficiência<br />
ou ausência de alguns nutrientes<br />
limitantes para o desenvolvimento<br />
e proliferação dos microrganismos<br />
como por exemplo, a proteína (nitrogênio),<br />
pode ocorrer uma diminuição<br />
na proliferação da microbiota<br />
ruminal, aumentando o tempo de<br />
passagem dos alimentos pelo tubo<br />
digestivo dos animais, diminuindo<br />
também a eficácia da digestão. E<br />
é justamente o que ocorre com as<br />
pastagens nesta época seca do ano,<br />
os níveis de proteína caem cerca<br />
de 50% (tendo uma média de 3,5 a<br />
4,5% de proteína bruta se levarmos<br />
em consideração as brachiarias de<br />
modo geral), seguida dos minerais<br />
que caem de 50 até 80%, enquanto a<br />
energia diminui de 15 a 20%.<br />
Para que possamos suprir<br />
no mínimo a manutenção desta microbiota<br />
devemos fornecer ao menos<br />
7% de proteína bruta, somente<br />
para manutenção, situação esta que<br />
não ocorre em pastagens tropicais<br />
no período da seca. Por este motivo<br />
o produtor deve ter reservas de pasto<br />
em sua propriedade, mesmo que<br />
seco ou passado, conhecido como<br />
“buxa ou massega”, pois com a utilização<br />
de proteinados para o período<br />
seco, que contenham além de todos<br />
os minerais essenciais, fontes de<br />
proteína (nitrogênio), aminoácidos<br />
e energia para os microrganismos<br />
do rúmen, para que assim consigam<br />
aproveitar estas pastagens de baixa<br />
qualidade, e evitar a perda de peso<br />
dos animais, e possibilita ganhos razoáveis<br />
de acordo com a disponibilidade<br />
e também a qualidade dos pastos,<br />
mesmos secos, evitando assim<br />
o famoso e indesejável efeito “boi<br />
sanfona”.<br />
Se esses passos não forem<br />
seguidos, as propriedades não alcançarão<br />
índices zootécnicos satisfatórios,<br />
como abate dos animais antes<br />
de completarem 30 meses de idade<br />
e fêmeas com o primeiro parto ao<br />
redor de 27 meses.<br />
EDIÇÃO 03 | ANO 07 | JUL/AGO <strong>2017</strong><br />
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