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Revista MB Rural 32 2017

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ao redor de 35% a ingestão de matéria<br />

seca e proporciona menores<br />

perdas de peso, e quando usada em<br />

conjunto com mineral e energia esta<br />

resposta pode ser ainda maior, e<br />

muitas vezes é possível se obter ganhos<br />

relativos.<br />

Este aumento na ingestão<br />

acontece porque a digestão dos<br />

bovinos é realizada através de um<br />

processo de fermentação microbiana,<br />

realizada por fungos, bactérias e<br />

protozoários, este conjunto de microrganismos<br />

são chamados de microbiota<br />

ruminal.<br />

A nutrição dos ruminantes<br />

depende diretamente da simbiose<br />

entre o animal e a microbiota ruminal<br />

que habita o seu aparelho digestivo,<br />

pois, quando um bovino ingere<br />

alimento, na verdade ele está fornecendo<br />

nutrientes para a microbiota<br />

ruminal, que é responsável pela<br />

fermentação e digestão, fazendo o<br />

desdobramento destes alimentos<br />

ingeridos e para então fornecer os<br />

nutrientes que alimentará o animal.<br />

Porém se houver deficiência<br />

ou ausência de alguns nutrientes<br />

limitantes para o desenvolvimento<br />

e proliferação dos microrganismos<br />

como por exemplo, a proteína (nitrogênio),<br />

pode ocorrer uma diminuição<br />

na proliferação da microbiota<br />

ruminal, aumentando o tempo de<br />

passagem dos alimentos pelo tubo<br />

digestivo dos animais, diminuindo<br />

também a eficácia da digestão. E<br />

é justamente o que ocorre com as<br />

pastagens nesta época seca do ano,<br />

os níveis de proteína caem cerca<br />

de 50% (tendo uma média de 3,5 a<br />

4,5% de proteína bruta se levarmos<br />

em consideração as brachiarias de<br />

modo geral), seguida dos minerais<br />

que caem de 50 até 80%, enquanto a<br />

energia diminui de 15 a 20%.<br />

Para que possamos suprir<br />

no mínimo a manutenção desta microbiota<br />

devemos fornecer ao menos<br />

7% de proteína bruta, somente<br />

para manutenção, situação esta que<br />

não ocorre em pastagens tropicais<br />

no período da seca. Por este motivo<br />

o produtor deve ter reservas de pasto<br />

em sua propriedade, mesmo que<br />

seco ou passado, conhecido como<br />

“buxa ou massega”, pois com a utilização<br />

de proteinados para o período<br />

seco, que contenham além de todos<br />

os minerais essenciais, fontes de<br />

proteína (nitrogênio), aminoácidos<br />

e energia para os microrganismos<br />

do rúmen, para que assim consigam<br />

aproveitar estas pastagens de baixa<br />

qualidade, e evitar a perda de peso<br />

dos animais, e possibilita ganhos razoáveis<br />

de acordo com a disponibilidade<br />

e também a qualidade dos pastos,<br />

mesmos secos, evitando assim<br />

o famoso e indesejável efeito “boi<br />

sanfona”.<br />

Se esses passos não forem<br />

seguidos, as propriedades não alcançarão<br />

índices zootécnicos satisfatórios,<br />

como abate dos animais antes<br />

de completarem 30 meses de idade<br />

e fêmeas com o primeiro parto ao<br />

redor de 27 meses.<br />

EDIÇÃO 03 | ANO 07 | JUL/AGO <strong>2017</strong><br />

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