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Bruno Soares Pires de Mello Tristão<br />
Zootecnista / Agroquima<br />
bruno.tristao@agroquima.com.br<br />
Luis Felipe Felix Monteiro<br />
Zootecnista / Agroquima<br />
luis.felipex8@hotmail.com<br />
SUPLEMENTAÇÃO II<br />
ESTRATÉGIA DE<br />
SUPLEMENTAÇÃO NA SECA<br />
A atividade de pecuária de corte vem enfrentando cada vez mais desafios, e o estreitamento das suas margens de<br />
lucro tem se evidenciado com o decorrer das últimas décadas, frente a isto, não há condições de continuar trabalhando<br />
com os baixos índices de produtividade. Tem-se, então, que maximizar as respostas com uso de tecnologias<br />
viáveis economicamente. Esta situação desafia a pecuária de corte a produzir de forma eficiente, de modo a reduzir<br />
a idade de abate para 24 meses, com animais terminados a pasto, sem a necessidade de confinamento.<br />
Porém, a maior dificuldade<br />
para produção de carne a pasto, em<br />
condições tropicais e subtropicais, é<br />
a ocorrência da sazonalidade de produção<br />
das plantas forrageiras. Isto<br />
reflete em oscilações na produtividade<br />
e na qualidade das forrageiras<br />
durante o ano, sendo responsável<br />
por baixos índices zootécnicos.<br />
Com isto, há a necessidade<br />
de usar estratégias nutricionais,<br />
como o uso da suplementação proteica<br />
ou proteico energética, eliminando<br />
as fases negativas do crescimento<br />
(seca), reduzindo a idade ao<br />
abate e diluindo o custo fixo, além<br />
de aumentar o capital de giro. A<br />
suplementação na seca é, indiscutivelmente,<br />
excelente alternativa para<br />
incrementos nos ganhos.<br />
O uso de sal proteinado, em<br />
geral, mantém os pesos ou permite<br />
leves ganhos adicionais (100 a 200<br />
g/dia) no período. Já suplementos<br />
proteico-energéticos de baixo consumo<br />
(até 0,1-0,3%PV) tem propiciado<br />
ganhos superiores a 400 g/<br />
animal/dia). Porém muitas das experiências<br />
tem sido negativas, ou<br />
abaixo do esperado, não pela qualidade<br />
dos produtos, mas sim por<br />
erros básicos na própria fazenda,<br />
sendo mais frequente o manejo inadequado<br />
das pastagens no período<br />
das águas, ocasionado baixas ofertas<br />
de foragem no período da seca.<br />
O fator de maior importância<br />
para o sucesso de um programa<br />
de nutricional a pasto é a oferta adequada<br />
de forragem. Em segundo<br />
plano, a qualidade, pois o objetivo<br />
da suplementação é complementar<br />
os nutrientes limitantes na pastagem<br />
para o bom desempenho animal.<br />
A qualidade, bem como a<br />
oferta das forragens, além de serem<br />
dependentes dos fatores climáticos,<br />
sofrem grande influência da disponibilidade<br />
de nutrientes no solo e<br />
do “manejo” do pastejo da fazenda<br />
(taxa de lotação, intervalo entre pastejos,<br />
etc.), sendo que estas duas últimas<br />
situações podem ser modificadas,<br />
diminuindo os efeitos negativos<br />
da primeira situação.<br />
Em função das estações bem<br />
definidas de águas e seca no Brasil,<br />
as taxas de crescimento das plantas<br />
ao longo do ano são variáveis, e a<br />
adoção de estratégias erradas de<br />
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EDIÇÃO 03 | ANO 07 | JUL/AGO <strong>2017</strong>