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Revista MB Rural 32 2017

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Bruno Soares Pires de Mello Tristão<br />

Zootecnista / Agroquima<br />

bruno.tristao@agroquima.com.br<br />

Luis Felipe Felix Monteiro<br />

Zootecnista / Agroquima<br />

luis.felipex8@hotmail.com<br />

SUPLEMENTAÇÃO II<br />

ESTRATÉGIA DE<br />

SUPLEMENTAÇÃO NA SECA<br />

A atividade de pecuária de corte vem enfrentando cada vez mais desafios, e o estreitamento das suas margens de<br />

lucro tem se evidenciado com o decorrer das últimas décadas, frente a isto, não há condições de continuar trabalhando<br />

com os baixos índices de produtividade. Tem-se, então, que maximizar as respostas com uso de tecnologias<br />

viáveis economicamente. Esta situação desafia a pecuária de corte a produzir de forma eficiente, de modo a reduzir<br />

a idade de abate para 24 meses, com animais terminados a pasto, sem a necessidade de confinamento.<br />

Porém, a maior dificuldade<br />

para produção de carne a pasto, em<br />

condições tropicais e subtropicais, é<br />

a ocorrência da sazonalidade de produção<br />

das plantas forrageiras. Isto<br />

reflete em oscilações na produtividade<br />

e na qualidade das forrageiras<br />

durante o ano, sendo responsável<br />

por baixos índices zootécnicos.<br />

Com isto, há a necessidade<br />

de usar estratégias nutricionais,<br />

como o uso da suplementação proteica<br />

ou proteico energética, eliminando<br />

as fases negativas do crescimento<br />

(seca), reduzindo a idade ao<br />

abate e diluindo o custo fixo, além<br />

de aumentar o capital de giro. A<br />

suplementação na seca é, indiscutivelmente,<br />

excelente alternativa para<br />

incrementos nos ganhos.<br />

O uso de sal proteinado, em<br />

geral, mantém os pesos ou permite<br />

leves ganhos adicionais (100 a 200<br />

g/dia) no período. Já suplementos<br />

proteico-energéticos de baixo consumo<br />

(até 0,1-0,3%PV) tem propiciado<br />

ganhos superiores a 400 g/<br />

animal/dia). Porém muitas das experiências<br />

tem sido negativas, ou<br />

abaixo do esperado, não pela qualidade<br />

dos produtos, mas sim por<br />

erros básicos na própria fazenda,<br />

sendo mais frequente o manejo inadequado<br />

das pastagens no período<br />

das águas, ocasionado baixas ofertas<br />

de foragem no período da seca.<br />

O fator de maior importância<br />

para o sucesso de um programa<br />

de nutricional a pasto é a oferta adequada<br />

de forragem. Em segundo<br />

plano, a qualidade, pois o objetivo<br />

da suplementação é complementar<br />

os nutrientes limitantes na pastagem<br />

para o bom desempenho animal.<br />

A qualidade, bem como a<br />

oferta das forragens, além de serem<br />

dependentes dos fatores climáticos,<br />

sofrem grande influência da disponibilidade<br />

de nutrientes no solo e<br />

do “manejo” do pastejo da fazenda<br />

(taxa de lotação, intervalo entre pastejos,<br />

etc.), sendo que estas duas últimas<br />

situações podem ser modificadas,<br />

diminuindo os efeitos negativos<br />

da primeira situação.<br />

Em função das estações bem<br />

definidas de águas e seca no Brasil,<br />

as taxas de crescimento das plantas<br />

ao longo do ano são variáveis, e a<br />

adoção de estratégias erradas de<br />

24<br />

EDIÇÃO 03 | ANO 07 | JUL/AGO <strong>2017</strong>

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