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edição de 28 de novembro de 2016

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propmark.com.br<br />

aNo 52 - Nº 2624 - <strong>28</strong> <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong> r$ 12,00<br />

NizaN guaNaes é<br />

o mais admirado<br />

Pesquisa Agency Scope<br />

<strong>2016</strong>, divulgada na semana<br />

passada, aponta<br />

o nome <strong>de</strong> Nizan Guanaes,<br />

do Grupo ABC,<br />

como o publicitário<br />

mais admirado do país.<br />

págs. 3 (Editorial) e 16<br />

aBa aVaLia TerCeira<br />

ida<strong>de</strong> e geraÇÃo z<br />

Encontro da associação<br />

<strong>de</strong> anunciantes,<br />

comandada por Juliana<br />

Nunes, discutiu<br />

abordagem dos consumidores<br />

da geração Z e<br />

da terceira ida<strong>de</strong>, entre<br />

outros targets. pág. 14<br />

FCB uNe TeCNoLogia<br />

a aÇões CriaTiVas<br />

Metodologia, velocida<strong>de</strong><br />

e tecnologia formam<br />

o tripé básico do<br />

mo<strong>de</strong>lo da FCB. Quem<br />

explica é o executivo<br />

Aurélio Lopes, chairman<br />

da re<strong>de</strong> na América<br />

Latina. pág. 48<br />

Preço afeta<br />

produção<br />

Crise econômica e novas formas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong><br />

imagens prejudicam negócios da produção <strong>de</strong><br />

comerciais no Brasil. Players da área também apontam<br />

problemas com aumento da concorrência e pressão<br />

das áreas <strong>de</strong> compras dos anunciantes. pág. <strong>28</strong><br />

Abscent84/iStock


NO BANCO ORIGINAL,<br />

TUDO ACONTECE<br />

MAIS RÁPIDO.<br />

ATÉ OS PRÊMIOS.<br />

Banco Original. Vencedor <strong>de</strong> dois prêmios<br />

no Marketing Best por toda sua inovação nos<br />

cases <strong>de</strong> lançamento do BANCO 100% DIGITAL<br />

e na realização da Arena Banco Original,<br />

espaço multiplataforma que reúne música,<br />

pensamento, cinema, teatro e gastronomia.<br />

100% DIGITAL<br />

BAIXE O APLICATIVO E ABRA<br />

SUA CONTA PELO CELULAR.<br />

Você é original. Esse banco é seu.


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

o astro brilha<br />

semana foi generosa com Nizan Guanaes: convidado pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

Temer, integrou-se ao Conselhão (Conselho <strong>de</strong> Desenvolvi-<br />

A<br />

mento Econômico e Social), ligado à Casa Civil da Presidência da República,<br />

e já na primeira reunião do órgão <strong>de</strong> assessoria pediu a palavra e<br />

conclamou o presi<strong>de</strong>nte Michel Temer a aproveitar o seu momento <strong>de</strong><br />

impopularida<strong>de</strong> e tomar as medidas enérgicas, geralmente impopulares,<br />

que o momento requer.<br />

Guanaes usou <strong>de</strong> uma imagem que <strong>de</strong>pois foi muito replicada nas mídias<br />

sociais, sobre o fato <strong>de</strong> a popularida<strong>de</strong> ser uma jaula que aprisiona<br />

os governantes.<br />

Recomendou então a Temer que abrisse a portinhola da jaula e soltasse<br />

o necessário lado impopular <strong>de</strong> todo presi<strong>de</strong>nte da República, sempre<br />

necessário quando se vive uma grave crise econômica com troca <strong>de</strong> governo<br />

no meio.<br />

Nessa mesma semana, a Scopen (ex-Grupo Consultores), empresa <strong>de</strong><br />

origem espanhola especialista em pesquisa <strong>de</strong> mercado, lançou a sua<br />

versão <strong>2016</strong> da pesquisa Agêncy Scope, tendo sido ouvidos nesse projeto<br />

405 anunciantes que respon<strong>de</strong>ram a diversas perguntas sobre agências<br />

e publicitários.<br />

Nizan Guanaes, fundador do Grupo ABC, que reúne as agências Africa,<br />

DM9, NewStyle, LDC, Tudo e Sunset, atingiu o primeiro lugar no<br />

quesito publicitário mais admirado. O resultado provocou comentários<br />

em off ao editorialista, com a maioria dos seus concorrentes elogiando<br />

a escolha e uma minoria criticando, como era <strong>de</strong> se esperar. Já faz<br />

tempo que Guanaes incomoda seus concorrentes, esforçando-se por<br />

se <strong>de</strong>stacar <strong>de</strong>ntro e fora da caixa. Temos para nós que ele criou um<br />

personagem, também chamado Nizan Guanaes, que faz o possível e o<br />

impossível para mostrar as qualida<strong>de</strong>s do verda<strong>de</strong>iro Nizan Guanaes,<br />

que <strong>de</strong> fato extrapola quando o assunto é comunicação.<br />

Ele não se restringe apenas ao seu trabalho, <strong>de</strong>ntro dos limites que lhes<br />

são impostos pelos clientes das agências do Grupo ABC. Ele tem muito<br />

presente na sua cabeça privilegiada que os responsáveis pelo marketing<br />

dos seus clientes-anunciantes atuais e futuros apreciam sua personalida<strong>de</strong>,<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abrir portas em busca <strong>de</strong> soluções para<br />

todo tipo <strong>de</strong> problema que ro<strong>de</strong>ia as empresas-clientes.<br />

Acompanhamos a carreira vencedora <strong>de</strong> Guanaes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os seus tempos<br />

<strong>de</strong> redator na Bahia, já um profissional brilhante no seu ofício, mas<br />

que tinha muito o que apren<strong>de</strong>r para acalmar suas inquietu<strong>de</strong>s.<br />

Ele não se furtou a isso, reconhecendo que a tarefa do próprio <strong>de</strong>senvolvimento<br />

passava pelo Rio e culminaria em São Paulo, “um verda<strong>de</strong>iro<br />

país”, como ele costuma dizer.<br />

Ainda escreveremos muito sobre ele neste espaço, pois sua carreira<br />

ainda tem um longo caminho a percorrer. Nem mesmo ele sabe exatamente<br />

qual. Po<strong>de</strong> ser o político, mas Roberto Justus, no mesmo dia<br />

da primeira reunião do Conselhão, adiantou-se a Nizan Guanaes e comentou,<br />

com parte da imprensa presente, que, se pu<strong>de</strong>r, tentará ser<br />

candidato à Presidência da República em 2018.<br />

Isso não anula uma eventual abertura no mesmo caminho para Guanaes.<br />

Afinal, o efeito João Doria Júnior ainda está muito presente não só no<br />

povo <strong>de</strong> São Paulo, como também em quase toda a população brasileira.<br />

A verda<strong>de</strong> é que o país precisa reformar a sua atual classe política, formada<br />

após a queda do regime militar e adquirente <strong>de</strong> vícios que contaminaram<br />

gran<strong>de</strong> parte dos seus integrantes.<br />

Se a hora chegou para João Doria Júnior, com uma surpreen<strong>de</strong>nte vitória<br />

no primeiro turno, que nem ele mesmo esperava, como chegou<br />

a nos confessar no dia seguinte à apuração, po<strong>de</strong> não significar um ato<br />

isolado <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> do eleitor. Ao contrário, po<strong>de</strong> indicar a saturação <strong>de</strong><br />

todos diante <strong>de</strong> políticos extremamente profissionais, com os melhores<br />

e piores sentidos que a palavra possa expressar.<br />

A porta po<strong>de</strong> então se abrir, se é que já não está aberta, não apenas para<br />

empresários famosos e bem-sucedidos da comunicação comercial (não<br />

confundir com a comunicação do entretenimento), como também para<br />

outros talentos dos <strong>de</strong>mais segmentos do mundo empresarial e, por<br />

que não, também dos setores <strong>de</strong> trabalhos individuais <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.<br />

A hora po<strong>de</strong> estar acenando também para os liberais, aqueles que <strong>de</strong>monstram<br />

distância dos corredores e conchavos políticos tradicionais,<br />

que o povo brasileiro já não mais suporta.<br />

***<br />

A nova ABA (Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes), presidida por Juliana<br />

Nunes, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos Corporativos, Sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

RH e Compliance da Brasil Kirin, e tendo como realizadora principal<br />

a também presi<strong>de</strong>nte-executiva da entida<strong>de</strong>, Sandra Martinelli, encontra-se<br />

em uma das melhores fases da sua vida comunitária.<br />

A entida<strong>de</strong> não para <strong>de</strong> realizar bons eventos, como foi o recente ABA<br />

Summit/SP, realizado em famoso hotel <strong>de</strong>sta capital (ver cobertura nesta<br />

edição). E nem bem finalizou (com sucesso) o evento, já anuncia outro<br />

nesta terça (29), no auditório do prédio Joaquim Távora da ESPM,<br />

abordando o ROI no novo contexto da mídia.<br />

Sandra Martinelli abrirá o seminário, apresentando Flavio Ferrari, diretor-geral<br />

<strong>de</strong> Media Measurement da GfK Brasil, parceira da ABA nesse<br />

evento. Ferrari abordará o sempre atual tema do retorno nos investimentos<br />

em comunicação. A mesa contará ainda com Marcelo Coutinho<br />

(FGV), Marco Antonio Nunes (Coca-Cola), Bárbara Toscano (LG) e Marco<br />

Fra<strong>de</strong>, do comitê <strong>de</strong> mídia da ABA. A mo<strong>de</strong>ração caberá a Fernanda<br />

Muradas, da GfK Brasil.<br />

***<br />

A regional <strong>de</strong> Brasília do Prêmio Colunistas, comandada por Fernando<br />

Vasconcelos, realizará a cerimônia <strong>de</strong> entrega dos prêmios aos vencedores<br />

<strong>de</strong>ste ano, no próximo dia 9, nos salões do Iate Clube local. O apoio<br />

<strong>de</strong> mídia <strong>de</strong>ssa regional é do Correio Braziliense e as a<strong>de</strong>sões à cerimônia<br />

po<strong>de</strong>rão ser feitas através dos telefones (61) 3964-1041 e 3964-0963.<br />

FraSeS<br />

“Não po<strong>de</strong>mos per<strong>de</strong>r nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos indignarmos”.<br />

(Jornal da Band, 21/11)<br />

“Que bom seria se só houvesse a Black Friday e nosso <strong>2016</strong><br />

não fosse Black Year”.<br />

(Enio Vergeiro, presi<strong>de</strong>nte da APP)<br />

“Precisamos transformar São Paulo em uma cida<strong>de</strong> linda.<br />

Sei que conseguiremos”.<br />

(João Doria Júnior, prefeito eleito <strong>de</strong> São Paulo)<br />

“<strong>de</strong>mocracia é o sistema político que faz com que as<br />

pessoas acreditem que, ao eleger o carteiro, terão<br />

controle sobre os rumos dos correios”.<br />

(Henrique Szklo, no livro <strong>de</strong> sua autoria<br />

“Você é criativo sim senhor!”, Editora Jaboticaba)<br />

“resgatamos um posicionamento <strong>de</strong> player que agrega negócio<br />

para o cliente, dando-lhe alta visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado”.<br />

(Jairo Soares, vice-presi<strong>de</strong>nte da Fischer, em <strong>de</strong>poimento à<br />

Revista Propaganda, outubro/16)<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 3


PRÊmioS<br />

Índice<br />

colunistas RS<br />

revela vencedores<br />

Escala conquistou o GP <strong>de</strong> Agência do Ano e o<br />

<strong>de</strong> Profissional, que ficou com o executivo João<br />

Miragem. Já o título <strong>de</strong> Publicitária do Ano<br />

foi para Lara Piccoli (foto), sócia da Morya. A<br />

Bendito é a Empresa <strong>de</strong> Design do Ano. Além<br />

<strong>de</strong>sse GP, duas profissionais da agência foram<br />

<strong>de</strong>staques na premiação. pág. 58<br />

conSumo<br />

Brasileiro muda<br />

perfil em casa<br />

Y&R, em parceria com a revista Casa<br />

Claudia, realizou pesquisa que aponta novo<br />

comportamento no hábito <strong>de</strong> morar. pág. 16<br />

<strong>28</strong><br />

cAPA<br />

Produtoras<br />

sofrem retração<br />

Setor foi afetado por prazos<br />

mais longos <strong>de</strong> pagamentos<br />

e redução <strong>de</strong> negócios.<br />

E, também, há diminuição<br />

do valor dos orçamentos.<br />

AGÊnciAS<br />

Grupo ABc assume<br />

a newStyle<br />

Alice Coutinho e Claudio Xavier <strong>de</strong>ixam<br />

a empresa em <strong>de</strong>zembro. Agência <strong>de</strong> live<br />

marketing faz parte do ABC, holding criada<br />

por Nizan Guanaes e Guga Valente, que será<br />

único sócio da operação. pág. 50<br />

entReviStA<br />

Brasilcap adota<br />

nova estratégia<br />

Elena Korpusenko, executiva <strong>de</strong> marketing<br />

da empresa <strong>de</strong> capitalização do Banco do<br />

Brasil, afirma que resultado <strong>de</strong> pesquisa<br />

conduziu a mudança na comunicação.<br />

Campanha que está no ar explora o lado<br />

humano do consumidor. pág. 18<br />

Jor na lis ta res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Diretores<br />

Ar man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti ni<br />

Diretor <strong>de</strong> redação<br />

Marcello Queiroz<br />

editores<br />

Neu sa Spau luc ci<br />

Kelly Dores (Site)<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

editores-assistentes<br />

Cristiane Marsola<br />

Paulo Macedo<br />

repórteres<br />

Bárbara Barbosa (SP)<br />

Vinícius Novaes (SP)<br />

Mariana Zirondi (SP)<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

assistente <strong>de</strong> redação<br />

Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />

editor <strong>de</strong> arte<br />

Adu nias Bis po da Luz<br />

assistentes <strong>de</strong> arte<br />

Lucas Boccatto<br />

Michel Medina<br />

revisor<br />

José Carlos Boanerges<br />

site<br />

propmark.com.br<br />

redação<br />

Rua Fran çois Coty, 2<strong>28</strong><br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor<br />

Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

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e (11) 94783-1208<br />

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Monserrat Miró<br />

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Tatiana Milani Ferrentini<br />

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Consultor Jurídico<br />

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(OAB/SP nº 186.504)<br />

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assinaturas/renovação/<br />

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O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia<br />

Ltda. rua Fran çois Coty, 2<strong>28</strong> - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa riamen<br />

te a opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser<br />

con trá rias a ela.<br />

4 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


LDC.<br />

MAS PODE<br />

CHAMAR DE<br />

AGÊNCIA<br />

DA ADRIANA<br />

FAVARO.<br />

#ELSO<br />

,ODUCCA<br />

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'ERENTE%XECUTIVA<br />

DE-ÓDIA)NTEGRADA<br />

DA"2&OODS<br />

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15%%5,)'/<br />

02!$2)v<br />

!NDRÏ<br />

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"ARROS0"<br />

#%/DA!MPFY<br />

h! $2)¡5-!-°$)!<br />

350%2-/$%2.!15%4%-<br />

02/&5.$)$!$%%3%<br />

DIFERENCIA NESTE PERÍODO<br />

$%42!.3&/2-!§/%-15%<br />

O MERCADO ESTÁ PASSANDO.v<br />

&ÉTIMA<br />

2ENDEIRO<br />

0RESIDENTEDO<br />

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DEMÓDIA<br />

#ABORÏ<br />

WWW.<br />

LDC.AGENCY


conexões<br />

dos. Ficaram claros, no encontro,<br />

os <strong>de</strong>safios enfrentados pelas empresas<br />

anunciantes, que precisam<br />

estabelecer relação verda<strong>de</strong>ira<br />

e diálogo com os mais diferentes<br />

públicos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />

plataforma.”<br />

Paulo Leal<br />

Zoomin.TV Brasil<br />

São Paulo - SP<br />

Black Friday<br />

“É visível que o marketing tem trabalhado<br />

intensamente neste mês para<br />

tentar ajudar as lojas a recuperarem<br />

o fôlego em um ano <strong>de</strong> vendas tão<br />

ruins. Ainda assim, não parece que<br />

neste ano foi possível reverter a imagem<br />

<strong>de</strong> ‘black frau<strong>de</strong>’ na campanha<br />

brasileira. Não sei se é um problema<br />

apenas <strong>de</strong> comunicação ou <strong>de</strong> oferta<br />

<strong>de</strong> produtos mesmo.”<br />

Mariana Sant’Anna<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ<br />

enquete<br />

O PROPMARK online fez uma enquete para saber a opinião dos consumidores<br />

a respeito da Black Friday, que foi realizada no último dia 25. Confira como os<br />

leitores respon<strong>de</strong>ram à pergunta: “Você acha que, com a crise econômica, as<br />

vendas vão correspon<strong>de</strong>r às expectativas das marcas?”:<br />

Não. A Black Friday no Brasil tem fama negativa pelos falsos<br />

preços cobrados por algumas empresas em edições anteriores,<br />

36%<br />

o que fez a data per<strong>de</strong>r a credibilida<strong>de</strong>.<br />

Sim. A indústria está com gran<strong>de</strong>s estoques e essa é a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer bons <strong>de</strong>scontos e aumentar as vendas. 27%<br />

Não. O brasileiro está sem dinheiro e as pesquisas já mostram<br />

que as compras vão ser menores neste ano. Mesmo com os <strong>de</strong>scontos<br />

poucas pessoas vão comprar na data.<br />

22%<br />

Sim. A confiança do consumidor está maior porque ele apren<strong>de</strong>u<br />

a fiscalizar e agora está mais atento para realizar principalmente<br />

as compras<br />

15%<br />

online.<br />

última Hora<br />

ROBÔ<br />

A Elle <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro vai<br />

encerrar o ano com edição<br />

que aponta para o futuro da<br />

moda. A revista, que chega<br />

às bancas no próximo dia 2,<br />

faz um balanço das principais<br />

mudanças pelas quais vem<br />

passando a moda. Além disso,<br />

a capa vai estampar uma<br />

robô, em vez <strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>lo<br />

tradicional. Sophia é um<br />

dos projetos <strong>de</strong> inteligência<br />

artificial mais avançados no<br />

mundo, e protagonizou em<br />

Hong Kong, se<strong>de</strong> da startup<br />

que a concebeu, um ensaio<br />

que chama atenção pelo<br />

contraste evi<strong>de</strong>nciado pelo<br />

look romântico que veste,<br />

influenciado por tendências<br />

fortes como upcycling e<br />

handma<strong>de</strong>.<br />

DESAFIOS<br />

Na próxima quarta-feira<br />

ABA Summit<br />

“Parabenizo o PROPMARK pela excelente<br />

cobertura online do evento<br />

ABA Summit. Uma oportunida<strong>de</strong><br />

para os profissionais do mercado<br />

que não pu<strong>de</strong>ram estar presentes<br />

se atualizar dos assuntos discutidorinHo<br />

(30), a Ipsos realizará evento<br />

em São Paulo para tratar<br />

da dificulda<strong>de</strong> das marcas<br />

em garantir a atenção<br />

do consumidor a sua<br />

comunicação publicitária.<br />

A companhia vai apresentar<br />

também dados sobre como<br />

diferentes meios – TV, rádio,<br />

impresso e até internet –<br />

enfrentam <strong>de</strong>safios com um<br />

consumidor cada vez mais<br />

dividido entre múltiplos<br />

estímulos.<br />

DIREITO<br />

A ADVB (Associação dos<br />

Dirigentes <strong>de</strong> Vendas e<br />

Marketing do Brasil) completa<br />

60 anos e vai comemorar a<br />

data no próximo dia 8, em<br />

São Paulo, com palestra <strong>de</strong><br />

Janaína Paschoal. Ela vai falar<br />

sobre Aspectos Preventivos<br />

do Direito Penal nas Relações<br />

Corporativas.<br />

Facebook<br />

Post: “Anunciantes veem TV aberta<br />

como o meio mais eficiente”<br />

“O dualismo ‘bipolar’ da mídia!”<br />

Leopoldo José Dos Santos<br />

Post: Nizan Guanaes é o publicitário<br />

mais admirado pelos anunciantes<br />

“Enquanto o mercado <strong>de</strong> propaganda<br />

no Brasil continuar admirando os lí<strong>de</strong>res<br />

do mercado que em suas agências<br />

os funcionários precisam virar a<br />

noite trabalhando e chegar no outro<br />

dia cedo, trabalham aos sábados,<br />

domingos e feriados sem receber,<br />

sem <strong>de</strong>scanso, lazer, vida pessoal...<br />

profissionais continuarão saindo em<br />

massa para o exterior em busca <strong>de</strong><br />

um mercado que não escravize seus<br />

colaboradores. Só vemos os louros<br />

dos VPs, DCs, CEOs, mas ninguém<br />

fala dos cururus que estão no porão<br />

remando o barco e se afogando.<br />

João Candido<br />

“Hahahahahahaha”<br />

Epaminondas Paulino<br />

“Meu Deus. É do Sensacionalista essa<br />

matéria”<br />

Helena Passos<br />

Disqus (comentário no site<br />

<strong>de</strong> 19 a 25 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong>)<br />

Post: Renato Abdo chega à<br />

Disruption Comunicação<br />

“Sucesso!”<br />

Marli Martins<br />

Post: Nizan Guanaes é o publicitário<br />

mais admirado pelos anunciantes<br />

“Pelos publicitários também?”<br />

Mime Vian<br />

6 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


opinião<br />

Rawpixel/iStock<br />

Educação<br />

nunca<br />

é <strong>de</strong>mais<br />

Francisco rosa<br />

No ano passado conheci o Japão. Como já<br />

tinha ouvido <strong>de</strong> alguns amigos, aquilo<br />

é realmente outro mundo. A cultura é impressionante<br />

- diferente do que vemos com<br />

certa frequência na Europa, Estados Unidos<br />

e, claro, aqui no Brasil.<br />

As coisas são bem organizadas e as pessoas<br />

extremamente educadas. O povo japonês<br />

dá aula <strong>de</strong> respeito, gentileza e cordialida<strong>de</strong>.<br />

Seria tão bom se todos pu<strong>de</strong>ssem<br />

vivenciar isso algum dia! É um belo “intensivão”<br />

<strong>de</strong> como se <strong>de</strong>ve tratar as pessoas.<br />

Chega ao cúmulo <strong>de</strong> você abrir o mapa<br />

na rua e um japonês em<br />

questão <strong>de</strong> minuto encostar<br />

ao seu lado para ajudar,<br />

mesmo sem falar uma palavra<br />

<strong>de</strong> inglês. Vivi uma situação<br />

em uma estação <strong>de</strong> trem<br />

em que fui levado com toda<br />

simpatia do mundo até <strong>de</strong>ntro<br />

do vagão, porque estava<br />

parado por lá com cara <strong>de</strong><br />

perdido. Eles são <strong>de</strong>mais!<br />

“O pOvO japOnês<br />

dá aula <strong>de</strong><br />

respeitO,<br />

gentileza e<br />

cOrdialida<strong>de</strong>”<br />

Chegam até a tirar o som do toque do celular<br />

para não incomodar os outros. E se o<br />

telefone toca num trem? Eles vão entre os<br />

vagões para aten<strong>de</strong>r e não incomodar o vizinho<br />

<strong>de</strong> banco. Ninguém esbarra em ninguém,<br />

mas po<strong>de</strong> acontecer. E se isso por<br />

acaso acontece, ficam meia hora pedindo<br />

<strong>de</strong>sculpas!<br />

A organização das cida<strong>de</strong>s também é <strong>de</strong><br />

se tirar o chapéu. Quase não têm lixeiras<br />

nas ruas, porque os japoneses evitam ao<br />

máximo gerar lixo ou os <strong>de</strong>spejam em locais<br />

específicos para isso. E olha, dá até para<br />

<strong>de</strong>itar na rua <strong>de</strong> tão limpa que é.<br />

No banheiro não tem papel toalha, cada<br />

japonês tem uma toalhinha na bolsa para<br />

enxugar a mão, mas não é por frescura, é<br />

para não gerar resíduos.<br />

O que achei impressionante foi o fato <strong>de</strong><br />

todos terem um papel social importante,<br />

muito claro, <strong>de</strong> como cada um po<strong>de</strong> construir<br />

uma socieda<strong>de</strong> melhor. Está aí o x da<br />

questão. E por que estou falando tudo isso<br />

aqui? Pelo simples motivo <strong>de</strong> que seria um<br />

sonho se pudéssemos trazer um pouquinho<br />

<strong>de</strong>ssa cultura para o nosso mercado. E<br />

também para nosso país, claro.<br />

Tive treinamento da Hyper Island em<br />

que mostraram o case <strong>de</strong> uma equipe italiana<br />

<strong>de</strong> ciclismo que traçou a meta <strong>de</strong> melhoria<br />

<strong>de</strong> 1% em todo o processo, em simplesmente<br />

todos os <strong>de</strong>talhes. E<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um tempo esse mero<br />

1% <strong>de</strong> todas as partes fez com<br />

que se sagrassem campeões.<br />

Diante do que aprendi no Japão,<br />

e pensando no caminho<br />

que nosso mercado tem tomado<br />

nos últimos anos, além da meta<br />

da equipe <strong>de</strong> ciclismo, gostaria <strong>de</strong> fazer um<br />

<strong>de</strong>safio: melhorar não em 1%, mas sim em<br />

10% a forma como tratamos as pessoas.<br />

No trabalho e nas relações diárias. Mais<br />

respeito, cordialida<strong>de</strong> e tolerância. Esse é o<br />

foco! E o que isso impactaria na nossa rotina,<br />

nas tarefas do dia a dia? Tenho certeza<br />

<strong>de</strong> que todos se sentirão bem melhor, o trabalho<br />

e até a correria que enfrentamos por<br />

aqui seriam mais agradáveis. E se traçarmos<br />

essa meta todo ano? Acredito que as<br />

coisas melhorariam consi<strong>de</strong>ravelmente no<br />

longo prazo: no relacionamento interpessoal,<br />

profissional e na saú<strong>de</strong> e bem-estar.<br />

Enfim, não é nada complicado. 10% a<br />

mais <strong>de</strong> respeito, <strong>de</strong> paciência, <strong>de</strong> tolerância<br />

e cordialida<strong>de</strong> não é uma meta difícil <strong>de</strong><br />

ser batida. Tenho certeza que você tem metas<br />

mais ousadas aí na sua empresa.<br />

Francisco Rosa é diretor <strong>de</strong> mídia da Artplan em<br />

São Paulo e VP comercial do Grupo <strong>de</strong> Mídia<br />

francisco.rosa@artplan.com.br<br />

8 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Ainda <strong>de</strong> acordo com o<br />

executivo, as agências <strong>de</strong>veriam<br />

focar mais em criações<br />

para o mobile. “Continuamos<br />

apresentando anúncios <strong>de</strong> televisão<br />

no mobile e imaginando<br />

por que não funcionam.<br />

Diante <strong>de</strong>sse cenário, uma<br />

das coisas que estamos <strong>de</strong>senvolvendo<br />

no Teads Studio<br />

é transformar anúncios <strong>de</strong> TV<br />

em anúncios <strong>de</strong> maior engajamento<br />

no mobile”, falou ele.<br />

O CEO da Teads aposta<br />

em anunciantes alcançando<br />

uma audiência <strong>de</strong> TV <strong>de</strong> formErCadO<br />

Publicida<strong>de</strong> será “automontável”<br />

em tempo real, afirma CEO da Teads<br />

Emi Gal falou sobre o futuro da propaganda digital durante encontro<br />

realizado pelo IAB Brasil, na semana passada, que discutiu a mobilida<strong>de</strong><br />

Vinícius noVaes<br />

Emi Gal, CEO da Teads,<br />

acredita que a publicida<strong>de</strong><br />

no futuro será “automontável”<br />

em tempo real e sem nenhuma<br />

participação humana.<br />

“Será como uma espécie <strong>de</strong><br />

‘lego’ capaz <strong>de</strong> se automontar.<br />

A partir <strong>de</strong> gui<strong>de</strong>lines,<br />

imagens e ví<strong>de</strong>os, dados <strong>de</strong><br />

campanhas anteriores, será<br />

possível usar um algoritmo<br />

para criar um anúncio individualizado<br />

automaticamente”,<br />

afirmou.<br />

Ele foi um dos palestrantes<br />

do Mobilida<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, encontro<br />

que foi realizado pelo IAB (Interactive<br />

Advertising Bureau)<br />

Brasil no último dia 22, em<br />

São Paulo.<br />

O CEO da empresa <strong>de</strong> mídia<br />

programática em ví<strong>de</strong>o<br />

também acredita que ela será<br />

auto-otimizável. “O que acontecerá<br />

no futuro é que usaremos<br />

os diferentes dados para<br />

criar milhões <strong>de</strong> versões <strong>de</strong><br />

anúncios dinamicamente por<br />

meio <strong>de</strong> algoritmos, <strong>de</strong>finindo<br />

apenas a meta da campanha”,<br />

<strong>de</strong>stacou.<br />

Por fim, o executivo também<br />

aposta em anúncios interativos.<br />

“Na Teads Studio<br />

<strong>de</strong>senvolvemos elementos<br />

que permitem interagir com<br />

anúncios em ví<strong>de</strong>os e, no futuro<br />

próximo, será possível<br />

inclusive conversar com o<br />

anúncio”, disse.<br />

Gal acredita que os anunciantes<br />

serão cobrados somente<br />

<strong>de</strong>pois que pelo menos<br />

50% do ví<strong>de</strong>o foi visualizado<br />

por pelo menos 30 segundos<br />

no <strong>de</strong>sktop e 15 no mobile.<br />

“O recurso garante o máximo<br />

<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> no mercado e<br />

proporciona integração nativa<br />

entre dispositivos. Hoje<br />

você po<strong>de</strong> alcançar as pessoas<br />

individualmente, e conseguimos<br />

enxergar se a campanha<br />

está dando resultados para o<br />

anunciante ou não”, revelou.<br />

Emi Gal, CEO da Teads: hoje é possível alcançar as pessoas individualmente<br />

Divulgação<br />

ma mais personalizada. “O<br />

smartphone se tornou a principal<br />

tela que usamos e hoje<br />

cada um verifica a sua tela<br />

centenas <strong>de</strong> vezes por dia. Ao<br />

mesmo tempo, vejo que, apesar<br />

<strong>de</strong> as audiências estarem<br />

migrando para o mobile, os<br />

anúncios não mudaram tanto”,<br />

garantiu.<br />

CHINa<br />

Chen Yong, CEO do IAB China,<br />

também esteve presente<br />

no encontro. Ele falou sobre<br />

o cenário do mercado chinês<br />

“o que acontecerá<br />

no futuro é<br />

que usaremos<br />

os diferentes<br />

dados para criar<br />

milhões <strong>de</strong> versões<br />

<strong>de</strong> anúncios<br />

dinamicamente<br />

por meio <strong>de</strong><br />

algoritmos”<br />

<strong>de</strong> mobile e revelou que a<br />

maioria dos usuários móveis<br />

chineses (92,7%) acessa alguma<br />

re<strong>de</strong> wi-fi, o que acarreta<br />

um crescimento <strong>de</strong> 0,9 ponto<br />

percentual em relação ao ano<br />

anterior. Já o uso <strong>de</strong> 3G e 4G,<br />

disse ele, aumentou 2,9 pontos<br />

percentuais em um ano:<br />

92,7% dos usuários <strong>de</strong> telefonia<br />

celular acessam re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

banda larga móvel.<br />

Com 1,3 bilhão <strong>de</strong> habitantes<br />

e 710 milhões <strong>de</strong>les conectados<br />

à internet, a China possui<br />

656 milhões <strong>de</strong> usuários<br />

móveis. “56% da população<br />

chinesa é urbanizada. No Brasil<br />

é 85% e nos Estados Unidos,<br />

80,6%”, enfatizou Yong.<br />

“As cida<strong>de</strong>s chinesas próximas<br />

ao Oceano Pacífico são<br />

as mais urbanizadas e aquelas<br />

no interior ainda precisam<br />

crescer”, disse. Ele prevê que<br />

a China vai ter 800 milhões <strong>de</strong><br />

habitantes em áreas urbanas<br />

em 2020; e 900 milhões, em<br />

2030.<br />

Cris Camargo, diretora-<br />

-executiva do IAB Brasil, fez<br />

um balanço do encontro e<br />

resumiu a edição <strong>de</strong>ste ano<br />

em uma palavra: reapren<strong>de</strong>r.<br />

“A principal mensagem do<br />

evento foi a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reapren<strong>de</strong>r pela inconstância<br />

do ambiente mobile, que será<br />

sempre assim”, disse.<br />

10 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mercado<br />

aBa e GfK <strong>de</strong>batem<br />

importância do roI<br />

Flávio Ferrari é um dos palestrantes<br />

do evento, que será realizado na ESPM<br />

Nesta terça-feira (29) a ABA<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Anunciantes), em parceria com<br />

o instituto GfK, promove o Conexão<br />

e outros parâmetros: o<br />

ROI no novo contexto da mídia,<br />

na ESPM, em São Paulo. O encontro<br />

também discutirá como<br />

as transformações da mídia são<br />

um dos principais <strong>de</strong>safios para<br />

as empresas especializadas em<br />

pesquisa <strong>de</strong> mercado e como os<br />

consumidores estão cada vez<br />

mais criteriosos, velozes e dinâmicos.<br />

O painel Investimento em comunicação:<br />

o retorno <strong>de</strong>baterá<br />

se as abordagens clássicas para<br />

se chegar ao cálculo do ROI<br />

ainda são suficientes diante <strong>de</strong><br />

um cenário em transformação.<br />

Flávio Ferrari, diretor-geral <strong>de</strong><br />

medição <strong>de</strong> audiência da GfK<br />

Brasil, e Marcelo Coutinho, coor<strong>de</strong>nador<br />

do mestrado profissional<br />

em administração da<br />

FGV, preten<strong>de</strong>m provocar o público<br />

com o paralelo entre ROI,<br />

mídia quântica e comunicação<br />

fractal.<br />

“O objetivo <strong>de</strong>ssa provocação<br />

é promover um <strong>de</strong>bate sobre<br />

como po<strong>de</strong>mos construir,<br />

<strong>de</strong> forma colaborativa, as soluções<br />

<strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> resultados<br />

mais a<strong>de</strong>quadas às novas<br />

realida<strong>de</strong>s”, explica Ferrari.<br />

Fernanda Muradas, diretora-comercial,<br />

<strong>de</strong> marketing e<br />

client services da GfK Brasil,<br />

será mediadora do painel Tudo<br />

é ROI? Caminhos para construção<br />

do retorno frente às mudanças<br />

no mercado.<br />

Flávio Ferrari, que participa do painel sobre abordagens clássicas para o cálculo do ROI<br />

Divulgação<br />

curtas<br />

Fotos: Divulgação<br />

A re<strong>de</strong> Snack está em fase <strong>de</strong> lançamento dos seus dois primeiros<br />

licenciamentos, um cartão <strong>de</strong> débito com a ban<strong>de</strong>ira Master-<br />

Card com benefícios exclusivos para as fãs das meninas m Raissa<br />

Machado, Tata Estaniecki, Gabriela Rippi e Rachell Apollonio,<br />

apresentadoras do Nosso Canal. O Nosso Canal traz 4 playlists sobre<br />

o universo feminino, com dicas <strong>de</strong> beleza, <strong>de</strong>coração, moda,<br />

gastronomia, bem-estar e comportamento, e possui hoje cerca <strong>de</strong><br />

500 mil inscritos e 49 milhões <strong>de</strong> views. “Com tamanho sucesso, o<br />

Nosso Cartão surge como uma opção <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> débito pré-pago<br />

para que as seguidoras, meninas jovens que ainda não trabalham,<br />

mas querem ter um cartão só seu, possam fazer parte do time do<br />

Nosso Canal, afirma Nelsinho Botega, sócio-fundador da re<strong>de</strong> Snack.<br />

Flavia Pavanelli, que tem mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> inscritos no<br />

canal que leva seu nome na Snack, lança o livro S.O.S amor: para<br />

apaixonadas (ou <strong>de</strong>sesperadas), pela Gutenberg.<br />

A Record está <strong>de</strong> layout novo. Agora a emissora passa a se<br />

chamar Record TV e anunciou a novida<strong>de</strong> para os espectadores<br />

durante o Jornal da Record na última quinta-feira (24). A<br />

nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual foi modificada, assim como o slogan,<br />

que passa a ser Reinventar é a nossa marca. Além da tela, todo<br />

o mobiliário da emissora já sofreu a mudança estética. É a 19ª<br />

alteração da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca da re<strong>de</strong> mais antiga do país.<br />

A logomarca adota a cor prateada, rompendo a tradição <strong>de</strong> uso<br />

do azul, ver<strong>de</strong> e vermelho, combinação padrão nas transmissões<br />

<strong>de</strong> monitores, utilizada em vários logos da emissora <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a adoção da TV em cores no Brasil, no início dos anos 1970.<br />

A mudança está sendo realizada para consolidar a imagem da<br />

Record TV como uma emissora <strong>de</strong> vanguarda e multiplataforma,<br />

atrelada à televisão do futuro.<br />

12 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Marketing Best<br />

no Nor<strong>de</strong>ste,<br />

publicitária<br />

do ano no Sul.<br />

E propaganda<br />

que ven<strong>de</strong><br />

no Brasil todo.<br />

Inspirada por Fernando Carvalho, seu fundador há 60 anos, a Morya acredita que boa propaganda<br />

é a que dá resultados para seus clientes. E que uma agência <strong>de</strong>ve ser como o consumidor: on e off<br />

o tempo todo, em todo lugar. É esta história e esta visão <strong>de</strong> futuro que nos fizeram vencer o<br />

Marketing Best <strong>2016</strong> e ter a Lara Piccoli, nossa sócia em Porto Alegre, premiada no Colunistas como<br />

a Publicitária do Ano no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Conheça a Morya. Não é só o nome que é diferente.<br />

Porto Alegre RS • Mostar<strong>de</strong>iro 322, 11° andar<br />

Cep 90430 000 • 51 2117 8400<br />

Salvador BA • Av. Lafayete Coutinho 1010 • Bahia Marina<br />

Cep 40015 160 • 71 2105 7406<br />

associada<br />

Clientes <strong>de</strong> Porto Alegre: Floripa Shopping, Grupo RBS, Mahogany, Maiojama, Melnick Even Arcádia, Moinhos Shopping,<br />

Parceiros Voluntários, Piccadilly, PUCRS, Sicredi.<br />

Clientes <strong>de</strong> Salvador: Chesf, Ferreira Costa, Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias da Bahia, FIEB, Internacional Travessias, Ferry Boat,<br />

Le Biscuit, Água <strong>de</strong> Coco Obrigado, Salvador Shopping, Salvador Norte Shopping, Grupo GNC, Queiroz Galvão, JHSF,<br />

Moura Dubeux, Andra<strong>de</strong> Mendonça.


mErcado<br />

I<strong>de</strong>ntificar e falar com os novos<br />

públicos é <strong>de</strong>safio para as marcas<br />

ABA Summit, promovido pela Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes,<br />

reúne especialistas para <strong>de</strong>bater comunicação mais assertiva<br />

Fotos: Alê Oliveira<br />

Sandra Martinelli e Juliana Nunes: intenção do encontro realizado semana passada em São Paulo foi reforçar o posicionamento Marketing para transformar<br />

bárbara barbosa<br />

Sob o tema Novos Públicos,<br />

Novas Abordagens, a ABA<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Anunciantes) reuniu o mercado<br />

em São Paulo, na semana<br />

passada, e trouxe para a<br />

discussão novas formas <strong>de</strong> se<br />

comunicar com uma audiência<br />

cada vez mais plural e, ao<br />

mesmo tempo, ainda não representada<br />

pela publicida<strong>de</strong>.<br />

Da geração Z à mulher empo<strong>de</strong>rada,<br />

vários públicos foram<br />

abordados.<br />

“A geração social não aceita<br />

mais empresas que não comunicam<br />

valores”, <strong>de</strong>stacou<br />

“O que acOntece é<br />

que se fala muitO<br />

sObre diversida<strong>de</strong><br />

e pOucO sObre<br />

inclusãO”<br />

o CEO e fundador da Zoomin.<br />

TV, Jan Riemens, que abriu o<br />

encontro com uma palestra<br />

sobre ví<strong>de</strong>o digital e o perfil<br />

da geração Z.<br />

O executivo lembra que<br />

atualmente um dos maiores<br />

<strong>de</strong>safios para as marcas é<br />

comunicar para a geração Z,<br />

aquela que não quer mais ser<br />

interrompida por anúncios.<br />

Embora seja uma realida<strong>de</strong>,<br />

essa característica não significa<br />

que os mais jovens ignorem<br />

a importância da publicida<strong>de</strong>.<br />

“As pessoas não têm problema<br />

com bran<strong>de</strong>d content.<br />

Elas sabem que conteúdo custa<br />

dinheiro, e elas não querem<br />

que seja o dinheiro <strong>de</strong>las. Está<br />

tudo bem para elas ter propaganda,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que isso não seja<br />

escondido <strong>de</strong>las e seja algo<br />

que entretenha, que ensine”,<br />

disse.<br />

Essa fórmula, <strong>de</strong> acordo<br />

com Riemens, ajudaria a reduzir<br />

o uso <strong>de</strong> adblockers.<br />

“Storytelling é o novo pre-<br />

-roll”, aposta. “Necessitamos<br />

<strong>de</strong> pessoas criativas para engajar<br />

a geração Z. Criativos são<br />

os novos editores”, acrescenta<br />

o executivo.<br />

EquIdadE<br />

Já na segunda parte do ABA<br />

Summit a discussão foi sobre<br />

14 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero e inclusão<br />

na publicida<strong>de</strong>. A proposta do<br />

painel foi respon<strong>de</strong>r à pergunta:<br />

“as conversas sobre mulheres<br />

e gêneros foram puro modismo?”<br />

Na opinião <strong>de</strong> Daniela<br />

Bogoricin, brand strategist do<br />

Twitter, não foi.<br />

“Não é modismo, na verda<strong>de</strong><br />

estamos abrindo espaço<br />

para falar disso”, disse. “O que<br />

acontece é que se fala muito<br />

sobre diversida<strong>de</strong> e pouco<br />

sobre inclusão. É mais importante<br />

incluir e enxergar a diversida<strong>de</strong><br />

do que enxergar a<br />

diversida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pois incluir”,<br />

opinou. Segundo Daniela, as<br />

empresas que têm olhar para<br />

diversida<strong>de</strong> são 35% mais lucrativas.<br />

A presi<strong>de</strong>nte da Kantar Brasil,<br />

Sonia Bueno, em sua apresentação,<br />

lembrou <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

para as marcas, entre<br />

elas, o olhar para o consumidor<br />

como centro da estratégia.<br />

Segundo a executiva, estudos<br />

do instituto <strong>de</strong> pesquisa mostram<br />

que o ROI (Return on Investment)<br />

<strong>de</strong> campanhas que<br />

valorizam a representativida<strong>de</strong><br />

é maior.<br />

Apesar disso, a maioria das<br />

marcas ainda não atua <strong>de</strong> forma<br />

inclusiva. Segundo estudo<br />

do Instituto Patrícia Galvão,<br />

por exemplo, 65% das mulheres<br />

não se sentem representadas<br />

pela publicida<strong>de</strong>.<br />

“Estamos per<strong>de</strong>ndo a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> falar com as mulheres”,<br />

ressaltou Carla Alzamora,<br />

diretora <strong>de</strong> Planejamento<br />

da Heads Propaganda e integrante<br />

da ONU Mulheres.<br />

Para se ter uma i<strong>de</strong>ia, estudo<br />

da Heads mostra que<br />

no Brasil apenas 1% das campanhas<br />

<strong>de</strong> televisão mostra<br />

mulheres <strong>de</strong> cabelos crespos,<br />

enquanto 62% dos comercias<br />

têm protagonistas <strong>de</strong> cabelos<br />

lisos. “Estamos reforçando<br />

mais estereótipos do que os<br />

quebrando”, falou Carla.<br />

Em <strong>de</strong>staque, Daniela Bogoricin, brannd strategist do Twitter, fala sobre igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gêneros e inclusão<br />

Jan Riemens, CEO e fundador da Zoomin.TV: propaganda precisa entreter e ensinar<br />

trIlhão<br />

O painel contou ainda com<br />

a participação <strong>de</strong> Renato Meirelles,<br />

sócio do Instituto Locomotiva,<br />

que apresentou<br />

Perfil da população 50+ no<br />

Brasil. Ele chamou <strong>de</strong> Clube<br />

do Trilhão a população acima<br />

dos 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, que representa<br />

um consumo acima<br />

<strong>de</strong> R$ 1 trilhão por ano. “Não<br />

esqueçam que existe amor no<br />

Excel. Desafio que todo profissional<br />

<strong>de</strong> marketing precisa<br />

ter no seu trabalho é não esquecer<br />

<strong>de</strong> olhar as pessoas”,<br />

argumentou Meirelles.<br />

Ao final das apresentações,<br />

esse painel teve como <strong>de</strong>batedores<br />

os conselheiros da<br />

ABA Alexandre Bouza, diretor<br />

<strong>de</strong> marketing do Grupo Boticário,<br />

e Beatriz Galloni, VP<br />

<strong>de</strong> marketing da Mastercard,<br />

além <strong>de</strong> Denise Figueiredo,<br />

diretora <strong>de</strong> marca & consumidor<br />

da Natura e também diretora<br />

da ABA.<br />

A presi<strong>de</strong>nte da ABA e VP<br />

“estamOs per<strong>de</strong>ndO<br />

a OpOrtunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> falar cOm as<br />

mulheres. estamOs<br />

refOrçandO mais<br />

Os estereótipOs dO<br />

que quebrandO-Os”<br />

<strong>de</strong> assuntos corporativos, sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

RH e compliance<br />

da Brasil Kirin, Juliana Nunes,<br />

fez a abertura do evento,<br />

ao lado <strong>de</strong> Sandra Martinelli,<br />

presi<strong>de</strong>nte-executiva da associação.<br />

Em conversa com o<br />

PROPMARK, Juliana disse que<br />

a i<strong>de</strong>ia da ABA, com o encontro,<br />

foi reforçar o posicionamento<br />

da associação, Marketing<br />

para transformar.<br />

“O nosso <strong>de</strong>safio maior, e<br />

constante, é conseguir sempre<br />

i<strong>de</strong>ntificar as tendências e<br />

trazê-las <strong>de</strong> uma forma traduzida<br />

para nossos associados e<br />

para todos os nossos públicos<br />

<strong>de</strong> relacionamento”, ressaltou.<br />

“Sem dúvida nenhuma,<br />

essa é uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trazer informação disruptiva,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cifrar, traduzir e construir<br />

junto com nossos associados”,<br />

disse Juliana.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 15


mErcado<br />

Estudo revela publicitários mais<br />

admirados e tendências do mercado<br />

Pesquisa ouviu 405 executivos em trabalho <strong>de</strong> campo realizado pela<br />

Scopen, ex-Grupo Consultores, entre os meses <strong>de</strong> março e setembro<br />

Divulgação<br />

Cesar Vacchiano, Paula Ribeiro e Fre<strong>de</strong>ric Messina (em pé) encerram, nesta semana, as apresentações às agências do estudo Agency Scope <strong>2016</strong>: cresce verba para ações digitais<br />

Paulo Macedo<br />

Com campo iniciado em março<br />

e encerrado em setembro,<br />

a pesquisa Agency Scope<br />

<strong>2016</strong>, que chega à sua sexta edição,<br />

aponta tendências como o<br />

crescimento dos orçamentos <strong>de</strong><br />

comunicação digital e <strong>de</strong>clarada<br />

preferência dos anunciantes<br />

por agências com serviços integrados<br />

como publicida<strong>de</strong>, live<br />

marketing, CRM e digital. A<br />

base do estudo é uma amostra<br />

que envolveu 405 profissionais<br />

<strong>de</strong> 372 empresas, como Ambev,<br />

Nestlé, Samsung, LG e C&A,<br />

por exemplo, dos quais 6,8%<br />

presi<strong>de</strong>ntes e 61,4% entre diretores<br />

e gerentes <strong>de</strong> marketing,<br />

304 publicitários e 42 executivos<br />

da área <strong>de</strong> procurement.<br />

O investimento nos canais<br />

digitais teve elevação <strong>de</strong> 7% em<br />

relação a 2014. Há dois anos o<br />

volume era <strong>de</strong> 22,3% e neste ano<br />

chegou a 29,1%. O Brasil é o segundo<br />

por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za<br />

entre os 12 que a consultoria estratégica<br />

Scopen, que tem se<strong>de</strong><br />

na Espanha, lista no ranking<br />

<strong>de</strong> verbas digitais - que não inclui<br />

os Estados Unidos, on<strong>de</strong><br />

não tem escritório. O 1º posto<br />

é da Inglaterra, com 31,3%; em<br />

3º está a Espanha, com 27,4%;<br />

em 4º a Argentina, com 25,6%;<br />

e em 5º a China, com 25,4%. O<br />

share global é <strong>de</strong> 24%.<br />

A análise da Scopen sobre o<br />

aporte nos canais tradicionais<br />

<strong>de</strong>staca queda sobre a pesquisa<br />

<strong>de</strong> 2014, quando o percentual<br />

era <strong>de</strong> 53% - em <strong>2016</strong> é <strong>de</strong><br />

46,3%. “É um movimento que<br />

“Cada vez mais os<br />

anunCiantes vão<br />

querer trabalhar<br />

Com forneCedor<br />

úniCo”<br />

16 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


faz sentido para as empresas”,<br />

resume Cesar Vacchiano, diretor<br />

e fundador da Scopen. Já a<br />

área <strong>de</strong> live marketing se manteve<br />

estável, com market share<br />

<strong>de</strong> 24,6% dos orçamentos<br />

<strong>de</strong> marketing, contra 24,7% há<br />

dois anos. Veiculações em TVs,<br />

jornais, revistas, rádios, cinema<br />

e mídia exterior nos países<br />

on<strong>de</strong> a Scopen está presente<br />

concentram 48,7% das verbas<br />

dos anunciantes. O maior índice<br />

é o do Chile, com 62%; seguido<br />

<strong>de</strong> México, com 55,7%;<br />

Argentina, com 52,8%; e África<br />

do Sul, com 52,2%.<br />

Como trabalha atualmente<br />

com suas agências? No futuro,<br />

com que tipo <strong>de</strong> agência gostaria<br />

<strong>de</strong> trabalhar? As respostas<br />

dos 351 executivos da amostra<br />

<strong>de</strong> 405 nomes mostram que<br />

tendência é ter fornecedor <strong>de</strong><br />

comunicação com serviços integrados.<br />

50,9% já usam agências<br />

multidisciplinares, mas<br />

para 57,8% é um <strong>de</strong>sejo factível.<br />

“Cada vez mais os anunciantes<br />

vão querer trabalhar com fornecedor<br />

único. As especialistas<br />

estão per<strong>de</strong>ndo terreno e um<br />

dos motivos é a otimização <strong>de</strong><br />

processos”, diz Vacchiano.<br />

A porcentagem <strong>de</strong> investimentos<br />

em comunicação relacionados<br />

a vendas mostra que,<br />

para cada R$ 100,00 gastos pelos<br />

consumidores, os anunciantes<br />

<strong>de</strong>stinam 3,45% à mídia no<br />

Brasil, o maior entre os países<br />

pesquisados pela Scopen. A<br />

Espanha concentra 3,04% e o<br />

México apenas 0,95%. O share<br />

global é <strong>de</strong> 2,57%. “A crise alterou<br />

a forma <strong>de</strong> olhar o mercado<br />

e os chamados mo<strong>de</strong>los emergentes,<br />

sobre a publicida<strong>de</strong><br />

tradicional, começam a ter <strong>de</strong>staque”,<br />

observa Paula Ribeiro,<br />

diretora do estudo brasileiro. 32<br />

agências adquiriram a pesquisa<br />

e as apresentações serão encerradas<br />

em <strong>de</strong>zembro.<br />

os mais admirados<br />

A Agency Scope <strong>2016</strong> também<br />

trouxe os executivos mais<br />

admirados pelo mercado. Eduardo<br />

Tracanella, superinten<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> marketing institucional<br />

do Banco Itaú, por exemplo,<br />

foi o profissional do segmento<br />

mais admirado do Brasil. Daniela<br />

Cachich, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da divisão <strong>de</strong> alimentos da Pepsico,<br />

aparece em segundo lugar<br />

na apuração, que contou com<br />

votos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 700 profissionais<br />

<strong>de</strong> agências e anunciantes,<br />

Nizan Guanaes é o mais admirado entre os anunciantes consultados pela pesquisa<br />

Alê Oliveira<br />

Divulgação<br />

Eduardo Tracanella, diretor <strong>de</strong> marketing do Itaú, no topo da lista dos mais admirados<br />

“a Crise alterou<br />

a forma <strong>de</strong> olhar<br />

o merCado e os<br />

Chamados mo<strong>de</strong>los<br />

emergentes<br />

Começam a ter<br />

<strong>de</strong>staque”<br />

mas pelo trabalho realizado<br />

quando esteve à frente na Heineken.<br />

Fernando Chacon, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> marketing do Itaú,<br />

está em terceiro lugar, e João<br />

Ciaco, head <strong>de</strong> brand marketing<br />

communication da FCA (Fiat<br />

Crysler Automotive) Latam, em<br />

quarto. Paula Na<strong>de</strong>r, diretora<br />

da Esfera Santan<strong>de</strong>r, ocupa a<br />

quinta posição no estudo. Paula<br />

Lin<strong>de</strong>rberg, diretora <strong>de</strong> marketing<br />

da Ambev, está em sexto; e<br />

em sétimo está Tatiana Ponce,<br />

diretora <strong>de</strong> marketing da Nivea.<br />

Em oitavo ficaram Fernando<br />

Julianelli, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da Mitsubishi, e Adriana Knackfuss,<br />

da Coca-Cola. A pesquisa,<br />

que tem operações em 12 países,<br />

é li<strong>de</strong>rada por Vacchiano,<br />

Fred Messina e Paula Ribeiro.<br />

Fundador do Grupo ABC,<br />

que <strong>de</strong>tém marcas como Africa,<br />

DM9DDB, NewStyle, Tudo,<br />

LDC e Sunset, o publicitário<br />

Nizan Guanaes, assegurou o<br />

primeiro lugar na pesquisa<br />

como o profissional <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

mais admirado pelos<br />

405 anunciantes. Na segunda<br />

posição aparece Eco Moliterno,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação<br />

da Africa; Marcello Serpa (ex-<br />

-sócio da AlmapBBDO) ocupa o<br />

terceiro posto. Hugo Rodrigues,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Publicis Brasil, e<br />

Washington Olivetto, chairman<br />

da WMcCann, divi<strong>de</strong>m o quarto<br />

lugar. Em sexto, Fabio Fernan<strong>de</strong>s,<br />

presi<strong>de</strong>nte e diretor-geral<br />

<strong>de</strong> criação da F/Nazca S&S. Em<br />

sétimo está Igor Puga, diretor<br />

<strong>de</strong> marketing do Banco Santan<strong>de</strong>r,<br />

e em oitavo, Andre Kassu,<br />

sócio da Crispin Porter + Bogusky.<br />

Luiz Fernando Musa, CEO da<br />

Ogilvy, ocupa o nono lugar; Gal<br />

Barradas, da BETC, o décimo.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 17


“<br />

ElEna KorpusEnKo<br />

EntrEvista<br />

QuErEmos<br />

vEndEr<br />

algo QuE o<br />

cliEntE QuEr<br />

“<br />

Elena Korpusenko, gerente-executiva <strong>de</strong><br />

marketing, comunicação e responsabilida<strong>de</strong><br />

social da Brasilcap, diz, na entrevista a<br />

seguir, que se surpreen<strong>de</strong>u, positivamente,<br />

ao <strong>de</strong>scobrir que explorar o lado humano do<br />

consumidor, essencialmente, os projetos <strong>de</strong> vida<br />

<strong>de</strong>le, dá muito resultado. A empresa, holding do BB<br />

Segurida<strong>de</strong>, que comercializa títulos <strong>de</strong> capitalização<br />

do Banco do Brasil, fez pesquisa e <strong>de</strong>scobriu <strong>de</strong>talhes<br />

do perfil do brasileiro que sequer imaginava. O<br />

estudo levou a companhia a mudar a estratégia <strong>de</strong><br />

comunicação e está no ar com nova campanha.<br />

Claudia Penteado<br />

Há muitos mitos em torno <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong><br />

capitalização?<br />

Sim. Muitos não compreen<strong>de</strong>m<br />

o que é o produto. Há críticas na<br />

mídia, é consi<strong>de</strong>rado um “investimento<br />

ruim”, que não ren<strong>de</strong>. O<br />

que ninguém percebe é que o produto<br />

nunca foi posicionado como<br />

investimento. O título <strong>de</strong> capitalização<br />

é um produto <strong>de</strong> educação<br />

financeira, <strong>de</strong> guardar dinheiro e,<br />

<strong>de</strong> quebra, participar <strong>de</strong> sorteios.<br />

Po<strong>de</strong>-se recorrer a ele quando se<br />

precisa <strong>de</strong> algum dinheiro. O brasileiro<br />

tem o perfil <strong>de</strong> não conseguir<br />

guardar dinheiro. Isso apareceu<br />

numa pesquisa enorme que<br />

fizemos recentemente para lançar<br />

os novos produtos. A cada três ou<br />

quatro anos lançamos uma nova<br />

família <strong>de</strong> produtos. Essa pesquisa<br />

nos mostrou claramente que o brasileiro<br />

não sabe guardar dinheiro,<br />

em qualquer faixa salarial, baixa<br />

ou alta. Tem muita gente que associa<br />

isso aos tempos <strong>de</strong> alta inflação<br />

vividos no passado, mas isso tem<br />

<strong>de</strong> mudar. Empresas <strong>de</strong> capitalização<br />

como Brasilcap têm esse papel<br />

educacional.<br />

O que mais mostrou essa pesquisa?<br />

A pesquisa foi realizada durante<br />

três meses, em três estados. Foi<br />

uma “quali” complexa, e <strong>de</strong>scobrimos<br />

tantas verda<strong>de</strong>s que sequer<br />

imaginávamos. Sempre achamos,<br />

por exemplo, que o foco da comunicação<br />

<strong>de</strong>veria estar nos sorteios,<br />

que costumam estar vinculados a<br />

sonhos grandiosos, como ter um<br />

iate, algo como ganhar na Megasena.<br />

Mas e os projetos <strong>de</strong> vida? As<br />

coisas reais como reformar o quarto,<br />

fazer a festa <strong>de</strong> formatura do filho,<br />

a festa <strong>de</strong> 15 anos da filha, uma<br />

viagem? O que <strong>de</strong>scobrimos através<br />

da pesquisa é que as pessoas hoje<br />

em dia estão fazendo títulos <strong>de</strong> capitalização<br />

para realizar projetos <strong>de</strong><br />

vida e não gran<strong>de</strong>s sonhos. Ganhar<br />

um prêmio no meio do caminho<br />

po<strong>de</strong> ser maravilhoso, mas não é<br />

essa a principal razão da compra do<br />

título. Com base nisso, foi criada a<br />

campanha da nossa nova família<br />

<strong>de</strong> produtos, que fala na realização<br />

<strong>de</strong> planos. Mudamos o foco dos<br />

sorteios e prêmios, que são consi<strong>de</strong>rados<br />

como algo bem-vindo,<br />

claro, mas não é o que ven<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fato o produto. A pesquisa também<br />

nos ajudou a criar um produto que<br />

reflete as necessida<strong>de</strong>s atuais dos<br />

clientes: um título que, no lugar<br />

<strong>de</strong> sortear poucos prêmios milionários,<br />

sorteia mais prêmios, em<br />

valores menores – contemplando<br />

mais pessoas. Também reduzimos<br />

o tíquete <strong>de</strong> pagamento mensal. No<br />

nosso portfólio, meta<strong>de</strong> eram produtos<br />

<strong>de</strong> pagamento imediato, que<br />

trazem resultados no mesmo momento<br />

para a empresa. Este ano,<br />

pensamos naquilo que os clientes<br />

<strong>de</strong> fato querem. Outra constatação:<br />

o resgate antecipado não é malvisto<br />

pelos clientes, porque, por mais<br />

que ele perca uma parte do dinheiro,<br />

ele consegue resolver um problema<br />

pontual, e isso é consi<strong>de</strong>rado<br />

muito importante.<br />

Como vocês se comunicam com clientes<br />

além da publicida<strong>de</strong>? Investem em<br />

re<strong>de</strong>s sociais ou call center?<br />

Percebemos que o cliente ainda<br />

sentia falta <strong>de</strong> informações, por<br />

isso passamos a investir mais em<br />

informações e contato, principalmente<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais. E não fizemos<br />

isso para ganhar seguidores,<br />

atingir números, nada disso. Desafogamos<br />

o call center e estamos<br />

conseguindo respon<strong>de</strong>r perguntas<br />

em 24 horas, com raras exceções.<br />

E criamos um blog <strong>de</strong> educação<br />

financeira. Para ser lúdico, simplificar<br />

o tema, chama-se Zero perrengue.<br />

Para as pessoas apren<strong>de</strong>rem a<br />

se planejar financeiramente e não<br />

passarem perrengue. Fizemos um<br />

soft launch para testar o projeto<br />

no fim <strong>de</strong> agosto e estamos aprimorando.<br />

O conteúdo é feito pela<br />

nossa equipe. Não temos um blogueiro<br />

e nos surpreen<strong>de</strong>mos com o<br />

interesse das pessoas e a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> acessos. Há uma parte gran<strong>de</strong><br />

no blog sobre sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

causar menor impacto ao meio ambiente,<br />

além das dicas financeiras.<br />

Falamos também <strong>de</strong> coisas como<br />

um produto incrível que temos e<br />

pouca gente conhece: o Capfiador,<br />

<strong>de</strong> garantia locatícia, que substitui<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um fiador para<br />

alugar imóveis. Muita gente como<br />

eu, inclusive, não tem fiador. Como<br />

faz? Gran<strong>de</strong>s empresas, como a<br />

nossa, po<strong>de</strong>m ajudar a tornar o<br />

tema finanças mais acessível.<br />

A Brasilcap é lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sse mercado?<br />

Esse é um dado muito interessante.<br />

Este ano foi muito diferente<br />

<strong>de</strong> todos e mudamos isso. Completamos<br />

21 anos, sendo 20 lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

faturamento do setor. Do ano passado<br />

para cá, <strong>de</strong>pois que começamos<br />

a fazer muitas análises do que<br />

vem ocorrendo no segmento, <strong>de</strong>ntro<br />

da nossa estratégia <strong>de</strong> foco no<br />

cliente, questionamos aquilo que<br />

a empresa <strong>de</strong> fato precisava. Será<br />

que precisava <strong>de</strong> faturamento? Ou<br />

precisamos <strong>de</strong> resultados? Faturamento<br />

nem sempre é lucro. Nossa<br />

guinada foi estabelecer como meta<br />

não o faturamento, mas o lucro.<br />

Como fazer isso? Criando produtos<br />

mais interessantes para os clientes,<br />

e assim aumentar a nossa margem<br />

<strong>de</strong> lucros e melhores resultados.<br />

Aumentamos nosso lucro líquido<br />

com a mudança <strong>de</strong> estratégia, crescendo<br />

125% em época <strong>de</strong> crise. Mas<br />

saímos do primeiro lugar <strong>de</strong> faturamento<br />

(agora ocupado pelo Bra<strong>de</strong>sco).<br />

Porque vimos na pesquisa<br />

que o cliente quer produtos parcelados,<br />

<strong>de</strong> pagamento mensal e<br />

não <strong>de</strong> pagamento único. O cliente<br />

prefere ir acumulando aos poucos,<br />

assim o valor percebido do título<br />

é maior. Isso naturalmente muda<br />

os resultados imediatos <strong>de</strong> faturamento.<br />

Somos lí<strong>de</strong>res em reserva<br />

financeira, o que, para nós, é muito<br />

mais importante e é essencial para<br />

o nosso tipo <strong>de</strong> produto. Sabemos<br />

que nossa estratégia atual aten<strong>de</strong> o<br />

cliente, aten<strong>de</strong> ao planejamento a<br />

longo prazo, é inteligente. Não corremos<br />

mais para ser primeiro lugar<br />

em faturamento. Vamos ser mais<br />

inteligentes e aten<strong>de</strong>r o que as pessoas<br />

querem.<br />

Quanto a empresa dá em prêmios, em<br />

geral, por ano? Há histórias curiosas?<br />

As pessoas ganham toda semana.<br />

Do início do ano até agora a<br />

Brasilcap sorteou R$ 270 milhões<br />

em prêmios. Saem gran<strong>de</strong>s, pequenos,<br />

médios. O prêmio máximo que<br />

o mercado <strong>de</strong> capitalização já sorteou<br />

foi da nossa empresa. No ano<br />

passado criamos, para comemorar<br />

nossos 20 anos, um título <strong>de</strong> capi-<br />

18 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


talização especial <strong>de</strong> seis meses,<br />

<strong>de</strong> R$ 20 milhões. O máximo que<br />

havia no mercado até então era <strong>de</strong><br />

R$ 10 milhões. Quem ganhou foi<br />

uma pessoa do interior <strong>de</strong> Minas<br />

Gerais, <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>zinha <strong>de</strong> 20<br />

mil habitantes, <strong>de</strong> origem humil<strong>de</strong>.<br />

Essa pessoa estava morando nos<br />

Estados Unidos – foi tentar a vida<br />

lá e mandava dinheiro para a família<br />

mensalmente. Numa das visitas<br />

<strong>de</strong>le, comprou o título <strong>de</strong> capitalização<br />

por sugestão do gerente do<br />

banco. Ele nem sabia muito bem o<br />

que era. Quando o gerente da agência<br />

ligou para ele, nos Estados Unidos,<br />

para dar a notícia ele <strong>de</strong>sligou<br />

três vezes, achando que era trote.<br />

Mas o que mais surpreen<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong>,<br />

não são os prêmios milionários,<br />

mas os pequenos. Pessoas que<br />

ganham R$ 15 mil, R$ 20 mil. São<br />

pessoas que se emocionam por po<strong>de</strong>r<br />

realizar projetos mais comuns.<br />

Os gerentes empurram esses títulos<br />

para “cumprir cota”. Isso não atrapalha<br />

a credibilida<strong>de</strong>?<br />

Sim, em geral os títulos são vendidos<br />

no balcão dos bancos. E isso<br />

tem prós e contras. O Banco do Brasil<br />

é uma força <strong>de</strong> vendas incrível.<br />

Muitas vezes o título foi vendido<br />

no “empurrômetro”, estilo venda<br />

casada <strong>de</strong> gerente <strong>de</strong> agências. Isso<br />

já existiu, claro. Mas isso ocorre<br />

quanto se tem produtos que não<br />

interessam aos clientes. Se o produto<br />

é interessante, se o cliente<br />

conhece os benefícios, se ele é bem<br />

vendido, não precisa empurrar. O<br />

cliente vai querer comprá-lo. Essa<br />

é a gran<strong>de</strong> diferença que queremos<br />

fazer com essa nova família <strong>de</strong> produtos.<br />

Queremos ven<strong>de</strong>r algo que o<br />

cliente quer. Nosso <strong>de</strong>partamento<br />

comercial está dando treinamento<br />

para a força <strong>de</strong> vendas do banco.<br />

Produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ajudam<br />

muito. Nossa pesquisa foi apresentada<br />

no Banco do Brasil, fez parte<br />

da nossa estratégia.<br />

“A pesquisA<br />

tAmbém nos<br />

Ajudou A<br />

criAr um<br />

produto que<br />

reflete As<br />

necessidA<strong>de</strong>s<br />

dos clientes”<br />

Divulgação<br />

Como a crise afeta esse mercado?<br />

Não ajuda. Creio que se não<br />

fosse pela nossa nova estratégia,<br />

os resultados <strong>de</strong> <strong>2016</strong> não teriam<br />

sido tão bons quanto foram. Com<br />

a crise, as pessoas não querem se<br />

comprometer com produtos que<br />

exigem pagamentos <strong>de</strong> longo prazo,<br />

pois elas não sabem se amanhã<br />

estarão trabalhando. No novo portfólio<br />

<strong>de</strong> produtos, também pensamos<br />

nisso, aumentando o tempo<br />

<strong>de</strong> caducida<strong>de</strong>. Antigamente, se<br />

uma pessoa não pagasse a mensalida<strong>de</strong><br />

um ou dois meses, perdia o<br />

título, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> receber um percentual<br />

do dinheiro investido <strong>de</strong><br />

volta. Agora, o tempo é <strong>de</strong> um ano.<br />

Se algo acontece, ela po<strong>de</strong> parar os<br />

pagamentos por até um ano. Não<br />

concorre aos prêmios, mas po<strong>de</strong><br />

retomar os pagamentos quando<br />

a situação melhorar. Isso é único<br />

entre os nossos concorrentes. Uma<br />

das consequências da crise é o aumento<br />

da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resgates,<br />

algo que estamos vendo agora. As<br />

pessoas estão usando seus títulos<br />

para pagar emergências.<br />

Como andam os investimentos em publicida<strong>de</strong>?<br />

Muitas pessoas nos associam<br />

ao Banco do Brasil, mas não temos<br />

esse nível <strong>de</strong> verba. Tradicionalmente<br />

trabalhamos com uma das<br />

três agências que aten<strong>de</strong>m ao banco:<br />

Master, Giacometti ou Lew’Lara. Em<br />

agosto, excepcionalmente, fizemos<br />

uma concorrência e contratamos a<br />

Agência3, que tem nos ajudado na<br />

concepção dos nossos produtos e na<br />

campanha que acabamos <strong>de</strong> lançar,<br />

cujo conceito é dizer que perguntas<br />

não realizam planos. É preciso agir,<br />

realizá-los. Desta vez investimos<br />

bastante em rádio. Este ano não tivemos<br />

verba para TV. Rádio nos dá<br />

cobertura nacional, temos revistas e<br />

jornais. Mas mais do que ter gran<strong>de</strong>s<br />

verbas, o que conta mais é a liberda<strong>de</strong><br />

para inovar. E isso nós temos.<br />

Empresa que quer sobreviver tem<br />

<strong>de</strong> pensar no futuro, inclusive nos<br />

jovens <strong>de</strong> hoje, que são nossos consumidores<br />

<strong>de</strong> amanhã.<br />

“não<br />

corremos<br />

mAis pArA<br />

ser primeiro<br />

lugAr em<br />

fAturAmento”<br />

Como é trabalhar em um mercado único<br />

no mundo?<br />

Isso é um gran<strong>de</strong> diferencial:<br />

capitalização só existe no Brasil. É<br />

um produto com a cara do mercado<br />

latino-americano. Antigamente,<br />

tinha uma conotação maior <strong>de</strong><br />

“loteria”. Não temos on<strong>de</strong> nos espelhar,<br />

precisamos nos reinventar<br />

o tempo todo. É pesquisar. A próxima<br />

que faremos cobre um produto<br />

<strong>de</strong> nicho, sobre o qual ainda não<br />

posso falar. Não po<strong>de</strong>mos viver <strong>de</strong><br />

achismos. O <strong>de</strong>safio é colocar vida<br />

em um produto frio. Ao satisfazer<br />

clientes, teremos como consequência<br />

lucro e fi<strong>de</strong>lização.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 19


we<br />

mkt<br />

MFIlustra<br />

Como é bonito<br />

o Paraguai...<br />

“Deus é injusto, pois criou sérios<br />

limites à inteligência dos homens,<br />

mas nenhuma à sua burrice”.<br />

Konrad A<strong>de</strong>nauer<br />

FRANCISCO AlbeRtO MAdIA <strong>de</strong> SOuzA<br />

Voltamos a ouvir a música, lembra? Se<br />

você tem menos <strong>de</strong> 50 não <strong>de</strong>ve se lembrar:<br />

“Don<strong>de</strong> estas ahora cuñatai, Que tu<br />

suave canto no llega a mi, Don<strong>de</strong> estas ahora?<br />

Mi ser te añora com frenesi...”.<br />

No início eram as sacoleiras que atravessavam<br />

a ponte. Iam e voltavam carregadas<br />

<strong>de</strong> tranqueiras. Muitas assaltadas nas madrugadas<br />

dos ônibus carregados <strong>de</strong> muamba.<br />

Agora são os industriais sacoleiros. Que<br />

em suas sacolas levam fábricas completas.<br />

Produzem lá e ven<strong>de</strong>m aqui, legalmente.<br />

Mais e melhor. Não tão ótimo como as indústrias<br />

<strong>de</strong> cigarro, que pertencem ao presi<strong>de</strong>nte<br />

daquele país e caminham para <strong>de</strong>ter<br />

50% <strong>de</strong> todo o consumo <strong>de</strong> cigarro do Brasil,<br />

via contrabando. Mas esse é outro assunto.<br />

O fato é que o parque industrial brasileiro,<br />

nesse ritmo, brevemente se mudará para<br />

o Paraguai. Dentre as infinitas, irresistíveis<br />

e irrefutáveis razões, o <strong>de</strong>poimento do empresário<br />

Zenildo Costa, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ver<br />

falir sua fábrica <strong>de</strong> aventais <strong>de</strong>scartáveis no<br />

Brasil, mudou-se e prospera no país vizinho:<br />

“Se fosse no Brasil, a energia elétrica custaria<br />

70% mais caro, o funcionário custaria<br />

o dobro e a matéria-prima estaria pagando<br />

35% <strong>de</strong> impostos para importar da China”.<br />

O melhor mo<strong>de</strong>lo Parasil ou Brasilguai,<br />

segundo Sarah Saldanha, gerente <strong>de</strong> internacionalização<br />

da CNI (Confe<strong>de</strong>ração Nacional<br />

da Indústria), é a Integração Produtiva.<br />

“As empresas brasileiras têm encontrado no<br />

Paraguai uma ambiência interessante para<br />

<strong>de</strong>senvolver a Integração Produtiva, ou seja,<br />

manter suas operações no Brasil e fortalecer<br />

essas operações no que diz respeito ao <strong>de</strong>sign,<br />

inteligência do processo produtivo, e<br />

produzir, finalizar o produto no Paraguai”.<br />

E, claro, ven<strong>de</strong>r on<strong>de</strong> existe mercado: o<br />

Brasil! Não é ultramegassuperbrite inteligente?<br />

Só nós que não acordamos... Em to-<br />

das as palestras que faço pelo Brasil sobre<br />

branding, logo no início, exibo em um sli<strong>de</strong><br />

50 das marcas mais respeitadas em todo o<br />

país. Dou um tempo e pergunto, “<strong>de</strong>ntre todas<br />

essas marcas, qual mexeu mais com vocês?”.<br />

E todos os presentes, com raríssimas<br />

exceções, urram: Estrela!<br />

Pois é, dia <strong>de</strong>sses, na Folha, Carlos Tilkian,<br />

controlador e presi<strong>de</strong>nte da Estrela,<br />

anunciou que parte da empresa está se mudando<br />

para o Paraguai. “O Brasil nunca teve<br />

política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento industrial...<br />

e tem uma legislação trabalhista feita por<br />

Getúlio Vargas, que só agora o governo consi<strong>de</strong>ra<br />

alguma mudança... Por isso fomos à<br />

China... Por isso vamos para o Paraguai.”<br />

Como se não fosse suficiente, no mês <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> <strong>2016</strong>, o governo do Paraguai publicou<br />

um anúncio nos principais jornais<br />

brasileiros conclamando nossos industriais<br />

a se mudarem para lá. Aqui, do lado, a pouco<br />

menos <strong>de</strong> duas horas <strong>de</strong> avião, com todas as<br />

vantagens mais que óbvias em economias<br />

mo<strong>de</strong>rnas e competitivas, e com nenhuma<br />

das <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong> economias retrógradas,<br />

emboloradas e corrompidas como a<br />

brasileira. Melhor ainda, com um dos maiores<br />

mercados do mundo, vizinho, à inteira<br />

disposição, Brasil!<br />

Pergunta que não quer calar: por que<br />

ainda as indústrias brasileiras resistem em<br />

permanecer por aqui? Por inércia, a única<br />

resposta possível e consistente. No passado,<br />

pelas características e cultura <strong>de</strong> fabricação,<br />

mudar-se uma indústria levava anos. Hoje<br />

se muda uma indústria <strong>de</strong> automóveis, por<br />

exemplo, em meses; e logo <strong>de</strong>pois começa-<br />

-se a produzir no novo local.<br />

Isso posto, ou reinventamos o Brasil agora,<br />

ou é melhor nos acostumarmos <strong>de</strong>finitivamente<br />

com guaranias e voltarmos a beber<br />

a cachaça paraguaia Aristocrata... “Uma noche<br />

tíbia nos conocimos, junto al lado azul<br />

<strong>de</strong> Ypacarai...”.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

20 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


inspiração<br />

oFErECiMEnTo<br />

perdão, senhoras,<br />

mas estou pelado<br />

Supervisor <strong>de</strong> criação da Artplan revela <strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio a<br />

maior parte das sacadas criativas que ele já teve. Também<br />

questiona alguns formatos e processos para a busca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias<br />

Toninho Lima é supervisor<br />

<strong>de</strong> criação da Artplan<br />

22 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Creative-i<strong>de</strong>a/iStock<br />

Gilaxia/iStock<br />

Toninho Lima<br />

Especial para o PRoPmaRK<br />

Há os coleguinhas que buscam inspiração no cinema<br />

argentino, <strong>de</strong> que eu sou um caloroso admirador.<br />

Há os que insistam em ler os noticiários à cata <strong>de</strong> um<br />

gancho criativo, o que muitas vezes po<strong>de</strong> ren<strong>de</strong>r uma<br />

boa sacada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>. Tive um diretor <strong>de</strong> criação<br />

nos anos 1980 que me dizia: “pare tudo e vá assistir ao<br />

novo filme do Ettore Scola.” Justíssimo. Acho, sim, que<br />

o criativo é uma soma <strong>de</strong> tudo o que lê, ouve, assiste e<br />

percebe ao seu redor.<br />

Outra coisa: as conversas informais, as piadas e o papo<br />

furado não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados inimigos da criativida<strong>de</strong>.<br />

Nem mesmo da produtivida<strong>de</strong>. Pelo contrário, já<br />

ren<strong>de</strong>ram muitas campanhas memoráveis e trouxeram<br />

prêmios para os criativos que enten<strong>de</strong>ram que matar<br />

bem o tempo não significa matar as boas i<strong>de</strong>ias.<br />

Lembro-me bem <strong>de</strong> estarmos, a Vivi Pepe e eu, pensando<br />

algo para o evento <strong>de</strong> lançamento da linha masculina<br />

<strong>de</strong> Elséve, para a L’Oréal. A conversa era sobre<br />

homens e os cuidados com seus cabelos. Contei que,<br />

quando era cabeludo, usava shampoos para tratar minhas<br />

melenas com carinho. Obviamente rimos disso. A<br />

i<strong>de</strong>ia veio daí. Reunimos amigos <strong>de</strong> infância, parentes e<br />

colegas do mercado publicitário carioca para relembrar<br />

os tempos em que ostentavam belas ma<strong>de</strong>ixas. O cliente<br />

gostou tanto que, mesmo sem verba para veicular um<br />

anúncio, mandou fazer uns cartões frente e verso e distribuiu<br />

no evento <strong>de</strong> lançamento.<br />

Uma coisa que, por mais que tente, eu não consigo <strong>de</strong>senvolver<br />

é o tradicional hábito dos criativos <strong>de</strong> ir para<br />

uma salinha pensar. O processo em si me incomoda.<br />

Quatro ou cinco pessoas, em torno <strong>de</strong> uma mesa, todos<br />

calados, com ar pensativo. Na real mesmo, estão todos<br />

na expectativa <strong>de</strong> que um <strong>de</strong>les rompa o silêncio com<br />

uma i<strong>de</strong>ia matadora para acabar com o sofrimento coletivo.<br />

Mas, como nenhum <strong>de</strong>les se arrisca a ser o primeiro<br />

a falar, eles acabam per<strong>de</strong>ndo muitas horas naquele estado<br />

catatônico. Nessas situações, sempre que eu posso,<br />

saio para ir ao banheiro. Raramente volto para a salinha.<br />

Outra fonte <strong>de</strong> inspiração corriqueira e, obviamente<br />

mal-afamada, é o prazo. Não acredito em criativo que<br />

se sinta inspirado sem a pressão po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> um prazo<br />

cruel para a entrega do trabalho. O prazo é, coitado, muitas<br />

vezes, apontado como o vilão, quando, na verda<strong>de</strong>,<br />

o bandido mesmo é o briefing mal-elaborado. Este, sim,<br />

não ajuda a gerar boas i<strong>de</strong>ias e ainda embaralha os objetivos<br />

da peça solicitada pelo cliente. O prazo, por menor<br />

que seja, acaba sendo um aliado porque evita as longas<br />

meditações naquela salinha a que já me referi. Des<strong>de</strong><br />

que, claro, sejam respeitados os limites da viabilida<strong>de</strong>.<br />

O famoso <strong>de</strong> hoje pra hoje mata qualquer vã tentativa<br />

<strong>de</strong> criação.<br />

Mas, expliquemos o título <strong>de</strong>ste singelo <strong>de</strong>poimento:<br />

o som da água corrente do chuveiro ligado (com o perdão<br />

dos meus amigos ambientalistas) faz uma conexão<br />

imediata com o meu inconsciente criativo. É quando<br />

estou no banho que as i<strong>de</strong>ias jorram em cascatas junto<br />

com o jato da ducha.<br />

É meio constrangedor pensar que parte das melhores<br />

sacadas criativas que eu produzi ao longo da carreira tenham<br />

chegado ao mundo testemunhado a minha ensaboada<br />

nu<strong>de</strong>z.<br />

Mas comigo funciona muito essa inspiração no box,<br />

aquele ambiente <strong>de</strong> extremada fecundida<strong>de</strong> criativa.<br />

Acho que é isso: o pensamento flui com o escoar das<br />

águas pelo piso do box até chegar ao ralo. Que, sim, infelizmente,<br />

é para on<strong>de</strong> vai boa parte das nossas i<strong>de</strong>ias.<br />

LvNL/iStock<br />

TeamOktopus/iStock<br />

Sofrimento coletivo<br />

Toninho Lima questiona alguns processos vistos em<br />

agências: “Uma coisa que, por mais que tente, eu não<br />

consigo <strong>de</strong>senvolver é o tradicional hábito dos criativos<br />

<strong>de</strong> ir para uma salinha pensar. O processo em si me<br />

incomoda... Na real mesmo, estão todos na expectativa<br />

<strong>de</strong> que um <strong>de</strong>les rompa o silêncio com uma i<strong>de</strong>ia<br />

matadora para acabar com o sofrimento coletivo.”<br />

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Venha fazer parte do mundo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 13 milhões <strong>de</strong> pessoas que trabalham, estudam,<br />

se divertem e fazem compras em São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Salvador e nas principais<br />

cida<strong>de</strong>s do país. O melhor espaço para sua marca fazer parte da vida das pessoas.<br />

A mais completa plataforma <strong>de</strong> mídia urbana do out of home brasileiro.<br />

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jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 23


eyond the line<br />

São as pessoas, estúpido!<br />

Estaremos sempre buscando<br />

aproximar marcas <strong>de</strong> pessoas.<br />

E são pessoas <strong>de</strong> carne e osso<br />

FBIlustra<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Antes <strong>de</strong> mais nada, <strong>de</strong>sculpe a agressivida<strong>de</strong><br />

do título <strong>de</strong>ste artigo. Entrei<br />

no clima dos americanos, que adoram usar<br />

“stupid” para enfatizar um ponto <strong>de</strong> vista.<br />

Foi assim com a famosa “It is the economy,<br />

stupid!”, frase cunhada pelo estrategista<br />

<strong>de</strong> Bill Clinton, James Carville, durante<br />

disputa à Presidência dos EUA, contra<br />

George H. W. Bush. Ou ainda com frases<br />

<strong>de</strong> efeito como a “Keep it Simple, Stupid! –<br />

K.I.S.S.”.<br />

Pois bem, o motivo <strong>de</strong>ssa ênfase e do<br />

tema <strong>de</strong>ste artigo é a minha percepção do<br />

momento pelo qual passamos, principalmente<br />

em face à panaceia representada pelas<br />

ferramentas digitais.<br />

Dos muitos eventos que tenho participado,<br />

tiro a conclusão <strong>de</strong> que há diversos<br />

profissionais que imaginam o mundo da<br />

comunicação atual como inexoravelmente<br />

atrelado à matemática e à automação.<br />

De repente, todos nossos problemas serão<br />

resolvidos por algoritmos e mexidas no<br />

cal<strong>de</strong>irão do big data. De fato, nunca tivemos<br />

tanta capacida<strong>de</strong> em lidar com dados<br />

e nunca tivemos tantas ferramentas para<br />

<strong>de</strong>finir e automatizar mensagens, voltadas<br />

a personas pre<strong>de</strong>finidas pelo cruzamento<br />

<strong>de</strong> informações e comportamento na web.<br />

É verda<strong>de</strong> também que estamos nos<br />

acostumando com inteligência artificial,<br />

julgando normal interagir com Siris,<br />

Newtons, Alexas, Assitants, Cortanas e outros<br />

novos personagens quase humanos.<br />

Mas – alto lá! – não <strong>de</strong>vemos tirar o foco<br />

do que realmente interessa: o ser humano.<br />

Felizmente, vejo também visões lúcidas<br />

por parte <strong>de</strong> dirigentes <strong>de</strong> empresas mais<br />

antenadas, que sabem que seu maior asset<br />

são as pessoas.<br />

As pessoas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro – funcionários – e<br />

as pessoas <strong>de</strong> fora – clientes e parceiros. Essas<br />

empresas mais antenadas não querem<br />

correr o risco <strong>de</strong> esfriar relações com seus<br />

colaboradores, clientes e parceiros por conta<br />

<strong>de</strong> ambientes regidos cada vez mais por<br />

números e máquinas.<br />

Num evento recente tomei ciência <strong>de</strong><br />

um novo termo: CRM Humanizado. Ouvi<br />

até um executivo usar o termo “amor” para<br />

<strong>de</strong>finir as relações que <strong>de</strong>vemos perseguir<br />

com nossos pares e <strong>de</strong>mais stakehol<strong>de</strong>rs.<br />

Gostei da preocupação com as pessoas que<br />

existem por trás <strong>de</strong> clientes.<br />

Na condição <strong>de</strong> cliente, me irrita profundamente<br />

a tentativa <strong>de</strong> algumas empresas<br />

<strong>de</strong> me tratar com intimida<strong>de</strong>, sem na verda<strong>de</strong><br />

ter condições <strong>de</strong> fazê-lo.<br />

É a mesma sensação que temos quando<br />

um estranho tenta se apresentar como seu<br />

amigo <strong>de</strong> infância. É fato que o marketing<br />

mo<strong>de</strong>rno possibilita uma relação mais assertiva<br />

com potenciais clientes.<br />

Hoje é possível rastrear a navegação <strong>de</strong><br />

pessoas, i<strong>de</strong>ntificar interesses e ter uma<br />

visão preditiva quanto aos seus próximos<br />

passos.<br />

Mas conquistar a atenção <strong>de</strong>ssas pessoas<br />

e estabelecer uma relação respeitosa e eficaz<br />

não se resume a esse bom entendimento.<br />

Vai muito além.<br />

Deve haver um processo honesto e<br />

transparente nas relações, <strong>de</strong> forma que todos<br />

saibam as regras do jogo que está sendo<br />

jogado. No meu artigo da semana passada,<br />

ressaltei que o marketing, na sua essência,<br />

não muda com o tempo.<br />

Estaremos sempre buscando aproximar<br />

marcas <strong>de</strong> pessoas. E são pessoas <strong>de</strong><br />

carne e osso, que se emocionam, que se<br />

divertem e se engajam a marcas que conseguem<br />

estabelecer um elo verda<strong>de</strong>iro<br />

entre elas.<br />

Por mais que tenhamos acesso a uma<br />

tecnologia cada vez mais amigável e consigamos<br />

interpretar dados em tempo real,<br />

não po<strong>de</strong>mos nos <strong>de</strong>scuidar das pessoas<br />

por trás dos dados.<br />

Tenho certeza <strong>de</strong> que você não vestirá a<br />

carapuça <strong>de</strong> “estúpido”, termo que foi usado<br />

apenas para dar um impacto maior ao<br />

título <strong>de</strong>ste artigo.<br />

Tenho certeza que prevalecerá entre<br />

pessoas <strong>de</strong> bom senso o sentimento <strong>de</strong><br />

que, por um lado, não <strong>de</strong>vemos ignorar as<br />

inovações tecnológicas e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gestão da informação que se nos apresenta,<br />

mas, por outro lado, <strong>de</strong>vemos manter o foco<br />

na essência das pessoas.<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

24 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


curtas<br />

Fotos: Divulgação<br />

A Isobar Brasil contratou Carolina Buzetto (foto) como diretora<br />

<strong>de</strong> audience strategy, pilar da área <strong>de</strong> connections strategy da<br />

agência. A profissional, que respon<strong>de</strong>rá diretamente para o VP<br />

Aloisio Pinto, assume o núcleo <strong>de</strong>pois da saída <strong>de</strong> Natália Traldi,<br />

que foi para a Isobar Austrália. A nova diretora vai comandar uma<br />

equipe responsável por <strong>de</strong>finir segmentos <strong>de</strong> audiência. Audience<br />

strategy é uma evolução da antiga área <strong>de</strong> mídia e foi criada pela<br />

Isobar ao mesmo tempo em que foi <strong>de</strong>senvolvida a área <strong>de</strong> connections<br />

strategy, em abril <strong>de</strong>ste ano. “Como o próprio nome, o<br />

foco é um pensamento prioritário no consumidor, na audiência e<br />

não mais em mídia. Ainda compramos canais, tempo e presença,<br />

mas, hoje, sobretudo, compramos comportamentos, emoções, hábitos<br />

<strong>de</strong> consumo e perfis <strong>de</strong> audiência. Na dianteira do mercado,<br />

evoluímos do planejamento <strong>de</strong> mídia para um planejamento <strong>de</strong><br />

audiência”, afirma o CEO da Isobar Brasil, Léo Xavier. Profissional<br />

com mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> carreira. Carolina Buzetto tem passagens<br />

pelas agências WMcCann, F/Nazca Saatchi & Saatchi, Lowe e Leo<br />

Burnett. Ela possui expertise em pesquisa <strong>de</strong> mídia, planejamento<br />

<strong>de</strong> mídia e social media.<br />

A Wi<strong>de</strong> Comunicação Expandida anunciou, na semana passada,<br />

Eduardo Moncalvo (foto) como sócio e VP <strong>de</strong> relações institucionais.<br />

Além disso, a empresa revelou que conquistou a conta total<br />

do curso <strong>de</strong> inglês Brittania. Moncalvo é presi<strong>de</strong>nte do Sinapro<br />

(Sindicato das Agências <strong>de</strong> Propaganda do Rio <strong>de</strong> Janeiro), diretor<br />

da Abap-RJ (Associação Brasileira <strong>de</strong> Agências <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>-<br />

-Rio) e foi um dos fundadores da Staff Brasil, on<strong>de</strong> esteve por 25<br />

anos. “Encontrei na Wi<strong>de</strong> sócios e equipes alinhados, seguindo<br />

um conceito <strong>de</strong> negócios atual, fazendo um trabalho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

e buscando ser a agência mais <strong>de</strong>sejada do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Não há<br />

nada mais motivador”, disse o executivo.<br />

Os responsáveis por tornarem possíveis algumas cenas <strong>de</strong> Batalha<br />

dos Bastardos e Game of Thrones estarão no Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

nesta segunda (<strong>28</strong>) e terça-feira (29) para participar do VFX Rio,<br />

encontro que reunirá especialistas em efeitos visuais, cinema, games<br />

e outras tecnologias. Dave Fogler, um dos autores dos efeitos<br />

visuais <strong>de</strong> Star Wars - O Despertar da Força, também está confirmado<br />

e vai revelar os segredos do último filme da série.<br />

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jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 25


prOdutOras<br />

Orçamentos mais enxutos impactam<br />

segmento e afetam as receitas<br />

Para alguns players do mercado, a redução <strong>de</strong> uma produção chegou a<br />

30% nos últimos dois anos; Apro aponta elevação dos custos em 24,8%<br />

Fotos: Divulgação<br />

Dimitria Cardoso, da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes, lembra que há novas formas <strong>de</strong> captação e cita comercial da Harvey Nichols que usou câmeras <strong>de</strong> segurança das lojas<br />

Paulo Macedo<br />

setor <strong>de</strong> produção foi afetado<br />

por prazos mais lon-<br />

O<br />

gos <strong>de</strong> pagamentos <strong>de</strong> faturas<br />

e retração <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> 16,5%<br />

no ano passado, quando contabilizou<br />

um volume <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 17,1 mil comerciais produzidos<br />

no país, dados da Ancine<br />

(Agência Nacional <strong>de</strong> Cinema).<br />

Mas, também, há diminuição<br />

do valor dos orçamentos. Na<br />

avaliação <strong>de</strong> Paulo Roberto<br />

Schmidt, presi<strong>de</strong>nte do conselho<br />

<strong>de</strong> administração da Apro<br />

(Associação Brasileira da Produção<br />

<strong>de</strong> Obras Audiovisuais),<br />

a percepção é que os custos <strong>de</strong><br />

produção sofreram redução em<br />

<strong>2016</strong>. “Vivemos um verda<strong>de</strong>iro<br />

paradoxo e, talvez, <strong>de</strong>vido a<br />

inúmeros fatores, esteja havendo<br />

confusão e dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diagnosticar o cenário atual”,<br />

resume Schmidt.<br />

Entre os fatores listados pelo<br />

presi<strong>de</strong>nte da Apro estão a elevação<br />

<strong>de</strong> 24,8% dos custos <strong>de</strong><br />

produção, entre os quais remuneração<br />

<strong>de</strong> profissionais,<br />

insumos (cenários, dressing <strong>de</strong><br />

locações, transporte e alimentação,<br />

além da pós-produção) e<br />

7,5% <strong>de</strong> custos financeiros, “<strong>de</strong>correntes<br />

<strong>de</strong> alongamento do<br />

prazo e inadimplência no recebimento<br />

<strong>de</strong> valores faturados”.<br />

O aumento <strong>de</strong> 24,8% dos custos<br />

<strong>de</strong> produções foi compensado<br />

pelas produtoras, segundo<br />

Schmidt, pela eliminação das<br />

BVs (Bonificações <strong>de</strong> Volume)<br />

sobre produção, que “ajudou<br />

nesta equação e parte com<br />

redução ao mínimo das suas<br />

margens na maioria dos filmes<br />

realizados. As produtoras estão<br />

fazendo enorme esforço e sacrifício<br />

para conseguir produzir<br />

<strong>de</strong>ntro das verbas disponíveis<br />

ou alocadas pelos anunciantes.<br />

Enten<strong>de</strong>mos que é um momento<br />

<strong>de</strong> sobrevivência, razão pela<br />

qual o mantra é gerar negócios<br />

que possam, pelo menos, manter<br />

as estruturas e os custos<br />

fixos. Assim, apesar <strong>de</strong>ste aumento<br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> custos,<br />

por vezes incontrolável <strong>de</strong>vido<br />

ao aquecido mercado <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> conteúdo, e ao lado da<br />

drástica redução <strong>de</strong> produções<br />

publicitárias, po<strong>de</strong>mos afirmar<br />

que o custo médio <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> um filme publicitário manteve<br />

igual ou muito próximo do<br />

preço praticado em 2015”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Apro acrescenta:<br />

“O fato <strong>de</strong> os anunciantes<br />

terem reduzido consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

os investimentos<br />

em propaganda, em especial<br />

na mídia, optando por outras<br />

formas <strong>de</strong> comunicação, como<br />

os meios digitais, trouxe a reboque<br />

produções <strong>de</strong> filmes<br />

publicitários com custos meno-<br />

“Com a verba<br />

menor, a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalhos diminui,<br />

o que gera uma<br />

ConCorrênCia mais<br />

aCirrada entre as<br />

produtoras”<br />

<strong>28</strong> <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


es, muitos <strong>de</strong>les criados com<br />

linguagem mais simples, mais<br />

a<strong>de</strong>quada e apropriada ao veículo<br />

e/ou plataforma. Aqui,<br />

novamente, as produtoras têm<br />

exercido papel fundamental na<br />

equação, oferecendo soluções<br />

e, em muitos casos, entregando<br />

produtos com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção muito superior aos<br />

recursos contratados”.<br />

Mas a lucrativida<strong>de</strong> está<br />

comprometida. “As produtoras<br />

estão trocando dinheiro ou<br />

papéis, como queiram interpretar.<br />

É impressionante como<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manterem<br />

‘vivas’ as faz lutar e aceitar negócios<br />

muitas vezes abusivos e<br />

nocivos ao mercado. Enten<strong>de</strong>-<br />

-se o momento do Brasil e do<br />

mercado publicitário. Os produtores<br />

estão participando,<br />

garantindo empregos e trabalho<br />

para os profissionais fixos e<br />

free-lancers do mercado. Estão<br />

exercitando ao máximo mo<strong>de</strong>los<br />

e soluções para continuarem<br />

produzindo e entregando o<br />

melhor filme ou produto publicitário.<br />

Mas, convenhamos: os<br />

recursos alocados em produção<br />

representam hoje apenas 0,5%<br />

dos recursos investidos pelas<br />

marcas em propaganda e publicida<strong>de</strong>”,<br />

afirma Schmidt.<br />

“As marcas não po<strong>de</strong>m vacilar,<br />

não <strong>de</strong>vem usar do po<strong>de</strong>r<br />

econômico, não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>srespeitar<br />

e não po<strong>de</strong>m ajudar a<br />

<strong>de</strong>struir os seus parceiros estratégicos.<br />

Enfim, não po<strong>de</strong>m matar<br />

os seus artesãos. A política<br />

venal pelo melhor preço – sem<br />

consi<strong>de</strong>rar, não menos importante,<br />

o menor prazo e melhor<br />

qualida<strong>de</strong>, talento e gestão –,<br />

sem ao menos manter dignamente<br />

o preço e a condição <strong>de</strong><br />

pagamento que seja condizente<br />

com o fluxo físico/financeiro<br />

das produções, tem comprometido<br />

a saú<strong>de</strong> das produtoras.<br />

Elas estão exauridas, sem<br />

capital <strong>de</strong> giro, e não po<strong>de</strong>m<br />

continuar exercendo o papel <strong>de</strong><br />

‘banco’”, disse o presi<strong>de</strong>nte da<br />

associação das produtoras.<br />

Oferta e prOcura<br />

Raul Doria, sócio da Cine,<br />

pon<strong>de</strong>ra que a produção cinematográfica<br />

se beneficiou<br />

da publicida<strong>de</strong>. Mas o quadro<br />

mudou. “Publicida<strong>de</strong> foi a única<br />

fonte <strong>de</strong> recursos da área<br />

(lembram dos anos Collor?). Na<br />

outra via, com a inédita crise<br />

econômica, que muitos avaliam<br />

a maior da nossa história,<br />

Sérgio Tikhomiroff: “difilculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> repasse dos custos para os anunciantes”<br />

“a tendênCia é a <strong>de</strong><br />

que as estruturas<br />

se enxuguem e os<br />

intermediários<br />

sejam eliminados.<br />

é a era do skip<br />

ad Chegando.<br />

o Consumidor<br />

não vai mais ser<br />

atingido pela<br />

frequênCia”<br />

os clientes/anunciantes estão<br />

cada vez mais à procura <strong>de</strong> melhores<br />

preços (mesmo colocando<br />

em risco a qualida<strong>de</strong>), quando<br />

não, cancelando ou adiando<br />

projetos. Resultado: o custo<br />

<strong>de</strong> realização <strong>de</strong> cinema sobe<br />

sem parar. É a lei da oferta e da<br />

procura. Muita procura na produção<br />

<strong>de</strong> conteúdo, os preços<br />

sobem. E muita negociação nos<br />

preços <strong>de</strong> comerciais, preços<br />

<strong>de</strong>scem”, observa Doria.<br />

Na visão <strong>de</strong> Francesco Civita,<br />

sócio e produtor-executivo da<br />

Prodigo Films, o preço médio<br />

<strong>de</strong> um comercial teve queda no<br />

segundo semestre. “Como temos<br />

menos filmes e pouca <strong>de</strong>manda,<br />

o preço cai, justamente<br />

porque a concorrência é maior<br />

e todos vão atrás dos poucos<br />

filmes que estão sendo criados.<br />

Por outro lado, os custos não diminuíram.<br />

Alguns profissionais<br />

do setor tiveram reajustes e a<br />

inflação está aí. “O que eu acho<br />

que existe, hoje, são possibilida<strong>de</strong>s<br />

mais vastas <strong>de</strong> opções<br />

para o anunciante divulgar sua<br />

marca. Ele po<strong>de</strong> optar por outras<br />

mídias e as produtoras usarem<br />

outros tipos <strong>de</strong> produção,<br />

necessárias para essas mídias<br />

(como Instagram e Snapchat).<br />

Mas o que vai diferenciar uma<br />

produtora da outra é a criativida<strong>de</strong>”,<br />

argumenta Civita.<br />

Além da crise, a tecnologia<br />

é outro fator. A pon<strong>de</strong>ração é<br />

<strong>de</strong> Fabio Dedding, da Great. “O<br />

fator mais importante é a não<br />

a<strong>de</strong>quação dos preços x mão<br />

<strong>de</strong> obra nas produções. Temos<br />

preços exorbitantes para funções<br />

e serviços simples. Com o<br />

aumento da influência dos <strong>de</strong>partamentos<br />

<strong>de</strong> marketing das<br />

empresas anunciantes, esses<br />

valores começaram a ser questionados”,<br />

ele afirma.<br />

Dimitria Cardoso, diretora<br />

<strong>de</strong> atendimento da Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> Filmes, explica que a queda<br />

chega a 15%. “O fator principal<br />

é a crise, que implica numa diminuição<br />

da verba do cliente a<br />

ser investida. Com a verba menor,<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos<br />

diminui, o que gera concorrência<br />

mais acirrada entre as<br />

produtoras. A renovação tecnológica,<br />

que ajuda a diminuir<br />

as equipes e suas respectivas<br />

especializações. Há também a<br />

pulverização da mídia. Antigamente,<br />

os clientes calculavam<br />

o custo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> acordo<br />

com a mídia. A migração da mídia<br />

tradicional pela digital fez<br />

as produções diminuírem <strong>de</strong><br />

tamanho. Atualmente, investe-<br />

-se cada vez menos tempo, planejamento,<br />

cuidado e dinheiro<br />

nos filmes”, diz Dimitria, acrescentando<br />

que há novas formas<br />

<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> imagem. Ela<br />

lembra que o comercial Pega-<br />

-ladrão, da Adan Even & DDB<br />

para a Harvey Nichols, filmado<br />

com câmeras <strong>de</strong> segurança da<br />

loja inglesa e premiado com<br />

o Grand Prix do Film Lions do<br />

Festival <strong>de</strong> Cannes <strong>de</strong>ste ano.<br />

mesa <strong>de</strong> cOmpra<br />

O diretor Rodolfo Vanni, ex-<br />

Cia <strong>de</strong> Cinema, lembra que as<br />

mesas <strong>de</strong> compras dos anunciantes<br />

apertam as condições,<br />

mas pergunta: “eles sabem<br />

quem é Tom Kuntz?”. Vanni<br />

prossegue: “A lucrativida<strong>de</strong> das<br />

produtoras, assim como das<br />

agências, diminuiu. E <strong>de</strong>ve cair<br />

mais à medida que à audiência<br />

for migrando da TV aberta para<br />

o formato pay per view. A tendência<br />

é que estruturas se enxuguem<br />

e intermediários sejam<br />

eliminados. É a era do skip ad<br />

chegando. O consumidor não<br />

vai mais ser atingido pela frequência.<br />

E, sim, pela inteligência.<br />

Acho que o futuro pertence<br />

aos que criam e produzem coisas<br />

que interessam às pessoas”.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 29


O rastro especulatório que se<br />

segue a uma crise é alerta que<br />

Sérgio Tikhomiroff, diretor da<br />

área <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da Mixer,<br />

faz. “Com queda na <strong>de</strong>manda e<br />

na verba publicitária, e inflação<br />

em alta, o resultado é uma dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> repasse para orçamentos.<br />

Impostos aumentam,<br />

os custos trabalhistas também,<br />

a mão <strong>de</strong> obra especializada aumenta<br />

acima da inflação e equipamentos<br />

e upgra<strong>de</strong>s/updates<br />

são em dólar, com toda a oscilação<br />

que tem acompanhado sua<br />

cotação”, afirma Tikhomiroff.<br />

A competitivida<strong>de</strong> setorial<br />

é um dos motivos que Pedro<br />

Bueno, produtor-executivo da<br />

Shinjitsu Filmes, observa. A solução<br />

é o ajuste do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

negócios com equipes enxutas<br />

e multidisciplinares. “Temos<br />

visto uma crescente <strong>de</strong>manda<br />

por produções menos elaboradas<br />

e mais baratas. Com a falta<br />

<strong>de</strong> dinheiro geral, a mídia offline<br />

ainda continua muito cara,<br />

se comparada com o digital.<br />

Esta projeção ajudou a consolidar<br />

um cenário em que muitos<br />

clientes migraram suas verbas<br />

e campanhas para o online. Porém,<br />

por ser uma mídia mais<br />

barata, muitos clientes querem<br />

pagar menos pelas produções<br />

feitas para o online, pois acreditam<br />

que essa equação é diretamente<br />

proporcional à produção<br />

audiovisual, ledo engano. Quase<br />

toda a infraestrutura, recursos,<br />

equipamentos, processos,<br />

mão <strong>de</strong> obra e outros <strong>de</strong>talhes<br />

são os mesmos que usamos nas<br />

produções para TV, o que muda<br />

é a plataforma <strong>de</strong> veiculação”.<br />

Drasticamente é a palavra<br />

que Mayara Auad, da Yourmama<br />

Films, usa para respon<strong>de</strong>r<br />

à questão sobre custos <strong>de</strong> produção.<br />

“A crise trouxe uma necessida<strong>de</strong><br />

dos clientes reverem<br />

suas verbas <strong>de</strong> marketing, o que<br />

gerou diminuição drástica nas<br />

verbas <strong>de</strong> produção. Além disso,<br />

os clientes têm buscado produtoras<br />

diretamente em busca<br />

<strong>de</strong> preços menores, prática que<br />

<strong>de</strong>svaloriza o trabalho do setor,<br />

pois estamos falando <strong>de</strong> visões<br />

e talentos únicos, quando o valor<br />

se diferencia por um serviço<br />

artístico com níveis <strong>de</strong> entregas<br />

diferentes e não simplesmente<br />

pelo preço mais baixo”.<br />

Para Renato Assad, fundador<br />

e diretor <strong>de</strong> cena da Si<strong>de</strong><br />

Cinema, o preço médio caiu e<br />

credita essa tendência à pulverização<br />

omnichannel. E não<br />

Schmidt: “produtoras estão entregando trabalhos com qualida<strong>de</strong> muito superior aos recursos contratados”<br />

“vivemos um<br />

verda<strong>de</strong>iro<br />

paradoxo e talvez,<br />

<strong>de</strong>vido a inúmeros<br />

fatores, esteja<br />

havendo Confusão<br />

e difiCulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diagnostiCar o<br />

Cenário atual”<br />

tem volta. “A lucrativida<strong>de</strong> caiu<br />

muito e me parece uma tendência<br />

sem volta. Vamos ter <strong>de</strong><br />

achar soluções para isso, mas os<br />

clientes vão precisar enten<strong>de</strong>r<br />

também que, se querem filmes<br />

com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização,<br />

vão ter <strong>de</strong> pagar pra isso. Caso<br />

contrário, o nível <strong>de</strong> produção<br />

será cada dia pior”.<br />

riscOs<br />

Pelo cálculo <strong>de</strong> Alex Mehedff,<br />

sócio da Hungry Man, nos<br />

últimos dois anos a queda chega<br />

35%, mas com os insumos<br />

crescendo entre 20% e 30%.<br />

“As produtoras que têm estrutura<br />

gran<strong>de</strong> correm gran<strong>de</strong>s<br />

riscos. O mercado já não comporta<br />

produtoras <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 50<br />

funcionários há muitos anos.<br />

Quem tem e administra uma<br />

produtora <strong>de</strong>ste porte acaba<br />

fazendo ‘dumping’ <strong>de</strong> preço <strong>de</strong><br />

um filme publicitário ou pacote<br />

<strong>de</strong> dois ou três filmes no mercado<br />

para sustentar por quase<br />

nenhum lucro seu negócio. E<br />

isso coloca em risco toda ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva, já que, na maioria<br />

das vezes, acabam entregando<br />

filmes aquém do possível<br />

resultado ou da expectativa<br />

que a agência/cliente tem. Essas<br />

empresas precisam ser responsáveis,<br />

<strong>de</strong> forma geral, por<br />

si próprias, com o mercado <strong>de</strong><br />

produção, com seus clientes,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente se têm<br />

sócios ‘do mercado financeiro’<br />

que somente cobram resultados<br />

em ‘balance sheet’. É duro<br />

dizer isso, mas é o que estamos<br />

observando ocorrer com as<br />

gran<strong>de</strong>s produtoras do mercado<br />

brasileiro recentemente”.<br />

Especializada em bran<strong>de</strong>d<br />

content, a Oficina, <strong>de</strong> Nelson<br />

Enohata, já convive com os orçamentos<br />

mais reduzidos. Ele<br />

lembra que as mesas <strong>de</strong> compra<br />

objetivam o menor custo.<br />

“As taxas das produtoras estão<br />

se tornando um seguro <strong>de</strong> trabalho”,<br />

diz ele sobre prazos<br />

longos e inadimplência. Porém,<br />

sobre as novas formas <strong>de</strong> produção,<br />

faz uma ressalva. “Existe<br />

uma falsa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que muita<br />

coisa po<strong>de</strong> ser gravada por um<br />

celular. Mas a questão não é<br />

apenas o suporte <strong>de</strong> gravação<br />

em si (celular, HD, 4K, Red,<br />

etc), mas também a produção<br />

que está por trás. Não é porque<br />

o suporte é amador que toda a<br />

produção será amadora”.<br />

A crise e a diminuição da importância<br />

do comercial <strong>de</strong> 30<br />

segundos para os anunciantes<br />

são os atores <strong>de</strong>sse cenário no<br />

mercado brasileiro, na opinião<br />

<strong>de</strong> Eduardo Tibiriçá, CEO da<br />

Bossa Nova Group. “Apesar da<br />

pressão por parte dos anunciantes<br />

para redução dos custos,<br />

os insumos do mercado<br />

brasileiro continuam altos. Por<br />

isso, os valores das produções<br />

não foram alterados, refletindo,<br />

na verda<strong>de</strong>, na diminuição das<br />

margens das produtoras. Para<br />

agravar o cenário, as produtoras<br />

precisam ter fluxo <strong>de</strong> caixa<br />

para arcar com os custos das<br />

produções, já que os prazos <strong>de</strong><br />

pagamentos dos anunciantes<br />

estão dada vez maiores”.<br />

Antonio Carlos Accioly, produtor-executivo<br />

da Movie &<br />

Art, argumenta que uma produtora<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte é chamada<br />

para uma concorrência <strong>de</strong><br />

um job e na maioria das vezes<br />

“compete com produtoras que<br />

não têm estrutura”.<br />

30 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


curtas<br />

Fotos: Divulgação<br />

Especializada em CRM, Performance, Data e Digital, a Fábrica<br />

conquistou a conta <strong>de</strong> comunicação dirigida do Grupo Segurador<br />

Banco do Brasil e Mapfre. A concorrência envolveu outras três<br />

agências. Resultado da união estratégica entre o Banco do Brasil<br />

e a Mapfre Seguros, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre<br />

conta atualmente com mais <strong>de</strong> 6 mil colaboradores e mais <strong>de</strong> 65<br />

mil pontos <strong>de</strong> venda, incluindo corretores e agências bancárias.<br />

“Para a Fábrica, é uma honra aten<strong>de</strong>r à maior empresa <strong>de</strong> seguros<br />

do país e um imenso <strong>de</strong>safio levar práticas <strong>de</strong> comunicação inovadoras<br />

num segmento com amplo crescimento <strong>de</strong> mercado”, disse<br />

o sócio-presi<strong>de</strong>nte Luiz Buono (no centro da foto, com a equipe).<br />

A Missão Empresarial Brasil-Itália <strong>de</strong>sembarcou em São Paulo<br />

no último dia 24, li<strong>de</strong>rada pelo vice-ministro italiano do Desenvolvimento<br />

Econômico, Ivan Scalfarotto. A <strong>de</strong>legação foi formada<br />

por lí<strong>de</strong>res das principais empresas italianas dos setores aeroespacial,<br />

agrobusiness, ambiente/energia, automobilístico, tecnologia<br />

da informação e da comunicação e infraestrutura. O evento teve<br />

apoio da Fiesp-Ciesp, Banco do Brasil, Febraban e das Agências<br />

Espaciais do Brasil e da Itália.<br />

Após a recente conquista da conta, a Mood\TBWA divulga a<br />

sua primeira campanha (foto) para a Porto Seguro. O mundo é<br />

touch é protagonizada por <strong>de</strong>doches – fantoches manipulados<br />

com os <strong>de</strong>dos – para apresentar ao público o novo aplicativo da<br />

marca, por meio <strong>de</strong> uma campanha com estratégia 100% digital.<br />

Com objetivo <strong>de</strong> engajar os usuários ao uso da plataforma e sob<br />

o mote Baixe o aplicativo e resolva tudo num touch, a Mood criou<br />

cinco filmes. No primeiro <strong>de</strong>les, intitulado Big Band Anos 60, os<br />

<strong>de</strong>doches formam uma banda dos anos 1960, com roupas e penteados<br />

caracterizados. Com um cantor e duas backing vocals,<br />

os personagens se apresentam em um programa <strong>de</strong> televisão e<br />

cantam uma balada romântica, que também remete à época, por<br />

meio do jingle Cartões da Porto Seguro, baixe o app, baixe o app.<br />

A campanha contará com mais quatro filmes, que trarão figuras<br />

como homens das cavernas, um super-herói e um vovô po<strong>de</strong>roso<br />

como protagonistas, todos interpretados por <strong>de</strong>doches, e será<br />

veiculada no Facebook e no canal do YouTube da companhia. Por<br />

meio do app, os clientes po<strong>de</strong>rão efetuar transações como consulta<br />

<strong>de</strong> senha, visualização <strong>de</strong> movimentação da fatura e consulta<br />

<strong>de</strong> limite.<br />

PAULO<br />

QUEIROZ<br />

PATROCÍNIO:<br />

APOIO:<br />

FORAS DE SÉRIE<br />

CEO DA DM9DDB<br />

Publicitário com mais <strong>de</strong> 30 anos <strong>de</strong> experiência, construiu uma carreira focada<br />

no fortalecimento da indústria da propaganda no Brasil. Na DM9DDB, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2013,<br />

li<strong>de</strong>ra um time <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300 pessoas. É membro da diretoria do IVC (Instituto Verificador <strong>de</strong> Circulação),<br />

membro do Conselho <strong>de</strong> Ética do CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão) e conselheiro do Grupo <strong>de</strong><br />

Mídia <strong>de</strong> São Paulo. Também faz parte do Brazilian Marketing Hall of Fame.<br />

REALIZAÇÃO:<br />

Data: 07/12/<strong>2016</strong><br />

Horário: das 9h às 11h<br />

Local: Se<strong>de</strong> da APP – Rua Hungria, 664 -<br />

12.º andar - Jardim Europa - São Paulo/SP<br />

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Associados da APP – gratuito<br />

Não associados – R$ 120,00<br />

Informações e inscrições: (11) 3813-0188<br />

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jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 31


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UM GRANDE PAÍS<br />

SE CONSTRÓI COM<br />

GRANDES LÍDERES<br />

O principal reconhecimento nacional do talento,<br />

competência e comprometimento dos lí<strong>de</strong>res que<br />

fazem do Brasil um País melhor e mais competitivo.<br />

Com a presença <strong>de</strong> GERALDO ALCKMIN,<br />

Governador do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

Palácio dos Ban<strong>de</strong>irantes - São Paulo - SP<br />

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Fornecedores Oficiais:


Marcas<br />

Fundação Bra<strong>de</strong>sco faz 60 anos<br />

e presta homenagem a ex-alunos<br />

Filmes assinados pela mcgarrybowen e pela WMcCann representam<br />

histórias <strong>de</strong> estudantes que passaram pela instituição em seis décadas<br />

Divulgação<br />

O filme criado pela WMcCann para TV mostra as conquistas <strong>de</strong> uma jovem representadas em abraços dados nas pessoas que a amam<br />

campanha que celebra os<br />

A 60 anos da Fundação Bra<strong>de</strong>sco,<br />

que é também uma homenagem<br />

aos milhares <strong>de</strong> alunos<br />

atendidos anualmente pela<br />

instituição, enfatiza o po<strong>de</strong>r<br />

da educação em criar oportunida<strong>de</strong>s,<br />

ampliar horizontes e<br />

dar um novo rumo na vida das<br />

pessoas. A mcgarrybowen e a<br />

WMcCann assinam, respectivamente,<br />

filmes on e offline,<br />

que retratam a história <strong>de</strong> vida<br />

<strong>de</strong> ex-alunos.<br />

“O momento merecia uma<br />

campanha exclusiva, não só<br />

pela celebração dos 60 anos,<br />

mas pela plena convicção <strong>de</strong><br />

que a Fundação Bra<strong>de</strong>sco é capaz<br />

<strong>de</strong> transformar a vida dos<br />

alunos que passam por uma <strong>de</strong><br />

suas 40 escolas”, <strong>de</strong>clarou Márcio<br />

Parizotto, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

do Bra<strong>de</strong>sco.<br />

A Fundação Bra<strong>de</strong>sco foi<br />

criada no dia 22 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong><br />

<strong>de</strong> 1956 e tornou-se referência<br />

mundial e um dos principais<br />

programas educacionais do<br />

país. Seu objetivo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início,<br />

é o <strong>de</strong> promover a inclusão<br />

“Campanha foi<br />

uma viagem <strong>de</strong><br />

transformação.<br />

vimos <strong>de</strong> perto o<br />

que representa o<br />

po<strong>de</strong>r da eduCação<br />

na vida das<br />

pessoas”<br />

e o <strong>de</strong>senvolvimento social por<br />

meio da educação, priorizando<br />

o ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e contribuindo<br />

para a transformação<br />

da vida <strong>de</strong> crianças, jovens ou<br />

adultos em todos os estados<br />

brasileiros e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral.<br />

O filme para TV criado pela<br />

WMcCann apresenta a retrospectiva<br />

<strong>de</strong> uma jovem na instituição<br />

e mostra, por meio <strong>de</strong><br />

abraços, as conquistas que marcaram<br />

sua trajetória. O abraço<br />

no pai no dia da formatura, o<br />

abraço nos colegas do time <strong>de</strong><br />

voleibol na fase da pré-adolescência<br />

ou o abraço da professora<br />

após um teatrinho <strong>de</strong> fantoches.<br />

A campanha estreou no<br />

último dia 22, no intervalo do<br />

Jornal Nacional. O filme tem<br />

versões <strong>de</strong> um minuto e <strong>de</strong> 30<br />

segundos.<br />

A estratégia digital, <strong>de</strong>senvolvida<br />

pela Mcgarrybowen,<br />

conta a história <strong>de</strong> ex-alunos<br />

e como a passagem pela Fundação<br />

Bra<strong>de</strong>sco os ajudou a<br />

revelar seus “superpo<strong>de</strong>res”.<br />

Os filmes serão exibidos no<br />

Facebook e no YouTube, com<br />

<strong>de</strong>sdobramentos para Twitter<br />

e Instagram, além <strong>de</strong> outros<br />

canais digitais. Todas as peças<br />

foram pensadas <strong>de</strong> acordo com<br />

a natureza <strong>de</strong> cada canal. Ao<br />

todo, serão seis filmes que misturam<br />

a linguagem documental<br />

e <strong>de</strong> animação. Por meio da animação,<br />

eles viram super-heróis<br />

que usam seus “superpo<strong>de</strong>res”,<br />

como superraciocínio e foco absoluto,<br />

para apren<strong>de</strong>r e transformar<br />

o entorno. Os personagens<br />

(ex-alunos da entida<strong>de</strong>)<br />

da campanha digital são Dilermando,<br />

engenheiro <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> produção e ganhador <strong>de</strong> um<br />

concurso da NASA, e Daniel,<br />

entomologista do Tocantins,<br />

que trabalha com insetos.<br />

“Essa campanha foi uma viagem<br />

<strong>de</strong> transformação. Vimos<br />

<strong>de</strong> perto o que representa o<br />

po<strong>de</strong>r da educação na vida das<br />

pessoas. Nós nos embrenhamos<br />

no coração do Brasil. A escola<br />

<strong>de</strong> Canuanã é um exemplo <strong>de</strong><br />

um trabalho visionário da fundação.<br />

Voltamos transformados”,<br />

diz Sophie Schonburg, VP<br />

<strong>de</strong> criação da mcgarrybowen.<br />

34 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


maRCas<br />

Produtos da Ceratti viram estrelas<br />

da novela Sol Nascente, na Globo<br />

Ação <strong>de</strong> product placement tem objetivo <strong>de</strong> mostrar que portfólio da<br />

empresa vai muito além da tradicional morta<strong>de</strong>la e está no Brasil todo<br />

Divulgação<br />

Na trama das 18h da Globo, Marcelo Novaes (à esquerda) está à frente da padaria da família que ven<strong>de</strong>rá Ceratti<br />

Cristiane Marsola<br />

Para divulgar o portfólio<br />

completo, com mais <strong>de</strong> 130<br />

itens, a Ceratti aposta em uma<br />

ação <strong>de</strong> product placement, na<br />

novela Sol Nascente, exibida<br />

no horário das 18h, na Re<strong>de</strong><br />

Globo. Os produtos da marca<br />

passam a fazer parte do mix<br />

oferecido na padaria da família<br />

De Angeli, o núcleo italiano<br />

da trama.<br />

É a primeira vez que a Ceratti<br />

aparece <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma trama<br />

e a escolha ocorreu graças<br />

à sinergia existente entre realida<strong>de</strong><br />

e ficção. “A marca ficou<br />

muito fluida na trama porque<br />

as histórias da novela e da Ceratti<br />

têm muita semelhança.<br />

Escolhemos estar na trama<br />

porque tem alguns recados<br />

que precisávamos passar: a<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> portfólio e a presença<br />

nacional. A Ceratti ainda<br />

é vista como uma marca <strong>de</strong> São<br />

Paulo”, conta Valéria Favaretto,<br />

gerente <strong>de</strong> marketing da<br />

Ceratti.<br />

“A origem itAliAnA<br />

AcAbA sendo<br />

um fAtor <strong>de</strong><br />

diferenciAção. os<br />

produtos já têm<br />

no seu dnA essA<br />

cArActerísticA<br />

gourmet”<br />

A marca foi fundada há mais<br />

80 anos pelo imigrante italiano<br />

Giovanni Ceratti. “A origem italiana<br />

acaba sendo um fator <strong>de</strong><br />

diferenciação. Os produtos já<br />

têm no seu DNA essa característica<br />

gourmet. Esta é a quarta<br />

geração à frente da Ceratti. As<br />

empresas familiares italianas<br />

têm rigor na produção e também<br />

na parte administrativa”,<br />

afirma Valéria.<br />

Na trama, Vittorio, personagem<br />

interpretado por Marcelo<br />

Novaes, é filho <strong>de</strong> um casal <strong>de</strong><br />

imigrantes italianos e está à<br />

frente do comércio da família.<br />

Além <strong>de</strong> participar das ações<br />

<strong>de</strong> merchandising na novela,<br />

que vão até o fim da trama, em<br />

4 <strong>de</strong> março, o ator virou embaixador<br />

da marca. Novaes também<br />

estará nas peças <strong>de</strong> PDV.<br />

A executiva não abre valores<br />

<strong>de</strong> investimento, mas garante<br />

que a ação usa o equivalente<br />

a 50% da verba <strong>de</strong> marketing<br />

anual da empresa. “A ação<br />

também tem uma parte online<br />

importante, com um especial<br />

no GShow. Os atores Aracy Balabanian<br />

e Francisco Cuoco,<br />

caracterizados como personagens,<br />

apresentam receitas”,<br />

fala. A ação é uma parceria da<br />

marca com a Rino.<br />

RePosiCionamento<br />

A Ceratti ganhou nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

visual, que estará em<br />

todas as embalagens da marca<br />

até o fim do próximo ano. As<br />

mudanças no logo, que estão<br />

com traços mais arredondados<br />

e a coroa <strong>de</strong> cinco pontas<br />

em vez <strong>de</strong> três, aparecem primeiro<br />

no material <strong>de</strong> PDV e<br />

na morta<strong>de</strong>la Bologna Tradicional,<br />

que é o carro-chefe da<br />

marca. “As novas embalagens<br />

da morta<strong>de</strong>la chegam ao ponto<br />

<strong>de</strong> venda em <strong>de</strong>zembro”, fala.<br />

Quem assina as mudanças nas<br />

embalagens e na i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual<br />

é a Live Team. “Fizemos o<br />

trabalho em muitas mãos. Esse<br />

reposicionamento da marca foi<br />

feito não apenas pensando em<br />

2017, mas em ampliar o portfólio<br />

no futuro”, diz Valéria.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 35


Marcas & Produtos<br />

Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />

Pisadas<br />

A Rainha lança este mês tênis com a tecnologia ComfortMax. O Bella<br />

é inspirado no lifestyle esportivo com referências da moda e i<strong>de</strong>al para<br />

mulheres. O mo<strong>de</strong>lo tem palmilha com tecnologia ComfortMax, em<br />

material <strong>de</strong> EVA que resulta em maciez e conforto na pisada. Segundo a<br />

empresa, mais duas tecnologias prometem gerar benefícios durante uso<br />

do Bella. O Sysmesh é um tecido mesh com maior troca <strong>de</strong> ar entre as<br />

partes interna e externa. Já a Fix Fit é uma estrutura no cabedal que<br />

proporciona segurança e leveza. Outro <strong>de</strong>talhe é a sola com pintura e<br />

calce fácil, já que não tem cadarços. Ele é apresentado em três cores:<br />

preto; cinza com <strong>de</strong>talhes em vinho; e marinho com <strong>de</strong>talhes em lilás.<br />

bocas<br />

A Mahogany repaginou todo o seu portfólio <strong>de</strong> batons.<br />

Batizada <strong>de</strong> Glam, a nova linha sugere glamour. Inspiradas na<br />

silhueta feminina, as embalagens, todas na cor preta, fazem<br />

alusão a um importante ícone da moda: o “pretinho básico”.<br />

Composta por 18 cores, Glam chega às lojas com tons nu<strong>de</strong>s<br />

e nuances <strong>de</strong> rosa, vermelho e laranja. Para completar, a<br />

coleção traz duas opções <strong>de</strong> batons com textura mate, nas<br />

cores Coppery (terroso) e Wine Grape (vinho intenso).<br />

Proteção<br />

Coppertone lançou a linha<br />

Tattoo no mercado brasileiro.<br />

Desenvolvido para proteger as<br />

tatuagens contra a incidência dos<br />

raios solares, segundo a marca,<br />

a sua fórmula associa barreiras<br />

físicas e químicas, protegendo<br />

e hidratando a pele para<br />

minimizar os efeitos do sol. Está<br />

disponível nas versões loção e<br />

spray e complementa o portfólio<br />

da marca, que acaba <strong>de</strong> ser<br />

relançado no país com fórmulas<br />

adaptadas à pele brasileira.<br />

simPles<br />

A Beneficência Portuguesa <strong>de</strong> São Paulo adotou<br />

nova marca institucional. O projeto faz parte da<br />

estratégia <strong>de</strong> profissionalização da gestão. A i<strong>de</strong>ia é<br />

sintetizar nova segmentação dos serviços oferecidos.<br />

Com isso, busca melhorar a experiência do cliente e<br />

aumentar a atrativida<strong>de</strong> e a receita no atendimento<br />

dos pacientes oriundos <strong>de</strong> operadoras <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, seguradoras e dos pacientes particulares. A<br />

nova marca foi simplificada para BP e consumiu, em<br />

parceria com a FutureBrand, dois anos <strong>de</strong> estudos.<br />

36 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


STORYTELLER<br />

Marina Cota<br />

Ouvi vivendo<br />

Resolvi me especializar em frases<br />

ouvidas em botequins, estes templos<br />

da <strong>de</strong>mocratização da sabedoria<br />

LuLa Vieira<br />

Peguei a mania do Duailibi <strong>de</strong> colecionar<br />

frases. Só que, para não fazer concorrência<br />

direta, na qual eu seria prejudicado<br />

pela excelência do rival, resolvi me especializar<br />

em frases ouvidas em botequins,<br />

estes templos da <strong>de</strong>mocratização da sabedoria.<br />

Ando permanentemente com uma<br />

ca<strong>de</strong>rnetinha e, cada vez que alguém me<br />

brinda com uma frase digna <strong>de</strong> registro, tiro<br />

do bolso o canhenho e escrevo. Reparem<br />

aí o uso magistral da palavra canhenho,<br />

que até o corretor do Word não conhece e<br />

sublinha em vermelho. Canhenho, seu corretor<br />

<strong>de</strong> merda, não é para teu bico. Só eu, o<br />

Houaiss e o Aurélio ainda usamos.<br />

Pois bem, essa minha ca<strong>de</strong>rnetinha<br />

guarda um verda<strong>de</strong>iro tesouro <strong>de</strong> comentários<br />

sobre comida, bebida e convivência.<br />

Por exemplo, um dia ouvi um freguês recusar<br />

um carpaccio sugerido pelo garçom<br />

com a garantia que, para ele, “carne crua só<br />

gemendo”. Não comeu o carpaccio e, pelo<br />

visto, nem a mulher que estava com ele, para<br />

a qual ofereço meus respeitos e meu humil<strong>de</strong><br />

apoio. Outra, que veio do restaurante<br />

<strong>de</strong> um posto <strong>de</strong> gasolina do Sul, confirma<br />

um pouco a propalada grossura gaúcha,<br />

que sabemos injusta e ultrapassada. Mas o<br />

causo é que o garçom, aten<strong>de</strong>ndo três casais,<br />

anotou o pedido <strong>de</strong> bebidas e dirigiu-<br />

-se às senhoras: “e as moças, vão ficar <strong>de</strong><br />

bico seco?”. Quero ver mais donaire do que<br />

isso no Alain Ducasse. Também já registrei<br />

a recusa <strong>de</strong> outro comensal à sugestão <strong>de</strong><br />

uma salada com a afirmação que “salada é<br />

comida <strong>de</strong> comida – meu negócio é carne!”.<br />

Uma vez fui levado a uma lojinha em Volta<br />

Redonda, que faz uma das melhores empadas<br />

que comi na vida, digna do Frangó<br />

ou do Pão e Pão, <strong>de</strong> Nogueira, perto <strong>de</strong> Petrópolis.<br />

São mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z tipo diferentes <strong>de</strong><br />

empadas, uma melhor que a outra. Fiquei<br />

curioso em saber como o rapaz que atendia<br />

no balcão sabia distinguir entre os diversos<br />

tipos. “É simples”, ele me explicou, “camarão<br />

tem um pontinho, camarão com Catupiry<br />

são dois cês, palmito é um pauzinho,<br />

calabresa dois”. Daí eu fiquei intrigado com<br />

um “s” sobre algumas <strong>de</strong>las. Sua resposta<br />

veio junto com um olhar <strong>de</strong> profundo enfado<br />

e <strong>de</strong>sprezo. “Fácil: ‘esse’ <strong>de</strong> cebola!”.<br />

Certa vez, na mesa ao lado da minha, uma<br />

senhora contava às amigas que a irmã <strong>de</strong>la se<br />

separou porque flagrou o marido se dirigindo<br />

<strong>de</strong> madrugada para o quarto da empregada.<br />

Segundo esta senhora, a irmã contou que o<br />

pilantra ainda tinha tentado fingir que estava<br />

tendo um ataque <strong>de</strong> sonambulismo, mas<br />

que a quase corna não aceitou a pantomima.<br />

“Largue <strong>de</strong> palhaçada - teria dito a tal irmã –,<br />

nunca ouvi falar <strong>de</strong> sonâmbulo <strong>de</strong> pau duro”.<br />

Outra vez, no Amarelinho, aqui <strong>de</strong>baixo<br />

do prédio, numa sexta-feira <strong>de</strong> manifestação<br />

tipo “não vai ter golpe”, o bar estava<br />

lotado. Alguém comentou que aquilo estava<br />

um verda<strong>de</strong>iro inferno. O Paiva, nosso<br />

garçom, imediatamente respon<strong>de</strong>u: “isso<br />

que vocês chamam <strong>de</strong> inferno, eu chamo<br />

<strong>de</strong> lar!”. Outro filósofo, o barman do Bistrô<br />

Vilarino, numa noite <strong>de</strong> amargura, chorava<br />

as mágoas: “não basta a crise, o Trump e a<br />

violência... agora eu ainda tenho <strong>de</strong> fazer<br />

caipisaquê <strong>de</strong> frutas vermelhas”.<br />

Numa segunda-feira <strong>de</strong>ssas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>rrota do Flamengo, o garçom Manolo<br />

recomendou: “pe<strong>de</strong> coisa fácil porque o<br />

humor da cozinha está terrível!”. Este mesmo<br />

Manolo, um espanhol, é célebre por sua<br />

absoluta falta <strong>de</strong> paciência. Numa noite,<br />

Manolo tentava explicar, com metáforas e<br />

circunlóquios, sem nenhum sucesso, para<br />

uma freguesa o que seriam as “criadillas”<br />

que o menu indicava como uma tapa típica<br />

da região da Mancha. Depois da terceira<br />

tentativa, já meio puto, apontou para o<br />

próprio saco e disse bem alto: “Señora, com<br />

total respeto, criaddillas és esto... <strong>de</strong> toro!”.<br />

É por isso que adoro botequins. É lá que<br />

aprendo muito sobre a vida.<br />

P.S.: O título é uma chupada vergonhosa <strong>de</strong><br />

uma crônica do Artur da Távola, outro anotador<br />

<strong>de</strong> frases.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 37


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

imaginação<br />

As crianças atendidas pelo Hospital <strong>de</strong> Câncer<br />

<strong>de</strong> Barretos são autoras dos <strong>de</strong>senhos usados<br />

no filme E se..., criado pela WMcCann para a<br />

Fundação Pio XII, mantenedora da unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. As ilustrações dão vida ao discurso<br />

dos sertanejos Daniel, Chitãozinho e Chororó,<br />

que pe<strong>de</strong>m doações.<br />

WMccann<br />

Fundação Pio Xii<br />

Fotos: divulgação<br />

Título: E se...; produto: institucional; criação: Raphael<br />

Fiuza e Lucas Trevisani; produtora do filme:<br />

Cine Cinematográfica; diretor <strong>de</strong> cena: Ivan Abujamra;<br />

produtora <strong>de</strong> animação: Sinlogo Animation;<br />

diretor <strong>de</strong> animação: Alois Di Leo; produtora <strong>de</strong><br />

som: YBMusic; aprovação pelo cliente: Henrique<br />

Prata e Karina Sarri Carreira.<br />

Feliz comilança<br />

Quem adora comer tem um amor especial<br />

pelos pratos típicos <strong>de</strong> Natal. O filme Desejos<br />

<strong>de</strong> Natal, da Rái para a Ofner, usa os<br />

ingredientes especiais da linha gourmet<br />

dos panetones artesanais da marca “traduzidos”<br />

em votos <strong>de</strong> boas-festas. Entre os<br />

<strong>de</strong>sejos estão “que você se realize com o recheio<br />

<strong>de</strong> chocolate belga”.<br />

Rái PubLicida<strong>de</strong><br />

oFneR<br />

Título: Desejos <strong>de</strong> Natal; produto: linha gourmet<br />

<strong>de</strong> panetones artesanais; criação: Guilherme<br />

Fleury, Maurício Cavalcanti, Lucas Adam e Marcos<br />

Dionysio; produtora do filme: Teolá Produções;<br />

direção <strong>de</strong> cena: Jr. Júnior; aprovação do<br />

cliente: Fabiana Marin.<br />

Frentista<br />

Raízen, licenciada da Shell no Brasil, surpreen<strong>de</strong>u<br />

os fãs <strong>de</strong> Fórmula 1 para promover a<br />

gasolina aditivada Shell V-Power Nitro+. Sebastian<br />

Vettel, piloto da Ferrari, virou frentista<br />

e abastecia o carro dos fãs quando eles<br />

pediam especificamente pelo combustível. O<br />

resultado da ação po<strong>de</strong> ser conferido em um<br />

ví<strong>de</strong>o, especialmente para o ambiente digital.<br />

VML<br />

Raízen<br />

Título: Abastecimento surpreen<strong>de</strong>nte; produto:<br />

Shell V-Power Nitro+; criação: Andre Barreiros, Catarina<br />

Menchik e Wellington Ferreira; produtora: Movie<br />

Art; direção <strong>de</strong> cena: Marcelo Bozzini; produtora<br />

<strong>de</strong> som: Charlotte; aprovação do cliente: Renato<br />

Grego, Lucas Coelho e Patrick Serta.<br />

38 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


segredos<br />

O youtuber Cauê Moura, do canal Desce<br />

a Letra, é a estrela da campanha Receita<br />

Secreta, que The Heart Corporation<br />

criou para KFC Brasil em parceria<br />

com a Coca-Cola. Em uma das lojas, foi<br />

instalado um “confessionário”, on<strong>de</strong><br />

os clientes podiam trocar segredos por<br />

produtos. Era o digital influencer quem<br />

<strong>de</strong>cidia, na hora, qual o pagamento pelo<br />

segredo. As histórias são garantia <strong>de</strong><br />

diversão.<br />

The heaRT coRPoRaTion<br />

KFC BRasil<br />

Título: Receita Secreta; produto: institucional;<br />

direção <strong>de</strong> criação: Valmir Leite, Marcelo Camargo<br />

e Aline Leucz; diretor <strong>de</strong> arte: Edivaldo<br />

Batalha e Marcelo Camargo; redator: Arthur<br />

Montenegro e Aline Leucz; produtora <strong>de</strong> filme:<br />

Aiá Produtora; direção <strong>de</strong> cena: Adriano<br />

Plotzki; aprovação do cliente: Juliana Pisani,<br />

Lucas Couto, Camila Oliboni e Cynthia Tinelli.<br />

Vários cortes<br />

Depois <strong>de</strong> educar o consumidor<br />

sobre a importância<br />

da marca e, por consequência,<br />

da procedência da carne,<br />

a nova campanha da Friboi<br />

apresenta os diversos cortes<br />

<strong>de</strong> carne disponíveis no<br />

mercado e os diversos usos,<br />

para todo tipo <strong>de</strong> bolso. Os<br />

dois filmes têm a presença do<br />

garoto-propaganda da marca,<br />

Tony Ramos.<br />

LeW’LaRa\TbWa<br />

FRiBoi<br />

Título: Tem que ter Friboi; produto:<br />

Institucional; criação: Ulisses<br />

Razaboni, Leandro Pinheiro, Paulo<br />

Moraes e Mariana Horta; produtora<br />

<strong>de</strong> filme: Conspiração; diretor<br />

<strong>de</strong> cena: Mini Kerti; produtora <strong>de</strong><br />

áudio: E-Noise; aprovação do<br />

cliente: Maria Eugenia Rocha e<br />

Mariana Morais.<br />

Estão Abertas as inscrições ao Prêmio Colunistas São Paulo<br />

<strong>2016</strong>! Não perca tempo! Faça a inscrição da sua agência!<br />

INSCRIÇÕES<br />

VITOR SOUZA - VITORSZ@GMAIL.COM - CELULAR: 98150-8474<br />

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Acesse: www.colunistas.com<br />

Patrocínio:<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 39


consumo<br />

Estudo feito pela Y&R aponta novo<br />

comportamento no jeito <strong>de</strong> morar<br />

Com apoio da revista Casa Claudia, conclusão é que há quatro perfis:<br />

empresa, hotel, clube e galeria, todos com customização exclusiva<br />

Sumara Osório, diretora <strong>de</strong> planejamento da Y&R: informação e entretenimento<br />

“Buscamos o<br />

apoio da Editora<br />

aBril para somar<br />

a sua grandE<br />

ExpErtisE Em casa.<br />

parcEria inédita<br />

no sEntido dE<br />

produzir juntos<br />

um contEúdo<br />

com formato<br />

difErEntE”<br />

Divulgação<br />

Paulo Macedo<br />

Há uma nova concepção no<br />

jeito <strong>de</strong> morar que une novas<br />

tendências, praticida<strong>de</strong>, intimida<strong>de</strong>,<br />

beleza e conveniência.<br />

A conclusão é <strong>de</strong> um estudo<br />

coor<strong>de</strong>nado pela agência Y&R<br />

em parceria com a revista Casa<br />

Claudia, cuja amostra envolveu<br />

arquitetos, <strong>de</strong>signers, antropólogos<br />

e até psicanalistas. A conclusão<br />

mostra que há quatro<br />

mo<strong>de</strong>los, i<strong>de</strong>ntificados como<br />

hotel, clube, galeria e empresa.<br />

Mais do que clichês, os núcleos<br />

retratam comportamentos exatos<br />

dos consumidores. Os integrantes<br />

<strong>de</strong> hotel, por exemplo,<br />

gostam <strong>de</strong> uma vida prática,<br />

com conveniência e serviços<br />

funcionais.<br />

“A pesquisa busca enten<strong>de</strong>r<br />

a relação do brasileiro com a<br />

casa, a partir da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

tendências e valores pessoais e<br />

familiares. O objetivo é saber<br />

o que mudou no jeito <strong>de</strong> morar<br />

do brasileiro, consi<strong>de</strong>rando<br />

as transformações profundas<br />

pelas quais o mundo vem passando<br />

ultimamente. Queríamos<br />

buscar perfis <strong>de</strong> comportamento<br />

que só pu<strong>de</strong>ssem ser i<strong>de</strong>ntificados<br />

nos dias <strong>de</strong> hoje. Parte <strong>de</strong><br />

uma ampla pesquisa, ainda em<br />

andamento, o estudo contemplou<br />

entrevistas, em fevereiro<br />

e março <strong>de</strong>ste ano, por meio<br />

<strong>de</strong> pesquisas qualitativas com<br />

especialistas em várias áreas do<br />

conhecimento como sociologia,<br />

arquitetura, antropologia,<br />

psicanálise, <strong>de</strong>sign e influenciadores<br />

do mercado home, assim<br />

como consumidores. Na próxima<br />

etapa, no primeiro semestre<br />

<strong>de</strong> 2017, vamos enten<strong>de</strong>r o<br />

tamanho <strong>de</strong>stes fenômenos”,<br />

explica Sumara Osório, diretora<br />

<strong>de</strong> planejamento da Y&R.<br />

O projeto nasceu na área <strong>de</strong><br />

planejamento da agência. A<br />

iniciativa faz parte <strong>de</strong> uma série<br />

<strong>de</strong> estudos qualitativos cujo<br />

propósito é trazer inovação <strong>de</strong><br />

pensamento e i<strong>de</strong>ntificar insights.<br />

“O estudo contou com<br />

o suporte <strong>de</strong> especialistas em<br />

comportamento humano, consumo<br />

e mercado <strong>de</strong> casa. Buscamos<br />

o apoio da Editora Abril<br />

para somar a sua gran<strong>de</strong> expertise<br />

em casa, como gran<strong>de</strong>s<br />

influenciadores do mercado.<br />

Também queríamos fazer uma<br />

parceria inédita no sentido <strong>de</strong><br />

produzir juntos um conteúdo<br />

com formato diferenciado, que<br />

juntasse pesquisa e jornalismo,<br />

informação e entretenimento”,<br />

justificou a executiva.<br />

As mudanças estão sendo<br />

consolidadas <strong>de</strong> forma rápida.<br />

Sumara afirma que há cinco<br />

anos não era possível notar tendências<br />

como <strong>de</strong>sapego <strong>de</strong> pos-<br />

se, economia compartilhada e<br />

resgate do convívio familiar.<br />

“As marcas precisam seguir o<br />

ritmo <strong>de</strong>stas mudanças na mesma<br />

velocida<strong>de</strong>, inovando sempre”,<br />

ela argumenta. “A vida<br />

dos brasileiros mudou muito<br />

nos últimos anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a relação<br />

cotidiana com a tecnologia<br />

até no trabalho. E são os novos<br />

significados da casa que o Estudo<br />

Home procura enten<strong>de</strong>r, a<br />

partir da análise das múltiplas<br />

tendências e valores atuais dos<br />

brasileiros, que não existiam há<br />

cinco ou <strong>de</strong>z anos, as transformações<br />

ocorridas e suas implicações<br />

em hábitos <strong>de</strong> consumo”,<br />

acrescenta Sumara.<br />

O perfil clube da pesquisa,<br />

por exemplo, mostra que a casa<br />

é o melhor lugar para trabalhar<br />

e morar. “Home sweet office.<br />

Esse é o tipo <strong>de</strong> casa para<br />

quem tem perfil disciplinado e<br />

organizado. Tudo está sempre<br />

funcionando: parte elétrica,<br />

hidráulica, pintura, produtos<br />

eletrônicos, lista <strong>de</strong> compras<br />

exatas, arquivos organizados<br />

(garantias <strong>de</strong> produtos e notas<br />

fiscais) e para tudo existe um<br />

local certo na casa, facilmente<br />

encontrado. Tudo sem abrir<br />

mão do conforto, com ambientes<br />

multiuso, <strong>de</strong>coração com<br />

toques pessoal e, claro, tecnologia<br />

<strong>de</strong> ponta”, <strong>de</strong>screve.<br />

“Essa coisa muito formal da<br />

empresa, imutável, que vem lá<br />

da segunda revolução industrial,<br />

não cabe mais. A questão<br />

do co-working, <strong>de</strong> ter um espaço<br />

e fazer home office porque o<br />

transito é caótico nas gran<strong>de</strong>s<br />

cida<strong>de</strong>s, por exemplo, <strong>de</strong>ve ser<br />

cada vez mais comum. Precisam<br />

sentir um toque <strong>de</strong> estar ali<br />

acolhido, confortável. Ambientes<br />

que fomentem isso são cada<br />

vez mais bem-vindos. Ninguém<br />

quer trabalhar em um lugar cinza,<br />

pesado, sem liberda<strong>de</strong>. As<br />

pessoas mais felizes produzem<br />

mais e melhor”, finaliza Eliana<br />

Sanches, diretora <strong>de</strong> redação <strong>de</strong><br />

Casa Claudia.<br />

40 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


consumo<br />

Maioria dos jovens da geração Z da<br />

América Latina quer ter nos shoppings<br />

áreas gran<strong>de</strong>s que recebam encontros<br />

<strong>de</strong> várias tribos e um lugar para<br />

relacionamento e convivência<br />

shironosav/iStock<br />

Geração Z espera <strong>de</strong> shoppings mais<br />

do que um centro para fazer compras<br />

Pesquisa realizada pela Officina Sophia em parceria com a Abrasce<br />

mostra que jovens <strong>de</strong> 13 a 18 anos querem lugar para encontros e lazer<br />

Cristiane Marsola<br />

Outros formatos para os shoppings<br />

em um futuro próximo<br />

é a expectativa e o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> 40% dos brasileiros e 41%<br />

dos latino-americanos. O que<br />

a geração Z quer encontrar em<br />

um centro <strong>de</strong> compras é a pergunta<br />

que norteou o estudo O<br />

Shopping do Futuro, realizado<br />

pela Officina Sophia Retail e pela<br />

Officina Sophia Minds & Hearts,<br />

ambas da holding HSR, em<br />

parceria com a Abrasce (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Shoppings<br />

Centers). Foram ouvidos mais<br />

<strong>de</strong> 1.200 jovens, <strong>de</strong> 13 a 18 anos,<br />

das classes A, B e C.<br />

A geração Z quer mais que um<br />

centro <strong>de</strong> compras. A pesquisa<br />

mostrou que 56% dos brasileiros<br />

e 57% dos latino-americanos<br />

têm preferência por gran<strong>de</strong>s<br />

áreas para encontros <strong>de</strong> diferentes<br />

tribos. A pesquisa também<br />

mostrou que 59% dos jovens no<br />

Brasil e 60% na América Latina<br />

gostariam <strong>de</strong> encontrar locais <strong>de</strong><br />

relacionamento e convivência.<br />

O mercado já tem um movimento<br />

neste sentido, mas ainda<br />

bastante tímido. “Alguns shoppings<br />

novos já contemplam em<br />

sua estrutura áreas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

convivência, teatros e restaurantes<br />

diferenciados. Outros já<br />

investem em calendário <strong>de</strong> atrações<br />

promovendo shows e ativida<strong>de</strong>s<br />

pontuais em datas sazonais.<br />

São iniciativas positivas,<br />

mas que ainda não são robustas<br />

ou frequentes o suficiente para<br />

que o shopping seja percebido<br />

como um life center”, diz Valéria<br />

Rodrigues, diretora da Officina<br />

Sophia Retail, responsável<br />

pela pesquisa.<br />

Entre as <strong>de</strong>mandas da geração<br />

Z nos shoppings estão wi-fi<br />

grátis (57%), espaços <strong>de</strong> interação<br />

e convivência (48%) e equilíbrio<br />

entre a presença <strong>de</strong> natureza<br />

e tecnologia no mesmo<br />

ambiente (46%). Para o lazer,<br />

o cinema é citado por 44% dos<br />

jovens; espaço para shows, por<br />

42%; e locais para jogar campeonatos<br />

<strong>de</strong> games, 39%. Para 30%<br />

dos entrevistados, <strong>de</strong>ve haver<br />

um novo olhar para a oferta <strong>de</strong><br />

diversão, que inclua fantasia,<br />

prazer e recompensa.<br />

Outras características esperadas<br />

pela geração Z para esses<br />

centros são a <strong>de</strong>partamentalização<br />

por categoria <strong>de</strong> produtos<br />

(43%), lojas com personalização<br />

<strong>de</strong> roupas (42%) e provadores<br />

digitais (39%), livrarias com<br />

proposta sustentável (27%) e<br />

locais que promovam prazer e<br />

bem-estar (60%).<br />

Segundo a executiva, o estudo<br />

não mostra que o shopping <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> ser um centro <strong>de</strong> compras.<br />

“Acreditamos no equilíbrio<br />

entre estas três áreas: serviços,<br />

experiências e produtos. O que<br />

vemos é a oportunida<strong>de</strong> para que<br />

as lojas ampliem seus negócios,<br />

proporcionando ao seu cliente<br />

não só a venda <strong>de</strong> um bem. Existe<br />

espaço para que a loja física se<br />

torne um centro <strong>de</strong> experiência<br />

com o produto e com marcas,<br />

promova a multicanalida<strong>de</strong>, permitindo<br />

inclusive compras no<br />

ambiente digital, e ainda ofereça<br />

serviços agregados”, fala Valéria.<br />

Dois aspectos da pesquisa<br />

chamaram a atenção da executiva:<br />

o comportamento <strong>de</strong> compra<br />

digital e a <strong>de</strong>manda pela <strong>de</strong>partamentalização<br />

por categoria <strong>de</strong><br />

produto. “56% dos jovens brasileiros<br />

<strong>de</strong> 14 a 18 anos já realizam<br />

compras online. Este target não<br />

<strong>de</strong>monstra barreira em realizar<br />

compras online mesmo em categorias<br />

que, em um passado<br />

recente, <strong>de</strong>mandavam experiência<br />

com o produto: tocar o<br />

tecido, analisar a costura, experimentar<br />

o tamanho e o caimento”,<br />

diz. A <strong>de</strong>manda por organização<br />

por categoria <strong>de</strong> produto<br />

também po<strong>de</strong> ser interpretada<br />

como uma consequência do digital.<br />

“Esta <strong>de</strong>manda, também<br />

relacionada ao comportamento<br />

digital, estaria representando a<br />

forma como os sites <strong>de</strong> compra<br />

estão organizados. É como se<br />

este novo consumidor estivesse<br />

levando a experiência digital<br />

para o mundo real. Para a geração<br />

Z, não <strong>de</strong>vem existir fronteiras<br />

entre o mundo digital e o<br />

físico”, afirma Valéria.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 41


consumo<br />

Estudo Transparencida<strong>de</strong> revela<br />

insights do brasileiro em crise<br />

Conduzida pela Dim&Canzian, pesquisa contempla população das<br />

cinco regiões e traduz o sentimento do país em relação a <strong>de</strong>z pontos<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Diante da crise econômica,<br />

o brasileiro parece ter mudado<br />

seu comportamento. Para<br />

enten<strong>de</strong>r como o momento<br />

crítico influencia na vida da<br />

população e que mudanças<br />

foram essas, a Dim&Canzian<br />

realizou um estudo nacional<br />

intitulado Transparencida<strong>de</strong><br />

- junção das palavras transparência<br />

e cumplicida<strong>de</strong> -, que<br />

resultou em <strong>de</strong>z insights.<br />

O levantamento foi feito<br />

nas cinco regiões do Brasil e<br />

entrevistou, em profundida<strong>de</strong>,<br />

centenas <strong>de</strong> brasileiros.<br />

Foram 16 mil quilômetros percorridos,<br />

mais <strong>de</strong> 40 horas <strong>de</strong><br />

voo e mais <strong>de</strong> 50 horas <strong>de</strong> entrevistas<br />

gravadas pela equipe<br />

da Dim&Canzian.<br />

“Utilizamos duas metodologias:<br />

qualitativa, com<br />

entrevista em profundida<strong>de</strong>,<br />

e quantitativa, com questionário<br />

digital. Temos uma<br />

amostra <strong>de</strong> 530 pessoas participantes.<br />

Para as entrevistas<br />

em profundida<strong>de</strong> escolhemos<br />

estar presentes nas cinco regiões<br />

do Brasil, e as praças escolhidas<br />

foram São Paulo, Belo<br />

Horizonte, Porto Alegre, Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, Salvador, Brasília<br />

e Belém. O questionário quantitativo<br />

contemplou o Brasil<br />

inteiro”, <strong>de</strong>talha Samantha<br />

Barbieri, diretora <strong>de</strong> Planejamento<br />

da Dim&Canzian.<br />

De acordo com Samantha,<br />

todos os insights levantados<br />

obe<strong>de</strong>ceram ao critério <strong>de</strong> representar<br />

verda<strong>de</strong>s que refletissem<br />

mais <strong>de</strong> 80% da amostra.<br />

A diretora ressalta ainda<br />

que o estudo, que será divulgado<br />

também em um formato<br />

<strong>de</strong> documentário no You-<br />

Tube, está alinhado à nova<br />

cultura da agência, Make it<br />

Deep. “Estamos sempre muito<br />

conectados com os movimentos<br />

humanos e não podíamos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> olhar para esse momento<br />

que estamos vivendo,<br />

No quesito alimentação, com a crise, o brasileiro passou a valorizar refeições mais saudáveis e feitas em casa<br />

quando percebemos um novo<br />

mindset emergindo. A nossa<br />

atual crise política, econômica<br />

e social reflete uma crise <strong>de</strong><br />

valores e, consequentemente,<br />

o tipping point para gran<strong>de</strong>s<br />

mudanças <strong>de</strong> expectativa, hábitos<br />

e <strong>de</strong>sejos. Vamos, sem<br />

dúvida nenhuma, aplicar esse<br />

estudo no dia a dia dos nossos<br />

clientes e projetos. Afinal, um<br />

estudo <strong>de</strong>sse porte mexe profundamente<br />

no DNA da agência”,<br />

explica.<br />

InsIghts<br />

No que diz respeito às relações,<br />

o estudo mostra que<br />

em tempos <strong>de</strong> incerteza econômica<br />

os brasileiros estão<br />

estreitando os laços e, apesar<br />

<strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa ter ficado mais<br />

caro, a celebração <strong>de</strong> conquistas<br />

ainda existe. Além disso,<br />

o consumidor se mostra mais<br />

consciente: quem comprava<br />

por impulso passou a pensar<br />

duas vezes antes <strong>de</strong> adquirir<br />

supérfluo. A preferência é pelos<br />

itens básicos para casa.<br />

Outro insight levantado é<br />

sobre saú<strong>de</strong>, que se mantém<br />

como priorida<strong>de</strong> entre os<br />

gastos da população. Como<br />

tendência em alimentação,<br />

os produtos industrializados<br />

estão per<strong>de</strong>ndo espaço para<br />

comida feita em casa com alimentos<br />

mais saudáveis, o que<br />

gerou um boom na <strong>de</strong>manda<br />

por conteúdo culinário na<br />

TV e no YouTube. As re<strong>de</strong>s<br />

sociais, aliás, ganharam status<br />

<strong>de</strong> palanque e militância,<br />

on<strong>de</strong> as pessoas se sentem ouvidas<br />

e empo<strong>de</strong>radas.<br />

Em relação às marcas, os<br />

consumidores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

shironosov/iStock<br />

cada vez menos <strong>de</strong>las para<br />

formar sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e têm<br />

paixão por empresas que entreguem<br />

um serviço além do<br />

prometido. No quesito renda,<br />

a segunda - e até terceira<br />

- fonte <strong>de</strong> recursos está se tornando<br />

comum em tempos <strong>de</strong><br />

recessão.<br />

A pesquisa também mostra<br />

que no plano <strong>de</strong> sonhos<br />

e medos, o maior receio do<br />

brasileiro é fracassar. Sobre<br />

o futuro do Brasil, 100% dos<br />

entrevistados disseram que,<br />

se pu<strong>de</strong>ssem mudar algo no<br />

país, seria a educação. E, por<br />

fim, o estudo traz insight sobre<br />

valores: cumplicida<strong>de</strong> e<br />

transparência são as características<br />

mais importantes para<br />

os brasileiros, seja na política,<br />

na socieda<strong>de</strong> ou na prestação<br />

<strong>de</strong> serviços.<br />

42 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mundo digital<br />

wildpixel/iStock<br />

Percepção e realida<strong>de</strong><br />

Há uma gran<strong>de</strong> distorção no modo pelo qual<br />

anunciantes e publicitários estão percebendo<br />

a realida<strong>de</strong> do consumo das mídias<br />

Rafael Sampaio<br />

Os mais bem informados <strong>de</strong> nosso setor<br />

lembram do histórico impacto da<br />

campanha Perception and reality, criada<br />

no começo dos anos 1980 pela então<br />

FallonMcElligott Rice, <strong>de</strong> Mineapolis, para<br />

a revista Rolling Stones se reposicionar<br />

diante do mercado publicitário americano.<br />

A imagem que a revista tinha junto aos<br />

anunciantes e publicitários era <strong>de</strong> ser um<br />

veículo alternativo lido basicamente pelos<br />

roqueiros, hippies e seguidores. Na realida<strong>de</strong>,<br />

porém, tinha uma <strong>de</strong>mografia <strong>de</strong> leitores<br />

<strong>de</strong> altíssimo nível econômico e cultural,<br />

só per<strong>de</strong>ndo para o perfil da sofisticada The<br />

New Yorker.<br />

Recentemente, a Think Box concluiu<br />

um estudo, batizado <strong>de</strong> TV Nation, sobre o<br />

volume e perfil <strong>de</strong> consumo da TV no Reino<br />

Unido, na qual ficou mais do que evi<strong>de</strong>nte<br />

que o mercado publicitário daquele<br />

país tem uma percepção muito distorcida<br />

da sua realida<strong>de</strong> diante do fenômeno digital.<br />

As diferenças entre a percepção da<br />

publicida<strong>de</strong> e a realida<strong>de</strong> dos consumidores<br />

é brutal, <strong>de</strong>monstrando, uma vez mais,<br />

que existe uma crença hipermaximizada<br />

sobre o impacto publicitário do digital e<br />

muito minimizada em relação à TV. E isso<br />

significa, na prática, recomendações bastante<br />

equivocadas e <strong>de</strong>cisões totalmente<br />

enviesadas sobre os investimentos das<br />

marcas.<br />

O estudo completo está disponibilizado<br />

no bit.ly/2g7KZcJ, mas suas principais conclusões<br />

po<strong>de</strong>m ser vistas a seguir. No caso<br />

da percentagem da população que assiste<br />

à TV ao vivo (no momento em que seus<br />

programas são transmitidos), enquanto os<br />

consumidores <strong>de</strong>dicam a esse formato 87%<br />

<strong>de</strong> seu tempo <strong>de</strong>dicado ao meio, os anunciantes<br />

e publicitários acham que é <strong>de</strong> 49%<br />

– ou seja, os responsáveis pelo <strong>de</strong>stino das<br />

verbas subestimam a força da TV tradicional<br />

em 75% <strong>de</strong> seu real peso na vida da população.<br />

Enquanto as pessoas <strong>de</strong>dicam 8% <strong>de</strong> seu<br />

tempo ao consumo on-<strong>de</strong>mand da TV, os<br />

anunciantes e publicitários do Reino Unido<br />

afirmam acreditar que essa alternativa<br />

seria hábito <strong>de</strong> 91% <strong>de</strong>las. A percentagem<br />

do tempo que os consumidores empregam<br />

com serviços on-<strong>de</strong>mand, tipo Netflix, é,<br />

na visão dos anunciantes e publicitários,<br />

<strong>de</strong> 84% – contra uma realida<strong>de</strong> mensurada<br />

em pesquisa <strong>de</strong> 11%. No caso do tempo em<br />

que a população assiste a ví<strong>de</strong>os no YouTube,<br />

os anunciantes e publicitários acreditam<br />

ser <strong>de</strong> 62% do total diário <strong>de</strong> consumo<br />

<strong>de</strong>sse gênero <strong>de</strong> mensagem. Mas a pesquisa<br />

revelou que, na real, essa percentagem<br />

é <strong>de</strong> apenas 16%. Outra crença estabelecida<br />

junto ao mercado publicitário é a <strong>de</strong> que o<br />

consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os no formato multitelas<br />

(ou seja, através <strong>de</strong> diversos <strong>de</strong>vices) já seria<br />

um fato consolidado, a nível <strong>de</strong> 50% do<br />

tempo <strong>de</strong> consumo. A verda<strong>de</strong> do mercado,<br />

porém, é que esse consumo ainda está na<br />

faixa <strong>de</strong> 19%.<br />

Outro grupo <strong>de</strong> comparações que <strong>de</strong>monstra<br />

que os anunciantes e publicitários<br />

estão vivendo em um mundo à parte da<br />

população para a qual dirigem a publicida<strong>de</strong><br />

dos produtos e serviços <strong>de</strong> massa po<strong>de</strong><br />

ser conferido em seguida. Enquanto os<br />

responsáveis pela publicida<strong>de</strong> acreditam<br />

que 93% da população consome habitualmente<br />

o LinkedIn, na realida<strong>de</strong> esse índice<br />

é <strong>de</strong> 14%. No caso do YouTube, a crença<br />

dos primeiros é <strong>de</strong> 92% da população, mas<br />

a pesquisa <strong>de</strong>monstrou que, na realida<strong>de</strong>,<br />

é <strong>de</strong> 60%. Já os números referentes ao Facebook<br />

são, respectivamente, <strong>de</strong> 90% e <strong>de</strong><br />

62%. Em relação ao Twitter, o <strong>de</strong>scompasso<br />

é <strong>de</strong> 81% contra 22%. No caso dos serviços<br />

<strong>de</strong> VOD (ví<strong>de</strong>o on <strong>de</strong>mand), o consumo<br />

<strong>de</strong> Netflix, que os anunciantes e publicitários<br />

acreditam ser <strong>de</strong> 63%, na realida<strong>de</strong> do<br />

mercado, é <strong>de</strong> 30%. Também os números<br />

do Amazon Prime mantêm essa proporção:<br />

<strong>de</strong> 30% contra 15%.<br />

Fica evi<strong>de</strong>nte, portanto, que existe uma<br />

gran<strong>de</strong> distorção no modo pelo qual anunciantes<br />

e publicitários estão percebendo<br />

a realida<strong>de</strong> do consumo das mídias pelos<br />

consumidores, tanto porque projetam o<br />

próprio comportamento e o <strong>de</strong> seus familiares<br />

e amigos para o conjunto da população,<br />

tanto porque andam embevecidos pelo<br />

canto <strong>de</strong> sereia do digital.<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

44 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


www.espm.br<br />

Há 65 anos,<br />

acreditamos<br />

que a melhor forma<br />

<strong>de</strong> transformar<br />

o futuro é investir<br />

nos talentos hoje.<br />

Transformar o mundo e melhorar<br />

a socieda<strong>de</strong>. Um sonho que a ESPM<br />

vem perseguindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que iniciou<br />

as suas ativida<strong>de</strong>s há 65 anos.<br />

E sabemos que este <strong>de</strong>safio só será<br />

vencido se <strong>de</strong>rmos espaço para as<br />

novas i<strong>de</strong>ias e prepararmos os talentos<br />

para se tornarem os profissionais<br />

lí<strong>de</strong>res, os empreen<strong>de</strong>dores<br />

conscientes e os transformadores<br />

<strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>.<br />

ESPM 65 anos.<br />

Preparando talentos<br />

para transformar o futuro.<br />

São Paulo<br />

Rua Doutor Álvaro Alvim, 123 - Vila Mariana<br />

Rua Joaquim Távora, 1.240 - Vila Mariana<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Rua do Rosário, 90 - Centro<br />

Porto Alegre<br />

Rua Guilherme Schell, 350 - Santo Antônio


digital<br />

Creator’s House chega com proposta<br />

<strong>de</strong> ser hub <strong>de</strong> influence marketing<br />

Espaço <strong>de</strong> colaboração criativa, com ajuda <strong>de</strong> especialistas, envolve<br />

o youPIX e a Content House com estúdios e cenários customizáveis<br />

Adrianne Elias, fundadora da pioneira Content House, aposta em um espaço para profissionalizar <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> influenciadores<br />

“O <strong>de</strong>safiO é<br />

esse: nãO tentar<br />

encaixar a velha<br />

prOpaganda<br />

<strong>de</strong>ntrO <strong>de</strong> algO<br />

cOmpletamente<br />

diferente, que<br />

é O influence<br />

marketing”<br />

Paulo Macedo<br />

Foi lançada no último dia 24,<br />

em São Paulo, a Creator’s<br />

House. O propósito é ser um<br />

hub <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />

content para materializar<br />

projetos <strong>de</strong> jovens empreen<strong>de</strong>dores<br />

digitais com salas <strong>de</strong> coworking,<br />

aceleradora, laboratório,<br />

estúdios <strong>de</strong> som e imagem,<br />

escola, cenários customizáveis<br />

e até um rooftop com vista para<br />

o bairro da Vila Madalena. O<br />

projeto une a Co-Creators, Content<br />

House e a plataforma you-<br />

PIX, que vão colocar à disposição<br />

dos usuários especialistas<br />

como filmakers e analistas <strong>de</strong><br />

big data.<br />

“É um ambiente por on<strong>de</strong><br />

vão circular <strong>de</strong>s<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s marcas e anunciantes<br />

a influenciadores consolidados,<br />

o que, com certeza, inspira<br />

quem já está acostumado<br />

a fazer conteúdo <strong>de</strong> um jeito<br />

mais tradicional e, ainda mais,<br />

aqueles que estão começando”,<br />

afirma Adrianne Elias, CEO e<br />

fundadora da Co-Creators e da<br />

Content House.<br />

A executiva explica que a<br />

inspiração do negócio se <strong>de</strong>u<br />

através <strong>de</strong> conversas com agentes<br />

da indústria e a constatação<br />

<strong>de</strong> que falta profissionalização<br />

nas funções e no negócio <strong>de</strong> influence<br />

marketing.<br />

“Os influenciadores se <strong>de</strong>senvolveram<br />

sozinhos, alcançaram<br />

gran<strong>de</strong>s feitos, audiências,<br />

projetos, verbas, mas<br />

agora as marcas, até por investirem<br />

mais nesse segmento,<br />

requerem também um grau <strong>de</strong><br />

profissionalização maior, tanto<br />

na produção quanto na apuração<br />

dos resultados, no planejamento<br />

e na estratégia. É nisso<br />

que temos nos diferenciado. Os<br />

influenciadores têm visto valor<br />

na nossa proposta, as marcas<br />

também. O mo<strong>de</strong>lo é acelerar<br />

os criadores digitais nos seus<br />

negócios e nichos; é um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> revenue share, <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>,<br />

já que somos sócios do<br />

criativo, à medida em que <strong>de</strong>senvolvemos<br />

conteúdo, canais<br />

e projetos em conjunto”, fala.<br />

Na era dos influenciadores, é<br />

necessária a compreensão dos<br />

conteúdos que estão sendo gerados.<br />

“Cada vez menos as pessoas<br />

vão consumir propaganda<br />

tradicional, ou seja, as marcas<br />

falando <strong>de</strong>las mesmas. As pessoas<br />

querem se relacionar, ter<br />

dicas e opiniões <strong>de</strong> alguém que<br />

<strong>de</strong> fato esteja ali trabalhando<br />

para um conteúdo verda<strong>de</strong>iro,<br />

Alê Oliveira<br />

relevante, que faça sentido”,<br />

explica Adrianne. “O <strong>de</strong>safio é<br />

esse: não tentar encaixar a velha<br />

propaganda <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> algo<br />

completamente diferente, que<br />

é o influence marketing. Um<br />

dos nossos primeiros projetos,<br />

que vai estrear nesta semana, é<br />

o canal Me Poupe, no YouTube,<br />

da Natalia Cury, para o Serasa,<br />

para falar do Feirão do Endividamento.<br />

É um conteúdo 100%<br />

alinhado com a pauta editorial<br />

do Me Poupe, com o estilo da<br />

Natália e com o público <strong>de</strong>la”,<br />

finaliza.<br />

46 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


agênCias<br />

FCB renova mo<strong>de</strong>lo com velocida<strong>de</strong>,<br />

metodologia e inovação em processos<br />

A área <strong>de</strong> tecnologia trabalha para materializar soluções criativas em<br />

projetos como Anúncio protetor, que ganhou Grand Prix em Cannes<br />

PAulo MAcedo<br />

Chairman da re<strong>de</strong> FCB na<br />

América Latina, que abrange<br />

20 escritórios, mas com<br />

concentratação <strong>de</strong> 60% das receitas<br />

no mercado brasileiro,<br />

on<strong>de</strong> também é CEO, e 20% no<br />

México, o executivo Aurélio<br />

Lopes está atento às transformações<br />

que a comunicação<br />

vem absorvendo nos últimos<br />

anos. O conhecimento adquirido,<br />

alinhado com o coletivo <strong>de</strong><br />

executivos e profissioinais da<br />

agência, é usado para torná-la<br />

um produto diferenciado cuja<br />

embalagem estampa os três<br />

pilares-chaves da gestão: metodologia,<br />

inovação/tecnologia<br />

e velocida<strong>de</strong>.<br />

“Na pesquisa Agency Scope<br />

<strong>2016</strong>, a percepção dos nossos<br />

clientes é que a metodologia<br />

que usamos é 100% confiável”<br />

resume Lopes, que aten<strong>de</strong> 16<br />

clientes, entre os quais Nestlé,<br />

Sky, HP, Nivea, Consul, Brastemp,<br />

Smiles, ZAP e Estadão,<br />

por exemplo. “Nossa principal<br />

motivação é a atuação integrada,<br />

ou seja, a solução completa<br />

<strong>de</strong> comunicação. A FCB trabalha<br />

para mídias sociais, <strong>de</strong> massa,<br />

programática e CRM, por<br />

exemplo. Metodologia é o conjunto<br />

interno <strong>de</strong> processos para<br />

uma recomendação da agência<br />

ao cliente ser efetivada. Temos<br />

um processo <strong>de</strong> evolução contínua<br />

chamado <strong>de</strong> PDCA (planejar,<br />

<strong>de</strong>senvolver, colocar no ar e<br />

avaliar). Esse ciclo é essencial”,<br />

ele acrescenta.<br />

Tecnologia é sinônimo <strong>de</strong><br />

inovação, nas palavras <strong>de</strong> Lopes.<br />

E a agência tem uma área<br />

robusta para ajudar a produzir<br />

inteligência criativa como<br />

as ações Nivea Doll, Nivea Sun<br />

carregador e Anúncio protetor,<br />

Grand Prix na competição Mobile<br />

Lions do Festival <strong>de</strong> Cannes<br />

<strong>de</strong> 2014. Lopes também cita<br />

o trabalho Songs of violence,<br />

para o Estadão. “Nós usamos<br />

o aplicativo Shazam e, quando<br />

Aurélio Lopes, chairman da FCB para a América Latina, propõe velocida<strong>de</strong><br />

Divulgação<br />

“Metodologia é<br />

o conjunto <strong>de</strong><br />

processos para<br />

uMa recoMendação<br />

ao cliente. teMos<br />

uM processo <strong>de</strong><br />

evolução contínuo<br />

para planejar,<br />

<strong>de</strong>senvolver,<br />

colocar no ar<br />

e avaliar”<br />

o usuário estava ouvindo uma<br />

música com apologia à violência<br />

feminina, colocávamos o<br />

<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> uma mulher<br />

que sofrera esse tipo <strong>de</strong> agressão<br />

para provocar reflexão: por<br />

que vou comprar esse tipo <strong>de</strong><br />

música? Nesse instante, direcionávamos<br />

o valor da compra<br />

para uma doação para o<br />

Disque Denúncia. Tecnologia<br />

é um processo viabilizador <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ias relevantes”, explica Lopes,<br />

que, com a vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> criação Joanna Monteiro,<br />

implantou o creative technologist,<br />

profissional que participa<br />

do processo <strong>de</strong> concepção da<br />

i<strong>de</strong>ia. “Pensando no que é e não<br />

é possível”, diz.<br />

Oriundo da Market Data,<br />

Lopes acompanhou a fase pré<br />

big data, que hoje registra em<br />

tempo real os movimentos do<br />

consumidor e permite a customização<br />

<strong>de</strong> ações. “Antes precisávamos<br />

fazer perguntas. Com a<br />

tecnologia, aumentamos as certezas<br />

porque está tudo disponível<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais. O escopo<br />

está mais amplo”, observa Lopes,<br />

enfatizando que os gerenciamentos<br />

exigem métricas. O<br />

plano é ter equipes mais jovens,<br />

ecléticas e agnósticas. “Mudamos<br />

o perfil da gestão para ganhar<br />

velocida<strong>de</strong>, palavra-chave<br />

em um mundo multiconectado.<br />

Se errar, a correção tem <strong>de</strong> ser<br />

rápida”, finaliza.<br />

48 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


CHEGOU A HORA<br />

DA FESTA!<br />

SOLENIDADE DE<br />

ENTREGA DO 29º<br />

MARKETING BEST<br />

O mais importante prêmio do marketing brasileiro<br />

realiza sua aguardada festa. É a vez das empresas<br />

vencedoras comemorarem o sucesso <strong>de</strong> suas<br />

bem-sucedidas iniciativas <strong>de</strong> marketing.<br />

Data: 6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong><br />

Horário: a partir das 19h<br />

Local: Tom Brasil<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Bragança Paulista, 1<strong>28</strong>1 - Chácara<br />

Santo Antônio - São Paulo - SP<br />

Exclusivo para convidados<br />

Encerramento: show <strong>de</strong> Leci Brandão com<br />

participação <strong>de</strong> Reinaldo “Príncipe do Pago<strong>de</strong>”,<br />

em homenagem aos 100 anos do samba<br />

UM PRÊMIO DA EDITORA REFERÊNCIA<br />

Realização: MadiaMundoMarketing - 11 3065-6448<br />

Apoio: Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Marketing e RaeMP.<br />

RaeMP


AGêNCiAS<br />

Sócios <strong>de</strong>ixam a NewStyle e<br />

Grupo ABC assume operação<br />

Alice Coutinho e Claudio Xavier saem da empresa <strong>de</strong> live marketing<br />

no fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, quando Pipo Calazans ocupará a presidência<br />

Alice Coutinho e Claudio Xavier,<br />

sócios e copresi<strong>de</strong>ntes<br />

da NewStyle, <strong>de</strong>ixam a agência<br />

no fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Com isso,<br />

o sócio majoritário, o Grupo<br />

ABC, passa a ser o único acionista<br />

da operação.<br />

A agência <strong>de</strong> live marketing<br />

foi fundada há 25 anos por Alice<br />

e há nove passou a fazer parte<br />

da holding criada por Nizan<br />

Guanaes e Guga Valente.<br />

Apesar da crise econômica,<br />

a NewStyle <strong>de</strong>clara crescimento<br />

<strong>de</strong> 23% este ano, com a<br />

conquista <strong>de</strong> três importantes<br />

contas: América Móvil (Net e<br />

Claro), Johnson & Johnson e<br />

Mastercard.<br />

Fazem parte ainda da carteira<br />

<strong>de</strong> clientes empresas como<br />

Brasil Kirin, Burger King, P&G e<br />

Ferrero Rocher.<br />

Com a saída <strong>de</strong> Xavier e Alice,<br />

o executivo Pipo Calazans, ex-<br />

-AOL, One Digital e Sunset, assu-<br />

Claudio Xavier e Alice Coutinho: fim <strong>de</strong> um ciclo<br />

me a presidência da New- Style.<br />

Já Thomas Tagliaferro e Claudia<br />

Lopes foram promovidos a<br />

vice-presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> criação e <strong>de</strong><br />

atendimento, respectivamente.<br />

Divulgação<br />

“A NewStyle tem uma sólida<br />

trajetória, pautada pela ética<br />

e relacionamento duradouro<br />

com todos os seus clientes.<br />

Fechamos um ciclo muito feliz<br />

das nossas vidas com a certeza<br />

<strong>de</strong> que a partir <strong>de</strong> agora a agência,<br />

com o espaço importante<br />

no mercado que conquistou e<br />

uma equipe extremamente preparada,<br />

está pronta para os novos<br />

<strong>de</strong>safios que esse momento<br />

<strong>de</strong> transformações impõe”,<br />

afirma Alice.<br />

“Ao longo <strong>de</strong>stes anos sempre<br />

nos preocupamos em <strong>de</strong>senvolver<br />

nossos talentos e<br />

li<strong>de</strong>ranças. Essa equipe está<br />

mais do que apta para fazer a<br />

gestão <strong>de</strong>stas contas tão importantes,<br />

que nos dão enorme<br />

orgulho e uma sensação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver cumprido. Da nossa<br />

parte, é o momento <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />

esse mundo novo que se<br />

<strong>de</strong>scortina e adquirir novos<br />

conhecimentos. Ainda não temos<br />

<strong>de</strong>finido qual será nosso<br />

próximo projeto. Mas, seja ele<br />

qual for, queremos estar preparados”,<br />

diz Xavier.<br />

VML <strong>de</strong>senvolve brand channel para<br />

Huggies, hospedado no site <strong>de</strong> Crescer<br />

Plataforma Chá <strong>de</strong> bebê, para ajudar futuras mães a organizar eventos,<br />

também fica conectada ao e-commerce da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> varejo Walmart<br />

Com a intenção <strong>de</strong> se aproximar<br />

<strong>de</strong> futuras mamães,<br />

a VML <strong>de</strong>senvolveu o brand<br />

channel Chá <strong>de</strong> bebê, plataforma<br />

que ajuda as gestantes na<br />

organização <strong>de</strong>ssa festa tradicional<br />

em que amigos e familiares<br />

se unem para presentear<br />

com suprimentos para a criança.<br />

O projeto envolve a revista<br />

Crescer, que hospeda no seu<br />

website os conteúdos produzidos.<br />

A plataforma possibilita<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o envio <strong>de</strong> e-mails aos<br />

convidados à publicação <strong>de</strong> in-<br />

formações sobre o evento, passando<br />

por <strong>de</strong>talhes como a indicação<br />

<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e tipos<br />

<strong>de</strong> fraldas. O projeto também<br />

é conectado ao e-commerce do<br />

Walmart.<br />

“Esta é uma forma diferenciada<br />

e inovadora <strong>de</strong> mostrar<br />

como as marcas e os veículos<br />

po<strong>de</strong>m ser parceiros, provendo<br />

não apenas conteúdo relevante,<br />

mas também prestando serviços<br />

que possam ajudar as pessoas”,<br />

explica Fernando Taralli,<br />

presi<strong>de</strong>nte da VML.<br />

Divulgação<br />

VML <strong>de</strong>senvolveu o<br />

brand channel Chá<br />

<strong>de</strong> bebê para seu<br />

cliente Huggies<br />

50 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


agências<br />

Marcas bem-sucedidas emocionam<br />

e conquistam conexão com público<br />

Em entrevista exclusiva para o PROPMARK, Gordon Bowen, cofundador<br />

da mcgarrybowen, afirma que anunciantes precisam achar um propósito<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Gordon Bowen é um ícone<br />

da publicida<strong>de</strong> americana<br />

e, por isso, fala com proprieda<strong>de</strong><br />

sobre o que torna uma<br />

marca icônica: a essência,<br />

o coração, o propósito <strong>de</strong>la.<br />

Em 2002, ao lado dos então<br />

sócios Stewart Owen e John<br />

McGarry, o executivo fundou<br />

a mcgarrybowen, em Nova<br />

York. Hoje a agência faz parte<br />

do Dentsu Aegis Network<br />

e tem mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z escritórios,<br />

incluindo um em São Paulo,<br />

inaugurado em 2014. Na ocasião,<br />

o executivo esteve no<br />

país e, agora, em nova visita,<br />

conversou com exclusivida<strong>de</strong><br />

com o PROPMARK.<br />

O encontro foi na capital<br />

paulista, logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Bowen<br />

ter voltado do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. Ele estava animado<br />

com a viagem, que o ajudou<br />

a resumir por que investe no<br />

país. “O Brasil é um país criativo,<br />

gran<strong>de</strong>, com muitos recursos<br />

naturais e pessoas muito<br />

otimistas, que são trabalhadoras<br />

e também muito criativas.<br />

No nosso negócio, vendo tudo<br />

isso, não posso imaginar que<br />

o país não vá sair <strong>de</strong>sta crise”,<br />

conta.<br />

O executivo, que foi o diretor<br />

<strong>de</strong> criação responsável<br />

pelas cerimônias <strong>de</strong> abertura<br />

e <strong>de</strong> encerramento dos Jogos<br />

Olímpicos <strong>de</strong> Inverno <strong>de</strong><br />

Salt Lake City, em 2002, elogiou<br />

também a cerimônia <strong>de</strong><br />

abertura dos Jogos Olímpicos<br />

Rio <strong>2016</strong>, principalmente o<br />

momento protagonizado por<br />

Gisele Bündchen. “Aquele<br />

momento teve a ver com um<br />

fenômeno cultural: a energia,<br />

a criativida<strong>de</strong> que existe nessa<br />

cultura é contagiante. Eu<br />

nunca imaginaria que uma<br />

pessoa, e essa pessoa foi Gisele,<br />

pu<strong>de</strong>sse atravessar um estádio,<br />

um único ser humano,<br />

com uma gran<strong>de</strong> música, e<br />

“É muito<br />

importante<br />

reconhecer, como<br />

publicitários, que<br />

nosso trabalho<br />

não É apenas sobre<br />

consumidores,<br />

mas sobre seres<br />

humanos. somos<br />

complexos, somos<br />

muito coração”<br />

Alê Oliveira<br />

Gordon Bowen, um dos fundadores da mcgarrybowen, que em 2014 chegou a São Paulo<br />

assim ter a atenção do mundo<br />

todo. Aquilo foi sensacional:<br />

a luz, o que ela vestia e a música.<br />

Normalmente teríamos<br />

ali milhares <strong>de</strong> garotas. E uma<br />

única pessoa fez aquilo. Foi<br />

bravo e todos falaram disso”,<br />

comentou.<br />

Rotulado pela revista Time<br />

como um criador <strong>de</strong> “blockbusters<br />

emocionais”, Bowen<br />

é autor <strong>de</strong> motes como Always<br />

Coca-Cola e Membership Has<br />

its Privileges, para a Amex.<br />

Na opinião <strong>de</strong>le, as marcas<br />

bem-sucedidas são justamente<br />

aquelas que emocionam e<br />

criam conexão com o público.<br />

“É muito importante reconhecer,<br />

como publicitários,<br />

que nosso trabalho não é apenas<br />

sobre consumidores, mas<br />

sobre seres humanos. Somos<br />

complexos, somos muito coração.<br />

Na agência procuramos<br />

enten<strong>de</strong>r emoções”, diz.<br />

“A gente acredita que tem <strong>de</strong><br />

achar uma história, o DNA, o<br />

centro da marca, o valor pelo<br />

qual as pessoas vão olhar para<br />

sua empresa”, acrescenta.<br />

Como exemplo, ele cita a<br />

Walt Disney Company, cliente<br />

da mcgarrybowen, que se<br />

reinventou sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista<br />

seus valores. Na opinião do<br />

executivo, a animação Frozen<br />

ilustra bem essa mudança da<br />

Disney ao retratar, com enorme<br />

sucesso no mundo todo,<br />

a história <strong>de</strong> amor <strong>de</strong> duas<br />

irmãs – não do príncipe e da<br />

princesa – e, sobretudo, o empo<strong>de</strong>ramento<br />

feminino, retratado<br />

pela canção-fenômeno<br />

Let it Go.<br />

Tendências<br />

Bowen lançou sua agência<br />

quando o digital já existia,<br />

mas não com a proporção e<br />

a importância que tem hoje,<br />

principalmente para a publicida<strong>de</strong>.<br />

Atualmente, por exemplo,<br />

o mercado, em partes,<br />

questiona métricas adotadas<br />

por empresas como Facebook<br />

e esquenta o <strong>de</strong>bate sobre a<br />

transparência e a eficiência do<br />

meio. “Não acredito que essa<br />

seja uma crise para o digital.<br />

As coisas mudam rápido. E se<br />

não <strong>de</strong>rem certo mudam <strong>de</strong><br />

novo. Houve um tempo em<br />

que se questionou a televisão,<br />

o rádio, os jornais. Mas sempre<br />

há novas mídias e novos jeitos<br />

<strong>de</strong> atingir as pessoas”, opina.<br />

Nessa linha <strong>de</strong> mudanças,<br />

ele aposta no uso cada vez<br />

maior <strong>de</strong> dados e realida<strong>de</strong><br />

virtual como tendências para<br />

os próximos anos. “Antes se<br />

falava em comunicação <strong>de</strong><br />

massa, hoje po<strong>de</strong>mos comunicar<br />

one-to-one. Os dados<br />

vão se tornar ainda mais importantes<br />

porque po<strong>de</strong>remos<br />

saber mais dos clientes, como<br />

atingi-los, e comprar mídia<br />

<strong>de</strong> um jeito mais inteligente”,<br />

diz.<br />

52 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


DESCULPE,<br />

MAS A GENTE NÃO<br />

VAI COMEMORAR<br />

COM CHAMPAGNE.<br />

O PRÊMIO MARKETING CONTEMPORÂNEO <strong>2016</strong>, DA<br />

ABMN, ESCOLHEU O CASE DA CERVEJA RIO CARIOCA<br />

COMO UM DOS VENCEDORES NA CATEGORIA PRODUTO.<br />

É muito orgulho para toda a equipe da 11:21 levantar essa taça.<br />

Obrigado a todos os parceiros pela <strong>de</strong>dicação, ao cliente por<br />

acreditar no nosso trabalho e aos jurados pela escolha <strong>de</strong>sta<br />

história <strong>de</strong> resultados, sucesso, ousadia, criativida<strong>de</strong> e espírito<br />

carioca engarrafado.<br />

Veja os cases <strong>de</strong> sucesso no site<br />

e entregue sua conta para a 11:21.


AgênCiAs<br />

Banco <strong>de</strong> Eventos resgata e relança<br />

o tradicional Camarote número 01<br />

Ambev não terá em 2017 espaço exclusivo no Carnaval carioca, mas<br />

é uma das patrocinadoras da iniciativa, por meio da sua marca Brahma<br />

Claudia Penteado<br />

Será o fim <strong>de</strong> uma era? No<br />

ano que vem o Sambódromo<br />

carioca não terá camarotes exclusivos<br />

<strong>de</strong> cervejarias do Grupo<br />

Ambev – nem Brahma nem<br />

Antarctica. Mas o Banco <strong>de</strong><br />

Eventos, que cuidou durante<br />

26 anos do camarote da Brahma<br />

– e <strong>de</strong>pois do da Antarctica<br />

– <strong>de</strong>cidiu relançar em 2017 o<br />

Camarote número 01, resgatando<br />

o primeiro camarote criado<br />

por uma marca <strong>de</strong> cervejas, em<br />

1991, quando a Brahma i<strong>de</strong>alizou<br />

o espaço que ficava <strong>de</strong>ntro<br />

da própria cervejaria.<br />

Na ocasião, participou da sua<br />

criação José Victor Oliva, fundador<br />

do Banco <strong>de</strong> Eventos. Em<br />

1994, o camarote passou a se<br />

chamar Camarote número 01,<br />

<strong>de</strong>ntro da estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />

i<strong>de</strong>alizada pela Fischer,<br />

na época. Em 2011, a fábrica da<br />

Ambev anexa ao Sambódromo<br />

foi <strong>de</strong>molida e o camarote<br />

da Brahma ganhou outro espaço,<br />

sendo que em 2015 e em<br />

<strong>2016</strong> <strong>de</strong>u lugar ao camarote da<br />

Boa – da Antarctica. Em 2015, a<br />

Cerveja da Boa homenageou os<br />

450 anos do Rio <strong>de</strong> Janeiro e,<br />

este ano, o tema foi os 100 anos<br />

do samba.<br />

Para 2017, a Ambev <strong>de</strong>cidiu,<br />

estrategicamente, não ter mais<br />

camarotes exclusivos. Com<br />

isso, o Banco do Eventos reinventa<br />

o camarote original, <strong>de</strong>sta<br />

vez em parceria com Cafe <strong>de</strong> La<br />

Musique, do empresário e apresentador<br />

<strong>de</strong> TV Álvaro Garnero,<br />

e a promoter Carol Sampaio. A<br />

Brahma e a marca Água <strong>de</strong> Coco<br />

já confirmaram presença, mas<br />

há cotas que estão sendo vendidas<br />

para diversos segmentos.<br />

Marcio Esher, diretor-geral<br />

do Banco <strong>de</strong> Eventos, afirma<br />

que o mundo mudou, que a<br />

transformação do camarote é<br />

uma evolução natural. Ele acredita<br />

que estar no camarote será<br />

algo tão <strong>de</strong>sejado pelos convidados<br />

como em outros anos,<br />

Marcio Esher afirma que o mundo mudou e que a transformação do camarote é uma evolução natural<br />

“A empresA tem<br />

muito orgulho <strong>de</strong><br />

ter construído<br />

essA históriA <strong>de</strong><br />

26 Anos, mAs As<br />

mArcAs evoluem<br />

e seguem novos<br />

cAminhos”<br />

sendo que eles po<strong>de</strong>rão trazer<br />

convidados, a partir da possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adquirir ingressos,<br />

que já estão sendo vendidos.<br />

Cerca <strong>de</strong> 30% da frequência do<br />

camarote será <strong>de</strong> pessoas que<br />

compraram ingressos.<br />

O Cafe <strong>de</strong> La Musique ficará<br />

responsável pelo Line Up <strong>de</strong><br />

DJs, e Carol, além <strong>de</strong> reunir o<br />

time <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s no espaço,<br />

levará o Bloco da Favorita e o<br />

Pôr do Samba. O camarote terá<br />

2.400 m2, divididos em três andares,<br />

contando com três bares,<br />

quatro camarotes internos e um<br />

palco, on<strong>de</strong> serão realizados os<br />

shows. Também será possível<br />

Divulgação<br />

a empresas comprar pequenas<br />

cotas <strong>de</strong> ingressos para presentear<br />

clientes com áreas reservadas<br />

para até 50 pessoas. A marca<br />

<strong>de</strong> moda Água <strong>de</strong> Coco fará<br />

as tradicionais camisetas. As<br />

parcerias são conduzidas pela<br />

empresa Cross Networking.<br />

Procurada pelo PROPMARK,<br />

a Ambev disse, por meio <strong>de</strong><br />

comunicado oficial, que “a empresa<br />

tem muito orgulho <strong>de</strong> ter<br />

construído essa história <strong>de</strong> 26<br />

anos, mas as marcas evoluem e<br />

seguem novos caminhos, mantendo-se<br />

como uma das marcas<br />

patrocinadoras do camarote<br />

original”.<br />

54 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


AgênciAs<br />

J. Walter Thompson “engana” o<br />

Facebook e viraliza ação <strong>de</strong> AzMina<br />

MamiloLivre.com convida mulheres a compartilharem fotos <strong>de</strong> mamilos,<br />

burlando censura da re<strong>de</strong> social, que veta esse tipo <strong>de</strong> imagem<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

J. Walter Thompson, em parceria com<br />

A a revista digital feminista AzMina, que<br />

atua <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e divulga conteúdo<br />

gratuito, lançou na semana passada<br />

o projeto MamiloLivre.com, como forma<br />

<strong>de</strong> apoio à Semana Internacional da Não-<br />

-Violência Contra a Mulher.<br />

A ação resume-se a um website criado<br />

para questionar a objetificação do corpo feminino<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais e a censura <strong>de</strong> imagens<br />

consi<strong>de</strong>radas como “conteúdo inapropriado”,<br />

sobretudo mamilos <strong>de</strong> mulheres.<br />

Com o en<strong>de</strong>reço, além <strong>de</strong> se informar<br />

sobre questões como o cyberbullying, o<br />

público consegue divulgar imagens <strong>de</strong> mamilos<br />

no Facebook, algo que é censurado<br />

pela plataforma. Para isso, a JWT encontrou<br />

uma forma simples e criativa <strong>de</strong> “enganar”<br />

os algoritmos que fazem essa censura usando<br />

uma ferramenta do próprio Facebook<br />

como meio <strong>de</strong> protesto: ao postar fotos em<br />

sequência, um álbum é criado como um<br />

mosaico, formando um mamilo.<br />

Tudo isso funciona por meio <strong>de</strong> um app<br />

<strong>de</strong>ntro do website, on<strong>de</strong> a mulher faz o login<br />

e participa. Ela po<strong>de</strong> publicar uma foto<br />

da galeria <strong>de</strong> mamilos que, automaticamente,<br />

a ferramenta recorta a foto e cria o<br />

mosaico para ser compartilhado no perfil<br />

do Facebook.<br />

“Quando você não tem dinheiro para divulgar<br />

uma i<strong>de</strong>ia, precisa ter criativida<strong>de</strong>.<br />

Hoje em dia qualquer movimento ativista<br />

passa pelo meio digital”, comenta Renata<br />

Leão, diretora <strong>de</strong> criação da J. Walter<br />

Thompson, que dirigiu o trabalho para Az-<br />

Minas, com um investimento <strong>de</strong> R$ 700 em<br />

post patrocinado que impactou mais <strong>de</strong> 190<br />

mil pessoas em quatro horas no ar. “Essa é<br />

uma gran<strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira, não é uma briga<br />

com o Facebook, que sempre respeitamos<br />

e vamos continuar respeitando. Esse é um<br />

<strong>de</strong>safio que faz o Facebook um lugar ainda<br />

mais interessante <strong>de</strong> se conviver, que foi escolhido<br />

para gerar discussão. E todo <strong>de</strong>bate<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento humano é importante”,<br />

completa.<br />

Na semana passada, logo que a ação foi<br />

lançada, a youtuber Jout Jout (Julia Tolezano)<br />

atingiu rapidamente mais <strong>de</strong> 25 mil<br />

curtidas, 300 comentários e 1,2 mil compartilhamentos<br />

no post #mamilolivre. Renata<br />

lembra que, no dia seguinte, parte do<br />

mosaico tinha sido <strong>de</strong>rrubada, mas a ação<br />

resistia.<br />

Projeto usa recurso <strong>de</strong> fotos postadas em formato <strong>de</strong> mosaico para burlar a censura do Facebook<br />

Divulgação<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 55


prêmios<br />

Case com caneta da paz ganha o<br />

Grand prix do festival ElDorado <strong>2016</strong><br />

Balígrafo, para o Ministério da Educação da Colômbia, conquistou o<br />

maior número <strong>de</strong> prêmios, dando à McCann o título <strong>de</strong> Agência do Ano<br />

MARCELLO QUEIROZ<br />

– <strong>de</strong> Bogotá<br />

Balígrafo, um case criado pela<br />

McCann <strong>de</strong> Bogotá com<br />

referência ao acordo <strong>de</strong> paz na<br />

Colômbia, venceu o ElDorado<br />

<strong>2016</strong>, semana passada, dois dias<br />

antes da assinatura <strong>de</strong> um novo<br />

acordo feito entre o governo e as<br />

Farc (Forças Armadas Revolucionárias<br />

da Colômbia). O ElDorado,<br />

festival <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> colombiana,<br />

foi realizado nos dias 21<br />

e 22, na Câmara do Comércio <strong>de</strong><br />

Bogotá. Em uma sessão<br />

consi<strong>de</strong>rada “tímida”,<br />

o presi<strong>de</strong>nte<br />

Juan Manuel<br />

Santos e o<br />

lí<strong>de</strong>r das Farc,<br />

conhecido como<br />

Timochenko, assinaram<br />

o novo<br />

acordo no último<br />

dia 24, no Teatro<br />

Colón, também na<br />

capital colombiana.<br />

O acordo <strong>de</strong> paz,<br />

com a proposta <strong>de</strong> pôr<br />

fim a mais <strong>de</strong> cinco décadas <strong>de</strong><br />

conflitos armados com um saldo<br />

<strong>de</strong> pelo menos 260 mil mortos e<br />

cerca <strong>de</strong> 45 mil <strong>de</strong>sparecidos, foi<br />

o principal fato da socieda<strong>de</strong> e da<br />

política colombiana em <strong>2016</strong>. E<br />

também da comunicação, tanto<br />

em formato publicitário, como a<br />

mensagem <strong>de</strong> Balígrafo, quanto<br />

em intensas campanhas populares<br />

nas ruas pelo “sim” e pelo<br />

“não” para um plebiscito realizado<br />

em 2 <strong>de</strong> outubro.<br />

Em proporções semelhantes<br />

às previsões feitas para a <strong>de</strong>rrota<br />

do Brexit, em junho, e para a<br />

<strong>de</strong> Donald Trump, em 9 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong>,<br />

as pesquisas apontavam<br />

uma vitória do “sim” para a paz<br />

na Colômbia. Mas, houve uma<br />

pequena, porém surpreen<strong>de</strong>nte,<br />

diferença <strong>de</strong> votos a favor do<br />

“não”, resultado que mostrou<br />

um país dividido e relativamente<br />

“apático” diante da nova proposta<br />

<strong>de</strong> acordo assinada semana<br />

passada, que será votado pelo<br />

Congresso colombiano sem uma<br />

nova consulta popular.<br />

Quando o primeiro acordo, o<br />

do plebiscito, foi oficializado em<br />

Havana, em 26 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>ste<br />

ano, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> chefes <strong>de</strong> Estado<br />

e mais <strong>de</strong> dois mil convidados especiais<br />

vestidos <strong>de</strong> branco participaram<br />

do “momento histórico”<br />

entre o governo colombiano e as<br />

Farc. Havia um clima <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

euforia na população e foi também<br />

o ápice do Balígrafo, já que<br />

o acordo na<br />

capital<br />

cubana foi assinado<br />

com a peça-chave do case, um<br />

projétil <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo transformado<br />

em caneta.<br />

Balígrafo, que tem como<br />

anunciante o Ministério da Educação<br />

da Colômbia, iniciou sua<br />

trajetória no primeiro semestre<br />

<strong>de</strong>ste ano, com a proposta <strong>de</strong> ressaltar<br />

a importância da educação<br />

para uma cultura <strong>de</strong> paz. O trabalho<br />

envolveu ações que contaram<br />

com a participação <strong>de</strong> escritores,<br />

políticos e diversas personalida<strong>de</strong>s<br />

colombianas. Antes <strong>de</strong> receber<br />

o único Grand Prix do El-<br />

Dorado, semana passada, o case<br />

também se <strong>de</strong>stacou em Cannes,<br />

um Leão <strong>de</strong> ouro e um <strong>de</strong> bronze<br />

na competição PR Lions, e um <strong>de</strong><br />

bronze em Promo & Activation<br />

Lions.<br />

Além do GP do ElDorado <strong>2016</strong>,<br />

Balígrafo ganhou também o único<br />

troféu <strong>de</strong> Titanium & Integrated<br />

do festival colombiano.<br />

Conquistou ainda um troféu <strong>de</strong><br />

bronze em Direct e três prêmios<br />

<strong>de</strong> ouro – um em Promo & Activation,<br />

um em PR e um em Design.<br />

Ele foi o principal responsável<br />

para a McCann Bogotá ter<br />

a melhor pontuação do festival e<br />

conquistar o prêmio especial <strong>de</strong><br />

Agência do Ano.<br />

O júri do ElDorado, que avaliou<br />

630 inscrições <strong>de</strong> trabalhos<br />

produzidos e veiculados na Colômbia,<br />

foi presidido<br />

pelo publicitário Pablo<br />

Del Campo, ex-Saatchi & Saatchi<br />

(atualmente sem agência por período<br />

<strong>de</strong> non-compete) e contou<br />

com a participação da brasileira<br />

Fernanda Romano, da Malagueta<br />

(leia matéria na página ao lado).<br />

Entre os jurados, que conce<strong>de</strong>ram<br />

um total <strong>de</strong> 70 prêmios,<br />

também estavam Laura Visco<br />

(72andsunny/Holanda), Álvaro<br />

Becker (Y&R Prolam/Chile), Luca<br />

Pannese (Saatchi & Saatchi Nova<br />

York) e Jaime Rosado (J. Walter<br />

Thompson/Porto Rico).<br />

Entre os prêmios especiais,<br />

a Lip conquistou o prêmio <strong>de</strong><br />

Agência In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Ano e<br />

o Ministério da Educação, o <strong>de</strong><br />

Melhor Anunciante do ElDorado<br />

<strong>2016</strong>. Houve também um prêmio<br />

especial em Inovação para<br />

a Construção da Paz, uma iniciativa<br />

da Câmara do Comércio<br />

<strong>de</strong> Bogotá, conquistado pela Leo<br />

Burnett.<br />

O ElDorado, realizado com o<br />

tema Amor e paz, contou também<br />

com um programa <strong>de</strong> palestras<br />

e worskhops feitos por<br />

O CASE BALÍGRAFO,<br />

DA MCCANN DE<br />

BOGOTÁ, QUE TEM<br />

COMO ANUNCIANTE<br />

O MINISTÉRIO<br />

DA EDUCAÇÃO DA<br />

COLÔMBIA, INICIOU<br />

SUA TRAJETÓRIA NO<br />

PRIMEIRO SEMESTRE<br />

DESTE ANO COM<br />

A PROPOSTA DE<br />

RESSALTAR A<br />

IMPORTÂNCIA DA<br />

EDUCAÇÃO PARA<br />

UMA CULTURA<br />

DE PAZ<br />

criativos <strong>de</strong> diversas áreas, além<br />

da publicida<strong>de</strong>, incluindo música,<br />

arquitetura e artes plásticas.<br />

Entre as atrações estiveram<br />

Nick Law (R/GA), Maksimiliam<br />

Kallhed e Abraham Abbi Asefaw<br />

(The Pop Up Agency), Janaína<br />

Borges (Contagious Brasil), Fernanda<br />

Romano (Malagueta), Mo<br />

Gawdat (Google) e Jasson Schrock<br />

(BCG Design Ventures).<br />

56 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Os jurados do<br />

ElDorado Pablo Del<br />

Campo (presi<strong>de</strong>nte),<br />

Luca Pannese,<br />

Fernanda Romano,<br />

Laura Visco Álvaro<br />

Becker e Jaime<br />

Rosado fazem selfie<br />

com material do case<br />

premiado Say Coke,<br />

da Leo Burnett para<br />

a Coca-Cola<br />

Divulgação<br />

Projétil <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo é transformado<br />

em caneta, usada por diversas<br />

personalida<strong>de</strong>s colombianas<br />

Atuação da malagueta envolve três pilares <strong>de</strong><br />

negócios com foco em estratégia e inovação<br />

Empresa da publicitária Fernanda Romano com as sócias Renata Porto e<br />

Roberta Romano tem Ambev e Johnson & Johnson entre os seus clientes<br />

Um ano e meio após o polêmico<br />

encerramento da<br />

agência Naked Lá na Vila, da<br />

qual era sócia, em São Paulo, a<br />

publicitária Fernanda Romano,<br />

afirma que o episódio é “coisa<br />

do passado”. “Lógico que <strong>de</strong>ixou<br />

marcas, principalmente<br />

porque parte da indústria foi<br />

escrota comigo, sem consi<strong>de</strong>rar<br />

nada do meu histórico <strong>de</strong> 20<br />

anos <strong>de</strong> carreira publicitária e o<br />

que ele representa para o mercado<br />

do Brasil”, ela disse semana<br />

passada ao PROPMARK, logo<br />

após fazer uma apresentação no<br />

festival ElDorado, em Bogotá.<br />

A Naked, lançada em 2012,<br />

teve suas ativida<strong>de</strong>s encerradas<br />

no início <strong>de</strong> junho do ano<br />

passado, após <strong>de</strong>sentendimento<br />

entre os sócios – além <strong>de</strong> Fernanda,<br />

os publicitários Tatiana<br />

Shibuya e Rodrigo Pereira. O fechamento<br />

da agência virou um<br />

assunto <strong>de</strong> advogados e atingiu<br />

cerca <strong>de</strong> 60 funcionários.<br />

“Mas, também foi a gota<br />

d’água que faltava para eu fazer<br />

outra coisa”, avalia Fernanda<br />

Fernanda Romano, da Malagueta: negócios <strong>de</strong> estratégia e inovação em três pilares<br />

Divulgação<br />

contando sobre o trabalho da<br />

sua atual empresa, a Malagueta,<br />

com as sócias Renata Porto<br />

e Roberta Romano, esta última<br />

sua irmã.<br />

Fernanda vem <strong>de</strong>senvolvendo<br />

projetos para a Malagueta<br />

em Nova York, on<strong>de</strong> trabalha<br />

no esquema “home office”, e<br />

também São Paulo, on<strong>de</strong> a empresa<br />

prepara abertura <strong>de</strong> um<br />

novo escritório ainda neste<br />

ano. O posicionamento é atuar<br />

com “estratégia e inovação” em<br />

três pilares: área corporativa,<br />

Escola Chapelaria e incubadora/aceleradora<br />

<strong>de</strong> negócios.<br />

A Malagueta está com clientes<br />

nos Estados Unidos – entre<br />

eles uma marca <strong>de</strong> cosméticos<br />

– e no Brasil, com projetos envolvendo<br />

marcas como Johnson<br />

& Johnson e Ambev no pilar <strong>de</strong><br />

negócios corporativos. A Escola<br />

Chapelaria, com a sócia Roberta<br />

Romano, tem projetos <strong>de</strong> educação<br />

continuada, entre eles um<br />

curso <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança direcionado<br />

para mulheres, chamado Elas<br />

por Elas. A divisão que atua<br />

como incubadora/aceleradora<br />

<strong>de</strong> negócios já <strong>de</strong>senvolveu a We<br />

love, plataforma online na qual<br />

participam cerca <strong>de</strong> 80 pessoas,<br />

com ida<strong>de</strong> entre 18 e 72 anos, que<br />

produzem conteúdo original; e<br />

a Dos Anjos, uma “empresa social”<br />

lançada há dois meses que<br />

reverte lucro da venda <strong>de</strong> seus<br />

produtos para ONGs da área <strong>de</strong><br />

educação. A Dos Anjos já comercializa<br />

itens como cookies, snacks<br />

salgados, sopa e mel.<br />

Em Bogotá, além <strong>de</strong> participar<br />

do júri do ElDorado <strong>2016</strong>,<br />

Fernanda Romano fez uma palestra<br />

sobre o impacto da tecnologia<br />

no dia a dia das pessoas<br />

para atuar em um “mundo melhor”.<br />

MQ<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 57


pRêmioS<br />

Colunistas Rio Gran<strong>de</strong> do Sul elege<br />

a Escala como Agência do Ano<br />

Lara Piccoli é a Publicitária do Ano e João Miragem, o Profissional<br />

<strong>de</strong> Propaganda; o GP <strong>de</strong> Empresa <strong>de</strong> Design ficou com a Bendito<br />

Fotos: Divulgação<br />

Equipe da Escala, que passou por reestruturação e foi <strong>de</strong>staque na edição <strong>de</strong>ste ano da premiação, com a conquista <strong>de</strong> três GPs<br />

“A i<strong>de</strong>iA é<br />

<strong>de</strong>spertAr o<br />

senso <strong>de</strong> urgênciA<br />

pArA solucionAr<br />

problemAs AgorA e<br />

não AmAnhã”<br />

Claudia Penteado<br />

Escala conquistou o Gran<strong>de</strong><br />

A Prêmio <strong>de</strong> Agência <strong>de</strong> Comunicação<br />

do Ano no Colunistas<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Ela teve<br />

o melhor <strong>de</strong>sempenho na soma<br />

<strong>de</strong> pontos em todas as áreas da<br />

premiação realizada pela Abracomp<br />

(Associação Brasileira<br />

dos Colunistas <strong>de</strong> Marketing e<br />

Propaganda).<br />

A Escala foi duplamente premiada<br />

com GPs, já que João Miragem,<br />

diretor-geral da agência,<br />

foi <strong>de</strong>staque como Profissional<br />

<strong>de</strong> Propaganda do Ano. Miragem<br />

passou a comandar o escritório<br />

gaúcho da agência dos sócios<br />

Alfredo Fedrizzi, Fernando<br />

Picoral, Miguel <strong>de</strong> Luca, Paulo<br />

Melo e Reinaldo Lopes em maio<br />

<strong>de</strong>ste ano, após a empresa passar<br />

por um re<strong>de</strong>senho, fruto,<br />

entre outras coisas, <strong>de</strong> um trabalho<br />

<strong>de</strong> consultoria realizado<br />

pela sueca Hyper Island.<br />

“Decidimos refundar a Escala,<br />

com João Miragem, tendo o<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finir um novo<br />

rumo para a agência, re<strong>de</strong>senhar<br />

nossa forma <strong>de</strong> atuação,<br />

dar valor à cultura organizacional<br />

e garantir a autonomia dos<br />

colaboradores da empresa”,<br />

disse Picoral.<br />

A Escala também ficou com<br />

o GP <strong>de</strong> Mídia Exterior com a<br />

peça A hora <strong>de</strong> ter novas i<strong>de</strong>ias<br />

é agora, para Unisinos – que,<br />

por sinal, conquistou o GP <strong>de</strong><br />

Anunciante, já que investiu em<br />

outdoor <strong>de</strong> aparato tecnológico<br />

inovador: uma contagem regressiva<br />

sincronizada, que regri<strong>de</strong><br />

em tempo real e, no caso<br />

da peça, com um cronômetro<br />

reverso, que <strong>de</strong>ixou clara a urgência<br />

para encontrar soluções<br />

para questões como mobilida<strong>de</strong><br />

(visão da problemática que<br />

se vive e alternativas <strong>de</strong> transporte),<br />

lixo (quantida<strong>de</strong> gerada<br />

e soluções <strong>de</strong> consumo consciente)<br />

e petróleo (escassez e<br />

novas alternativas <strong>de</strong>sse recurso<br />

na socieda<strong>de</strong>).<br />

58 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Lara Piccoli, sócia<br />

da Morya, <strong>de</strong><br />

Porto Alegre, que<br />

conquistou GP <strong>de</strong><br />

Publicitária do Ano<br />

Diretoria da ARP, que completa 60 anos e é Destaque do Ano na premiação<br />

Titha Kraemer,<br />

da Bendito: GP<br />

<strong>de</strong> Empresária<br />

ou Dirigente <strong>de</strong><br />

Design do Ano<br />

Márcia Faria, também<br />

da Bendito, conquistou<br />

o GP <strong>de</strong> Profissional <strong>de</strong><br />

Design<br />

No processo <strong>de</strong> construção,<br />

os profissionais da agência fizeram<br />

uma imersão na universida<strong>de</strong>,<br />

ouviram estudantes,<br />

professores e colaboradores.<br />

“Conseguimos calcular o tempo<br />

<strong>de</strong> quantos dias, horas, minutos<br />

e segundos faltam para<br />

que o Brasil atinja o número<br />

<strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong><br />

lixo, por exemplo. A i<strong>de</strong>ia é <strong>de</strong>spertar<br />

o senso <strong>de</strong> urgência para<br />

solucionar problemas agora e<br />

não amanhã”, explica o diretor<br />

<strong>de</strong> criação da Escala, Saulo<br />

Szinkaruk.<br />

Já o título <strong>de</strong> Publicitária do<br />

Ano foi para Lara Piccoli, sócia<br />

do escritório da Morya em<br />

Porto Alegre. “Eu fico muito<br />

feliz com esse reconhecimento,<br />

que representa o trabalho<br />

e as conquistas <strong>de</strong> todo o time<br />

aqui da Morya. Em época <strong>de</strong><br />

transformação total do mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> negócio e das agências, com<br />

tantas incertezas e incômodos<br />

permanentes, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um<br />

ano <strong>de</strong>safiador como este, não<br />

é fácil ter energia, otimismo e<br />

engajamento da equipe e dos<br />

clientes para construir trabalhos<br />

relevantes e consistentes.<br />

Mas essa conquista nos mostra<br />

que estamos no caminho certo”,<br />

comentou a executiva.<br />

No prêmio Colunistas Mídia,<br />

o GP <strong>de</strong> Veículo Impresso do<br />

Ano foi para o jornal Zero Hora.<br />

Já o <strong>de</strong> Veículo Eletrônico, para<br />

a Rádio Atlântida, e a Empresa<br />

<strong>de</strong> Mídia Exterior é a Sinergy.<br />

O Melhor Desempenho em<br />

Produção <strong>de</strong> Comerciais ficou<br />

com a Zeppelin Filmes. Os jurados<br />

conce<strong>de</strong>ram, ao todo, 13<br />

medalhas <strong>de</strong> ouro, sete <strong>de</strong> prata<br />

e 15 bronze para 13 empresas<br />

gaúchas <strong>de</strong>ntro das áreas cobertas<br />

pelo concurso (veja tabela<br />

completa na página 60).<br />

DESiGn<br />

A Empresa <strong>de</strong> Design do Ano<br />

nesta edição do prêmio foi a<br />

Bendito Design. Além <strong>de</strong>sse<br />

GP, mais duas profissionais da<br />

agência foram escolhidas para<br />

receber título <strong>de</strong> Empresária<br />

ou Dirigente <strong>de</strong> Design do Ano<br />

e Profissional <strong>de</strong> Design do<br />

Ano, respectivamente, Titha<br />

Kraemer e Márcia Faria. Este<br />

ano, apesar do cenário crítico,<br />

a empresa abriu escritório em<br />

São Paulo, começou a trabalhar<br />

com O Boticário, reconquistou<br />

a conta da Olympikus, consolidou-se<br />

como agência oficial da<br />

Danone no Brasil e vem crescendo<br />

em clientes como Bimbo<br />

do Brasil, Bunge e Gren<strong>de</strong>ne.<br />

“Quando recebi esse prêmio,<br />

confesso que foi uma surpresa!<br />

Administrar uma empresa em<br />

ano <strong>de</strong> crise não é fácil, pois<br />

todo dia temos uma situação<br />

nova para lidar e uma <strong>de</strong>cisão<br />

estratégica para tomar sem per<strong>de</strong>r<br />

o foco nem a rentabilida<strong>de</strong>.<br />

Uma premissa sempre foi nosso<br />

norte: nunca baixar a qualida<strong>de</strong><br />

da entrega. Talvez tenha sido<br />

esse o nosso segredo. A recompensa<br />

está nos belos trabalhos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos com resultado<br />

para os clientes, no reconhecimento<br />

do mercado e no ano<br />

felizmente fechando positivo”.<br />

O Destaque do Ano na premiação<br />

foi a ARP (Associação<br />

Riogran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Propaganda),<br />

que completa 60 anos e foi,<br />

curiosamente, homenageada <br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 59


pela primeira vez no Colunistas<br />

em 1975, quando passou a<br />

promover a Semana Gaúcha <strong>de</strong><br />

Propaganda. “Recebemos essa<br />

notícia com muita alegria. O<br />

ano tem sido duríssimo para a<br />

economia, com consequências<br />

óbvias para o nosso segmento,<br />

mas o empenho para fazer jus à<br />

história da publicida<strong>de</strong> gaúcha<br />

e da própria ARP tem nos proporcionado<br />

conquistas surpreen<strong>de</strong>ntes<br />

como essa”, <strong>de</strong>clarou<br />

o presi<strong>de</strong>nte da ARP, Zeca Honorato.<br />

AvAliAção<br />

Ana Paula Jung, coor<strong>de</strong>nadora<br />

regional da premiação,<br />

presidiu o júri <strong>de</strong> propaganda, e<br />

afirma que houve uma rigorosa<br />

avaliação e, no caso da escolha<br />

dos veículos do ano, consultou<br />

li<strong>de</strong>ranças do mercado <strong>de</strong> comunicação<br />

gaúcho para indicar<br />

os meios que mais se <strong>de</strong>stacaram<br />

em 2015.<br />

Foram jurados, incluindo as<br />

etapas online e presencial, os<br />

seguintes profissionais: Alessandro<br />

Cauduro (Huia), Ana<br />

Hochscheidt (Vulcabras Azaleia),<br />

Carlos Soares (E21), Carlos<br />

Thunm, Carolina Bustos (ESPM<br />

e AP Design), Cláudia Aragón<br />

(Believe it!), Diego Wortmann<br />

(J. Walter Thompson), Gustavo<br />

Billo (Billo Design Studio), Lincoln<br />

Seragini (Casa Seragini),<br />

Luty Mota (Duplo), Marcello<br />

Queiroz (PROPMARK), Marcio<br />

Ehrlich (Janela Publicitária),<br />

Mariana Rigo (Anodilar e AP<br />

Design), Mauricio Oliveira (Matriz),<br />

Parahim Neto (Santo <strong>de</strong><br />

Casa), Renata Schenkel (Competence<br />

e Grupo <strong>de</strong> Mídia), Tiago<br />

Dimer (Secom RS) e Vitor<br />

Knijnik (Snack).<br />

A festa <strong>de</strong> premiação será na<br />

primeira quinzena <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />

em Porto Alegre.<br />

Trabalho da Sinergy, que é a<br />

Empresa <strong>de</strong> Mídia Exterior no<br />

Colunistas RS, para Heineken<br />

a hora <strong>de</strong> ter novas i<strong>de</strong>ias é agora, da Unisinos, que ficou com GP <strong>de</strong> Anunciante do Ano<br />

FIlMe<br />

Cultura e Educação - Bronze: Equações, da<br />

Escala para Colégio Anchieta. Produtos e<br />

Serviços Comunitários - Prata: Carona <strong>de</strong><br />

Pai, da Morya Comunicação para Fundação<br />

Thiago Gonzaga. Produtos e Serviços<br />

Médicos, Farmacêuticos e <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> -<br />

Bronze: Abraço Demorado, da Escala para<br />

Panvel. Produtos e Serviços Diversos -<br />

Ouro: Futebol Errado, da Escala para Porto<br />

Alegre Pumpkins.<br />

RádIO<br />

Cultura e Educação - Prata: Hoje é Dia <strong>de</strong><br />

Bonda<strong>de</strong>, da Morya Comunicação para PUC<br />

RS. Serviços Financeiros e <strong>de</strong> Seguros<br />

- Ouro: Quando Vê Poupou, da Morya<br />

Comunicação para Sicredi.<br />

BRaN<strong>de</strong>d cONTeNT<br />

Não Ficção Online - Ouro: Abraço Demorado,<br />

da Escala para Panvel. Prata: Carona <strong>de</strong> Pai,<br />

da Morya Comunicação para Fundação<br />

Thiago Gonzaga. Publicação Impressa -<br />

Ouro: Ca<strong>de</strong>rno Rumo, da Zero Hora e Unisinos<br />

para Zero Hora.<br />

MÍdIas INTeGRadas<br />

Cultura e Educação - Ouro: A Hora <strong>de</strong><br />

Ter Novas I<strong>de</strong>ias É Agora, da Escala para<br />

Unisinos. Bronze: Big Challenge, da Pro<br />

Target para Yázigi.<br />

Medalhas<br />

MÍdIa IMPRessa<br />

Institucional Ou Corporativo - Bronze:<br />

Propósito RBS, da Morya Comunicação<br />

para Grupo RBS. Meios De Comunicação<br />

- Bronze: Manda um Whats, da Agência<br />

Ama para Jornal Correio do Povo. Mercado<br />

Publicitário - Prata: Stock Problems, da Escala<br />

para Estúdio Mutante. Serviços Financeiros<br />

e <strong>de</strong> Seguros - Bronze: Cor Errada, História<br />

Errada, da Morya Comunicação para<br />

Impresul.<br />

PROMO e lIVe<br />

Ação para Produto Cultural ou <strong>de</strong> Lazer -<br />

Bronze: Party All The Time, da Escala para<br />

Colcci. Bronze: Projeto Trim Sounds, da Los<br />

Angeles Fashion Week para Los Angeles<br />

Fashion Week.<br />

MÍdIa<br />

Aproveitamento da Mídia Digital - Ouro:<br />

Party All The Time, da Escala para Colcci.<br />

dIGITal<br />

Mercado Publicitário - Bronze: DZ 10 anos,<br />

da DZ Estúdio para DZ Estúdio. Produtos<br />

e Serviços Comunitários - Ouro: Carona <strong>de</strong><br />

Pai, da Morya Comunicação para Fundação<br />

Thiago Gonzaga. Vestuário e Acessórios<br />

Pessoais - Ouro: Party All The Time, da<br />

Escala para Colcci. Website <strong>de</strong> Produto <strong>de</strong><br />

Consumo - Bronze: Desafio do Sorriso, da DZ<br />

Estúdio para Nutrella.<br />

<strong>de</strong>sIGN<br />

Case <strong>de</strong> Branding ou Design Corporativo<br />

- Ouro: Manioca, da Bendito <strong>de</strong>sign para<br />

Grupo Maní. Peça ou Conjunto <strong>de</strong> Peças<br />

<strong>de</strong> Merchandising <strong>de</strong> Produto - Prata:<br />

Olympikus Clássicos, da Bendito Design<br />

para Vulcabras. Display <strong>de</strong> Solo - Bronze:<br />

Olympikus Zomax, da Bendito Design para<br />

Vulcabras. Display <strong>de</strong> Balcão ou <strong>de</strong> Vitrine<br />

- Bronze: Olympikus Vôlei, da Bendito<br />

Design para Vulcabras. Calendário -<br />

Bronze: Calendário, da Morya Comunicação<br />

para Impresul. Embalagem ou Rótulo <strong>de</strong><br />

Alimento ou Bebida - Ouro: Danoninho -<br />

Dino Arena, da Bendito Design para Danone.<br />

Bronze: Best Beef, da Bendito Design para<br />

Best Beef.<br />

TécNIca<br />

Direção <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Filme - Ouro: A vida<br />

tratada com respeito, da Global RS e Zeppelin<br />

Filmes para Corsan. Bronze: Um Marido<br />

no Pedaço, da Ampfy e Bandits Films para<br />

Azeite Andorinha. Direção <strong>de</strong> Filme - Ouro:<br />

A Mãe <strong>de</strong> 1000 Filhos, da DM9DDB e Zeppelin<br />

Filmes para Johnson’s Baby. Produção <strong>de</strong><br />

Filme - Ouro: Focus Fastback Drive, da JWT<br />

e e Zeppelin Filmes para Ford. Fotografia<br />

<strong>de</strong> Filme - Prata: Me chama <strong>de</strong> Bruna, da<br />

Bandits Films para Fox+.<br />

INOVaÇÃO<br />

Case <strong>de</strong> Inovação - Prata: Mensagens do<br />

Coração, da Escala para Simers (Sindicato<br />

Médico do RS).<br />

60 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


prêmios<br />

Brasil tem duas pratas e um<br />

bronze no Epica Awards <strong>2016</strong><br />

Vetor Zero/Lobo conquista dois prêmios, enquanto Havas Life fica com<br />

o terceiro; júri é formado por jornalistas <strong>de</strong> publicações especializadas<br />

Divulgação<br />

Cena do filme Fábrica <strong>de</strong> Emoções, da Vetor Zero/Lobo para a Caixa, que conquistou uma prata na categoria Animação, durante a 30ª edição do Epica Awards, em Amsterdã<br />

Brasil tamBém foi<br />

representado no<br />

epica na categoria<br />

olYmpic games,<br />

QUe premioU<br />

os melhores<br />

traBalhos<br />

realizados para<br />

os jogos olímpicos<br />

rio <strong>2016</strong><br />

Foram anunciados, no último<br />

dia 17, em Amsterdã, os<br />

vencedores do Epica Awards<br />

<strong>2016</strong>, e três criações brasileiras<br />

estão na lista. A Vetor Zero/<br />

Lobo levou dois prêmios na categoria<br />

Animação: uma prata<br />

por Fábrica <strong>de</strong> Emoções, para a<br />

Caixa, e um bronze por Unlikely<br />

Hero, para a Interface. O terceiro<br />

prêmio do Brasil foi para Havas<br />

Life, que criou Parkinsounds,<br />

para a Teva, e levou prata<br />

em Mobile e Sites Apps. Em sua<br />

30ª edição, o Epica mantém<br />

como principal característica o<br />

júri, formado apenas por jornalistas<br />

<strong>de</strong> publicações especializadas<br />

em marketing e comunicação<br />

do mundo todo.<br />

Este ano, o Brasil também<br />

participou do Epica em uma<br />

nova categoria: a Olympic Games,<br />

que reconheceu as melhores<br />

criações feitas para os Jogos<br />

Olímpicos Rio <strong>2016</strong>. A melhor<br />

colocada na inédita categoria<br />

foi a Cheil da Espanha, por Samsung<br />

Blind Cap, criada para a<br />

Samsung.<br />

Nesta edição, foram concedidos<br />

cinco Grand Prix. Em<br />

Design, a premiação máxima<br />

foi para a DDB <strong>de</strong> Bruxelas, por<br />

Simplified Stories para a Alzheimerliga.<br />

Em Digital, a vencedora<br />

foi a J. Walter Thompson <strong>de</strong><br />

Amsterdã, por The Next Rembrandt<br />

para a ING. Em Film, o<br />

prêmio ficou com a marca francesa<br />

Kenzo, que criou Kenzo<br />

World. Em Press, o GP foi para<br />

a Try Noruega, por Brad is Single<br />

para a Norwegian Airlines.<br />

Em Outdoor, a Publicis London<br />

venceu por Doors of Thrones<br />

para a Tourism Ireland.<br />

A Network do Ano foi a Leo<br />

Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, com 49<br />

prêmios. Já a Agência do Ano<br />

foi a BBDO Nova York, com 19<br />

premiações. Os Estados Unidos<br />

li<strong>de</strong>raram o ranking <strong>de</strong> países<br />

vencedores, com 69 troféus.<br />

Para esta edição do Epica<br />

Awards, mais <strong>de</strong> 60 editores e<br />

jornalistas especializados fizeram<br />

parte do júri. Des<strong>de</strong> sua<br />

criação, o prêmio visa reconhecer<br />

trabalhos criativos <strong>de</strong> toda a<br />

indústria da comunicação e, assim,<br />

contribuir para que agências,<br />

produtoras, fotógrafos e<br />

<strong>de</strong>signers possam se <strong>de</strong>stacar<br />

em um cenário internacional.<br />

O Epica é dividido em categorias<br />

e subcategorias, totalizando<br />

mais <strong>de</strong> 70 prêmios.<br />

Gastronomia, artes e entretenimento<br />

são algumas das áreas<br />

premiadas. Mais <strong>de</strong> 70 países já<br />

se increveram na premiação.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 61


mídia<br />

SBT reúne Google, Facebook e Twitter<br />

para <strong>de</strong>bater integração entre meios<br />

Em evento promovido pela emissora, na semana passada, heads das três<br />

empresas se encontram para discutir relação entre TV aberta e internet<br />

Mariana Zirondi<br />

Mais <strong>de</strong> 14 bilhões <strong>de</strong> minutos<br />

<strong>de</strong> conteúdo criado<br />

para a TV aberta assistidos no<br />

YouTube. Esse é o número do<br />

consumo dos ví<strong>de</strong>os do SBT, revelado<br />

pela apresentadora Eliana<br />

durante evento da emissora,<br />

realizado no último dia 24, para<br />

discutir a integração da TV e do<br />

meio digital. A emissora disponibiliza<br />

todo o conteúdo <strong>de</strong> programação<br />

na plataforma, dando<br />

aos espectadores a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> assistir às produções<br />

quando quiserem.<br />

Compartilhar na internet o<br />

conteúdo exibido na TV aberta<br />

é per<strong>de</strong>r audiência? “Claro que<br />

não”, afirma José Roberto Maciel,<br />

CEO do SBT.<br />

Uma prova disso, segundo<br />

ele, é a mais nova ação do canal<br />

para divulgar e engajar a novela<br />

Carinha <strong>de</strong> Anjo, que estreou no<br />

último dia 21. Uma das estrelas<br />

da emissora, Maísa Silva, interpreta<br />

a vlogueira Juliana, que,<br />

um mês antes do início do folhetim,<br />

lançou o canal no YouTube<br />

já interpretando a personagem.<br />

O objetivo foi criar uma relação<br />

com os fãs da atriz e estimular a<br />

interação com os futuros espectadores<br />

antes mesmo <strong>de</strong> a trama<br />

ter início.<br />

Esse foi um passo simples, segundo<br />

Maciel, mas que fez toda<br />

a diferença. “Estamos perseguindo<br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> audiência<br />

consistente. Criamos essa relação<br />

do real com a ficção para gerar<br />

engajamento. A TV vai continuar<br />

sendo muito forte e vai<br />

ter esse vínculo com as outras<br />

mídias. Nosso time digital vem<br />

construindo essa visão diferente<br />

e o online tem sido um gran<strong>de</strong><br />

aprendizado. Agora precisamos<br />

fazer com que isso cresça com<br />

nossos parceiros”, diz.<br />

Com essa integração à frente<br />

dos planos da emissora, uma<br />

reunião inédita foi proporcionada<br />

pelo SBT. Fábio Coelho,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Google Brasil;<br />

José Roberto Maciel, do SBT; Fábio Coelho, do Google; Marcos Angelini, do Facebook; e Guilherme Ribenboim, do Twitter<br />

Marcos Angelini, diretor-geral<br />

do Facebook Brasil; e Guilherme<br />

Ribenboim, VP do Twitter;<br />

foram reunidos em um <strong>de</strong>bate<br />

pela primeira vez. Juntos, os lí<strong>de</strong>res<br />

das três principais re<strong>de</strong>s<br />

sociais do país discutiram como<br />

a TV aberta po<strong>de</strong> estreitar a parceria<br />

com a internet.<br />

Já acostumado com essa<br />

união, Ribenboim disse que<br />

65% dos tweets são conteúdos<br />

relacionados à televisão e ela,<br />

por sua vez, é a que mais gera<br />

assunto para a plataforma. “A<br />

integração resgata pessoas que<br />

foram para o on <strong>de</strong>mand e não<br />

estavam mais ligadas na TV.<br />

Com as hashtags, fazemos com<br />

que todos vejam TV ao mesmo<br />

tempo e conversem sobre o conteúdo”,<br />

conta.<br />

Angelini afirmou que no Facebook,<br />

30% das informações<br />

pesquisadas são sobre TV. “Ampliar<br />

a audiência é importante<br />

para o SBT porque colocamos o<br />

conteúdo em um ambiente correto,<br />

com o público direcionado<br />

e o engajamento garantido. Hoje<br />

fazemos três coisas espontaneamente:<br />

respirar, piscar e olhar<br />

no celular”, brinca.<br />

Detentor <strong>de</strong> uma ferramenta<br />

valiosa como o YouTube, Coelho<br />

acredita que, para o Google,<br />

a audiência precisa estar on<strong>de</strong><br />

o povo está, e ele não sai da<br />

internet. “Usando as re<strong>de</strong>s sociais,<br />

os produtores <strong>de</strong> conteúdo<br />

fazem um jogo <strong>de</strong> relevância<br />

frente aos usuários, e isso funciona<br />

na distribuição. Quando<br />

fazemos isso, é só calcular<br />

cada uma <strong>de</strong>ssas participações<br />

e monetizar da forma correta”,<br />

explica.<br />

Captar os talentos da internet<br />

e levá-los para a TV é uma<br />

das vantagens <strong>de</strong>ssa integração,<br />

reforça Coelho. Pessoas referenciais<br />

para <strong>de</strong>terminados conteúdos<br />

po<strong>de</strong>m não ser mainstream.<br />

“A oportunida<strong>de</strong> é tirar proveito<br />

<strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> monetizar<br />

a comunicação. Experiências<br />

Divulgação<br />

<strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d content bem feitas<br />

e publicida<strong>de</strong> nativas, quando<br />

elegantes, são muito importantes”,<br />

fala.<br />

A capacida<strong>de</strong> do Twitter por<br />

ser tempo real também foi <strong>de</strong>stacada<br />

por Ribenboim. O produtor<br />

<strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong>ve estar no<br />

centro das conversas, com liberda<strong>de</strong><br />

para criar. “Temos esse papel<br />

<strong>de</strong> complemento para fazer<br />

o storytelling da TV continuar<br />

na internet. Isso tem <strong>de</strong> ser fortalecido<br />

para que seja fácil monetizar”,<br />

afirma.<br />

A transparência das métricas<br />

foi reforçada por Angelini, que<br />

ressalta esse compromisso em<br />

“clarear” os dados. “Queremos<br />

fazer parcerias <strong>de</strong> audiência que<br />

<strong>de</strong>em cada vez mais transparência.<br />

Estamos criando um conselho<br />

em que marcas e agências<br />

vão nos dizer para on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vemos<br />

ir. O momento é <strong>de</strong> transformação.<br />

Precisamos ter dados<br />

para comparar os trabalhos realizados<br />

e os resultados”, conta.<br />

62 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Neste último ano,<br />

conquistamos<br />

muita coisa para construir<br />

a mais completa<br />

plataforma <strong>de</strong> mídia<br />

urbana do out of home<br />

brasileiro.<br />

MetrôRio<br />

Metrô Bahia<br />

Linha Amarela do Metrô<br />

<strong>de</strong> São Paulo<br />

VLT Carioca<br />

SuperVia no<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Novos ativos<br />

na CPTM<br />

Novos shoppings<br />

Agora só falta uma conquista para<br />

fecharmos o ano.<br />

Vote Eletromidia<br />

no Caboré <strong>2016</strong>.<br />

Veículo <strong>de</strong> Comunicação: Plataforma <strong>de</strong> mídia.<br />

Vem com a gente: eletromidia.com.br


Mídia<br />

Sergio Valente (<strong>de</strong> pé e <strong>de</strong> óculos), diretor da Globo Comunicação, acompanha a gravação do coral <strong>de</strong> 1.200 vozes que participa da campanha <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano da emissora<br />

Divulgação<br />

Mensagem <strong>de</strong> Natal da Globo tem<br />

participação <strong>de</strong> projetos sociais<br />

Coral organizado para cantar Um novo tempo reúne 1.200 vozes;<br />

ação é assinada por Sergio Valente, Leandro Castilho e Mariana Sá<br />

PaUlo Macedo<br />

Re<strong>de</strong> Globo iniciou, no último<br />

dia 27, a veiculação da<br />

A<br />

sua campanha <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano<br />

com a tradicional canção Um novo<br />

tempo interpretada <strong>de</strong>sta vez<br />

por um coral composto por 1.200<br />

vozes. Para afinar o grupo, foi arregimentada<br />

a dupla cana<strong>de</strong>nse<br />

Daveed Goldman e Nobu Adilman,<br />

criadores do projeto Choir!<br />

Choir! Choir!. Eles são especializados<br />

na regência e arranjos para<br />

corais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. A i<strong>de</strong>ia<br />

começou a se <strong>de</strong>linear quando<br />

Sergio Valente, diretor da Globo<br />

Comunicação, recebeu um link<br />

<strong>de</strong> uma apresentação <strong>de</strong> Hallelujah,<br />

<strong>de</strong> Leonard Cohen, e viu que<br />

tinha o suporte necessário para<br />

materializar a campanha.<br />

“Leandro Castilho, diretor <strong>de</strong><br />

criação da campanha, me mandou<br />

o material. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>sses<br />

caras é extremamente inclusiva,<br />

“Talvez a coisa<br />

que a Globo<br />

mais saiba fazer<br />

seja propaGar<br />

emoções”<br />

tem um movimento <strong>de</strong> união.<br />

Então, começamos a pensar <strong>de</strong><br />

que formas a campanha po<strong>de</strong>ria<br />

ser mais inclusiva do que o que<br />

temos feito até então: colocar o<br />

nosso elenco para cantar. E o primeiro<br />

passo foi chamar os cana<strong>de</strong>nses,<br />

que têm essa experiência<br />

<strong>de</strong> colocar todo mundo para cantar,<br />

e beber na experiência <strong>de</strong>les,<br />

nos inspirar no trabalho <strong>de</strong> quem<br />

já fez tantas coisas legais com<br />

músicas famosas. Por que não fazer<br />

com a nossa música famosa?,<br />

disse Valente, que também participou<br />

da direção <strong>de</strong> criação, ao<br />

lado <strong>de</strong> Mariana Sá.<br />

A produção foi da Sentimental<br />

Filmes, com suporte dos Estúdios<br />

Globo e <strong>de</strong> Maurício Guimarães<br />

e Luciano Zuffo. Sérgio<br />

Rezen<strong>de</strong>, da Comando S, ficou<br />

responsável pelo comando da<br />

parte musical na gravação.<br />

“Talvez a coisa que a Globo<br />

mais saiba fazer seja propagar<br />

emoções. Sentimentos que vêm<br />

da informação, do entretenimento,<br />

do conteúdo e através<br />

dos nossos shows. O fim <strong>de</strong> ano<br />

é uma época que pe<strong>de</strong> a propagação<br />

<strong>de</strong> um sentimento <strong>de</strong> esperança,<br />

<strong>de</strong> renovação e a gente<br />

acha que contribui com esse sentimento.<br />

‘Hoje é um novo dia, <strong>de</strong><br />

um novo tempo, que começou...’,<br />

essa música é um hino do fim do<br />

ano no Brasil e tem uma capacida<strong>de</strong><br />

enorme <strong>de</strong> emocionar ao<br />

<strong>de</strong>spertar a memória afetiva das<br />

pessoas. Ela diz muita coisa para<br />

muita gente. É a lembrança <strong>de</strong><br />

um sentimento <strong>de</strong> ano novo, <strong>de</strong><br />

esperança que todos queremos<br />

para o ano seguinte, sempre”,<br />

afirmou Valente.<br />

O elenco <strong>de</strong> vozes une atores,<br />

jornalistas, diretores apresentadores<br />

e representantes <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />

e instituições como Ponto-<br />

Cine, Conexão Favela, Fundação<br />

Gol <strong>de</strong> Letra, Re<strong>de</strong>s da Maré,<br />

Instituto MetaSocial, Engajamundo,<br />

Lona na Lua, Mães Sem<br />

Nome, Circo Crescer e Viver. “Já<br />

que nós vamos celebrar um novo<br />

dia <strong>de</strong> um novo tempo, já que<br />

queremos que esse um novo dia<br />

<strong>de</strong> um novo tempo chegue para<br />

todos nós, por que não convidar<br />

pessoas que fazem novos dias<br />

em novos tempos todos os dias?<br />

Daí surgiu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> incluir na<br />

campanha todos esses projetos<br />

lindos e compartilhar com todo<br />

mundo as experiências <strong>de</strong> pessoas<br />

que fazem coisas incríveis<br />

pelo Brasil”, finalizou.<br />

64 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídia<br />

Cartunista vira grafiteiro para fazer<br />

homenagem aos 75 anos do Pica-Pau<br />

Dorinho Bastos, que assina as charges publicadas no PROPMARK, é um<br />

dos convidados <strong>de</strong> ação para comemorar aniversário do personagem<br />

Dorinho Bastos, cartunista do jornal<br />

PROPMARK e da revista Propaganda –<br />

ambas publicações da Editora Referência –,<br />

teve uma experiência diferente na semana<br />

passada. Ele foi grafiteiro por dois dias. A<br />

sua primeira experiência nesse tipo <strong>de</strong> arte<br />

visual po<strong>de</strong> ser vista na esquina da Rua<br />

Haddock Lobo com a Avenida Paulista, na<br />

região central <strong>de</strong> São Paulo.<br />

O trabalho é uma das primeiras peças<br />

criadas para integrar as comemorações da<br />

Universal Pictures pelos 75 anos <strong>de</strong> criação<br />

do Pica-Pau, <strong>de</strong>senho que até hoje anima<br />

filmes infantis na televisão e revistas em<br />

quadrinho. Dorinho aten<strong>de</strong>u a um pedido<br />

dos amigos Pagu e Cesar, do mesmo time<br />

<strong>de</strong> Eduardo Kobra, consagrado na arte <strong>de</strong><br />

embelezar cida<strong>de</strong>s com <strong>de</strong>senhos multicoloridos<br />

em espaços outdoor.<br />

“É uma experiência muito gratificante já<br />

que nunca havia trabalhado antes com esse<br />

tipo <strong>de</strong> espaço”, fala o artista. O painel foi<br />

<strong>de</strong>senhado com pincel, tinta látex e spray,<br />

em placas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> média intensida<strong>de</strong>.<br />

“Aprendi que o grafite nunca é obra permanente.<br />

Mas acho que, por algumas semanas,<br />

aquele muro ficará mais interessante”,<br />

fala Dorinho.<br />

O cartunista é apenas um dos convidados<br />

para esse trabalho, autorizado pela<br />

Universal Pictures. Outros artistas também<br />

integraram o time <strong>de</strong> grafiteiros. A<br />

primeira homenagem ao personagem foi<br />

criada no Beco do Batman – ponto turístico<br />

situado na Vila Madalena, zona oeste<br />

da capital paulista.<br />

Produzida por Tito Ferrara, o painel<br />

apresenta o Pica-Pau fazendo a barba <strong>de</strong><br />

um índio, uma releitura do artista para o<br />

episódio O Barbeiro <strong>de</strong> Sevilha, em que o<br />

personagem se passa por barbeiro e recebe<br />

um índio americano no estabelecimento.<br />

“Eu cresci assistindo aos <strong>de</strong>senhos do<br />

Pica-Pau e vendo todas as maluquices <strong>de</strong>le.<br />

Ele é o retrato da loucura <strong>de</strong> uma maneira<br />

boa. Escolhi o episódio da barbearia porque<br />

foi o que mais me marcou. Nada mais louco<br />

do que o Pica-Pau com uma tesoura na<br />

mão, né?”, explica o artista.<br />

Ainda estão previstos mais quatro painéis<br />

distribuídos pela cida<strong>de</strong>, incluindo um<br />

na Comic Com Experience (CCXP).<br />

Criado por Walter Lantz em 1940, o personagem<br />

da Universal Pictures é um ícone<br />

<strong>de</strong> várias gerações. Seus 166 episódios já<br />

foram transmitidos em mais <strong>de</strong> 155 países<br />

e traduzidos em 105 idiomas pelo mundo.<br />

Arte feita por Dorinho Bastos está na esquina da rua Haddock Lobo com a Avenida Paulista, na região central <strong>de</strong> SP<br />

Divulgação<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 65


mídia<br />

Turner apresenta contéudo <strong>de</strong> canais<br />

às agências no interior <strong>de</strong> caminhão<br />

Desenvolvido pela F/Malta, Road to Revolution mostra as novida<strong>de</strong>s<br />

da programação do próximo ano por meio <strong>de</strong> um game interativo<br />

Divulgação<br />

Interior do caminhão, que está percorrendo as agências <strong>de</strong> São Paulo para mostrar o conteúdo dos canais da Turner para 2017: visitas serão realizadas até o próximo dia 6<br />

Vinícius noVaes<br />

Criativida<strong>de</strong> é a palavra que<br />

resume a ação Road to Revolution,<br />

<strong>de</strong>senvolvida pela F/<br />

Malta para a Turner com o objetivo<br />

<strong>de</strong> apresentar a programação<br />

do próximo ano para<br />

os profissionais <strong>de</strong> mídias das<br />

agências. Ao todo serão percorridas<br />

<strong>28</strong> agências até o próximo<br />

dia 6. Dividida em duas etapas,<br />

a ação tem início com uma<br />

apresentação das oportunida<strong>de</strong>s<br />

para o próximo ano.<br />

Na segunda parte, os participantes<br />

mergulham nas marcas<br />

Turner em um escape game<br />

itinerante, construído no interior<br />

<strong>de</strong> um caminhão completamente<br />

modificado e personalizado<br />

para a ação. Ela ocorre<br />

durante um dia todo em cada<br />

agência previamente escolhida,<br />

que proporciona a oportunida<strong>de</strong><br />

para diversos colaboradores<br />

participarem.<br />

Escape games são jogos<br />

imersivos em que, para vencer,<br />

os participantes precisam, juntos,<br />

<strong>de</strong>scobrir pistas e <strong>de</strong>svendar<br />

enigmas escondidos no interior<br />

<strong>de</strong> uma sala. Cada grupo,<br />

composto por no máximo cinco<br />

pessoas, terá 30 minutos para<br />

testar seus conhecimentos sobre<br />

os conteúdos das marcas<br />

Turner, solucionar os <strong>de</strong>safios<br />

apresentados e <strong>de</strong>scobrir o código<br />

secreto que abre a porta<br />

final do truck.<br />

Um dos principais <strong>de</strong>staques<br />

é a Temporada <strong>de</strong> Premiações<br />

da TNT. Além da experiência<br />

na TV, é possível criar conteúdos<br />

que engajem a audiência,<br />

revolucionando o conceito <strong>de</strong><br />

bran<strong>de</strong>d content. A Temporada<br />

oferece ao todo 13 premiações<br />

exclusivas, entre elas o<br />

Grammy Awards, Gol<strong>de</strong>n Globes,<br />

Emmy Awards, além do<br />

People’s Choice Awards e Billboard<br />

Music Awards. Na área<br />

esportiva, o <strong>de</strong>staque vai para a<br />

Liga dos Campeões da Europa.<br />

Em linha com a tendência <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> conteúdo a partir<br />

das <strong>de</strong>mandas do consumidor<br />

final em todas as plataformas,<br />

a Turner prevê entregas para as<br />

marcas que vão muito além da<br />

TV linear e integram conteúdos<br />

e marcas nas re<strong>de</strong>s sociais, aplicativos<br />

e em ativações <strong>de</strong> marca<br />

nos eventos ao vivo.<br />

“Desafiamos a nós mesmos<br />

diariamente a encontrar formas<br />

criativas <strong>de</strong> engajar os consu-<br />

midores às marcas, sem interrompê-los<br />

enquanto eles consomem<br />

nossos conteúdos. Este<br />

road show é um convite ao mercado<br />

para repensar os mo<strong>de</strong>los<br />

atuais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conteúdo<br />

publicitário e provocar uma<br />

revolução no conceito <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />

content”, explica Gilberto<br />

Corazza, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

AdSales da Turner Brasil.<br />

Já Felipe Malta, CEO da F/<br />

Malta, disse que o foco foi a<br />

emoção. “Pensamos em apresentar<br />

o conteúdo <strong>de</strong> uma forma<br />

que gerasse emoção. Todos<br />

os <strong>de</strong>safios foram permeados<br />

pelas novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conteúdo<br />

que a Turner vai oferecer no<br />

próximo ano. Nós também nos<br />

baseamos na adrenalina, que é<br />

muito presente na programação<br />

da Turner”, diz.<br />

66 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídiA<br />

Divulgação<br />

Grupo Abril<br />

se associa ao<br />

Guiato no Brasil<br />

Plataforma web e mobile usa<br />

geolocalização para ofertas<br />

em lojas físicas do varejo<br />

vinícius novaes<br />

Grupo Abril adquiriu participação na<br />

O operação brasileira do Guiato, plataforma<br />

web e mobile <strong>de</strong> ofertas geolocalizadas<br />

do varejo físico. Criado na Alemanha em<br />

2008, o Guiato chegou ao Brasil em 2012 e<br />

atua em 11 países. Sua plataforma registra<br />

cinco milhões <strong>de</strong> acessos por mês e 1 milhão<br />

<strong>de</strong> downloads <strong>de</strong> folhetos promocionais.<br />

Reúne cerca <strong>de</strong> dois mil varejistas em<br />

mais <strong>de</strong> 150 mil en<strong>de</strong>reços comerciais no<br />

varejo brasileiro.<br />

A plataforma web e os aplicativos mobile<br />

possibilitam realizar buscas <strong>de</strong> produtos<br />

e marcas específicas, por categoria<br />

ou loja, anunciados em folhetos e catálogos<br />

promocionais <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> varejistas<br />

em todo o país. Além do portal Web,<br />

o Guiato possui aplicativos mobile disponíveis<br />

para iPhone, iPad e smartphones<br />

com sistema operacional Android.<br />

A iniciativa do Grupo Abril se soma a<br />

uma série <strong>de</strong> outras realizadas pela empresa<br />

nos últimos meses para reforçar<br />

seu portfólio <strong>de</strong> serviços, entre os quais<br />

estão o GoBOX, plataforma <strong>de</strong> clube <strong>de</strong><br />

assinaturas <strong>de</strong> produtos, e o GotoShop,<br />

nova operação <strong>de</strong> e-commerce em parceria<br />

com a CNova.<br />

“Para as empresas <strong>de</strong> varejo, o Guiato<br />

é a ferramenta i<strong>de</strong>al para gerar leads às<br />

suas lojas offline. Passar a integrar o Grupo<br />

Abril segue o mo<strong>de</strong>lo adotado pelo<br />

Grupo Bonial, parte do grupo Axel Springer.<br />

O foco no varejo e no ponto <strong>de</strong> venda,<br />

por meio <strong>de</strong> plataforma digital web e mobile,<br />

foi um dos fatores que encontramos<br />

no Grupo Abril, com muita sinergia, que<br />

levou à concretização do negócio”, diz<br />

Claudio Santos, CEO do Guiato no Brasil.<br />

Walter Longo, presi<strong>de</strong>nte do Grupo<br />

Abril, afirma que a empresa tem buscado<br />

sinergia. “Temos buscado sinergia em<br />

cada uma <strong>de</strong> nossas operações com o que<br />

há <strong>de</strong> melhor no mercado em inovação.<br />

A parceria com o Guiato é mais um passo<br />

fundamental para nosso novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

negócio, da mídia ao marketplace”, afirma<br />

o executivo.<br />

Claudio Santos,<br />

CEO do Guiato<br />

no Brasil: foco no<br />

varejo e no ponto<br />

<strong>de</strong> venda por meio<br />

<strong>de</strong> plataforma<br />

digital<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 67


supercenas<br />

Marcello Queiroz* mqueiroz@propmark.com.br<br />

Para lançar o mo<strong>de</strong>lo Actros, a montadora Merce<strong>de</strong>s-Benz trouxe o grupo Patubatê, que tirou som até das partes do caminhão Actros durante a Solutions Week<br />

BATUQUE<br />

A Merce<strong>de</strong>s-Benz é uma das<br />

vencedoras da edição <strong>2016</strong> do<br />

Marketing Best, cuja festa <strong>de</strong><br />

entrega <strong>de</strong> prêmios será realizada<br />

no dia 6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, no<br />

espaço Tom Brasil, em São Paulo.<br />

A montadora celebrou 60<br />

anos no Brasil no ano passado<br />

e o lançamento do mo<strong>de</strong>lo Actros,<br />

entre outros, com shows<br />

do grupo Patubatê, que, além<br />

dos instrumentos percussivos<br />

tradicionais, tirava som com<br />

partes do caminhão.<br />

NUVEM<br />

Como na canção Get off my<br />

cloud, dos Rolling Stones, a turma<br />

da The Group Comunicação<br />

está plugada nas novas tecnologias<br />

para soluções integradas<br />

<strong>de</strong> comunicação. As informações<br />

capturadas por big data,<br />

como explica o CEO Fernando<br />

Guntovitch, estão sendo utilizadas<br />

nas campanhas <strong>de</strong> CRM,<br />

PDV, eventos, promoção, shopper<br />

e tra<strong>de</strong>. “É o conceito digital<br />

live”, resume.<br />

Marçal Neto/Divulgação<br />

Da esquerda para a direita, José Mauro Gabriolli (operações), Lygia Fernan<strong>de</strong>s (criação), Douglas Gomes (planejamento) e Guntovitch<br />

*Paulo Macedo (interino) paulo@propmark.com.br<br />

68 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Divulgação<br />

Divulgação<br />

Alex Mehedff, sócio da produtora Hungry Man, no lançamento do seu livro Mundo <strong>de</strong>sconhecido, com Jarbas Agnelli, do Ad Studio<br />

DESCONHECIDO<br />

Sócio da Hungry Man, Alex Mehedff aproveitou a viagem aos<br />

territórios curdos do Iraque e da Síria para filmar o programa <strong>de</strong><br />

TV Zonas <strong>de</strong> conflito, para também dar vasão ao seu lado fotógrafo.<br />

Na verda<strong>de</strong>, enten<strong>de</strong>u o job como um chamado pessoal,<br />

afinal seu avô paterno é <strong>de</strong> origem síria. Com sua Leica MP-240 e<br />

lente 35mm, capturou 120 imagens, que integram o livro Mundo<br />

<strong>de</strong>sconhecido e sintetizam os 30 dias que passou na região marcada<br />

por conflitos bélicos. O lançamento é pela Andrea Jakobsson<br />

Estúdio Editorial, “Sempre gostei <strong>de</strong> fotografar e, neste livro,<br />

<strong>de</strong>scobri uma dupla jornada ao retornar da zona <strong>de</strong> conflito<br />

no Iraque e Síria em outubro <strong>de</strong> 2015. Algo que me surpreen<strong>de</strong>u<br />

não só pela experiência, mas pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o<br />

meu olhar <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> rever as fotos. Iniciamos o trabalho do livro<br />

em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, e tudo aconteceu muito rápido, do jeito<br />

que gosto, para ser sincero”, diz Mehedff, que fez dois mil clicks,<br />

mas não <strong>de</strong>u muita importância ao material que tinha em mãos.<br />

Amigos e familiares o alertaram sobre o acervo. “Com exceção<br />

dos smartphones, úteis para registrar e divulgar suas lutas, os<br />

signos <strong>de</strong> status da vida contemporânea não exercem nenhum<br />

fascínio sobre eles. Todos vestem as mesmas roupas, calçam os<br />

mesmos calçados, tomam chá em xícaras <strong>de</strong> um único mo<strong>de</strong>lo”,<br />

completa. O <strong>de</strong>sign é <strong>de</strong> Isabela Silveira.<br />

Divulgação<br />

PATROCINADO<br />

O prefeito eleito João<br />

Doria, <strong>de</strong> São Paulo,<br />

vai buscar anunciantes<br />

<strong>de</strong> diversas áreas para<br />

as intervenções que<br />

preten<strong>de</strong> colocar em<br />

prática nos parques da<br />

cida<strong>de</strong><br />

LAVA JATO<br />

O diretor José Padilha,<br />

<strong>de</strong> Tropa <strong>de</strong> Elite, está<br />

produzindo para o<br />

Netflix uma série sobre a<br />

operação Lava Jato. Ele<br />

assinou Narcos, também<br />

para a plataforma <strong>de</strong><br />

streaming<br />

VAREJO<br />

A expectativa é que a<br />

Black Friday, realizada<br />

semana passada,<br />

contabilize R$ 2 bi,<br />

30% superior a 2015<br />

NÃO É VERO<br />

Sotheby’s retirou<br />

escultura <strong>de</strong> Willys <strong>de</strong><br />

Castro, que tinha oferta<br />

<strong>de</strong> R$ 1,3 milhão, por<br />

suspeita <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> autoral<br />

AJUSTE<br />

O Ministério da<br />

Fazenda reduziu para<br />

1% a projeção sobre o<br />

crescimento da economia<br />

em 2017. A meta anterior<br />

era <strong>de</strong> 1,6%<br />

A atriz Camila Pitanga e o diretor Gustavo Leme no set <strong>de</strong> gravações da campanha para a ONU Mulheres: ElesPorElas HeForShe<br />

IGUALDADE<br />

Em criação da Heads e produção da Delicatessen, com direção <strong>de</strong> Gustavo Leme, a atriz Camila<br />

Pitanga empresta imagem para campanha sobre igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero da ONU Mulheres e o movimento<br />

ElesPorElas HeForShe. Também participam Sheron Menezzes, Preta Gil, Lea T e o ator<br />

Anselmo Vasconcellos. Narram experiências que sofreram relacionadas à intolerância.<br />

CLOSED<br />

O Banco do Brasil vai<br />

encerrar as operações<br />

<strong>de</strong> pelo menos 800<br />

agências em todo o país,<br />

principalmente em São<br />

Paulo. O plano prevê<br />

uma economia <strong>de</strong><br />

R$ 2,9 bilhões<br />

CONQUISTA<br />

A Moma, dos sócios Fico Meirelles e Rodolfo Sampaio, conquistou a conta da Tekbond, especializada<br />

em produtos a<strong>de</strong>sivos, e já está em fase final <strong>de</strong> criação da primeira campanha nacional da marca.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 69


última página<br />

mediaphotos/iStock<br />

Entre a cruz e<br />

a cal<strong>de</strong>irinha<br />

Claudia Penteado<br />

No mundo das marcas e do marketing,<br />

qual é o limite ético <strong>de</strong> um jornalista<br />

para divulgar notícias? Outro dia me vi<br />

diante <strong>de</strong> um dilema pelo qual ainda não<br />

havia passado, e vou relatar aqui sem nomes<br />

ou associações mais óbvias. Recebi<br />

uma sugestão <strong>de</strong> pauta sobre uma empresa<br />

<strong>de</strong> bebidas alcoólicas que ven<strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stilado voltado para o público jovem. A<br />

notícia que me sugeria sua assessoria era<br />

o fato <strong>de</strong> que a bebida havia conquistado<br />

um espaço gran<strong>de</strong> nas re<strong>de</strong>s sociais se conectando<br />

com a juventu<strong>de</strong>.<br />

Acompanhando o material,<br />

recebi dois ví<strong>de</strong>os que mostravam<br />

exemplos <strong>de</strong> ações da<br />

marca nas ruas e exibiam, entre<br />

outras imagens, uma garotada<br />

solar virando alegremente<br />

garrafas da bebida no gargalo,<br />

literalmente enchendo a<br />

cara, como se diz.<br />

Não sou careta: beber é ótimo, tem seu<br />

espaço e seu lugar. Sou velha e já vi muita<br />

coisa: entre elas, a indústria <strong>de</strong> cigarros com<br />

liberda<strong>de</strong> total no mundo da propaganda.<br />

Vivi um universo em que tudo podia, menos,<br />

possivelmente, a venda ostensiva <strong>de</strong><br />

drogas pesadas ou remédios tarja preta.<br />

Ocorre que, ao me <strong>de</strong>parar com aquele material<br />

<strong>de</strong> divulgação, não pu<strong>de</strong> me <strong>de</strong>scolar<br />

<strong>de</strong> quem sou como ser humano. E, entre<br />

outras coisas, sou mãe <strong>de</strong> uma adolescente<br />

<strong>de</strong> 13 anos, já cercada por diversos fantasmas<br />

- como a própria bebida e as drogas<br />

em geral. Jovens recém-saídos da infância<br />

têm amplo acesso a tudo isso e vários já estão<br />

se exce<strong>de</strong>ndo, muitas vezes sem que os<br />

pais sequer sonhem com isso. É bastante<br />

popular o termo “PT” (perda total), utilizado<br />

para rotular quem bebe <strong>de</strong>mais e dá<br />

vexame em festas. Bebida alcoólica não é<br />

para todos: principalmente não para muito<br />

“BeBida<br />

alcoólica não<br />

é para todos:<br />

principalmente<br />

não para muito<br />

jovens”<br />

jovens, que estão começando a vida. Disso<br />

acredito que poucos discordam: sua venda<br />

exige controle e sua comunicação, alguma<br />

responsabilida<strong>de</strong> por parte <strong>de</strong> fabricantes.<br />

Existem diversas maneiras <strong>de</strong> estar no<br />

mundo, tanto pessoas como empresas, e<br />

não quero dar uma <strong>de</strong> poliana, mas tive a<br />

impressão <strong>de</strong>, naquele momento, estar<br />

diante <strong>de</strong> algo vazio, raso. Tive a sensação<br />

<strong>de</strong> que aquela mesma empresa po<strong>de</strong>ria usar<br />

as valiosas ferramentas do marketing, e todas<br />

as suas possibilida<strong>de</strong>s criativas, para estar<br />

no mundo <strong>de</strong> maneira menos... comum.<br />

Porque o fato é que o mundo<br />

mudou mesmo, não se trata<br />

<strong>de</strong> um clichê: não estamos<br />

mais no vale tudo <strong>de</strong> antigamente.<br />

É bacana refletir sobre<br />

o que, como, por que e para<br />

que se faz. Tomei coragem e<br />

disse à assessora que não escreveria<br />

a matéria naquele<br />

momento, pois não me pareceu<br />

haver mérito verda<strong>de</strong>iro<br />

naquelas ações <strong>de</strong> marketing, não importa<br />

seu tamanho, sua força <strong>de</strong> vendas, seu sucesso<br />

em faturamento. Que talvez, em outra<br />

oportunida<strong>de</strong>, pu<strong>de</strong>sse abordar alguma<br />

outra ação <strong>de</strong>ssa mesma empresa. A moça<br />

ficou perplexa, disse que estava fazendo o<br />

seu trabalho, que aquele era um job como<br />

qualquer outro.<br />

Aí é que está. Não consi<strong>de</strong>ro esse o meu<br />

job, para o qual levanto da cama todos os<br />

dias, como “qualquer outro”. E possuo<br />

um set único <strong>de</strong> crenças e valores - para<br />

guiar <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pessoal e profissional.<br />

Talvez seja esta a diferença essencial<br />

entre pessoas, entre empresas. O<br />

que separa, mesmo, o joio do trigo. É um<br />

jeito, mesmo, <strong>de</strong> estar, atento, no mundo.<br />

Chama-se coerência, que no dicionário -<br />

e na vida - é sinônimo <strong>de</strong> conexão e <strong>de</strong><br />

harmonia.<br />

70 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

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