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propmark.com.br<br />
aNo 52 - Nº 2624 - <strong>28</strong> <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong> r$ 12,00<br />
NizaN guaNaes é<br />
o mais admirado<br />
Pesquisa Agency Scope<br />
<strong>2016</strong>, divulgada na semana<br />
passada, aponta<br />
o nome <strong>de</strong> Nizan Guanaes,<br />
do Grupo ABC,<br />
como o publicitário<br />
mais admirado do país.<br />
págs. 3 (Editorial) e 16<br />
aBa aVaLia TerCeira<br />
ida<strong>de</strong> e geraÇÃo z<br />
Encontro da associação<br />
<strong>de</strong> anunciantes,<br />
comandada por Juliana<br />
Nunes, discutiu<br />
abordagem dos consumidores<br />
da geração Z e<br />
da terceira ida<strong>de</strong>, entre<br />
outros targets. pág. 14<br />
FCB uNe TeCNoLogia<br />
a aÇões CriaTiVas<br />
Metodologia, velocida<strong>de</strong><br />
e tecnologia formam<br />
o tripé básico do<br />
mo<strong>de</strong>lo da FCB. Quem<br />
explica é o executivo<br />
Aurélio Lopes, chairman<br />
da re<strong>de</strong> na América<br />
Latina. pág. 48<br />
Preço afeta<br />
produção<br />
Crise econômica e novas formas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong><br />
imagens prejudicam negócios da produção <strong>de</strong><br />
comerciais no Brasil. Players da área também apontam<br />
problemas com aumento da concorrência e pressão<br />
das áreas <strong>de</strong> compras dos anunciantes. pág. <strong>28</strong><br />
Abscent84/iStock
NO BANCO ORIGINAL,<br />
TUDO ACONTECE<br />
MAIS RÁPIDO.<br />
ATÉ OS PRÊMIOS.<br />
Banco Original. Vencedor <strong>de</strong> dois prêmios<br />
no Marketing Best por toda sua inovação nos<br />
cases <strong>de</strong> lançamento do BANCO 100% DIGITAL<br />
e na realização da Arena Banco Original,<br />
espaço multiplataforma que reúne música,<br />
pensamento, cinema, teatro e gastronomia.<br />
100% DIGITAL<br />
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Você é original. Esse banco é seu.
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
o astro brilha<br />
semana foi generosa com Nizan Guanaes: convidado pelo presi<strong>de</strong>nte<br />
Temer, integrou-se ao Conselhão (Conselho <strong>de</strong> Desenvolvi-<br />
A<br />
mento Econômico e Social), ligado à Casa Civil da Presidência da República,<br />
e já na primeira reunião do órgão <strong>de</strong> assessoria pediu a palavra e<br />
conclamou o presi<strong>de</strong>nte Michel Temer a aproveitar o seu momento <strong>de</strong><br />
impopularida<strong>de</strong> e tomar as medidas enérgicas, geralmente impopulares,<br />
que o momento requer.<br />
Guanaes usou <strong>de</strong> uma imagem que <strong>de</strong>pois foi muito replicada nas mídias<br />
sociais, sobre o fato <strong>de</strong> a popularida<strong>de</strong> ser uma jaula que aprisiona<br />
os governantes.<br />
Recomendou então a Temer que abrisse a portinhola da jaula e soltasse<br />
o necessário lado impopular <strong>de</strong> todo presi<strong>de</strong>nte da República, sempre<br />
necessário quando se vive uma grave crise econômica com troca <strong>de</strong> governo<br />
no meio.<br />
Nessa mesma semana, a Scopen (ex-Grupo Consultores), empresa <strong>de</strong><br />
origem espanhola especialista em pesquisa <strong>de</strong> mercado, lançou a sua<br />
versão <strong>2016</strong> da pesquisa Agêncy Scope, tendo sido ouvidos nesse projeto<br />
405 anunciantes que respon<strong>de</strong>ram a diversas perguntas sobre agências<br />
e publicitários.<br />
Nizan Guanaes, fundador do Grupo ABC, que reúne as agências Africa,<br />
DM9, NewStyle, LDC, Tudo e Sunset, atingiu o primeiro lugar no<br />
quesito publicitário mais admirado. O resultado provocou comentários<br />
em off ao editorialista, com a maioria dos seus concorrentes elogiando<br />
a escolha e uma minoria criticando, como era <strong>de</strong> se esperar. Já faz<br />
tempo que Guanaes incomoda seus concorrentes, esforçando-se por<br />
se <strong>de</strong>stacar <strong>de</strong>ntro e fora da caixa. Temos para nós que ele criou um<br />
personagem, também chamado Nizan Guanaes, que faz o possível e o<br />
impossível para mostrar as qualida<strong>de</strong>s do verda<strong>de</strong>iro Nizan Guanaes,<br />
que <strong>de</strong> fato extrapola quando o assunto é comunicação.<br />
Ele não se restringe apenas ao seu trabalho, <strong>de</strong>ntro dos limites que lhes<br />
são impostos pelos clientes das agências do Grupo ABC. Ele tem muito<br />
presente na sua cabeça privilegiada que os responsáveis pelo marketing<br />
dos seus clientes-anunciantes atuais e futuros apreciam sua personalida<strong>de</strong>,<br />
sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abrir portas em busca <strong>de</strong> soluções para<br />
todo tipo <strong>de</strong> problema que ro<strong>de</strong>ia as empresas-clientes.<br />
Acompanhamos a carreira vencedora <strong>de</strong> Guanaes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os seus tempos<br />
<strong>de</strong> redator na Bahia, já um profissional brilhante no seu ofício, mas<br />
que tinha muito o que apren<strong>de</strong>r para acalmar suas inquietu<strong>de</strong>s.<br />
Ele não se furtou a isso, reconhecendo que a tarefa do próprio <strong>de</strong>senvolvimento<br />
passava pelo Rio e culminaria em São Paulo, “um verda<strong>de</strong>iro<br />
país”, como ele costuma dizer.<br />
Ainda escreveremos muito sobre ele neste espaço, pois sua carreira<br />
ainda tem um longo caminho a percorrer. Nem mesmo ele sabe exatamente<br />
qual. Po<strong>de</strong> ser o político, mas Roberto Justus, no mesmo dia<br />
da primeira reunião do Conselhão, adiantou-se a Nizan Guanaes e comentou,<br />
com parte da imprensa presente, que, se pu<strong>de</strong>r, tentará ser<br />
candidato à Presidência da República em 2018.<br />
Isso não anula uma eventual abertura no mesmo caminho para Guanaes.<br />
Afinal, o efeito João Doria Júnior ainda está muito presente não só no<br />
povo <strong>de</strong> São Paulo, como também em quase toda a população brasileira.<br />
A verda<strong>de</strong> é que o país precisa reformar a sua atual classe política, formada<br />
após a queda do regime militar e adquirente <strong>de</strong> vícios que contaminaram<br />
gran<strong>de</strong> parte dos seus integrantes.<br />
Se a hora chegou para João Doria Júnior, com uma surpreen<strong>de</strong>nte vitória<br />
no primeiro turno, que nem ele mesmo esperava, como chegou<br />
a nos confessar no dia seguinte à apuração, po<strong>de</strong> não significar um ato<br />
isolado <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> do eleitor. Ao contrário, po<strong>de</strong> indicar a saturação <strong>de</strong><br />
todos diante <strong>de</strong> políticos extremamente profissionais, com os melhores<br />
e piores sentidos que a palavra possa expressar.<br />
A porta po<strong>de</strong> então se abrir, se é que já não está aberta, não apenas para<br />
empresários famosos e bem-sucedidos da comunicação comercial (não<br />
confundir com a comunicação do entretenimento), como também para<br />
outros talentos dos <strong>de</strong>mais segmentos do mundo empresarial e, por<br />
que não, também dos setores <strong>de</strong> trabalhos individuais <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.<br />
A hora po<strong>de</strong> estar acenando também para os liberais, aqueles que <strong>de</strong>monstram<br />
distância dos corredores e conchavos políticos tradicionais,<br />
que o povo brasileiro já não mais suporta.<br />
***<br />
A nova ABA (Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes), presidida por Juliana<br />
Nunes, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos Corporativos, Sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
RH e Compliance da Brasil Kirin, e tendo como realizadora principal<br />
a também presi<strong>de</strong>nte-executiva da entida<strong>de</strong>, Sandra Martinelli, encontra-se<br />
em uma das melhores fases da sua vida comunitária.<br />
A entida<strong>de</strong> não para <strong>de</strong> realizar bons eventos, como foi o recente ABA<br />
Summit/SP, realizado em famoso hotel <strong>de</strong>sta capital (ver cobertura nesta<br />
edição). E nem bem finalizou (com sucesso) o evento, já anuncia outro<br />
nesta terça (29), no auditório do prédio Joaquim Távora da ESPM,<br />
abordando o ROI no novo contexto da mídia.<br />
Sandra Martinelli abrirá o seminário, apresentando Flavio Ferrari, diretor-geral<br />
<strong>de</strong> Media Measurement da GfK Brasil, parceira da ABA nesse<br />
evento. Ferrari abordará o sempre atual tema do retorno nos investimentos<br />
em comunicação. A mesa contará ainda com Marcelo Coutinho<br />
(FGV), Marco Antonio Nunes (Coca-Cola), Bárbara Toscano (LG) e Marco<br />
Fra<strong>de</strong>, do comitê <strong>de</strong> mídia da ABA. A mo<strong>de</strong>ração caberá a Fernanda<br />
Muradas, da GfK Brasil.<br />
***<br />
A regional <strong>de</strong> Brasília do Prêmio Colunistas, comandada por Fernando<br />
Vasconcelos, realizará a cerimônia <strong>de</strong> entrega dos prêmios aos vencedores<br />
<strong>de</strong>ste ano, no próximo dia 9, nos salões do Iate Clube local. O apoio<br />
<strong>de</strong> mídia <strong>de</strong>ssa regional é do Correio Braziliense e as a<strong>de</strong>sões à cerimônia<br />
po<strong>de</strong>rão ser feitas através dos telefones (61) 3964-1041 e 3964-0963.<br />
FraSeS<br />
“Não po<strong>de</strong>mos per<strong>de</strong>r nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos indignarmos”.<br />
(Jornal da Band, 21/11)<br />
“Que bom seria se só houvesse a Black Friday e nosso <strong>2016</strong><br />
não fosse Black Year”.<br />
(Enio Vergeiro, presi<strong>de</strong>nte da APP)<br />
“Precisamos transformar São Paulo em uma cida<strong>de</strong> linda.<br />
Sei que conseguiremos”.<br />
(João Doria Júnior, prefeito eleito <strong>de</strong> São Paulo)<br />
“<strong>de</strong>mocracia é o sistema político que faz com que as<br />
pessoas acreditem que, ao eleger o carteiro, terão<br />
controle sobre os rumos dos correios”.<br />
(Henrique Szklo, no livro <strong>de</strong> sua autoria<br />
“Você é criativo sim senhor!”, Editora Jaboticaba)<br />
“resgatamos um posicionamento <strong>de</strong> player que agrega negócio<br />
para o cliente, dando-lhe alta visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado”.<br />
(Jairo Soares, vice-presi<strong>de</strong>nte da Fischer, em <strong>de</strong>poimento à<br />
Revista Propaganda, outubro/16)<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 3
PRÊmioS<br />
Índice<br />
colunistas RS<br />
revela vencedores<br />
Escala conquistou o GP <strong>de</strong> Agência do Ano e o<br />
<strong>de</strong> Profissional, que ficou com o executivo João<br />
Miragem. Já o título <strong>de</strong> Publicitária do Ano<br />
foi para Lara Piccoli (foto), sócia da Morya. A<br />
Bendito é a Empresa <strong>de</strong> Design do Ano. Além<br />
<strong>de</strong>sse GP, duas profissionais da agência foram<br />
<strong>de</strong>staques na premiação. pág. 58<br />
conSumo<br />
Brasileiro muda<br />
perfil em casa<br />
Y&R, em parceria com a revista Casa<br />
Claudia, realizou pesquisa que aponta novo<br />
comportamento no hábito <strong>de</strong> morar. pág. 16<br />
<strong>28</strong><br />
cAPA<br />
Produtoras<br />
sofrem retração<br />
Setor foi afetado por prazos<br />
mais longos <strong>de</strong> pagamentos<br />
e redução <strong>de</strong> negócios.<br />
E, também, há diminuição<br />
do valor dos orçamentos.<br />
AGÊnciAS<br />
Grupo ABc assume<br />
a newStyle<br />
Alice Coutinho e Claudio Xavier <strong>de</strong>ixam<br />
a empresa em <strong>de</strong>zembro. Agência <strong>de</strong> live<br />
marketing faz parte do ABC, holding criada<br />
por Nizan Guanaes e Guga Valente, que será<br />
único sócio da operação. pág. 50<br />
entReviStA<br />
Brasilcap adota<br />
nova estratégia<br />
Elena Korpusenko, executiva <strong>de</strong> marketing<br />
da empresa <strong>de</strong> capitalização do Banco do<br />
Brasil, afirma que resultado <strong>de</strong> pesquisa<br />
conduziu a mudança na comunicação.<br />
Campanha que está no ar explora o lado<br />
humano do consumidor. pág. 18<br />
Jor na lis ta res pon sá vel<br />
Ar man do Fer ren ti ni<br />
Diretores<br />
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as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa riamen<br />
te a opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser<br />
con trá rias a ela.<br />
4 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
LDC.<br />
MAS PODE<br />
CHAMAR DE<br />
AGÊNCIA<br />
DA ADRIANA<br />
FAVARO.<br />
#ELSO<br />
,ODUCCA<br />
-ARIA%LENA<br />
,IOI<br />
'ERENTE%XECUTIVA<br />
DE-ÓDIA)NTEGRADA<br />
DA"2&OODS<br />
“VOTE NA ADRIANA,<br />
%,!¡-!)3$/15%<br />
5-!-°$)!<br />
EXCEPCIONAL.<br />
E PRECISAMOS DE<br />
PESSOAS ASSIM,<br />
@-!)3./-%2#!$/v<br />
h3 %%54%.(/<br />
!,'5-!$·6)$!<br />
!4¡(/*%02!15%-<br />
15%%5,)'/<br />
02!$2)v<br />
!NDRÏ<br />
0AESDE<br />
"ARROS0"<br />
#%/DA!MPFY<br />
h! $2)¡5-!-°$)!<br />
350%2-/$%2.!15%4%-<br />
02/&5.$)$!$%%3%<br />
DIFERENCIA NESTE PERÍODO<br />
$%42!.3&/2-!§/%-15%<br />
O MERCADO ESTÁ PASSANDO.v<br />
&ÉTIMA<br />
2ENDEIRO<br />
0RESIDENTEDO<br />
'RUPODE-ÓDIA2*<br />
“G RANDE PARCEIRA,<br />
SEMPRE DISPONÍVEL<br />
0!2!!*5$!2v<br />
VOTE<br />
ADRIANA<br />
FAVARO<br />
0ROlSSIONAL<br />
DEMÓDIA<br />
#ABORÏ<br />
WWW.<br />
LDC.AGENCY
conexões<br />
dos. Ficaram claros, no encontro,<br />
os <strong>de</strong>safios enfrentados pelas empresas<br />
anunciantes, que precisam<br />
estabelecer relação verda<strong>de</strong>ira<br />
e diálogo com os mais diferentes<br />
públicos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />
plataforma.”<br />
Paulo Leal<br />
Zoomin.TV Brasil<br />
São Paulo - SP<br />
Black Friday<br />
“É visível que o marketing tem trabalhado<br />
intensamente neste mês para<br />
tentar ajudar as lojas a recuperarem<br />
o fôlego em um ano <strong>de</strong> vendas tão<br />
ruins. Ainda assim, não parece que<br />
neste ano foi possível reverter a imagem<br />
<strong>de</strong> ‘black frau<strong>de</strong>’ na campanha<br />
brasileira. Não sei se é um problema<br />
apenas <strong>de</strong> comunicação ou <strong>de</strong> oferta<br />
<strong>de</strong> produtos mesmo.”<br />
Mariana Sant’Anna<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ<br />
enquete<br />
O PROPMARK online fez uma enquete para saber a opinião dos consumidores<br />
a respeito da Black Friday, que foi realizada no último dia 25. Confira como os<br />
leitores respon<strong>de</strong>ram à pergunta: “Você acha que, com a crise econômica, as<br />
vendas vão correspon<strong>de</strong>r às expectativas das marcas?”:<br />
Não. A Black Friday no Brasil tem fama negativa pelos falsos<br />
preços cobrados por algumas empresas em edições anteriores,<br />
36%<br />
o que fez a data per<strong>de</strong>r a credibilida<strong>de</strong>.<br />
Sim. A indústria está com gran<strong>de</strong>s estoques e essa é a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer bons <strong>de</strong>scontos e aumentar as vendas. 27%<br />
Não. O brasileiro está sem dinheiro e as pesquisas já mostram<br />
que as compras vão ser menores neste ano. Mesmo com os <strong>de</strong>scontos<br />
poucas pessoas vão comprar na data.<br />
22%<br />
Sim. A confiança do consumidor está maior porque ele apren<strong>de</strong>u<br />
a fiscalizar e agora está mais atento para realizar principalmente<br />
as compras<br />
15%<br />
online.<br />
última Hora<br />
ROBÔ<br />
A Elle <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro vai<br />
encerrar o ano com edição<br />
que aponta para o futuro da<br />
moda. A revista, que chega<br />
às bancas no próximo dia 2,<br />
faz um balanço das principais<br />
mudanças pelas quais vem<br />
passando a moda. Além disso,<br />
a capa vai estampar uma<br />
robô, em vez <strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>lo<br />
tradicional. Sophia é um<br />
dos projetos <strong>de</strong> inteligência<br />
artificial mais avançados no<br />
mundo, e protagonizou em<br />
Hong Kong, se<strong>de</strong> da startup<br />
que a concebeu, um ensaio<br />
que chama atenção pelo<br />
contraste evi<strong>de</strong>nciado pelo<br />
look romântico que veste,<br />
influenciado por tendências<br />
fortes como upcycling e<br />
handma<strong>de</strong>.<br />
DESAFIOS<br />
Na próxima quarta-feira<br />
ABA Summit<br />
“Parabenizo o PROPMARK pela excelente<br />
cobertura online do evento<br />
ABA Summit. Uma oportunida<strong>de</strong><br />
para os profissionais do mercado<br />
que não pu<strong>de</strong>ram estar presentes<br />
se atualizar dos assuntos discutidorinHo<br />
(30), a Ipsos realizará evento<br />
em São Paulo para tratar<br />
da dificulda<strong>de</strong> das marcas<br />
em garantir a atenção<br />
do consumidor a sua<br />
comunicação publicitária.<br />
A companhia vai apresentar<br />
também dados sobre como<br />
diferentes meios – TV, rádio,<br />
impresso e até internet –<br />
enfrentam <strong>de</strong>safios com um<br />
consumidor cada vez mais<br />
dividido entre múltiplos<br />
estímulos.<br />
DIREITO<br />
A ADVB (Associação dos<br />
Dirigentes <strong>de</strong> Vendas e<br />
Marketing do Brasil) completa<br />
60 anos e vai comemorar a<br />
data no próximo dia 8, em<br />
São Paulo, com palestra <strong>de</strong><br />
Janaína Paschoal. Ela vai falar<br />
sobre Aspectos Preventivos<br />
do Direito Penal nas Relações<br />
Corporativas.<br />
Facebook<br />
Post: “Anunciantes veem TV aberta<br />
como o meio mais eficiente”<br />
“O dualismo ‘bipolar’ da mídia!”<br />
Leopoldo José Dos Santos<br />
Post: Nizan Guanaes é o publicitário<br />
mais admirado pelos anunciantes<br />
“Enquanto o mercado <strong>de</strong> propaganda<br />
no Brasil continuar admirando os lí<strong>de</strong>res<br />
do mercado que em suas agências<br />
os funcionários precisam virar a<br />
noite trabalhando e chegar no outro<br />
dia cedo, trabalham aos sábados,<br />
domingos e feriados sem receber,<br />
sem <strong>de</strong>scanso, lazer, vida pessoal...<br />
profissionais continuarão saindo em<br />
massa para o exterior em busca <strong>de</strong><br />
um mercado que não escravize seus<br />
colaboradores. Só vemos os louros<br />
dos VPs, DCs, CEOs, mas ninguém<br />
fala dos cururus que estão no porão<br />
remando o barco e se afogando.<br />
João Candido<br />
“Hahahahahahaha”<br />
Epaminondas Paulino<br />
“Meu Deus. É do Sensacionalista essa<br />
matéria”<br />
Helena Passos<br />
Disqus (comentário no site<br />
<strong>de</strong> 19 a 25 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong>)<br />
Post: Renato Abdo chega à<br />
Disruption Comunicação<br />
“Sucesso!”<br />
Marli Martins<br />
Post: Nizan Guanaes é o publicitário<br />
mais admirado pelos anunciantes<br />
“Pelos publicitários também?”<br />
Mime Vian<br />
6 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
opinião<br />
Rawpixel/iStock<br />
Educação<br />
nunca<br />
é <strong>de</strong>mais<br />
Francisco rosa<br />
No ano passado conheci o Japão. Como já<br />
tinha ouvido <strong>de</strong> alguns amigos, aquilo<br />
é realmente outro mundo. A cultura é impressionante<br />
- diferente do que vemos com<br />
certa frequência na Europa, Estados Unidos<br />
e, claro, aqui no Brasil.<br />
As coisas são bem organizadas e as pessoas<br />
extremamente educadas. O povo japonês<br />
dá aula <strong>de</strong> respeito, gentileza e cordialida<strong>de</strong>.<br />
Seria tão bom se todos pu<strong>de</strong>ssem<br />
vivenciar isso algum dia! É um belo “intensivão”<br />
<strong>de</strong> como se <strong>de</strong>ve tratar as pessoas.<br />
Chega ao cúmulo <strong>de</strong> você abrir o mapa<br />
na rua e um japonês em<br />
questão <strong>de</strong> minuto encostar<br />
ao seu lado para ajudar,<br />
mesmo sem falar uma palavra<br />
<strong>de</strong> inglês. Vivi uma situação<br />
em uma estação <strong>de</strong> trem<br />
em que fui levado com toda<br />
simpatia do mundo até <strong>de</strong>ntro<br />
do vagão, porque estava<br />
parado por lá com cara <strong>de</strong><br />
perdido. Eles são <strong>de</strong>mais!<br />
“O pOvO japOnês<br />
dá aula <strong>de</strong><br />
respeitO,<br />
gentileza e<br />
cOrdialida<strong>de</strong>”<br />
Chegam até a tirar o som do toque do celular<br />
para não incomodar os outros. E se o<br />
telefone toca num trem? Eles vão entre os<br />
vagões para aten<strong>de</strong>r e não incomodar o vizinho<br />
<strong>de</strong> banco. Ninguém esbarra em ninguém,<br />
mas po<strong>de</strong> acontecer. E se isso por<br />
acaso acontece, ficam meia hora pedindo<br />
<strong>de</strong>sculpas!<br />
A organização das cida<strong>de</strong>s também é <strong>de</strong><br />
se tirar o chapéu. Quase não têm lixeiras<br />
nas ruas, porque os japoneses evitam ao<br />
máximo gerar lixo ou os <strong>de</strong>spejam em locais<br />
específicos para isso. E olha, dá até para<br />
<strong>de</strong>itar na rua <strong>de</strong> tão limpa que é.<br />
No banheiro não tem papel toalha, cada<br />
japonês tem uma toalhinha na bolsa para<br />
enxugar a mão, mas não é por frescura, é<br />
para não gerar resíduos.<br />
O que achei impressionante foi o fato <strong>de</strong><br />
todos terem um papel social importante,<br />
muito claro, <strong>de</strong> como cada um po<strong>de</strong> construir<br />
uma socieda<strong>de</strong> melhor. Está aí o x da<br />
questão. E por que estou falando tudo isso<br />
aqui? Pelo simples motivo <strong>de</strong> que seria um<br />
sonho se pudéssemos trazer um pouquinho<br />
<strong>de</strong>ssa cultura para o nosso mercado. E<br />
também para nosso país, claro.<br />
Tive treinamento da Hyper Island em<br />
que mostraram o case <strong>de</strong> uma equipe italiana<br />
<strong>de</strong> ciclismo que traçou a meta <strong>de</strong> melhoria<br />
<strong>de</strong> 1% em todo o processo, em simplesmente<br />
todos os <strong>de</strong>talhes. E<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um tempo esse mero<br />
1% <strong>de</strong> todas as partes fez com<br />
que se sagrassem campeões.<br />
Diante do que aprendi no Japão,<br />
e pensando no caminho<br />
que nosso mercado tem tomado<br />
nos últimos anos, além da meta<br />
da equipe <strong>de</strong> ciclismo, gostaria <strong>de</strong> fazer um<br />
<strong>de</strong>safio: melhorar não em 1%, mas sim em<br />
10% a forma como tratamos as pessoas.<br />
No trabalho e nas relações diárias. Mais<br />
respeito, cordialida<strong>de</strong> e tolerância. Esse é o<br />
foco! E o que isso impactaria na nossa rotina,<br />
nas tarefas do dia a dia? Tenho certeza<br />
<strong>de</strong> que todos se sentirão bem melhor, o trabalho<br />
e até a correria que enfrentamos por<br />
aqui seriam mais agradáveis. E se traçarmos<br />
essa meta todo ano? Acredito que as<br />
coisas melhorariam consi<strong>de</strong>ravelmente no<br />
longo prazo: no relacionamento interpessoal,<br />
profissional e na saú<strong>de</strong> e bem-estar.<br />
Enfim, não é nada complicado. 10% a<br />
mais <strong>de</strong> respeito, <strong>de</strong> paciência, <strong>de</strong> tolerância<br />
e cordialida<strong>de</strong> não é uma meta difícil <strong>de</strong><br />
ser batida. Tenho certeza que você tem metas<br />
mais ousadas aí na sua empresa.<br />
Francisco Rosa é diretor <strong>de</strong> mídia da Artplan em<br />
São Paulo e VP comercial do Grupo <strong>de</strong> Mídia<br />
francisco.rosa@artplan.com.br<br />
8 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Ainda <strong>de</strong> acordo com o<br />
executivo, as agências <strong>de</strong>veriam<br />
focar mais em criações<br />
para o mobile. “Continuamos<br />
apresentando anúncios <strong>de</strong> televisão<br />
no mobile e imaginando<br />
por que não funcionam.<br />
Diante <strong>de</strong>sse cenário, uma<br />
das coisas que estamos <strong>de</strong>senvolvendo<br />
no Teads Studio<br />
é transformar anúncios <strong>de</strong> TV<br />
em anúncios <strong>de</strong> maior engajamento<br />
no mobile”, falou ele.<br />
O CEO da Teads aposta<br />
em anunciantes alcançando<br />
uma audiência <strong>de</strong> TV <strong>de</strong> formErCadO<br />
Publicida<strong>de</strong> será “automontável”<br />
em tempo real, afirma CEO da Teads<br />
Emi Gal falou sobre o futuro da propaganda digital durante encontro<br />
realizado pelo IAB Brasil, na semana passada, que discutiu a mobilida<strong>de</strong><br />
Vinícius noVaes<br />
Emi Gal, CEO da Teads,<br />
acredita que a publicida<strong>de</strong><br />
no futuro será “automontável”<br />
em tempo real e sem nenhuma<br />
participação humana.<br />
“Será como uma espécie <strong>de</strong><br />
‘lego’ capaz <strong>de</strong> se automontar.<br />
A partir <strong>de</strong> gui<strong>de</strong>lines,<br />
imagens e ví<strong>de</strong>os, dados <strong>de</strong><br />
campanhas anteriores, será<br />
possível usar um algoritmo<br />
para criar um anúncio individualizado<br />
automaticamente”,<br />
afirmou.<br />
Ele foi um dos palestrantes<br />
do Mobilida<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, encontro<br />
que foi realizado pelo IAB (Interactive<br />
Advertising Bureau)<br />
Brasil no último dia 22, em<br />
São Paulo.<br />
O CEO da empresa <strong>de</strong> mídia<br />
programática em ví<strong>de</strong>o<br />
também acredita que ela será<br />
auto-otimizável. “O que acontecerá<br />
no futuro é que usaremos<br />
os diferentes dados para<br />
criar milhões <strong>de</strong> versões <strong>de</strong><br />
anúncios dinamicamente por<br />
meio <strong>de</strong> algoritmos, <strong>de</strong>finindo<br />
apenas a meta da campanha”,<br />
<strong>de</strong>stacou.<br />
Por fim, o executivo também<br />
aposta em anúncios interativos.<br />
“Na Teads Studio<br />
<strong>de</strong>senvolvemos elementos<br />
que permitem interagir com<br />
anúncios em ví<strong>de</strong>os e, no futuro<br />
próximo, será possível<br />
inclusive conversar com o<br />
anúncio”, disse.<br />
Gal acredita que os anunciantes<br />
serão cobrados somente<br />
<strong>de</strong>pois que pelo menos<br />
50% do ví<strong>de</strong>o foi visualizado<br />
por pelo menos 30 segundos<br />
no <strong>de</strong>sktop e 15 no mobile.<br />
“O recurso garante o máximo<br />
<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> no mercado e<br />
proporciona integração nativa<br />
entre dispositivos. Hoje<br />
você po<strong>de</strong> alcançar as pessoas<br />
individualmente, e conseguimos<br />
enxergar se a campanha<br />
está dando resultados para o<br />
anunciante ou não”, revelou.<br />
Emi Gal, CEO da Teads: hoje é possível alcançar as pessoas individualmente<br />
Divulgação<br />
ma mais personalizada. “O<br />
smartphone se tornou a principal<br />
tela que usamos e hoje<br />
cada um verifica a sua tela<br />
centenas <strong>de</strong> vezes por dia. Ao<br />
mesmo tempo, vejo que, apesar<br />
<strong>de</strong> as audiências estarem<br />
migrando para o mobile, os<br />
anúncios não mudaram tanto”,<br />
garantiu.<br />
CHINa<br />
Chen Yong, CEO do IAB China,<br />
também esteve presente<br />
no encontro. Ele falou sobre<br />
o cenário do mercado chinês<br />
“o que acontecerá<br />
no futuro é<br />
que usaremos<br />
os diferentes<br />
dados para criar<br />
milhões <strong>de</strong> versões<br />
<strong>de</strong> anúncios<br />
dinamicamente<br />
por meio <strong>de</strong><br />
algoritmos”<br />
<strong>de</strong> mobile e revelou que a<br />
maioria dos usuários móveis<br />
chineses (92,7%) acessa alguma<br />
re<strong>de</strong> wi-fi, o que acarreta<br />
um crescimento <strong>de</strong> 0,9 ponto<br />
percentual em relação ao ano<br />
anterior. Já o uso <strong>de</strong> 3G e 4G,<br />
disse ele, aumentou 2,9 pontos<br />
percentuais em um ano:<br />
92,7% dos usuários <strong>de</strong> telefonia<br />
celular acessam re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
banda larga móvel.<br />
Com 1,3 bilhão <strong>de</strong> habitantes<br />
e 710 milhões <strong>de</strong>les conectados<br />
à internet, a China possui<br />
656 milhões <strong>de</strong> usuários<br />
móveis. “56% da população<br />
chinesa é urbanizada. No Brasil<br />
é 85% e nos Estados Unidos,<br />
80,6%”, enfatizou Yong.<br />
“As cida<strong>de</strong>s chinesas próximas<br />
ao Oceano Pacífico são<br />
as mais urbanizadas e aquelas<br />
no interior ainda precisam<br />
crescer”, disse. Ele prevê que<br />
a China vai ter 800 milhões <strong>de</strong><br />
habitantes em áreas urbanas<br />
em 2020; e 900 milhões, em<br />
2030.<br />
Cris Camargo, diretora-<br />
-executiva do IAB Brasil, fez<br />
um balanço do encontro e<br />
resumiu a edição <strong>de</strong>ste ano<br />
em uma palavra: reapren<strong>de</strong>r.<br />
“A principal mensagem do<br />
evento foi a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reapren<strong>de</strong>r pela inconstância<br />
do ambiente mobile, que será<br />
sempre assim”, disse.<br />
10 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
mercado<br />
aBa e GfK <strong>de</strong>batem<br />
importância do roI<br />
Flávio Ferrari é um dos palestrantes<br />
do evento, que será realizado na ESPM<br />
Nesta terça-feira (29) a ABA<br />
(Associação Brasileira <strong>de</strong><br />
Anunciantes), em parceria com<br />
o instituto GfK, promove o Conexão<br />
e outros parâmetros: o<br />
ROI no novo contexto da mídia,<br />
na ESPM, em São Paulo. O encontro<br />
também discutirá como<br />
as transformações da mídia são<br />
um dos principais <strong>de</strong>safios para<br />
as empresas especializadas em<br />
pesquisa <strong>de</strong> mercado e como os<br />
consumidores estão cada vez<br />
mais criteriosos, velozes e dinâmicos.<br />
O painel Investimento em comunicação:<br />
o retorno <strong>de</strong>baterá<br />
se as abordagens clássicas para<br />
se chegar ao cálculo do ROI<br />
ainda são suficientes diante <strong>de</strong><br />
um cenário em transformação.<br />
Flávio Ferrari, diretor-geral <strong>de</strong><br />
medição <strong>de</strong> audiência da GfK<br />
Brasil, e Marcelo Coutinho, coor<strong>de</strong>nador<br />
do mestrado profissional<br />
em administração da<br />
FGV, preten<strong>de</strong>m provocar o público<br />
com o paralelo entre ROI,<br />
mídia quântica e comunicação<br />
fractal.<br />
“O objetivo <strong>de</strong>ssa provocação<br />
é promover um <strong>de</strong>bate sobre<br />
como po<strong>de</strong>mos construir,<br />
<strong>de</strong> forma colaborativa, as soluções<br />
<strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> resultados<br />
mais a<strong>de</strong>quadas às novas<br />
realida<strong>de</strong>s”, explica Ferrari.<br />
Fernanda Muradas, diretora-comercial,<br />
<strong>de</strong> marketing e<br />
client services da GfK Brasil,<br />
será mediadora do painel Tudo<br />
é ROI? Caminhos para construção<br />
do retorno frente às mudanças<br />
no mercado.<br />
Flávio Ferrari, que participa do painel sobre abordagens clássicas para o cálculo do ROI<br />
Divulgação<br />
curtas<br />
Fotos: Divulgação<br />
A re<strong>de</strong> Snack está em fase <strong>de</strong> lançamento dos seus dois primeiros<br />
licenciamentos, um cartão <strong>de</strong> débito com a ban<strong>de</strong>ira Master-<br />
Card com benefícios exclusivos para as fãs das meninas m Raissa<br />
Machado, Tata Estaniecki, Gabriela Rippi e Rachell Apollonio,<br />
apresentadoras do Nosso Canal. O Nosso Canal traz 4 playlists sobre<br />
o universo feminino, com dicas <strong>de</strong> beleza, <strong>de</strong>coração, moda,<br />
gastronomia, bem-estar e comportamento, e possui hoje cerca <strong>de</strong><br />
500 mil inscritos e 49 milhões <strong>de</strong> views. “Com tamanho sucesso, o<br />
Nosso Cartão surge como uma opção <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> débito pré-pago<br />
para que as seguidoras, meninas jovens que ainda não trabalham,<br />
mas querem ter um cartão só seu, possam fazer parte do time do<br />
Nosso Canal, afirma Nelsinho Botega, sócio-fundador da re<strong>de</strong> Snack.<br />
Flavia Pavanelli, que tem mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> inscritos no<br />
canal que leva seu nome na Snack, lança o livro S.O.S amor: para<br />
apaixonadas (ou <strong>de</strong>sesperadas), pela Gutenberg.<br />
A Record está <strong>de</strong> layout novo. Agora a emissora passa a se<br />
chamar Record TV e anunciou a novida<strong>de</strong> para os espectadores<br />
durante o Jornal da Record na última quinta-feira (24). A<br />
nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual foi modificada, assim como o slogan,<br />
que passa a ser Reinventar é a nossa marca. Além da tela, todo<br />
o mobiliário da emissora já sofreu a mudança estética. É a 19ª<br />
alteração da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca da re<strong>de</strong> mais antiga do país.<br />
A logomarca adota a cor prateada, rompendo a tradição <strong>de</strong> uso<br />
do azul, ver<strong>de</strong> e vermelho, combinação padrão nas transmissões<br />
<strong>de</strong> monitores, utilizada em vários logos da emissora <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a adoção da TV em cores no Brasil, no início dos anos 1970.<br />
A mudança está sendo realizada para consolidar a imagem da<br />
Record TV como uma emissora <strong>de</strong> vanguarda e multiplataforma,<br />
atrelada à televisão do futuro.<br />
12 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Marketing Best<br />
no Nor<strong>de</strong>ste,<br />
publicitária<br />
do ano no Sul.<br />
E propaganda<br />
que ven<strong>de</strong><br />
no Brasil todo.<br />
Inspirada por Fernando Carvalho, seu fundador há 60 anos, a Morya acredita que boa propaganda<br />
é a que dá resultados para seus clientes. E que uma agência <strong>de</strong>ve ser como o consumidor: on e off<br />
o tempo todo, em todo lugar. É esta história e esta visão <strong>de</strong> futuro que nos fizeram vencer o<br />
Marketing Best <strong>2016</strong> e ter a Lara Piccoli, nossa sócia em Porto Alegre, premiada no Colunistas como<br />
a Publicitária do Ano no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Conheça a Morya. Não é só o nome que é diferente.<br />
Porto Alegre RS • Mostar<strong>de</strong>iro 322, 11° andar<br />
Cep 90430 000 • 51 2117 8400<br />
Salvador BA • Av. Lafayete Coutinho 1010 • Bahia Marina<br />
Cep 40015 160 • 71 2105 7406<br />
associada<br />
Clientes <strong>de</strong> Porto Alegre: Floripa Shopping, Grupo RBS, Mahogany, Maiojama, Melnick Even Arcádia, Moinhos Shopping,<br />
Parceiros Voluntários, Piccadilly, PUCRS, Sicredi.<br />
Clientes <strong>de</strong> Salvador: Chesf, Ferreira Costa, Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias da Bahia, FIEB, Internacional Travessias, Ferry Boat,<br />
Le Biscuit, Água <strong>de</strong> Coco Obrigado, Salvador Shopping, Salvador Norte Shopping, Grupo GNC, Queiroz Galvão, JHSF,<br />
Moura Dubeux, Andra<strong>de</strong> Mendonça.
mErcado<br />
I<strong>de</strong>ntificar e falar com os novos<br />
públicos é <strong>de</strong>safio para as marcas<br />
ABA Summit, promovido pela Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes,<br />
reúne especialistas para <strong>de</strong>bater comunicação mais assertiva<br />
Fotos: Alê Oliveira<br />
Sandra Martinelli e Juliana Nunes: intenção do encontro realizado semana passada em São Paulo foi reforçar o posicionamento Marketing para transformar<br />
bárbara barbosa<br />
Sob o tema Novos Públicos,<br />
Novas Abordagens, a ABA<br />
(Associação Brasileira <strong>de</strong><br />
Anunciantes) reuniu o mercado<br />
em São Paulo, na semana<br />
passada, e trouxe para a<br />
discussão novas formas <strong>de</strong> se<br />
comunicar com uma audiência<br />
cada vez mais plural e, ao<br />
mesmo tempo, ainda não representada<br />
pela publicida<strong>de</strong>.<br />
Da geração Z à mulher empo<strong>de</strong>rada,<br />
vários públicos foram<br />
abordados.<br />
“A geração social não aceita<br />
mais empresas que não comunicam<br />
valores”, <strong>de</strong>stacou<br />
“O que acOntece é<br />
que se fala muitO<br />
sObre diversida<strong>de</strong><br />
e pOucO sObre<br />
inclusãO”<br />
o CEO e fundador da Zoomin.<br />
TV, Jan Riemens, que abriu o<br />
encontro com uma palestra<br />
sobre ví<strong>de</strong>o digital e o perfil<br />
da geração Z.<br />
O executivo lembra que<br />
atualmente um dos maiores<br />
<strong>de</strong>safios para as marcas é<br />
comunicar para a geração Z,<br />
aquela que não quer mais ser<br />
interrompida por anúncios.<br />
Embora seja uma realida<strong>de</strong>,<br />
essa característica não significa<br />
que os mais jovens ignorem<br />
a importância da publicida<strong>de</strong>.<br />
“As pessoas não têm problema<br />
com bran<strong>de</strong>d content.<br />
Elas sabem que conteúdo custa<br />
dinheiro, e elas não querem<br />
que seja o dinheiro <strong>de</strong>las. Está<br />
tudo bem para elas ter propaganda,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que isso não seja<br />
escondido <strong>de</strong>las e seja algo<br />
que entretenha, que ensine”,<br />
disse.<br />
Essa fórmula, <strong>de</strong> acordo<br />
com Riemens, ajudaria a reduzir<br />
o uso <strong>de</strong> adblockers.<br />
“Storytelling é o novo pre-<br />
-roll”, aposta. “Necessitamos<br />
<strong>de</strong> pessoas criativas para engajar<br />
a geração Z. Criativos são<br />
os novos editores”, acrescenta<br />
o executivo.<br />
EquIdadE<br />
Já na segunda parte do ABA<br />
Summit a discussão foi sobre<br />
14 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero e inclusão<br />
na publicida<strong>de</strong>. A proposta do<br />
painel foi respon<strong>de</strong>r à pergunta:<br />
“as conversas sobre mulheres<br />
e gêneros foram puro modismo?”<br />
Na opinião <strong>de</strong> Daniela<br />
Bogoricin, brand strategist do<br />
Twitter, não foi.<br />
“Não é modismo, na verda<strong>de</strong><br />
estamos abrindo espaço<br />
para falar disso”, disse. “O que<br />
acontece é que se fala muito<br />
sobre diversida<strong>de</strong> e pouco<br />
sobre inclusão. É mais importante<br />
incluir e enxergar a diversida<strong>de</strong><br />
do que enxergar a<br />
diversida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pois incluir”,<br />
opinou. Segundo Daniela, as<br />
empresas que têm olhar para<br />
diversida<strong>de</strong> são 35% mais lucrativas.<br />
A presi<strong>de</strong>nte da Kantar Brasil,<br />
Sonia Bueno, em sua apresentação,<br />
lembrou <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
para as marcas, entre<br />
elas, o olhar para o consumidor<br />
como centro da estratégia.<br />
Segundo a executiva, estudos<br />
do instituto <strong>de</strong> pesquisa mostram<br />
que o ROI (Return on Investment)<br />
<strong>de</strong> campanhas que<br />
valorizam a representativida<strong>de</strong><br />
é maior.<br />
Apesar disso, a maioria das<br />
marcas ainda não atua <strong>de</strong> forma<br />
inclusiva. Segundo estudo<br />
do Instituto Patrícia Galvão,<br />
por exemplo, 65% das mulheres<br />
não se sentem representadas<br />
pela publicida<strong>de</strong>.<br />
“Estamos per<strong>de</strong>ndo a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> falar com as mulheres”,<br />
ressaltou Carla Alzamora,<br />
diretora <strong>de</strong> Planejamento<br />
da Heads Propaganda e integrante<br />
da ONU Mulheres.<br />
Para se ter uma i<strong>de</strong>ia, estudo<br />
da Heads mostra que<br />
no Brasil apenas 1% das campanhas<br />
<strong>de</strong> televisão mostra<br />
mulheres <strong>de</strong> cabelos crespos,<br />
enquanto 62% dos comercias<br />
têm protagonistas <strong>de</strong> cabelos<br />
lisos. “Estamos reforçando<br />
mais estereótipos do que os<br />
quebrando”, falou Carla.<br />
Em <strong>de</strong>staque, Daniela Bogoricin, brannd strategist do Twitter, fala sobre igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gêneros e inclusão<br />
Jan Riemens, CEO e fundador da Zoomin.TV: propaganda precisa entreter e ensinar<br />
trIlhão<br />
O painel contou ainda com<br />
a participação <strong>de</strong> Renato Meirelles,<br />
sócio do Instituto Locomotiva,<br />
que apresentou<br />
Perfil da população 50+ no<br />
Brasil. Ele chamou <strong>de</strong> Clube<br />
do Trilhão a população acima<br />
dos 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, que representa<br />
um consumo acima<br />
<strong>de</strong> R$ 1 trilhão por ano. “Não<br />
esqueçam que existe amor no<br />
Excel. Desafio que todo profissional<br />
<strong>de</strong> marketing precisa<br />
ter no seu trabalho é não esquecer<br />
<strong>de</strong> olhar as pessoas”,<br />
argumentou Meirelles.<br />
Ao final das apresentações,<br />
esse painel teve como <strong>de</strong>batedores<br />
os conselheiros da<br />
ABA Alexandre Bouza, diretor<br />
<strong>de</strong> marketing do Grupo Boticário,<br />
e Beatriz Galloni, VP<br />
<strong>de</strong> marketing da Mastercard,<br />
além <strong>de</strong> Denise Figueiredo,<br />
diretora <strong>de</strong> marca & consumidor<br />
da Natura e também diretora<br />
da ABA.<br />
A presi<strong>de</strong>nte da ABA e VP<br />
“estamOs per<strong>de</strong>ndO<br />
a OpOrtunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> falar cOm as<br />
mulheres. estamOs<br />
refOrçandO mais<br />
Os estereótipOs dO<br />
que quebrandO-Os”<br />
<strong>de</strong> assuntos corporativos, sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
RH e compliance<br />
da Brasil Kirin, Juliana Nunes,<br />
fez a abertura do evento,<br />
ao lado <strong>de</strong> Sandra Martinelli,<br />
presi<strong>de</strong>nte-executiva da associação.<br />
Em conversa com o<br />
PROPMARK, Juliana disse que<br />
a i<strong>de</strong>ia da ABA, com o encontro,<br />
foi reforçar o posicionamento<br />
da associação, Marketing<br />
para transformar.<br />
“O nosso <strong>de</strong>safio maior, e<br />
constante, é conseguir sempre<br />
i<strong>de</strong>ntificar as tendências e<br />
trazê-las <strong>de</strong> uma forma traduzida<br />
para nossos associados e<br />
para todos os nossos públicos<br />
<strong>de</strong> relacionamento”, ressaltou.<br />
“Sem dúvida nenhuma,<br />
essa é uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trazer informação disruptiva,<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cifrar, traduzir e construir<br />
junto com nossos associados”,<br />
disse Juliana.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 15
mErcado<br />
Estudo revela publicitários mais<br />
admirados e tendências do mercado<br />
Pesquisa ouviu 405 executivos em trabalho <strong>de</strong> campo realizado pela<br />
Scopen, ex-Grupo Consultores, entre os meses <strong>de</strong> março e setembro<br />
Divulgação<br />
Cesar Vacchiano, Paula Ribeiro e Fre<strong>de</strong>ric Messina (em pé) encerram, nesta semana, as apresentações às agências do estudo Agency Scope <strong>2016</strong>: cresce verba para ações digitais<br />
Paulo Macedo<br />
Com campo iniciado em março<br />
e encerrado em setembro,<br />
a pesquisa Agency Scope<br />
<strong>2016</strong>, que chega à sua sexta edição,<br />
aponta tendências como o<br />
crescimento dos orçamentos <strong>de</strong><br />
comunicação digital e <strong>de</strong>clarada<br />
preferência dos anunciantes<br />
por agências com serviços integrados<br />
como publicida<strong>de</strong>, live<br />
marketing, CRM e digital. A<br />
base do estudo é uma amostra<br />
que envolveu 405 profissionais<br />
<strong>de</strong> 372 empresas, como Ambev,<br />
Nestlé, Samsung, LG e C&A,<br />
por exemplo, dos quais 6,8%<br />
presi<strong>de</strong>ntes e 61,4% entre diretores<br />
e gerentes <strong>de</strong> marketing,<br />
304 publicitários e 42 executivos<br />
da área <strong>de</strong> procurement.<br />
O investimento nos canais<br />
digitais teve elevação <strong>de</strong> 7% em<br />
relação a 2014. Há dois anos o<br />
volume era <strong>de</strong> 22,3% e neste ano<br />
chegou a 29,1%. O Brasil é o segundo<br />
por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za<br />
entre os 12 que a consultoria estratégica<br />
Scopen, que tem se<strong>de</strong><br />
na Espanha, lista no ranking<br />
<strong>de</strong> verbas digitais - que não inclui<br />
os Estados Unidos, on<strong>de</strong><br />
não tem escritório. O 1º posto<br />
é da Inglaterra, com 31,3%; em<br />
3º está a Espanha, com 27,4%;<br />
em 4º a Argentina, com 25,6%;<br />
e em 5º a China, com 25,4%. O<br />
share global é <strong>de</strong> 24%.<br />
A análise da Scopen sobre o<br />
aporte nos canais tradicionais<br />
<strong>de</strong>staca queda sobre a pesquisa<br />
<strong>de</strong> 2014, quando o percentual<br />
era <strong>de</strong> 53% - em <strong>2016</strong> é <strong>de</strong><br />
46,3%. “É um movimento que<br />
“Cada vez mais os<br />
anunCiantes vão<br />
querer trabalhar<br />
Com forneCedor<br />
úniCo”<br />
16 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
faz sentido para as empresas”,<br />
resume Cesar Vacchiano, diretor<br />
e fundador da Scopen. Já a<br />
área <strong>de</strong> live marketing se manteve<br />
estável, com market share<br />
<strong>de</strong> 24,6% dos orçamentos<br />
<strong>de</strong> marketing, contra 24,7% há<br />
dois anos. Veiculações em TVs,<br />
jornais, revistas, rádios, cinema<br />
e mídia exterior nos países<br />
on<strong>de</strong> a Scopen está presente<br />
concentram 48,7% das verbas<br />
dos anunciantes. O maior índice<br />
é o do Chile, com 62%; seguido<br />
<strong>de</strong> México, com 55,7%;<br />
Argentina, com 52,8%; e África<br />
do Sul, com 52,2%.<br />
Como trabalha atualmente<br />
com suas agências? No futuro,<br />
com que tipo <strong>de</strong> agência gostaria<br />
<strong>de</strong> trabalhar? As respostas<br />
dos 351 executivos da amostra<br />
<strong>de</strong> 405 nomes mostram que<br />
tendência é ter fornecedor <strong>de</strong><br />
comunicação com serviços integrados.<br />
50,9% já usam agências<br />
multidisciplinares, mas<br />
para 57,8% é um <strong>de</strong>sejo factível.<br />
“Cada vez mais os anunciantes<br />
vão querer trabalhar com fornecedor<br />
único. As especialistas<br />
estão per<strong>de</strong>ndo terreno e um<br />
dos motivos é a otimização <strong>de</strong><br />
processos”, diz Vacchiano.<br />
A porcentagem <strong>de</strong> investimentos<br />
em comunicação relacionados<br />
a vendas mostra que,<br />
para cada R$ 100,00 gastos pelos<br />
consumidores, os anunciantes<br />
<strong>de</strong>stinam 3,45% à mídia no<br />
Brasil, o maior entre os países<br />
pesquisados pela Scopen. A<br />
Espanha concentra 3,04% e o<br />
México apenas 0,95%. O share<br />
global é <strong>de</strong> 2,57%. “A crise alterou<br />
a forma <strong>de</strong> olhar o mercado<br />
e os chamados mo<strong>de</strong>los emergentes,<br />
sobre a publicida<strong>de</strong><br />
tradicional, começam a ter <strong>de</strong>staque”,<br />
observa Paula Ribeiro,<br />
diretora do estudo brasileiro. 32<br />
agências adquiriram a pesquisa<br />
e as apresentações serão encerradas<br />
em <strong>de</strong>zembro.<br />
os mais admirados<br />
A Agency Scope <strong>2016</strong> também<br />
trouxe os executivos mais<br />
admirados pelo mercado. Eduardo<br />
Tracanella, superinten<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> marketing institucional<br />
do Banco Itaú, por exemplo,<br />
foi o profissional do segmento<br />
mais admirado do Brasil. Daniela<br />
Cachich, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
da divisão <strong>de</strong> alimentos da Pepsico,<br />
aparece em segundo lugar<br />
na apuração, que contou com<br />
votos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 700 profissionais<br />
<strong>de</strong> agências e anunciantes,<br />
Nizan Guanaes é o mais admirado entre os anunciantes consultados pela pesquisa<br />
Alê Oliveira<br />
Divulgação<br />
Eduardo Tracanella, diretor <strong>de</strong> marketing do Itaú, no topo da lista dos mais admirados<br />
“a Crise alterou<br />
a forma <strong>de</strong> olhar<br />
o merCado e os<br />
Chamados mo<strong>de</strong>los<br />
emergentes<br />
Começam a ter<br />
<strong>de</strong>staque”<br />
mas pelo trabalho realizado<br />
quando esteve à frente na Heineken.<br />
Fernando Chacon, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> marketing do Itaú,<br />
está em terceiro lugar, e João<br />
Ciaco, head <strong>de</strong> brand marketing<br />
communication da FCA (Fiat<br />
Crysler Automotive) Latam, em<br />
quarto. Paula Na<strong>de</strong>r, diretora<br />
da Esfera Santan<strong>de</strong>r, ocupa a<br />
quinta posição no estudo. Paula<br />
Lin<strong>de</strong>rberg, diretora <strong>de</strong> marketing<br />
da Ambev, está em sexto; e<br />
em sétimo está Tatiana Ponce,<br />
diretora <strong>de</strong> marketing da Nivea.<br />
Em oitavo ficaram Fernando<br />
Julianelli, diretor <strong>de</strong> marketing<br />
da Mitsubishi, e Adriana Knackfuss,<br />
da Coca-Cola. A pesquisa,<br />
que tem operações em 12 países,<br />
é li<strong>de</strong>rada por Vacchiano,<br />
Fred Messina e Paula Ribeiro.<br />
Fundador do Grupo ABC,<br />
que <strong>de</strong>tém marcas como Africa,<br />
DM9DDB, NewStyle, Tudo,<br />
LDC e Sunset, o publicitário<br />
Nizan Guanaes, assegurou o<br />
primeiro lugar na pesquisa<br />
como o profissional <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
mais admirado pelos<br />
405 anunciantes. Na segunda<br />
posição aparece Eco Moliterno,<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação<br />
da Africa; Marcello Serpa (ex-<br />
-sócio da AlmapBBDO) ocupa o<br />
terceiro posto. Hugo Rodrigues,<br />
presi<strong>de</strong>nte da Publicis Brasil, e<br />
Washington Olivetto, chairman<br />
da WMcCann, divi<strong>de</strong>m o quarto<br />
lugar. Em sexto, Fabio Fernan<strong>de</strong>s,<br />
presi<strong>de</strong>nte e diretor-geral<br />
<strong>de</strong> criação da F/Nazca S&S. Em<br />
sétimo está Igor Puga, diretor<br />
<strong>de</strong> marketing do Banco Santan<strong>de</strong>r,<br />
e em oitavo, Andre Kassu,<br />
sócio da Crispin Porter + Bogusky.<br />
Luiz Fernando Musa, CEO da<br />
Ogilvy, ocupa o nono lugar; Gal<br />
Barradas, da BETC, o décimo.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 17
“<br />
ElEna KorpusEnKo<br />
EntrEvista<br />
QuErEmos<br />
vEndEr<br />
algo QuE o<br />
cliEntE QuEr<br />
“<br />
Elena Korpusenko, gerente-executiva <strong>de</strong><br />
marketing, comunicação e responsabilida<strong>de</strong><br />
social da Brasilcap, diz, na entrevista a<br />
seguir, que se surpreen<strong>de</strong>u, positivamente,<br />
ao <strong>de</strong>scobrir que explorar o lado humano do<br />
consumidor, essencialmente, os projetos <strong>de</strong> vida<br />
<strong>de</strong>le, dá muito resultado. A empresa, holding do BB<br />
Segurida<strong>de</strong>, que comercializa títulos <strong>de</strong> capitalização<br />
do Banco do Brasil, fez pesquisa e <strong>de</strong>scobriu <strong>de</strong>talhes<br />
do perfil do brasileiro que sequer imaginava. O<br />
estudo levou a companhia a mudar a estratégia <strong>de</strong><br />
comunicação e está no ar com nova campanha.<br />
Claudia Penteado<br />
Há muitos mitos em torno <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong><br />
capitalização?<br />
Sim. Muitos não compreen<strong>de</strong>m<br />
o que é o produto. Há críticas na<br />
mídia, é consi<strong>de</strong>rado um “investimento<br />
ruim”, que não ren<strong>de</strong>. O<br />
que ninguém percebe é que o produto<br />
nunca foi posicionado como<br />
investimento. O título <strong>de</strong> capitalização<br />
é um produto <strong>de</strong> educação<br />
financeira, <strong>de</strong> guardar dinheiro e,<br />
<strong>de</strong> quebra, participar <strong>de</strong> sorteios.<br />
Po<strong>de</strong>-se recorrer a ele quando se<br />
precisa <strong>de</strong> algum dinheiro. O brasileiro<br />
tem o perfil <strong>de</strong> não conseguir<br />
guardar dinheiro. Isso apareceu<br />
numa pesquisa enorme que<br />
fizemos recentemente para lançar<br />
os novos produtos. A cada três ou<br />
quatro anos lançamos uma nova<br />
família <strong>de</strong> produtos. Essa pesquisa<br />
nos mostrou claramente que o brasileiro<br />
não sabe guardar dinheiro,<br />
em qualquer faixa salarial, baixa<br />
ou alta. Tem muita gente que associa<br />
isso aos tempos <strong>de</strong> alta inflação<br />
vividos no passado, mas isso tem<br />
<strong>de</strong> mudar. Empresas <strong>de</strong> capitalização<br />
como Brasilcap têm esse papel<br />
educacional.<br />
O que mais mostrou essa pesquisa?<br />
A pesquisa foi realizada durante<br />
três meses, em três estados. Foi<br />
uma “quali” complexa, e <strong>de</strong>scobrimos<br />
tantas verda<strong>de</strong>s que sequer<br />
imaginávamos. Sempre achamos,<br />
por exemplo, que o foco da comunicação<br />
<strong>de</strong>veria estar nos sorteios,<br />
que costumam estar vinculados a<br />
sonhos grandiosos, como ter um<br />
iate, algo como ganhar na Megasena.<br />
Mas e os projetos <strong>de</strong> vida? As<br />
coisas reais como reformar o quarto,<br />
fazer a festa <strong>de</strong> formatura do filho,<br />
a festa <strong>de</strong> 15 anos da filha, uma<br />
viagem? O que <strong>de</strong>scobrimos através<br />
da pesquisa é que as pessoas hoje<br />
em dia estão fazendo títulos <strong>de</strong> capitalização<br />
para realizar projetos <strong>de</strong><br />
vida e não gran<strong>de</strong>s sonhos. Ganhar<br />
um prêmio no meio do caminho<br />
po<strong>de</strong> ser maravilhoso, mas não é<br />
essa a principal razão da compra do<br />
título. Com base nisso, foi criada a<br />
campanha da nossa nova família<br />
<strong>de</strong> produtos, que fala na realização<br />
<strong>de</strong> planos. Mudamos o foco dos<br />
sorteios e prêmios, que são consi<strong>de</strong>rados<br />
como algo bem-vindo,<br />
claro, mas não é o que ven<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fato o produto. A pesquisa também<br />
nos ajudou a criar um produto que<br />
reflete as necessida<strong>de</strong>s atuais dos<br />
clientes: um título que, no lugar<br />
<strong>de</strong> sortear poucos prêmios milionários,<br />
sorteia mais prêmios, em<br />
valores menores – contemplando<br />
mais pessoas. Também reduzimos<br />
o tíquete <strong>de</strong> pagamento mensal. No<br />
nosso portfólio, meta<strong>de</strong> eram produtos<br />
<strong>de</strong> pagamento imediato, que<br />
trazem resultados no mesmo momento<br />
para a empresa. Este ano,<br />
pensamos naquilo que os clientes<br />
<strong>de</strong> fato querem. Outra constatação:<br />
o resgate antecipado não é malvisto<br />
pelos clientes, porque, por mais<br />
que ele perca uma parte do dinheiro,<br />
ele consegue resolver um problema<br />
pontual, e isso é consi<strong>de</strong>rado<br />
muito importante.<br />
Como vocês se comunicam com clientes<br />
além da publicida<strong>de</strong>? Investem em<br />
re<strong>de</strong>s sociais ou call center?<br />
Percebemos que o cliente ainda<br />
sentia falta <strong>de</strong> informações, por<br />
isso passamos a investir mais em<br />
informações e contato, principalmente<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais. E não fizemos<br />
isso para ganhar seguidores,<br />
atingir números, nada disso. Desafogamos<br />
o call center e estamos<br />
conseguindo respon<strong>de</strong>r perguntas<br />
em 24 horas, com raras exceções.<br />
E criamos um blog <strong>de</strong> educação<br />
financeira. Para ser lúdico, simplificar<br />
o tema, chama-se Zero perrengue.<br />
Para as pessoas apren<strong>de</strong>rem a<br />
se planejar financeiramente e não<br />
passarem perrengue. Fizemos um<br />
soft launch para testar o projeto<br />
no fim <strong>de</strong> agosto e estamos aprimorando.<br />
O conteúdo é feito pela<br />
nossa equipe. Não temos um blogueiro<br />
e nos surpreen<strong>de</strong>mos com o<br />
interesse das pessoas e a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> acessos. Há uma parte gran<strong>de</strong><br />
no blog sobre sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
causar menor impacto ao meio ambiente,<br />
além das dicas financeiras.<br />
Falamos também <strong>de</strong> coisas como<br />
um produto incrível que temos e<br />
pouca gente conhece: o Capfiador,<br />
<strong>de</strong> garantia locatícia, que substitui<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um fiador para<br />
alugar imóveis. Muita gente como<br />
eu, inclusive, não tem fiador. Como<br />
faz? Gran<strong>de</strong>s empresas, como a<br />
nossa, po<strong>de</strong>m ajudar a tornar o<br />
tema finanças mais acessível.<br />
A Brasilcap é lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sse mercado?<br />
Esse é um dado muito interessante.<br />
Este ano foi muito diferente<br />
<strong>de</strong> todos e mudamos isso. Completamos<br />
21 anos, sendo 20 lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
faturamento do setor. Do ano passado<br />
para cá, <strong>de</strong>pois que começamos<br />
a fazer muitas análises do que<br />
vem ocorrendo no segmento, <strong>de</strong>ntro<br />
da nossa estratégia <strong>de</strong> foco no<br />
cliente, questionamos aquilo que<br />
a empresa <strong>de</strong> fato precisava. Será<br />
que precisava <strong>de</strong> faturamento? Ou<br />
precisamos <strong>de</strong> resultados? Faturamento<br />
nem sempre é lucro. Nossa<br />
guinada foi estabelecer como meta<br />
não o faturamento, mas o lucro.<br />
Como fazer isso? Criando produtos<br />
mais interessantes para os clientes,<br />
e assim aumentar a nossa margem<br />
<strong>de</strong> lucros e melhores resultados.<br />
Aumentamos nosso lucro líquido<br />
com a mudança <strong>de</strong> estratégia, crescendo<br />
125% em época <strong>de</strong> crise. Mas<br />
saímos do primeiro lugar <strong>de</strong> faturamento<br />
(agora ocupado pelo Bra<strong>de</strong>sco).<br />
Porque vimos na pesquisa<br />
que o cliente quer produtos parcelados,<br />
<strong>de</strong> pagamento mensal e<br />
não <strong>de</strong> pagamento único. O cliente<br />
prefere ir acumulando aos poucos,<br />
assim o valor percebido do título<br />
é maior. Isso naturalmente muda<br />
os resultados imediatos <strong>de</strong> faturamento.<br />
Somos lí<strong>de</strong>res em reserva<br />
financeira, o que, para nós, é muito<br />
mais importante e é essencial para<br />
o nosso tipo <strong>de</strong> produto. Sabemos<br />
que nossa estratégia atual aten<strong>de</strong> o<br />
cliente, aten<strong>de</strong> ao planejamento a<br />
longo prazo, é inteligente. Não corremos<br />
mais para ser primeiro lugar<br />
em faturamento. Vamos ser mais<br />
inteligentes e aten<strong>de</strong>r o que as pessoas<br />
querem.<br />
Quanto a empresa dá em prêmios, em<br />
geral, por ano? Há histórias curiosas?<br />
As pessoas ganham toda semana.<br />
Do início do ano até agora a<br />
Brasilcap sorteou R$ 270 milhões<br />
em prêmios. Saem gran<strong>de</strong>s, pequenos,<br />
médios. O prêmio máximo que<br />
o mercado <strong>de</strong> capitalização já sorteou<br />
foi da nossa empresa. No ano<br />
passado criamos, para comemorar<br />
nossos 20 anos, um título <strong>de</strong> capi-<br />
18 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
talização especial <strong>de</strong> seis meses,<br />
<strong>de</strong> R$ 20 milhões. O máximo que<br />
havia no mercado até então era <strong>de</strong><br />
R$ 10 milhões. Quem ganhou foi<br />
uma pessoa do interior <strong>de</strong> Minas<br />
Gerais, <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>zinha <strong>de</strong> 20<br />
mil habitantes, <strong>de</strong> origem humil<strong>de</strong>.<br />
Essa pessoa estava morando nos<br />
Estados Unidos – foi tentar a vida<br />
lá e mandava dinheiro para a família<br />
mensalmente. Numa das visitas<br />
<strong>de</strong>le, comprou o título <strong>de</strong> capitalização<br />
por sugestão do gerente do<br />
banco. Ele nem sabia muito bem o<br />
que era. Quando o gerente da agência<br />
ligou para ele, nos Estados Unidos,<br />
para dar a notícia ele <strong>de</strong>sligou<br />
três vezes, achando que era trote.<br />
Mas o que mais surpreen<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong>,<br />
não são os prêmios milionários,<br />
mas os pequenos. Pessoas que<br />
ganham R$ 15 mil, R$ 20 mil. São<br />
pessoas que se emocionam por po<strong>de</strong>r<br />
realizar projetos mais comuns.<br />
Os gerentes empurram esses títulos<br />
para “cumprir cota”. Isso não atrapalha<br />
a credibilida<strong>de</strong>?<br />
Sim, em geral os títulos são vendidos<br />
no balcão dos bancos. E isso<br />
tem prós e contras. O Banco do Brasil<br />
é uma força <strong>de</strong> vendas incrível.<br />
Muitas vezes o título foi vendido<br />
no “empurrômetro”, estilo venda<br />
casada <strong>de</strong> gerente <strong>de</strong> agências. Isso<br />
já existiu, claro. Mas isso ocorre<br />
quanto se tem produtos que não<br />
interessam aos clientes. Se o produto<br />
é interessante, se o cliente<br />
conhece os benefícios, se ele é bem<br />
vendido, não precisa empurrar. O<br />
cliente vai querer comprá-lo. Essa<br />
é a gran<strong>de</strong> diferença que queremos<br />
fazer com essa nova família <strong>de</strong> produtos.<br />
Queremos ven<strong>de</strong>r algo que o<br />
cliente quer. Nosso <strong>de</strong>partamento<br />
comercial está dando treinamento<br />
para a força <strong>de</strong> vendas do banco.<br />
Produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ajudam<br />
muito. Nossa pesquisa foi apresentada<br />
no Banco do Brasil, fez parte<br />
da nossa estratégia.<br />
“A pesquisA<br />
tAmbém nos<br />
Ajudou A<br />
criAr um<br />
produto que<br />
reflete As<br />
necessidA<strong>de</strong>s<br />
dos clientes”<br />
Divulgação<br />
Como a crise afeta esse mercado?<br />
Não ajuda. Creio que se não<br />
fosse pela nossa nova estratégia,<br />
os resultados <strong>de</strong> <strong>2016</strong> não teriam<br />
sido tão bons quanto foram. Com<br />
a crise, as pessoas não querem se<br />
comprometer com produtos que<br />
exigem pagamentos <strong>de</strong> longo prazo,<br />
pois elas não sabem se amanhã<br />
estarão trabalhando. No novo portfólio<br />
<strong>de</strong> produtos, também pensamos<br />
nisso, aumentando o tempo<br />
<strong>de</strong> caducida<strong>de</strong>. Antigamente, se<br />
uma pessoa não pagasse a mensalida<strong>de</strong><br />
um ou dois meses, perdia o<br />
título, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> receber um percentual<br />
do dinheiro investido <strong>de</strong><br />
volta. Agora, o tempo é <strong>de</strong> um ano.<br />
Se algo acontece, ela po<strong>de</strong> parar os<br />
pagamentos por até um ano. Não<br />
concorre aos prêmios, mas po<strong>de</strong><br />
retomar os pagamentos quando<br />
a situação melhorar. Isso é único<br />
entre os nossos concorrentes. Uma<br />
das consequências da crise é o aumento<br />
da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resgates,<br />
algo que estamos vendo agora. As<br />
pessoas estão usando seus títulos<br />
para pagar emergências.<br />
Como andam os investimentos em publicida<strong>de</strong>?<br />
Muitas pessoas nos associam<br />
ao Banco do Brasil, mas não temos<br />
esse nível <strong>de</strong> verba. Tradicionalmente<br />
trabalhamos com uma das<br />
três agências que aten<strong>de</strong>m ao banco:<br />
Master, Giacometti ou Lew’Lara. Em<br />
agosto, excepcionalmente, fizemos<br />
uma concorrência e contratamos a<br />
Agência3, que tem nos ajudado na<br />
concepção dos nossos produtos e na<br />
campanha que acabamos <strong>de</strong> lançar,<br />
cujo conceito é dizer que perguntas<br />
não realizam planos. É preciso agir,<br />
realizá-los. Desta vez investimos<br />
bastante em rádio. Este ano não tivemos<br />
verba para TV. Rádio nos dá<br />
cobertura nacional, temos revistas e<br />
jornais. Mas mais do que ter gran<strong>de</strong>s<br />
verbas, o que conta mais é a liberda<strong>de</strong><br />
para inovar. E isso nós temos.<br />
Empresa que quer sobreviver tem<br />
<strong>de</strong> pensar no futuro, inclusive nos<br />
jovens <strong>de</strong> hoje, que são nossos consumidores<br />
<strong>de</strong> amanhã.<br />
“não<br />
corremos<br />
mAis pArA<br />
ser primeiro<br />
lugAr em<br />
fAturAmento”<br />
Como é trabalhar em um mercado único<br />
no mundo?<br />
Isso é um gran<strong>de</strong> diferencial:<br />
capitalização só existe no Brasil. É<br />
um produto com a cara do mercado<br />
latino-americano. Antigamente,<br />
tinha uma conotação maior <strong>de</strong><br />
“loteria”. Não temos on<strong>de</strong> nos espelhar,<br />
precisamos nos reinventar<br />
o tempo todo. É pesquisar. A próxima<br />
que faremos cobre um produto<br />
<strong>de</strong> nicho, sobre o qual ainda não<br />
posso falar. Não po<strong>de</strong>mos viver <strong>de</strong><br />
achismos. O <strong>de</strong>safio é colocar vida<br />
em um produto frio. Ao satisfazer<br />
clientes, teremos como consequência<br />
lucro e fi<strong>de</strong>lização.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 19
we<br />
mkt<br />
MFIlustra<br />
Como é bonito<br />
o Paraguai...<br />
“Deus é injusto, pois criou sérios<br />
limites à inteligência dos homens,<br />
mas nenhuma à sua burrice”.<br />
Konrad A<strong>de</strong>nauer<br />
FRANCISCO AlbeRtO MAdIA <strong>de</strong> SOuzA<br />
Voltamos a ouvir a música, lembra? Se<br />
você tem menos <strong>de</strong> 50 não <strong>de</strong>ve se lembrar:<br />
“Don<strong>de</strong> estas ahora cuñatai, Que tu<br />
suave canto no llega a mi, Don<strong>de</strong> estas ahora?<br />
Mi ser te añora com frenesi...”.<br />
No início eram as sacoleiras que atravessavam<br />
a ponte. Iam e voltavam carregadas<br />
<strong>de</strong> tranqueiras. Muitas assaltadas nas madrugadas<br />
dos ônibus carregados <strong>de</strong> muamba.<br />
Agora são os industriais sacoleiros. Que<br />
em suas sacolas levam fábricas completas.<br />
Produzem lá e ven<strong>de</strong>m aqui, legalmente.<br />
Mais e melhor. Não tão ótimo como as indústrias<br />
<strong>de</strong> cigarro, que pertencem ao presi<strong>de</strong>nte<br />
daquele país e caminham para <strong>de</strong>ter<br />
50% <strong>de</strong> todo o consumo <strong>de</strong> cigarro do Brasil,<br />
via contrabando. Mas esse é outro assunto.<br />
O fato é que o parque industrial brasileiro,<br />
nesse ritmo, brevemente se mudará para<br />
o Paraguai. Dentre as infinitas, irresistíveis<br />
e irrefutáveis razões, o <strong>de</strong>poimento do empresário<br />
Zenildo Costa, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ver<br />
falir sua fábrica <strong>de</strong> aventais <strong>de</strong>scartáveis no<br />
Brasil, mudou-se e prospera no país vizinho:<br />
“Se fosse no Brasil, a energia elétrica custaria<br />
70% mais caro, o funcionário custaria<br />
o dobro e a matéria-prima estaria pagando<br />
35% <strong>de</strong> impostos para importar da China”.<br />
O melhor mo<strong>de</strong>lo Parasil ou Brasilguai,<br />
segundo Sarah Saldanha, gerente <strong>de</strong> internacionalização<br />
da CNI (Confe<strong>de</strong>ração Nacional<br />
da Indústria), é a Integração Produtiva.<br />
“As empresas brasileiras têm encontrado no<br />
Paraguai uma ambiência interessante para<br />
<strong>de</strong>senvolver a Integração Produtiva, ou seja,<br />
manter suas operações no Brasil e fortalecer<br />
essas operações no que diz respeito ao <strong>de</strong>sign,<br />
inteligência do processo produtivo, e<br />
produzir, finalizar o produto no Paraguai”.<br />
E, claro, ven<strong>de</strong>r on<strong>de</strong> existe mercado: o<br />
Brasil! Não é ultramegassuperbrite inteligente?<br />
Só nós que não acordamos... Em to-<br />
das as palestras que faço pelo Brasil sobre<br />
branding, logo no início, exibo em um sli<strong>de</strong><br />
50 das marcas mais respeitadas em todo o<br />
país. Dou um tempo e pergunto, “<strong>de</strong>ntre todas<br />
essas marcas, qual mexeu mais com vocês?”.<br />
E todos os presentes, com raríssimas<br />
exceções, urram: Estrela!<br />
Pois é, dia <strong>de</strong>sses, na Folha, Carlos Tilkian,<br />
controlador e presi<strong>de</strong>nte da Estrela,<br />
anunciou que parte da empresa está se mudando<br />
para o Paraguai. “O Brasil nunca teve<br />
política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento industrial...<br />
e tem uma legislação trabalhista feita por<br />
Getúlio Vargas, que só agora o governo consi<strong>de</strong>ra<br />
alguma mudança... Por isso fomos à<br />
China... Por isso vamos para o Paraguai.”<br />
Como se não fosse suficiente, no mês <strong>de</strong><br />
outubro <strong>de</strong> <strong>2016</strong>, o governo do Paraguai publicou<br />
um anúncio nos principais jornais<br />
brasileiros conclamando nossos industriais<br />
a se mudarem para lá. Aqui, do lado, a pouco<br />
menos <strong>de</strong> duas horas <strong>de</strong> avião, com todas as<br />
vantagens mais que óbvias em economias<br />
mo<strong>de</strong>rnas e competitivas, e com nenhuma<br />
das <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong> economias retrógradas,<br />
emboloradas e corrompidas como a<br />
brasileira. Melhor ainda, com um dos maiores<br />
mercados do mundo, vizinho, à inteira<br />
disposição, Brasil!<br />
Pergunta que não quer calar: por que<br />
ainda as indústrias brasileiras resistem em<br />
permanecer por aqui? Por inércia, a única<br />
resposta possível e consistente. No passado,<br />
pelas características e cultura <strong>de</strong> fabricação,<br />
mudar-se uma indústria levava anos. Hoje<br />
se muda uma indústria <strong>de</strong> automóveis, por<br />
exemplo, em meses; e logo <strong>de</strong>pois começa-<br />
-se a produzir no novo local.<br />
Isso posto, ou reinventamos o Brasil agora,<br />
ou é melhor nos acostumarmos <strong>de</strong>finitivamente<br />
com guaranias e voltarmos a beber<br />
a cachaça paraguaia Aristocrata... “Uma noche<br />
tíbia nos conocimos, junto al lado azul<br />
<strong>de</strong> Ypacarai...”.<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
20 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
inspiração<br />
oFErECiMEnTo<br />
perdão, senhoras,<br />
mas estou pelado<br />
Supervisor <strong>de</strong> criação da Artplan revela <strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio a<br />
maior parte das sacadas criativas que ele já teve. Também<br />
questiona alguns formatos e processos para a busca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias<br />
Toninho Lima é supervisor<br />
<strong>de</strong> criação da Artplan<br />
22 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Creative-i<strong>de</strong>a/iStock<br />
Gilaxia/iStock<br />
Toninho Lima<br />
Especial para o PRoPmaRK<br />
Há os coleguinhas que buscam inspiração no cinema<br />
argentino, <strong>de</strong> que eu sou um caloroso admirador.<br />
Há os que insistam em ler os noticiários à cata <strong>de</strong> um<br />
gancho criativo, o que muitas vezes po<strong>de</strong> ren<strong>de</strong>r uma<br />
boa sacada <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>. Tive um diretor <strong>de</strong> criação<br />
nos anos 1980 que me dizia: “pare tudo e vá assistir ao<br />
novo filme do Ettore Scola.” Justíssimo. Acho, sim, que<br />
o criativo é uma soma <strong>de</strong> tudo o que lê, ouve, assiste e<br />
percebe ao seu redor.<br />
Outra coisa: as conversas informais, as piadas e o papo<br />
furado não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados inimigos da criativida<strong>de</strong>.<br />
Nem mesmo da produtivida<strong>de</strong>. Pelo contrário, já<br />
ren<strong>de</strong>ram muitas campanhas memoráveis e trouxeram<br />
prêmios para os criativos que enten<strong>de</strong>ram que matar<br />
bem o tempo não significa matar as boas i<strong>de</strong>ias.<br />
Lembro-me bem <strong>de</strong> estarmos, a Vivi Pepe e eu, pensando<br />
algo para o evento <strong>de</strong> lançamento da linha masculina<br />
<strong>de</strong> Elséve, para a L’Oréal. A conversa era sobre<br />
homens e os cuidados com seus cabelos. Contei que,<br />
quando era cabeludo, usava shampoos para tratar minhas<br />
melenas com carinho. Obviamente rimos disso. A<br />
i<strong>de</strong>ia veio daí. Reunimos amigos <strong>de</strong> infância, parentes e<br />
colegas do mercado publicitário carioca para relembrar<br />
os tempos em que ostentavam belas ma<strong>de</strong>ixas. O cliente<br />
gostou tanto que, mesmo sem verba para veicular um<br />
anúncio, mandou fazer uns cartões frente e verso e distribuiu<br />
no evento <strong>de</strong> lançamento.<br />
Uma coisa que, por mais que tente, eu não consigo <strong>de</strong>senvolver<br />
é o tradicional hábito dos criativos <strong>de</strong> ir para<br />
uma salinha pensar. O processo em si me incomoda.<br />
Quatro ou cinco pessoas, em torno <strong>de</strong> uma mesa, todos<br />
calados, com ar pensativo. Na real mesmo, estão todos<br />
na expectativa <strong>de</strong> que um <strong>de</strong>les rompa o silêncio com<br />
uma i<strong>de</strong>ia matadora para acabar com o sofrimento coletivo.<br />
Mas, como nenhum <strong>de</strong>les se arrisca a ser o primeiro<br />
a falar, eles acabam per<strong>de</strong>ndo muitas horas naquele estado<br />
catatônico. Nessas situações, sempre que eu posso,<br />
saio para ir ao banheiro. Raramente volto para a salinha.<br />
Outra fonte <strong>de</strong> inspiração corriqueira e, obviamente<br />
mal-afamada, é o prazo. Não acredito em criativo que<br />
se sinta inspirado sem a pressão po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> um prazo<br />
cruel para a entrega do trabalho. O prazo é, coitado, muitas<br />
vezes, apontado como o vilão, quando, na verda<strong>de</strong>,<br />
o bandido mesmo é o briefing mal-elaborado. Este, sim,<br />
não ajuda a gerar boas i<strong>de</strong>ias e ainda embaralha os objetivos<br />
da peça solicitada pelo cliente. O prazo, por menor<br />
que seja, acaba sendo um aliado porque evita as longas<br />
meditações naquela salinha a que já me referi. Des<strong>de</strong><br />
que, claro, sejam respeitados os limites da viabilida<strong>de</strong>.<br />
O famoso <strong>de</strong> hoje pra hoje mata qualquer vã tentativa<br />
<strong>de</strong> criação.<br />
Mas, expliquemos o título <strong>de</strong>ste singelo <strong>de</strong>poimento:<br />
o som da água corrente do chuveiro ligado (com o perdão<br />
dos meus amigos ambientalistas) faz uma conexão<br />
imediata com o meu inconsciente criativo. É quando<br />
estou no banho que as i<strong>de</strong>ias jorram em cascatas junto<br />
com o jato da ducha.<br />
É meio constrangedor pensar que parte das melhores<br />
sacadas criativas que eu produzi ao longo da carreira tenham<br />
chegado ao mundo testemunhado a minha ensaboada<br />
nu<strong>de</strong>z.<br />
Mas comigo funciona muito essa inspiração no box,<br />
aquele ambiente <strong>de</strong> extremada fecundida<strong>de</strong> criativa.<br />
Acho que é isso: o pensamento flui com o escoar das<br />
águas pelo piso do box até chegar ao ralo. Que, sim, infelizmente,<br />
é para on<strong>de</strong> vai boa parte das nossas i<strong>de</strong>ias.<br />
LvNL/iStock<br />
TeamOktopus/iStock<br />
Sofrimento coletivo<br />
Toninho Lima questiona alguns processos vistos em<br />
agências: “Uma coisa que, por mais que tente, eu não<br />
consigo <strong>de</strong>senvolver é o tradicional hábito dos criativos<br />
<strong>de</strong> ir para uma salinha pensar. O processo em si me<br />
incomoda... Na real mesmo, estão todos na expectativa<br />
<strong>de</strong> que um <strong>de</strong>les rompa o silêncio com uma i<strong>de</strong>ia<br />
matadora para acabar com o sofrimento coletivo.”<br />
COMUNIDADE URBANA<br />
Trabalho<br />
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compras<br />
& diversão<br />
Venha fazer parte do mundo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 13 milhões <strong>de</strong> pessoas que trabalham, estudam,<br />
se divertem e fazem compras em São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Salvador e nas principais<br />
cida<strong>de</strong>s do país. O melhor espaço para sua marca fazer parte da vida das pessoas.<br />
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jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 23
eyond the line<br />
São as pessoas, estúpido!<br />
Estaremos sempre buscando<br />
aproximar marcas <strong>de</strong> pessoas.<br />
E são pessoas <strong>de</strong> carne e osso<br />
FBIlustra<br />
Alexis Thuller PAgliArini<br />
Antes <strong>de</strong> mais nada, <strong>de</strong>sculpe a agressivida<strong>de</strong><br />
do título <strong>de</strong>ste artigo. Entrei<br />
no clima dos americanos, que adoram usar<br />
“stupid” para enfatizar um ponto <strong>de</strong> vista.<br />
Foi assim com a famosa “It is the economy,<br />
stupid!”, frase cunhada pelo estrategista<br />
<strong>de</strong> Bill Clinton, James Carville, durante<br />
disputa à Presidência dos EUA, contra<br />
George H. W. Bush. Ou ainda com frases<br />
<strong>de</strong> efeito como a “Keep it Simple, Stupid! –<br />
K.I.S.S.”.<br />
Pois bem, o motivo <strong>de</strong>ssa ênfase e do<br />
tema <strong>de</strong>ste artigo é a minha percepção do<br />
momento pelo qual passamos, principalmente<br />
em face à panaceia representada pelas<br />
ferramentas digitais.<br />
Dos muitos eventos que tenho participado,<br />
tiro a conclusão <strong>de</strong> que há diversos<br />
profissionais que imaginam o mundo da<br />
comunicação atual como inexoravelmente<br />
atrelado à matemática e à automação.<br />
De repente, todos nossos problemas serão<br />
resolvidos por algoritmos e mexidas no<br />
cal<strong>de</strong>irão do big data. De fato, nunca tivemos<br />
tanta capacida<strong>de</strong> em lidar com dados<br />
e nunca tivemos tantas ferramentas para<br />
<strong>de</strong>finir e automatizar mensagens, voltadas<br />
a personas pre<strong>de</strong>finidas pelo cruzamento<br />
<strong>de</strong> informações e comportamento na web.<br />
É verda<strong>de</strong> também que estamos nos<br />
acostumando com inteligência artificial,<br />
julgando normal interagir com Siris,<br />
Newtons, Alexas, Assitants, Cortanas e outros<br />
novos personagens quase humanos.<br />
Mas – alto lá! – não <strong>de</strong>vemos tirar o foco<br />
do que realmente interessa: o ser humano.<br />
Felizmente, vejo também visões lúcidas<br />
por parte <strong>de</strong> dirigentes <strong>de</strong> empresas mais<br />
antenadas, que sabem que seu maior asset<br />
são as pessoas.<br />
As pessoas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro – funcionários – e<br />
as pessoas <strong>de</strong> fora – clientes e parceiros. Essas<br />
empresas mais antenadas não querem<br />
correr o risco <strong>de</strong> esfriar relações com seus<br />
colaboradores, clientes e parceiros por conta<br />
<strong>de</strong> ambientes regidos cada vez mais por<br />
números e máquinas.<br />
Num evento recente tomei ciência <strong>de</strong><br />
um novo termo: CRM Humanizado. Ouvi<br />
até um executivo usar o termo “amor” para<br />
<strong>de</strong>finir as relações que <strong>de</strong>vemos perseguir<br />
com nossos pares e <strong>de</strong>mais stakehol<strong>de</strong>rs.<br />
Gostei da preocupação com as pessoas que<br />
existem por trás <strong>de</strong> clientes.<br />
Na condição <strong>de</strong> cliente, me irrita profundamente<br />
a tentativa <strong>de</strong> algumas empresas<br />
<strong>de</strong> me tratar com intimida<strong>de</strong>, sem na verda<strong>de</strong><br />
ter condições <strong>de</strong> fazê-lo.<br />
É a mesma sensação que temos quando<br />
um estranho tenta se apresentar como seu<br />
amigo <strong>de</strong> infância. É fato que o marketing<br />
mo<strong>de</strong>rno possibilita uma relação mais assertiva<br />
com potenciais clientes.<br />
Hoje é possível rastrear a navegação <strong>de</strong><br />
pessoas, i<strong>de</strong>ntificar interesses e ter uma<br />
visão preditiva quanto aos seus próximos<br />
passos.<br />
Mas conquistar a atenção <strong>de</strong>ssas pessoas<br />
e estabelecer uma relação respeitosa e eficaz<br />
não se resume a esse bom entendimento.<br />
Vai muito além.<br />
Deve haver um processo honesto e<br />
transparente nas relações, <strong>de</strong> forma que todos<br />
saibam as regras do jogo que está sendo<br />
jogado. No meu artigo da semana passada,<br />
ressaltei que o marketing, na sua essência,<br />
não muda com o tempo.<br />
Estaremos sempre buscando aproximar<br />
marcas <strong>de</strong> pessoas. E são pessoas <strong>de</strong><br />
carne e osso, que se emocionam, que se<br />
divertem e se engajam a marcas que conseguem<br />
estabelecer um elo verda<strong>de</strong>iro<br />
entre elas.<br />
Por mais que tenhamos acesso a uma<br />
tecnologia cada vez mais amigável e consigamos<br />
interpretar dados em tempo real,<br />
não po<strong>de</strong>mos nos <strong>de</strong>scuidar das pessoas<br />
por trás dos dados.<br />
Tenho certeza <strong>de</strong> que você não vestirá a<br />
carapuça <strong>de</strong> “estúpido”, termo que foi usado<br />
apenas para dar um impacto maior ao<br />
título <strong>de</strong>ste artigo.<br />
Tenho certeza que prevalecerá entre<br />
pessoas <strong>de</strong> bom senso o sentimento <strong>de</strong><br />
que, por um lado, não <strong>de</strong>vemos ignorar as<br />
inovações tecnológicas e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
gestão da informação que se nos apresenta,<br />
mas, por outro lado, <strong>de</strong>vemos manter o foco<br />
na essência das pessoas.<br />
Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda)<br />
alexis@fenapro.org.br<br />
24 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
curtas<br />
Fotos: Divulgação<br />
A Isobar Brasil contratou Carolina Buzetto (foto) como diretora<br />
<strong>de</strong> audience strategy, pilar da área <strong>de</strong> connections strategy da<br />
agência. A profissional, que respon<strong>de</strong>rá diretamente para o VP<br />
Aloisio Pinto, assume o núcleo <strong>de</strong>pois da saída <strong>de</strong> Natália Traldi,<br />
que foi para a Isobar Austrália. A nova diretora vai comandar uma<br />
equipe responsável por <strong>de</strong>finir segmentos <strong>de</strong> audiência. Audience<br />
strategy é uma evolução da antiga área <strong>de</strong> mídia e foi criada pela<br />
Isobar ao mesmo tempo em que foi <strong>de</strong>senvolvida a área <strong>de</strong> connections<br />
strategy, em abril <strong>de</strong>ste ano. “Como o próprio nome, o<br />
foco é um pensamento prioritário no consumidor, na audiência e<br />
não mais em mídia. Ainda compramos canais, tempo e presença,<br />
mas, hoje, sobretudo, compramos comportamentos, emoções, hábitos<br />
<strong>de</strong> consumo e perfis <strong>de</strong> audiência. Na dianteira do mercado,<br />
evoluímos do planejamento <strong>de</strong> mídia para um planejamento <strong>de</strong><br />
audiência”, afirma o CEO da Isobar Brasil, Léo Xavier. Profissional<br />
com mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> carreira. Carolina Buzetto tem passagens<br />
pelas agências WMcCann, F/Nazca Saatchi & Saatchi, Lowe e Leo<br />
Burnett. Ela possui expertise em pesquisa <strong>de</strong> mídia, planejamento<br />
<strong>de</strong> mídia e social media.<br />
A Wi<strong>de</strong> Comunicação Expandida anunciou, na semana passada,<br />
Eduardo Moncalvo (foto) como sócio e VP <strong>de</strong> relações institucionais.<br />
Além disso, a empresa revelou que conquistou a conta total<br />
do curso <strong>de</strong> inglês Brittania. Moncalvo é presi<strong>de</strong>nte do Sinapro<br />
(Sindicato das Agências <strong>de</strong> Propaganda do Rio <strong>de</strong> Janeiro), diretor<br />
da Abap-RJ (Associação Brasileira <strong>de</strong> Agências <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>-<br />
-Rio) e foi um dos fundadores da Staff Brasil, on<strong>de</strong> esteve por 25<br />
anos. “Encontrei na Wi<strong>de</strong> sócios e equipes alinhados, seguindo<br />
um conceito <strong>de</strong> negócios atual, fazendo um trabalho <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
e buscando ser a agência mais <strong>de</strong>sejada do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Não há<br />
nada mais motivador”, disse o executivo.<br />
Os responsáveis por tornarem possíveis algumas cenas <strong>de</strong> Batalha<br />
dos Bastardos e Game of Thrones estarão no Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
nesta segunda (<strong>28</strong>) e terça-feira (29) para participar do VFX Rio,<br />
encontro que reunirá especialistas em efeitos visuais, cinema, games<br />
e outras tecnologias. Dave Fogler, um dos autores dos efeitos<br />
visuais <strong>de</strong> Star Wars - O Despertar da Força, também está confirmado<br />
e vai revelar os segredos do último filme da série.<br />
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jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 25
prOdutOras<br />
Orçamentos mais enxutos impactam<br />
segmento e afetam as receitas<br />
Para alguns players do mercado, a redução <strong>de</strong> uma produção chegou a<br />
30% nos últimos dois anos; Apro aponta elevação dos custos em 24,8%<br />
Fotos: Divulgação<br />
Dimitria Cardoso, da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes, lembra que há novas formas <strong>de</strong> captação e cita comercial da Harvey Nichols que usou câmeras <strong>de</strong> segurança das lojas<br />
Paulo Macedo<br />
setor <strong>de</strong> produção foi afetado<br />
por prazos mais lon-<br />
O<br />
gos <strong>de</strong> pagamentos <strong>de</strong> faturas<br />
e retração <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> 16,5%<br />
no ano passado, quando contabilizou<br />
um volume <strong>de</strong> cerca<br />
<strong>de</strong> 17,1 mil comerciais produzidos<br />
no país, dados da Ancine<br />
(Agência Nacional <strong>de</strong> Cinema).<br />
Mas, também, há diminuição<br />
do valor dos orçamentos. Na<br />
avaliação <strong>de</strong> Paulo Roberto<br />
Schmidt, presi<strong>de</strong>nte do conselho<br />
<strong>de</strong> administração da Apro<br />
(Associação Brasileira da Produção<br />
<strong>de</strong> Obras Audiovisuais),<br />
a percepção é que os custos <strong>de</strong><br />
produção sofreram redução em<br />
<strong>2016</strong>. “Vivemos um verda<strong>de</strong>iro<br />
paradoxo e, talvez, <strong>de</strong>vido a<br />
inúmeros fatores, esteja havendo<br />
confusão e dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
diagnosticar o cenário atual”,<br />
resume Schmidt.<br />
Entre os fatores listados pelo<br />
presi<strong>de</strong>nte da Apro estão a elevação<br />
<strong>de</strong> 24,8% dos custos <strong>de</strong><br />
produção, entre os quais remuneração<br />
<strong>de</strong> profissionais,<br />
insumos (cenários, dressing <strong>de</strong><br />
locações, transporte e alimentação,<br />
além da pós-produção) e<br />
7,5% <strong>de</strong> custos financeiros, “<strong>de</strong>correntes<br />
<strong>de</strong> alongamento do<br />
prazo e inadimplência no recebimento<br />
<strong>de</strong> valores faturados”.<br />
O aumento <strong>de</strong> 24,8% dos custos<br />
<strong>de</strong> produções foi compensado<br />
pelas produtoras, segundo<br />
Schmidt, pela eliminação das<br />
BVs (Bonificações <strong>de</strong> Volume)<br />
sobre produção, que “ajudou<br />
nesta equação e parte com<br />
redução ao mínimo das suas<br />
margens na maioria dos filmes<br />
realizados. As produtoras estão<br />
fazendo enorme esforço e sacrifício<br />
para conseguir produzir<br />
<strong>de</strong>ntro das verbas disponíveis<br />
ou alocadas pelos anunciantes.<br />
Enten<strong>de</strong>mos que é um momento<br />
<strong>de</strong> sobrevivência, razão pela<br />
qual o mantra é gerar negócios<br />
que possam, pelo menos, manter<br />
as estruturas e os custos<br />
fixos. Assim, apesar <strong>de</strong>ste aumento<br />
consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> custos,<br />
por vezes incontrolável <strong>de</strong>vido<br />
ao aquecido mercado <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> conteúdo, e ao lado da<br />
drástica redução <strong>de</strong> produções<br />
publicitárias, po<strong>de</strong>mos afirmar<br />
que o custo médio <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> um filme publicitário manteve<br />
igual ou muito próximo do<br />
preço praticado em 2015”.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Apro acrescenta:<br />
“O fato <strong>de</strong> os anunciantes<br />
terem reduzido consi<strong>de</strong>ravelmente<br />
os investimentos<br />
em propaganda, em especial<br />
na mídia, optando por outras<br />
formas <strong>de</strong> comunicação, como<br />
os meios digitais, trouxe a reboque<br />
produções <strong>de</strong> filmes<br />
publicitários com custos meno-<br />
“Com a verba<br />
menor, a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trabalhos diminui,<br />
o que gera uma<br />
ConCorrênCia mais<br />
aCirrada entre as<br />
produtoras”<br />
<strong>28</strong> <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
es, muitos <strong>de</strong>les criados com<br />
linguagem mais simples, mais<br />
a<strong>de</strong>quada e apropriada ao veículo<br />
e/ou plataforma. Aqui,<br />
novamente, as produtoras têm<br />
exercido papel fundamental na<br />
equação, oferecendo soluções<br />
e, em muitos casos, entregando<br />
produtos com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
produção muito superior aos<br />
recursos contratados”.<br />
Mas a lucrativida<strong>de</strong> está<br />
comprometida. “As produtoras<br />
estão trocando dinheiro ou<br />
papéis, como queiram interpretar.<br />
É impressionante como<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manterem<br />
‘vivas’ as faz lutar e aceitar negócios<br />
muitas vezes abusivos e<br />
nocivos ao mercado. Enten<strong>de</strong>-<br />
-se o momento do Brasil e do<br />
mercado publicitário. Os produtores<br />
estão participando,<br />
garantindo empregos e trabalho<br />
para os profissionais fixos e<br />
free-lancers do mercado. Estão<br />
exercitando ao máximo mo<strong>de</strong>los<br />
e soluções para continuarem<br />
produzindo e entregando o<br />
melhor filme ou produto publicitário.<br />
Mas, convenhamos: os<br />
recursos alocados em produção<br />
representam hoje apenas 0,5%<br />
dos recursos investidos pelas<br />
marcas em propaganda e publicida<strong>de</strong>”,<br />
afirma Schmidt.<br />
“As marcas não po<strong>de</strong>m vacilar,<br />
não <strong>de</strong>vem usar do po<strong>de</strong>r<br />
econômico, não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>srespeitar<br />
e não po<strong>de</strong>m ajudar a<br />
<strong>de</strong>struir os seus parceiros estratégicos.<br />
Enfim, não po<strong>de</strong>m matar<br />
os seus artesãos. A política<br />
venal pelo melhor preço – sem<br />
consi<strong>de</strong>rar, não menos importante,<br />
o menor prazo e melhor<br />
qualida<strong>de</strong>, talento e gestão –,<br />
sem ao menos manter dignamente<br />
o preço e a condição <strong>de</strong><br />
pagamento que seja condizente<br />
com o fluxo físico/financeiro<br />
das produções, tem comprometido<br />
a saú<strong>de</strong> das produtoras.<br />
Elas estão exauridas, sem<br />
capital <strong>de</strong> giro, e não po<strong>de</strong>m<br />
continuar exercendo o papel <strong>de</strong><br />
‘banco’”, disse o presi<strong>de</strong>nte da<br />
associação das produtoras.<br />
Oferta e prOcura<br />
Raul Doria, sócio da Cine,<br />
pon<strong>de</strong>ra que a produção cinematográfica<br />
se beneficiou<br />
da publicida<strong>de</strong>. Mas o quadro<br />
mudou. “Publicida<strong>de</strong> foi a única<br />
fonte <strong>de</strong> recursos da área<br />
(lembram dos anos Collor?). Na<br />
outra via, com a inédita crise<br />
econômica, que muitos avaliam<br />
a maior da nossa história,<br />
Sérgio Tikhomiroff: “difilculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> repasse dos custos para os anunciantes”<br />
“a tendênCia é a <strong>de</strong><br />
que as estruturas<br />
se enxuguem e os<br />
intermediários<br />
sejam eliminados.<br />
é a era do skip<br />
ad Chegando.<br />
o Consumidor<br />
não vai mais ser<br />
atingido pela<br />
frequênCia”<br />
os clientes/anunciantes estão<br />
cada vez mais à procura <strong>de</strong> melhores<br />
preços (mesmo colocando<br />
em risco a qualida<strong>de</strong>), quando<br />
não, cancelando ou adiando<br />
projetos. Resultado: o custo<br />
<strong>de</strong> realização <strong>de</strong> cinema sobe<br />
sem parar. É a lei da oferta e da<br />
procura. Muita procura na produção<br />
<strong>de</strong> conteúdo, os preços<br />
sobem. E muita negociação nos<br />
preços <strong>de</strong> comerciais, preços<br />
<strong>de</strong>scem”, observa Doria.<br />
Na visão <strong>de</strong> Francesco Civita,<br />
sócio e produtor-executivo da<br />
Prodigo Films, o preço médio<br />
<strong>de</strong> um comercial teve queda no<br />
segundo semestre. “Como temos<br />
menos filmes e pouca <strong>de</strong>manda,<br />
o preço cai, justamente<br />
porque a concorrência é maior<br />
e todos vão atrás dos poucos<br />
filmes que estão sendo criados.<br />
Por outro lado, os custos não diminuíram.<br />
Alguns profissionais<br />
do setor tiveram reajustes e a<br />
inflação está aí. “O que eu acho<br />
que existe, hoje, são possibilida<strong>de</strong>s<br />
mais vastas <strong>de</strong> opções<br />
para o anunciante divulgar sua<br />
marca. Ele po<strong>de</strong> optar por outras<br />
mídias e as produtoras usarem<br />
outros tipos <strong>de</strong> produção,<br />
necessárias para essas mídias<br />
(como Instagram e Snapchat).<br />
Mas o que vai diferenciar uma<br />
produtora da outra é a criativida<strong>de</strong>”,<br />
argumenta Civita.<br />
Além da crise, a tecnologia<br />
é outro fator. A pon<strong>de</strong>ração é<br />
<strong>de</strong> Fabio Dedding, da Great. “O<br />
fator mais importante é a não<br />
a<strong>de</strong>quação dos preços x mão<br />
<strong>de</strong> obra nas produções. Temos<br />
preços exorbitantes para funções<br />
e serviços simples. Com o<br />
aumento da influência dos <strong>de</strong>partamentos<br />
<strong>de</strong> marketing das<br />
empresas anunciantes, esses<br />
valores começaram a ser questionados”,<br />
ele afirma.<br />
Dimitria Cardoso, diretora<br />
<strong>de</strong> atendimento da Aca<strong>de</strong>mia<br />
<strong>de</strong> Filmes, explica que a queda<br />
chega a 15%. “O fator principal<br />
é a crise, que implica numa diminuição<br />
da verba do cliente a<br />
ser investida. Com a verba menor,<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos<br />
diminui, o que gera concorrência<br />
mais acirrada entre as<br />
produtoras. A renovação tecnológica,<br />
que ajuda a diminuir<br />
as equipes e suas respectivas<br />
especializações. Há também a<br />
pulverização da mídia. Antigamente,<br />
os clientes calculavam<br />
o custo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> acordo<br />
com a mídia. A migração da mídia<br />
tradicional pela digital fez<br />
as produções diminuírem <strong>de</strong><br />
tamanho. Atualmente, investe-<br />
-se cada vez menos tempo, planejamento,<br />
cuidado e dinheiro<br />
nos filmes”, diz Dimitria, acrescentando<br />
que há novas formas<br />
<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> imagem. Ela<br />
lembra que o comercial Pega-<br />
-ladrão, da Adan Even & DDB<br />
para a Harvey Nichols, filmado<br />
com câmeras <strong>de</strong> segurança da<br />
loja inglesa e premiado com<br />
o Grand Prix do Film Lions do<br />
Festival <strong>de</strong> Cannes <strong>de</strong>ste ano.<br />
mesa <strong>de</strong> cOmpra<br />
O diretor Rodolfo Vanni, ex-<br />
Cia <strong>de</strong> Cinema, lembra que as<br />
mesas <strong>de</strong> compras dos anunciantes<br />
apertam as condições,<br />
mas pergunta: “eles sabem<br />
quem é Tom Kuntz?”. Vanni<br />
prossegue: “A lucrativida<strong>de</strong> das<br />
produtoras, assim como das<br />
agências, diminuiu. E <strong>de</strong>ve cair<br />
mais à medida que à audiência<br />
for migrando da TV aberta para<br />
o formato pay per view. A tendência<br />
é que estruturas se enxuguem<br />
e intermediários sejam<br />
eliminados. É a era do skip ad<br />
chegando. O consumidor não<br />
vai mais ser atingido pela frequência.<br />
E, sim, pela inteligência.<br />
Acho que o futuro pertence<br />
aos que criam e produzem coisas<br />
que interessam às pessoas”.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 29
O rastro especulatório que se<br />
segue a uma crise é alerta que<br />
Sérgio Tikhomiroff, diretor da<br />
área <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da Mixer,<br />
faz. “Com queda na <strong>de</strong>manda e<br />
na verba publicitária, e inflação<br />
em alta, o resultado é uma dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> repasse para orçamentos.<br />
Impostos aumentam,<br />
os custos trabalhistas também,<br />
a mão <strong>de</strong> obra especializada aumenta<br />
acima da inflação e equipamentos<br />
e upgra<strong>de</strong>s/updates<br />
são em dólar, com toda a oscilação<br />
que tem acompanhado sua<br />
cotação”, afirma Tikhomiroff.<br />
A competitivida<strong>de</strong> setorial<br />
é um dos motivos que Pedro<br />
Bueno, produtor-executivo da<br />
Shinjitsu Filmes, observa. A solução<br />
é o ajuste do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
negócios com equipes enxutas<br />
e multidisciplinares. “Temos<br />
visto uma crescente <strong>de</strong>manda<br />
por produções menos elaboradas<br />
e mais baratas. Com a falta<br />
<strong>de</strong> dinheiro geral, a mídia offline<br />
ainda continua muito cara,<br />
se comparada com o digital.<br />
Esta projeção ajudou a consolidar<br />
um cenário em que muitos<br />
clientes migraram suas verbas<br />
e campanhas para o online. Porém,<br />
por ser uma mídia mais<br />
barata, muitos clientes querem<br />
pagar menos pelas produções<br />
feitas para o online, pois acreditam<br />
que essa equação é diretamente<br />
proporcional à produção<br />
audiovisual, ledo engano. Quase<br />
toda a infraestrutura, recursos,<br />
equipamentos, processos,<br />
mão <strong>de</strong> obra e outros <strong>de</strong>talhes<br />
são os mesmos que usamos nas<br />
produções para TV, o que muda<br />
é a plataforma <strong>de</strong> veiculação”.<br />
Drasticamente é a palavra<br />
que Mayara Auad, da Yourmama<br />
Films, usa para respon<strong>de</strong>r<br />
à questão sobre custos <strong>de</strong> produção.<br />
“A crise trouxe uma necessida<strong>de</strong><br />
dos clientes reverem<br />
suas verbas <strong>de</strong> marketing, o que<br />
gerou diminuição drástica nas<br />
verbas <strong>de</strong> produção. Além disso,<br />
os clientes têm buscado produtoras<br />
diretamente em busca<br />
<strong>de</strong> preços menores, prática que<br />
<strong>de</strong>svaloriza o trabalho do setor,<br />
pois estamos falando <strong>de</strong> visões<br />
e talentos únicos, quando o valor<br />
se diferencia por um serviço<br />
artístico com níveis <strong>de</strong> entregas<br />
diferentes e não simplesmente<br />
pelo preço mais baixo”.<br />
Para Renato Assad, fundador<br />
e diretor <strong>de</strong> cena da Si<strong>de</strong><br />
Cinema, o preço médio caiu e<br />
credita essa tendência à pulverização<br />
omnichannel. E não<br />
Schmidt: “produtoras estão entregando trabalhos com qualida<strong>de</strong> muito superior aos recursos contratados”<br />
“vivemos um<br />
verda<strong>de</strong>iro<br />
paradoxo e talvez,<br />
<strong>de</strong>vido a inúmeros<br />
fatores, esteja<br />
havendo Confusão<br />
e difiCulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
diagnostiCar o<br />
Cenário atual”<br />
tem volta. “A lucrativida<strong>de</strong> caiu<br />
muito e me parece uma tendência<br />
sem volta. Vamos ter <strong>de</strong><br />
achar soluções para isso, mas os<br />
clientes vão precisar enten<strong>de</strong>r<br />
também que, se querem filmes<br />
com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização,<br />
vão ter <strong>de</strong> pagar pra isso. Caso<br />
contrário, o nível <strong>de</strong> produção<br />
será cada dia pior”.<br />
riscOs<br />
Pelo cálculo <strong>de</strong> Alex Mehedff,<br />
sócio da Hungry Man, nos<br />
últimos dois anos a queda chega<br />
35%, mas com os insumos<br />
crescendo entre 20% e 30%.<br />
“As produtoras que têm estrutura<br />
gran<strong>de</strong> correm gran<strong>de</strong>s<br />
riscos. O mercado já não comporta<br />
produtoras <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 50<br />
funcionários há muitos anos.<br />
Quem tem e administra uma<br />
produtora <strong>de</strong>ste porte acaba<br />
fazendo ‘dumping’ <strong>de</strong> preço <strong>de</strong><br />
um filme publicitário ou pacote<br />
<strong>de</strong> dois ou três filmes no mercado<br />
para sustentar por quase<br />
nenhum lucro seu negócio. E<br />
isso coloca em risco toda ca<strong>de</strong>ia<br />
produtiva, já que, na maioria<br />
das vezes, acabam entregando<br />
filmes aquém do possível<br />
resultado ou da expectativa<br />
que a agência/cliente tem. Essas<br />
empresas precisam ser responsáveis,<br />
<strong>de</strong> forma geral, por<br />
si próprias, com o mercado <strong>de</strong><br />
produção, com seus clientes,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente se têm<br />
sócios ‘do mercado financeiro’<br />
que somente cobram resultados<br />
em ‘balance sheet’. É duro<br />
dizer isso, mas é o que estamos<br />
observando ocorrer com as<br />
gran<strong>de</strong>s produtoras do mercado<br />
brasileiro recentemente”.<br />
Especializada em bran<strong>de</strong>d<br />
content, a Oficina, <strong>de</strong> Nelson<br />
Enohata, já convive com os orçamentos<br />
mais reduzidos. Ele<br />
lembra que as mesas <strong>de</strong> compra<br />
objetivam o menor custo.<br />
“As taxas das produtoras estão<br />
se tornando um seguro <strong>de</strong> trabalho”,<br />
diz ele sobre prazos<br />
longos e inadimplência. Porém,<br />
sobre as novas formas <strong>de</strong> produção,<br />
faz uma ressalva. “Existe<br />
uma falsa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que muita<br />
coisa po<strong>de</strong> ser gravada por um<br />
celular. Mas a questão não é<br />
apenas o suporte <strong>de</strong> gravação<br />
em si (celular, HD, 4K, Red,<br />
etc), mas também a produção<br />
que está por trás. Não é porque<br />
o suporte é amador que toda a<br />
produção será amadora”.<br />
A crise e a diminuição da importância<br />
do comercial <strong>de</strong> 30<br />
segundos para os anunciantes<br />
são os atores <strong>de</strong>sse cenário no<br />
mercado brasileiro, na opinião<br />
<strong>de</strong> Eduardo Tibiriçá, CEO da<br />
Bossa Nova Group. “Apesar da<br />
pressão por parte dos anunciantes<br />
para redução dos custos,<br />
os insumos do mercado<br />
brasileiro continuam altos. Por<br />
isso, os valores das produções<br />
não foram alterados, refletindo,<br />
na verda<strong>de</strong>, na diminuição das<br />
margens das produtoras. Para<br />
agravar o cenário, as produtoras<br />
precisam ter fluxo <strong>de</strong> caixa<br />
para arcar com os custos das<br />
produções, já que os prazos <strong>de</strong><br />
pagamentos dos anunciantes<br />
estão dada vez maiores”.<br />
Antonio Carlos Accioly, produtor-executivo<br />
da Movie &<br />
Art, argumenta que uma produtora<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte é chamada<br />
para uma concorrência <strong>de</strong><br />
um job e na maioria das vezes<br />
“compete com produtoras que<br />
não têm estrutura”.<br />
30 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
curtas<br />
Fotos: Divulgação<br />
Especializada em CRM, Performance, Data e Digital, a Fábrica<br />
conquistou a conta <strong>de</strong> comunicação dirigida do Grupo Segurador<br />
Banco do Brasil e Mapfre. A concorrência envolveu outras três<br />
agências. Resultado da união estratégica entre o Banco do Brasil<br />
e a Mapfre Seguros, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre<br />
conta atualmente com mais <strong>de</strong> 6 mil colaboradores e mais <strong>de</strong> 65<br />
mil pontos <strong>de</strong> venda, incluindo corretores e agências bancárias.<br />
“Para a Fábrica, é uma honra aten<strong>de</strong>r à maior empresa <strong>de</strong> seguros<br />
do país e um imenso <strong>de</strong>safio levar práticas <strong>de</strong> comunicação inovadoras<br />
num segmento com amplo crescimento <strong>de</strong> mercado”, disse<br />
o sócio-presi<strong>de</strong>nte Luiz Buono (no centro da foto, com a equipe).<br />
A Missão Empresarial Brasil-Itália <strong>de</strong>sembarcou em São Paulo<br />
no último dia 24, li<strong>de</strong>rada pelo vice-ministro italiano do Desenvolvimento<br />
Econômico, Ivan Scalfarotto. A <strong>de</strong>legação foi formada<br />
por lí<strong>de</strong>res das principais empresas italianas dos setores aeroespacial,<br />
agrobusiness, ambiente/energia, automobilístico, tecnologia<br />
da informação e da comunicação e infraestrutura. O evento teve<br />
apoio da Fiesp-Ciesp, Banco do Brasil, Febraban e das Agências<br />
Espaciais do Brasil e da Itália.<br />
Após a recente conquista da conta, a Mood\TBWA divulga a<br />
sua primeira campanha (foto) para a Porto Seguro. O mundo é<br />
touch é protagonizada por <strong>de</strong>doches – fantoches manipulados<br />
com os <strong>de</strong>dos – para apresentar ao público o novo aplicativo da<br />
marca, por meio <strong>de</strong> uma campanha com estratégia 100% digital.<br />
Com objetivo <strong>de</strong> engajar os usuários ao uso da plataforma e sob<br />
o mote Baixe o aplicativo e resolva tudo num touch, a Mood criou<br />
cinco filmes. No primeiro <strong>de</strong>les, intitulado Big Band Anos 60, os<br />
<strong>de</strong>doches formam uma banda dos anos 1960, com roupas e penteados<br />
caracterizados. Com um cantor e duas backing vocals,<br />
os personagens se apresentam em um programa <strong>de</strong> televisão e<br />
cantam uma balada romântica, que também remete à época, por<br />
meio do jingle Cartões da Porto Seguro, baixe o app, baixe o app.<br />
A campanha contará com mais quatro filmes, que trarão figuras<br />
como homens das cavernas, um super-herói e um vovô po<strong>de</strong>roso<br />
como protagonistas, todos interpretados por <strong>de</strong>doches, e será<br />
veiculada no Facebook e no canal do YouTube da companhia. Por<br />
meio do app, os clientes po<strong>de</strong>rão efetuar transações como consulta<br />
<strong>de</strong> senha, visualização <strong>de</strong> movimentação da fatura e consulta<br />
<strong>de</strong> limite.<br />
PAULO<br />
QUEIROZ<br />
PATROCÍNIO:<br />
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FORAS DE SÉRIE<br />
CEO DA DM9DDB<br />
Publicitário com mais <strong>de</strong> 30 anos <strong>de</strong> experiência, construiu uma carreira focada<br />
no fortalecimento da indústria da propaganda no Brasil. Na DM9DDB, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2013,<br />
li<strong>de</strong>ra um time <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300 pessoas. É membro da diretoria do IVC (Instituto Verificador <strong>de</strong> Circulação),<br />
membro do Conselho <strong>de</strong> Ética do CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão) e conselheiro do Grupo <strong>de</strong><br />
Mídia <strong>de</strong> São Paulo. Também faz parte do Brazilian Marketing Hall of Fame.<br />
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jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 31
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O principal reconhecimento nacional do talento,<br />
competência e comprometimento dos lí<strong>de</strong>res que<br />
fazem do Brasil um País melhor e mais competitivo.<br />
Com a presença <strong>de</strong> GERALDO ALCKMIN,<br />
Governador do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />
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Marcas<br />
Fundação Bra<strong>de</strong>sco faz 60 anos<br />
e presta homenagem a ex-alunos<br />
Filmes assinados pela mcgarrybowen e pela WMcCann representam<br />
histórias <strong>de</strong> estudantes que passaram pela instituição em seis décadas<br />
Divulgação<br />
O filme criado pela WMcCann para TV mostra as conquistas <strong>de</strong> uma jovem representadas em abraços dados nas pessoas que a amam<br />
campanha que celebra os<br />
A 60 anos da Fundação Bra<strong>de</strong>sco,<br />
que é também uma homenagem<br />
aos milhares <strong>de</strong> alunos<br />
atendidos anualmente pela<br />
instituição, enfatiza o po<strong>de</strong>r<br />
da educação em criar oportunida<strong>de</strong>s,<br />
ampliar horizontes e<br />
dar um novo rumo na vida das<br />
pessoas. A mcgarrybowen e a<br />
WMcCann assinam, respectivamente,<br />
filmes on e offline,<br />
que retratam a história <strong>de</strong> vida<br />
<strong>de</strong> ex-alunos.<br />
“O momento merecia uma<br />
campanha exclusiva, não só<br />
pela celebração dos 60 anos,<br />
mas pela plena convicção <strong>de</strong><br />
que a Fundação Bra<strong>de</strong>sco é capaz<br />
<strong>de</strong> transformar a vida dos<br />
alunos que passam por uma <strong>de</strong><br />
suas 40 escolas”, <strong>de</strong>clarou Márcio<br />
Parizotto, diretor <strong>de</strong> marketing<br />
do Bra<strong>de</strong>sco.<br />
A Fundação Bra<strong>de</strong>sco foi<br />
criada no dia 22 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong><br />
<strong>de</strong> 1956 e tornou-se referência<br />
mundial e um dos principais<br />
programas educacionais do<br />
país. Seu objetivo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início,<br />
é o <strong>de</strong> promover a inclusão<br />
“Campanha foi<br />
uma viagem <strong>de</strong><br />
transformação.<br />
vimos <strong>de</strong> perto o<br />
que representa o<br />
po<strong>de</strong>r da eduCação<br />
na vida das<br />
pessoas”<br />
e o <strong>de</strong>senvolvimento social por<br />
meio da educação, priorizando<br />
o ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e contribuindo<br />
para a transformação<br />
da vida <strong>de</strong> crianças, jovens ou<br />
adultos em todos os estados<br />
brasileiros e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral.<br />
O filme para TV criado pela<br />
WMcCann apresenta a retrospectiva<br />
<strong>de</strong> uma jovem na instituição<br />
e mostra, por meio <strong>de</strong><br />
abraços, as conquistas que marcaram<br />
sua trajetória. O abraço<br />
no pai no dia da formatura, o<br />
abraço nos colegas do time <strong>de</strong><br />
voleibol na fase da pré-adolescência<br />
ou o abraço da professora<br />
após um teatrinho <strong>de</strong> fantoches.<br />
A campanha estreou no<br />
último dia 22, no intervalo do<br />
Jornal Nacional. O filme tem<br />
versões <strong>de</strong> um minuto e <strong>de</strong> 30<br />
segundos.<br />
A estratégia digital, <strong>de</strong>senvolvida<br />
pela Mcgarrybowen,<br />
conta a história <strong>de</strong> ex-alunos<br />
e como a passagem pela Fundação<br />
Bra<strong>de</strong>sco os ajudou a<br />
revelar seus “superpo<strong>de</strong>res”.<br />
Os filmes serão exibidos no<br />
Facebook e no YouTube, com<br />
<strong>de</strong>sdobramentos para Twitter<br />
e Instagram, além <strong>de</strong> outros<br />
canais digitais. Todas as peças<br />
foram pensadas <strong>de</strong> acordo com<br />
a natureza <strong>de</strong> cada canal. Ao<br />
todo, serão seis filmes que misturam<br />
a linguagem documental<br />
e <strong>de</strong> animação. Por meio da animação,<br />
eles viram super-heróis<br />
que usam seus “superpo<strong>de</strong>res”,<br />
como superraciocínio e foco absoluto,<br />
para apren<strong>de</strong>r e transformar<br />
o entorno. Os personagens<br />
(ex-alunos da entida<strong>de</strong>)<br />
da campanha digital são Dilermando,<br />
engenheiro <strong>de</strong> controle<br />
<strong>de</strong> produção e ganhador <strong>de</strong> um<br />
concurso da NASA, e Daniel,<br />
entomologista do Tocantins,<br />
que trabalha com insetos.<br />
“Essa campanha foi uma viagem<br />
<strong>de</strong> transformação. Vimos<br />
<strong>de</strong> perto o que representa o<br />
po<strong>de</strong>r da educação na vida das<br />
pessoas. Nós nos embrenhamos<br />
no coração do Brasil. A escola<br />
<strong>de</strong> Canuanã é um exemplo <strong>de</strong><br />
um trabalho visionário da fundação.<br />
Voltamos transformados”,<br />
diz Sophie Schonburg, VP<br />
<strong>de</strong> criação da mcgarrybowen.<br />
34 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
maRCas<br />
Produtos da Ceratti viram estrelas<br />
da novela Sol Nascente, na Globo<br />
Ação <strong>de</strong> product placement tem objetivo <strong>de</strong> mostrar que portfólio da<br />
empresa vai muito além da tradicional morta<strong>de</strong>la e está no Brasil todo<br />
Divulgação<br />
Na trama das 18h da Globo, Marcelo Novaes (à esquerda) está à frente da padaria da família que ven<strong>de</strong>rá Ceratti<br />
Cristiane Marsola<br />
Para divulgar o portfólio<br />
completo, com mais <strong>de</strong> 130<br />
itens, a Ceratti aposta em uma<br />
ação <strong>de</strong> product placement, na<br />
novela Sol Nascente, exibida<br />
no horário das 18h, na Re<strong>de</strong><br />
Globo. Os produtos da marca<br />
passam a fazer parte do mix<br />
oferecido na padaria da família<br />
De Angeli, o núcleo italiano<br />
da trama.<br />
É a primeira vez que a Ceratti<br />
aparece <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma trama<br />
e a escolha ocorreu graças<br />
à sinergia existente entre realida<strong>de</strong><br />
e ficção. “A marca ficou<br />
muito fluida na trama porque<br />
as histórias da novela e da Ceratti<br />
têm muita semelhança.<br />
Escolhemos estar na trama<br />
porque tem alguns recados<br />
que precisávamos passar: a<br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> portfólio e a presença<br />
nacional. A Ceratti ainda<br />
é vista como uma marca <strong>de</strong> São<br />
Paulo”, conta Valéria Favaretto,<br />
gerente <strong>de</strong> marketing da<br />
Ceratti.<br />
“A origem itAliAnA<br />
AcAbA sendo<br />
um fAtor <strong>de</strong><br />
diferenciAção. os<br />
produtos já têm<br />
no seu dnA essA<br />
cArActerísticA<br />
gourmet”<br />
A marca foi fundada há mais<br />
80 anos pelo imigrante italiano<br />
Giovanni Ceratti. “A origem italiana<br />
acaba sendo um fator <strong>de</strong><br />
diferenciação. Os produtos já<br />
têm no seu DNA essa característica<br />
gourmet. Esta é a quarta<br />
geração à frente da Ceratti. As<br />
empresas familiares italianas<br />
têm rigor na produção e também<br />
na parte administrativa”,<br />
afirma Valéria.<br />
Na trama, Vittorio, personagem<br />
interpretado por Marcelo<br />
Novaes, é filho <strong>de</strong> um casal <strong>de</strong><br />
imigrantes italianos e está à<br />
frente do comércio da família.<br />
Além <strong>de</strong> participar das ações<br />
<strong>de</strong> merchandising na novela,<br />
que vão até o fim da trama, em<br />
4 <strong>de</strong> março, o ator virou embaixador<br />
da marca. Novaes também<br />
estará nas peças <strong>de</strong> PDV.<br />
A executiva não abre valores<br />
<strong>de</strong> investimento, mas garante<br />
que a ação usa o equivalente<br />
a 50% da verba <strong>de</strong> marketing<br />
anual da empresa. “A ação<br />
também tem uma parte online<br />
importante, com um especial<br />
no GShow. Os atores Aracy Balabanian<br />
e Francisco Cuoco,<br />
caracterizados como personagens,<br />
apresentam receitas”,<br />
fala. A ação é uma parceria da<br />
marca com a Rino.<br />
RePosiCionamento<br />
A Ceratti ganhou nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
visual, que estará em<br />
todas as embalagens da marca<br />
até o fim do próximo ano. As<br />
mudanças no logo, que estão<br />
com traços mais arredondados<br />
e a coroa <strong>de</strong> cinco pontas<br />
em vez <strong>de</strong> três, aparecem primeiro<br />
no material <strong>de</strong> PDV e<br />
na morta<strong>de</strong>la Bologna Tradicional,<br />
que é o carro-chefe da<br />
marca. “As novas embalagens<br />
da morta<strong>de</strong>la chegam ao ponto<br />
<strong>de</strong> venda em <strong>de</strong>zembro”, fala.<br />
Quem assina as mudanças nas<br />
embalagens e na i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual<br />
é a Live Team. “Fizemos o<br />
trabalho em muitas mãos. Esse<br />
reposicionamento da marca foi<br />
feito não apenas pensando em<br />
2017, mas em ampliar o portfólio<br />
no futuro”, diz Valéria.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 35
Marcas & Produtos<br />
Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />
Pisadas<br />
A Rainha lança este mês tênis com a tecnologia ComfortMax. O Bella<br />
é inspirado no lifestyle esportivo com referências da moda e i<strong>de</strong>al para<br />
mulheres. O mo<strong>de</strong>lo tem palmilha com tecnologia ComfortMax, em<br />
material <strong>de</strong> EVA que resulta em maciez e conforto na pisada. Segundo a<br />
empresa, mais duas tecnologias prometem gerar benefícios durante uso<br />
do Bella. O Sysmesh é um tecido mesh com maior troca <strong>de</strong> ar entre as<br />
partes interna e externa. Já a Fix Fit é uma estrutura no cabedal que<br />
proporciona segurança e leveza. Outro <strong>de</strong>talhe é a sola com pintura e<br />
calce fácil, já que não tem cadarços. Ele é apresentado em três cores:<br />
preto; cinza com <strong>de</strong>talhes em vinho; e marinho com <strong>de</strong>talhes em lilás.<br />
bocas<br />
A Mahogany repaginou todo o seu portfólio <strong>de</strong> batons.<br />
Batizada <strong>de</strong> Glam, a nova linha sugere glamour. Inspiradas na<br />
silhueta feminina, as embalagens, todas na cor preta, fazem<br />
alusão a um importante ícone da moda: o “pretinho básico”.<br />
Composta por 18 cores, Glam chega às lojas com tons nu<strong>de</strong>s<br />
e nuances <strong>de</strong> rosa, vermelho e laranja. Para completar, a<br />
coleção traz duas opções <strong>de</strong> batons com textura mate, nas<br />
cores Coppery (terroso) e Wine Grape (vinho intenso).<br />
Proteção<br />
Coppertone lançou a linha<br />
Tattoo no mercado brasileiro.<br />
Desenvolvido para proteger as<br />
tatuagens contra a incidência dos<br />
raios solares, segundo a marca,<br />
a sua fórmula associa barreiras<br />
físicas e químicas, protegendo<br />
e hidratando a pele para<br />
minimizar os efeitos do sol. Está<br />
disponível nas versões loção e<br />
spray e complementa o portfólio<br />
da marca, que acaba <strong>de</strong> ser<br />
relançado no país com fórmulas<br />
adaptadas à pele brasileira.<br />
simPles<br />
A Beneficência Portuguesa <strong>de</strong> São Paulo adotou<br />
nova marca institucional. O projeto faz parte da<br />
estratégia <strong>de</strong> profissionalização da gestão. A i<strong>de</strong>ia é<br />
sintetizar nova segmentação dos serviços oferecidos.<br />
Com isso, busca melhorar a experiência do cliente e<br />
aumentar a atrativida<strong>de</strong> e a receita no atendimento<br />
dos pacientes oriundos <strong>de</strong> operadoras <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, seguradoras e dos pacientes particulares. A<br />
nova marca foi simplificada para BP e consumiu, em<br />
parceria com a FutureBrand, dois anos <strong>de</strong> estudos.<br />
36 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
STORYTELLER<br />
Marina Cota<br />
Ouvi vivendo<br />
Resolvi me especializar em frases<br />
ouvidas em botequins, estes templos<br />
da <strong>de</strong>mocratização da sabedoria<br />
LuLa Vieira<br />
Peguei a mania do Duailibi <strong>de</strong> colecionar<br />
frases. Só que, para não fazer concorrência<br />
direta, na qual eu seria prejudicado<br />
pela excelência do rival, resolvi me especializar<br />
em frases ouvidas em botequins,<br />
estes templos da <strong>de</strong>mocratização da sabedoria.<br />
Ando permanentemente com uma<br />
ca<strong>de</strong>rnetinha e, cada vez que alguém me<br />
brinda com uma frase digna <strong>de</strong> registro, tiro<br />
do bolso o canhenho e escrevo. Reparem<br />
aí o uso magistral da palavra canhenho,<br />
que até o corretor do Word não conhece e<br />
sublinha em vermelho. Canhenho, seu corretor<br />
<strong>de</strong> merda, não é para teu bico. Só eu, o<br />
Houaiss e o Aurélio ainda usamos.<br />
Pois bem, essa minha ca<strong>de</strong>rnetinha<br />
guarda um verda<strong>de</strong>iro tesouro <strong>de</strong> comentários<br />
sobre comida, bebida e convivência.<br />
Por exemplo, um dia ouvi um freguês recusar<br />
um carpaccio sugerido pelo garçom<br />
com a garantia que, para ele, “carne crua só<br />
gemendo”. Não comeu o carpaccio e, pelo<br />
visto, nem a mulher que estava com ele, para<br />
a qual ofereço meus respeitos e meu humil<strong>de</strong><br />
apoio. Outra, que veio do restaurante<br />
<strong>de</strong> um posto <strong>de</strong> gasolina do Sul, confirma<br />
um pouco a propalada grossura gaúcha,<br />
que sabemos injusta e ultrapassada. Mas o<br />
causo é que o garçom, aten<strong>de</strong>ndo três casais,<br />
anotou o pedido <strong>de</strong> bebidas e dirigiu-<br />
-se às senhoras: “e as moças, vão ficar <strong>de</strong><br />
bico seco?”. Quero ver mais donaire do que<br />
isso no Alain Ducasse. Também já registrei<br />
a recusa <strong>de</strong> outro comensal à sugestão <strong>de</strong><br />
uma salada com a afirmação que “salada é<br />
comida <strong>de</strong> comida – meu negócio é carne!”.<br />
Uma vez fui levado a uma lojinha em Volta<br />
Redonda, que faz uma das melhores empadas<br />
que comi na vida, digna do Frangó<br />
ou do Pão e Pão, <strong>de</strong> Nogueira, perto <strong>de</strong> Petrópolis.<br />
São mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z tipo diferentes <strong>de</strong><br />
empadas, uma melhor que a outra. Fiquei<br />
curioso em saber como o rapaz que atendia<br />
no balcão sabia distinguir entre os diversos<br />
tipos. “É simples”, ele me explicou, “camarão<br />
tem um pontinho, camarão com Catupiry<br />
são dois cês, palmito é um pauzinho,<br />
calabresa dois”. Daí eu fiquei intrigado com<br />
um “s” sobre algumas <strong>de</strong>las. Sua resposta<br />
veio junto com um olhar <strong>de</strong> profundo enfado<br />
e <strong>de</strong>sprezo. “Fácil: ‘esse’ <strong>de</strong> cebola!”.<br />
Certa vez, na mesa ao lado da minha, uma<br />
senhora contava às amigas que a irmã <strong>de</strong>la se<br />
separou porque flagrou o marido se dirigindo<br />
<strong>de</strong> madrugada para o quarto da empregada.<br />
Segundo esta senhora, a irmã contou que o<br />
pilantra ainda tinha tentado fingir que estava<br />
tendo um ataque <strong>de</strong> sonambulismo, mas<br />
que a quase corna não aceitou a pantomima.<br />
“Largue <strong>de</strong> palhaçada - teria dito a tal irmã –,<br />
nunca ouvi falar <strong>de</strong> sonâmbulo <strong>de</strong> pau duro”.<br />
Outra vez, no Amarelinho, aqui <strong>de</strong>baixo<br />
do prédio, numa sexta-feira <strong>de</strong> manifestação<br />
tipo “não vai ter golpe”, o bar estava<br />
lotado. Alguém comentou que aquilo estava<br />
um verda<strong>de</strong>iro inferno. O Paiva, nosso<br />
garçom, imediatamente respon<strong>de</strong>u: “isso<br />
que vocês chamam <strong>de</strong> inferno, eu chamo<br />
<strong>de</strong> lar!”. Outro filósofo, o barman do Bistrô<br />
Vilarino, numa noite <strong>de</strong> amargura, chorava<br />
as mágoas: “não basta a crise, o Trump e a<br />
violência... agora eu ainda tenho <strong>de</strong> fazer<br />
caipisaquê <strong>de</strong> frutas vermelhas”.<br />
Numa segunda-feira <strong>de</strong>ssas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
uma <strong>de</strong>rrota do Flamengo, o garçom Manolo<br />
recomendou: “pe<strong>de</strong> coisa fácil porque o<br />
humor da cozinha está terrível!”. Este mesmo<br />
Manolo, um espanhol, é célebre por sua<br />
absoluta falta <strong>de</strong> paciência. Numa noite,<br />
Manolo tentava explicar, com metáforas e<br />
circunlóquios, sem nenhum sucesso, para<br />
uma freguesa o que seriam as “criadillas”<br />
que o menu indicava como uma tapa típica<br />
da região da Mancha. Depois da terceira<br />
tentativa, já meio puto, apontou para o<br />
próprio saco e disse bem alto: “Señora, com<br />
total respeto, criaddillas és esto... <strong>de</strong> toro!”.<br />
É por isso que adoro botequins. É lá que<br />
aprendo muito sobre a vida.<br />
P.S.: O título é uma chupada vergonhosa <strong>de</strong><br />
uma crônica do Artur da Távola, outro anotador<br />
<strong>de</strong> frases.<br />
Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />
Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />
radialista, escritor, editor e professor<br />
lulavieira@grupomesa.com.br<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 37
quem fez<br />
Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />
imaginação<br />
As crianças atendidas pelo Hospital <strong>de</strong> Câncer<br />
<strong>de</strong> Barretos são autoras dos <strong>de</strong>senhos usados<br />
no filme E se..., criado pela WMcCann para a<br />
Fundação Pio XII, mantenedora da unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. As ilustrações dão vida ao discurso<br />
dos sertanejos Daniel, Chitãozinho e Chororó,<br />
que pe<strong>de</strong>m doações.<br />
WMccann<br />
Fundação Pio Xii<br />
Fotos: divulgação<br />
Título: E se...; produto: institucional; criação: Raphael<br />
Fiuza e Lucas Trevisani; produtora do filme:<br />
Cine Cinematográfica; diretor <strong>de</strong> cena: Ivan Abujamra;<br />
produtora <strong>de</strong> animação: Sinlogo Animation;<br />
diretor <strong>de</strong> animação: Alois Di Leo; produtora <strong>de</strong><br />
som: YBMusic; aprovação pelo cliente: Henrique<br />
Prata e Karina Sarri Carreira.<br />
Feliz comilança<br />
Quem adora comer tem um amor especial<br />
pelos pratos típicos <strong>de</strong> Natal. O filme Desejos<br />
<strong>de</strong> Natal, da Rái para a Ofner, usa os<br />
ingredientes especiais da linha gourmet<br />
dos panetones artesanais da marca “traduzidos”<br />
em votos <strong>de</strong> boas-festas. Entre os<br />
<strong>de</strong>sejos estão “que você se realize com o recheio<br />
<strong>de</strong> chocolate belga”.<br />
Rái PubLicida<strong>de</strong><br />
oFneR<br />
Título: Desejos <strong>de</strong> Natal; produto: linha gourmet<br />
<strong>de</strong> panetones artesanais; criação: Guilherme<br />
Fleury, Maurício Cavalcanti, Lucas Adam e Marcos<br />
Dionysio; produtora do filme: Teolá Produções;<br />
direção <strong>de</strong> cena: Jr. Júnior; aprovação do<br />
cliente: Fabiana Marin.<br />
Frentista<br />
Raízen, licenciada da Shell no Brasil, surpreen<strong>de</strong>u<br />
os fãs <strong>de</strong> Fórmula 1 para promover a<br />
gasolina aditivada Shell V-Power Nitro+. Sebastian<br />
Vettel, piloto da Ferrari, virou frentista<br />
e abastecia o carro dos fãs quando eles<br />
pediam especificamente pelo combustível. O<br />
resultado da ação po<strong>de</strong> ser conferido em um<br />
ví<strong>de</strong>o, especialmente para o ambiente digital.<br />
VML<br />
Raízen<br />
Título: Abastecimento surpreen<strong>de</strong>nte; produto:<br />
Shell V-Power Nitro+; criação: Andre Barreiros, Catarina<br />
Menchik e Wellington Ferreira; produtora: Movie<br />
Art; direção <strong>de</strong> cena: Marcelo Bozzini; produtora<br />
<strong>de</strong> som: Charlotte; aprovação do cliente: Renato<br />
Grego, Lucas Coelho e Patrick Serta.<br />
38 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
segredos<br />
O youtuber Cauê Moura, do canal Desce<br />
a Letra, é a estrela da campanha Receita<br />
Secreta, que The Heart Corporation<br />
criou para KFC Brasil em parceria<br />
com a Coca-Cola. Em uma das lojas, foi<br />
instalado um “confessionário”, on<strong>de</strong><br />
os clientes podiam trocar segredos por<br />
produtos. Era o digital influencer quem<br />
<strong>de</strong>cidia, na hora, qual o pagamento pelo<br />
segredo. As histórias são garantia <strong>de</strong><br />
diversão.<br />
The heaRT coRPoRaTion<br />
KFC BRasil<br />
Título: Receita Secreta; produto: institucional;<br />
direção <strong>de</strong> criação: Valmir Leite, Marcelo Camargo<br />
e Aline Leucz; diretor <strong>de</strong> arte: Edivaldo<br />
Batalha e Marcelo Camargo; redator: Arthur<br />
Montenegro e Aline Leucz; produtora <strong>de</strong> filme:<br />
Aiá Produtora; direção <strong>de</strong> cena: Adriano<br />
Plotzki; aprovação do cliente: Juliana Pisani,<br />
Lucas Couto, Camila Oliboni e Cynthia Tinelli.<br />
Vários cortes<br />
Depois <strong>de</strong> educar o consumidor<br />
sobre a importância<br />
da marca e, por consequência,<br />
da procedência da carne,<br />
a nova campanha da Friboi<br />
apresenta os diversos cortes<br />
<strong>de</strong> carne disponíveis no<br />
mercado e os diversos usos,<br />
para todo tipo <strong>de</strong> bolso. Os<br />
dois filmes têm a presença do<br />
garoto-propaganda da marca,<br />
Tony Ramos.<br />
LeW’LaRa\TbWa<br />
FRiBoi<br />
Título: Tem que ter Friboi; produto:<br />
Institucional; criação: Ulisses<br />
Razaboni, Leandro Pinheiro, Paulo<br />
Moraes e Mariana Horta; produtora<br />
<strong>de</strong> filme: Conspiração; diretor<br />
<strong>de</strong> cena: Mini Kerti; produtora <strong>de</strong><br />
áudio: E-Noise; aprovação do<br />
cliente: Maria Eugenia Rocha e<br />
Mariana Morais.<br />
Estão Abertas as inscrições ao Prêmio Colunistas São Paulo<br />
<strong>2016</strong>! Não perca tempo! Faça a inscrição da sua agência!<br />
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Patrocínio:<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 39
consumo<br />
Estudo feito pela Y&R aponta novo<br />
comportamento no jeito <strong>de</strong> morar<br />
Com apoio da revista Casa Claudia, conclusão é que há quatro perfis:<br />
empresa, hotel, clube e galeria, todos com customização exclusiva<br />
Sumara Osório, diretora <strong>de</strong> planejamento da Y&R: informação e entretenimento<br />
“Buscamos o<br />
apoio da Editora<br />
aBril para somar<br />
a sua grandE<br />
ExpErtisE Em casa.<br />
parcEria inédita<br />
no sEntido dE<br />
produzir juntos<br />
um contEúdo<br />
com formato<br />
difErEntE”<br />
Divulgação<br />
Paulo Macedo<br />
Há uma nova concepção no<br />
jeito <strong>de</strong> morar que une novas<br />
tendências, praticida<strong>de</strong>, intimida<strong>de</strong>,<br />
beleza e conveniência.<br />
A conclusão é <strong>de</strong> um estudo<br />
coor<strong>de</strong>nado pela agência Y&R<br />
em parceria com a revista Casa<br />
Claudia, cuja amostra envolveu<br />
arquitetos, <strong>de</strong>signers, antropólogos<br />
e até psicanalistas. A conclusão<br />
mostra que há quatro<br />
mo<strong>de</strong>los, i<strong>de</strong>ntificados como<br />
hotel, clube, galeria e empresa.<br />
Mais do que clichês, os núcleos<br />
retratam comportamentos exatos<br />
dos consumidores. Os integrantes<br />
<strong>de</strong> hotel, por exemplo,<br />
gostam <strong>de</strong> uma vida prática,<br />
com conveniência e serviços<br />
funcionais.<br />
“A pesquisa busca enten<strong>de</strong>r<br />
a relação do brasileiro com a<br />
casa, a partir da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />
tendências e valores pessoais e<br />
familiares. O objetivo é saber<br />
o que mudou no jeito <strong>de</strong> morar<br />
do brasileiro, consi<strong>de</strong>rando<br />
as transformações profundas<br />
pelas quais o mundo vem passando<br />
ultimamente. Queríamos<br />
buscar perfis <strong>de</strong> comportamento<br />
que só pu<strong>de</strong>ssem ser i<strong>de</strong>ntificados<br />
nos dias <strong>de</strong> hoje. Parte <strong>de</strong><br />
uma ampla pesquisa, ainda em<br />
andamento, o estudo contemplou<br />
entrevistas, em fevereiro<br />
e março <strong>de</strong>ste ano, por meio<br />
<strong>de</strong> pesquisas qualitativas com<br />
especialistas em várias áreas do<br />
conhecimento como sociologia,<br />
arquitetura, antropologia,<br />
psicanálise, <strong>de</strong>sign e influenciadores<br />
do mercado home, assim<br />
como consumidores. Na próxima<br />
etapa, no primeiro semestre<br />
<strong>de</strong> 2017, vamos enten<strong>de</strong>r o<br />
tamanho <strong>de</strong>stes fenômenos”,<br />
explica Sumara Osório, diretora<br />
<strong>de</strong> planejamento da Y&R.<br />
O projeto nasceu na área <strong>de</strong><br />
planejamento da agência. A<br />
iniciativa faz parte <strong>de</strong> uma série<br />
<strong>de</strong> estudos qualitativos cujo<br />
propósito é trazer inovação <strong>de</strong><br />
pensamento e i<strong>de</strong>ntificar insights.<br />
“O estudo contou com<br />
o suporte <strong>de</strong> especialistas em<br />
comportamento humano, consumo<br />
e mercado <strong>de</strong> casa. Buscamos<br />
o apoio da Editora Abril<br />
para somar a sua gran<strong>de</strong> expertise<br />
em casa, como gran<strong>de</strong>s<br />
influenciadores do mercado.<br />
Também queríamos fazer uma<br />
parceria inédita no sentido <strong>de</strong><br />
produzir juntos um conteúdo<br />
com formato diferenciado, que<br />
juntasse pesquisa e jornalismo,<br />
informação e entretenimento”,<br />
justificou a executiva.<br />
As mudanças estão sendo<br />
consolidadas <strong>de</strong> forma rápida.<br />
Sumara afirma que há cinco<br />
anos não era possível notar tendências<br />
como <strong>de</strong>sapego <strong>de</strong> pos-<br />
se, economia compartilhada e<br />
resgate do convívio familiar.<br />
“As marcas precisam seguir o<br />
ritmo <strong>de</strong>stas mudanças na mesma<br />
velocida<strong>de</strong>, inovando sempre”,<br />
ela argumenta. “A vida<br />
dos brasileiros mudou muito<br />
nos últimos anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a relação<br />
cotidiana com a tecnologia<br />
até no trabalho. E são os novos<br />
significados da casa que o Estudo<br />
Home procura enten<strong>de</strong>r, a<br />
partir da análise das múltiplas<br />
tendências e valores atuais dos<br />
brasileiros, que não existiam há<br />
cinco ou <strong>de</strong>z anos, as transformações<br />
ocorridas e suas implicações<br />
em hábitos <strong>de</strong> consumo”,<br />
acrescenta Sumara.<br />
O perfil clube da pesquisa,<br />
por exemplo, mostra que a casa<br />
é o melhor lugar para trabalhar<br />
e morar. “Home sweet office.<br />
Esse é o tipo <strong>de</strong> casa para<br />
quem tem perfil disciplinado e<br />
organizado. Tudo está sempre<br />
funcionando: parte elétrica,<br />
hidráulica, pintura, produtos<br />
eletrônicos, lista <strong>de</strong> compras<br />
exatas, arquivos organizados<br />
(garantias <strong>de</strong> produtos e notas<br />
fiscais) e para tudo existe um<br />
local certo na casa, facilmente<br />
encontrado. Tudo sem abrir<br />
mão do conforto, com ambientes<br />
multiuso, <strong>de</strong>coração com<br />
toques pessoal e, claro, tecnologia<br />
<strong>de</strong> ponta”, <strong>de</strong>screve.<br />
“Essa coisa muito formal da<br />
empresa, imutável, que vem lá<br />
da segunda revolução industrial,<br />
não cabe mais. A questão<br />
do co-working, <strong>de</strong> ter um espaço<br />
e fazer home office porque o<br />
transito é caótico nas gran<strong>de</strong>s<br />
cida<strong>de</strong>s, por exemplo, <strong>de</strong>ve ser<br />
cada vez mais comum. Precisam<br />
sentir um toque <strong>de</strong> estar ali<br />
acolhido, confortável. Ambientes<br />
que fomentem isso são cada<br />
vez mais bem-vindos. Ninguém<br />
quer trabalhar em um lugar cinza,<br />
pesado, sem liberda<strong>de</strong>. As<br />
pessoas mais felizes produzem<br />
mais e melhor”, finaliza Eliana<br />
Sanches, diretora <strong>de</strong> redação <strong>de</strong><br />
Casa Claudia.<br />
40 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
consumo<br />
Maioria dos jovens da geração Z da<br />
América Latina quer ter nos shoppings<br />
áreas gran<strong>de</strong>s que recebam encontros<br />
<strong>de</strong> várias tribos e um lugar para<br />
relacionamento e convivência<br />
shironosav/iStock<br />
Geração Z espera <strong>de</strong> shoppings mais<br />
do que um centro para fazer compras<br />
Pesquisa realizada pela Officina Sophia em parceria com a Abrasce<br />
mostra que jovens <strong>de</strong> 13 a 18 anos querem lugar para encontros e lazer<br />
Cristiane Marsola<br />
Outros formatos para os shoppings<br />
em um futuro próximo<br />
é a expectativa e o <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> 40% dos brasileiros e 41%<br />
dos latino-americanos. O que<br />
a geração Z quer encontrar em<br />
um centro <strong>de</strong> compras é a pergunta<br />
que norteou o estudo O<br />
Shopping do Futuro, realizado<br />
pela Officina Sophia Retail e pela<br />
Officina Sophia Minds & Hearts,<br />
ambas da holding HSR, em<br />
parceria com a Abrasce (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Shoppings<br />
Centers). Foram ouvidos mais<br />
<strong>de</strong> 1.200 jovens, <strong>de</strong> 13 a 18 anos,<br />
das classes A, B e C.<br />
A geração Z quer mais que um<br />
centro <strong>de</strong> compras. A pesquisa<br />
mostrou que 56% dos brasileiros<br />
e 57% dos latino-americanos<br />
têm preferência por gran<strong>de</strong>s<br />
áreas para encontros <strong>de</strong> diferentes<br />
tribos. A pesquisa também<br />
mostrou que 59% dos jovens no<br />
Brasil e 60% na América Latina<br />
gostariam <strong>de</strong> encontrar locais <strong>de</strong><br />
relacionamento e convivência.<br />
O mercado já tem um movimento<br />
neste sentido, mas ainda<br />
bastante tímido. “Alguns shoppings<br />
novos já contemplam em<br />
sua estrutura áreas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
convivência, teatros e restaurantes<br />
diferenciados. Outros já<br />
investem em calendário <strong>de</strong> atrações<br />
promovendo shows e ativida<strong>de</strong>s<br />
pontuais em datas sazonais.<br />
São iniciativas positivas,<br />
mas que ainda não são robustas<br />
ou frequentes o suficiente para<br />
que o shopping seja percebido<br />
como um life center”, diz Valéria<br />
Rodrigues, diretora da Officina<br />
Sophia Retail, responsável<br />
pela pesquisa.<br />
Entre as <strong>de</strong>mandas da geração<br />
Z nos shoppings estão wi-fi<br />
grátis (57%), espaços <strong>de</strong> interação<br />
e convivência (48%) e equilíbrio<br />
entre a presença <strong>de</strong> natureza<br />
e tecnologia no mesmo<br />
ambiente (46%). Para o lazer,<br />
o cinema é citado por 44% dos<br />
jovens; espaço para shows, por<br />
42%; e locais para jogar campeonatos<br />
<strong>de</strong> games, 39%. Para 30%<br />
dos entrevistados, <strong>de</strong>ve haver<br />
um novo olhar para a oferta <strong>de</strong><br />
diversão, que inclua fantasia,<br />
prazer e recompensa.<br />
Outras características esperadas<br />
pela geração Z para esses<br />
centros são a <strong>de</strong>partamentalização<br />
por categoria <strong>de</strong> produtos<br />
(43%), lojas com personalização<br />
<strong>de</strong> roupas (42%) e provadores<br />
digitais (39%), livrarias com<br />
proposta sustentável (27%) e<br />
locais que promovam prazer e<br />
bem-estar (60%).<br />
Segundo a executiva, o estudo<br />
não mostra que o shopping <strong>de</strong>ixará<br />
<strong>de</strong> ser um centro <strong>de</strong> compras.<br />
“Acreditamos no equilíbrio<br />
entre estas três áreas: serviços,<br />
experiências e produtos. O que<br />
vemos é a oportunida<strong>de</strong> para que<br />
as lojas ampliem seus negócios,<br />
proporcionando ao seu cliente<br />
não só a venda <strong>de</strong> um bem. Existe<br />
espaço para que a loja física se<br />
torne um centro <strong>de</strong> experiência<br />
com o produto e com marcas,<br />
promova a multicanalida<strong>de</strong>, permitindo<br />
inclusive compras no<br />
ambiente digital, e ainda ofereça<br />
serviços agregados”, fala Valéria.<br />
Dois aspectos da pesquisa<br />
chamaram a atenção da executiva:<br />
o comportamento <strong>de</strong> compra<br />
digital e a <strong>de</strong>manda pela <strong>de</strong>partamentalização<br />
por categoria <strong>de</strong><br />
produto. “56% dos jovens brasileiros<br />
<strong>de</strong> 14 a 18 anos já realizam<br />
compras online. Este target não<br />
<strong>de</strong>monstra barreira em realizar<br />
compras online mesmo em categorias<br />
que, em um passado<br />
recente, <strong>de</strong>mandavam experiência<br />
com o produto: tocar o<br />
tecido, analisar a costura, experimentar<br />
o tamanho e o caimento”,<br />
diz. A <strong>de</strong>manda por organização<br />
por categoria <strong>de</strong> produto<br />
também po<strong>de</strong> ser interpretada<br />
como uma consequência do digital.<br />
“Esta <strong>de</strong>manda, também<br />
relacionada ao comportamento<br />
digital, estaria representando a<br />
forma como os sites <strong>de</strong> compra<br />
estão organizados. É como se<br />
este novo consumidor estivesse<br />
levando a experiência digital<br />
para o mundo real. Para a geração<br />
Z, não <strong>de</strong>vem existir fronteiras<br />
entre o mundo digital e o<br />
físico”, afirma Valéria.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 41
consumo<br />
Estudo Transparencida<strong>de</strong> revela<br />
insights do brasileiro em crise<br />
Conduzida pela Dim&Canzian, pesquisa contempla população das<br />
cinco regiões e traduz o sentimento do país em relação a <strong>de</strong>z pontos<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
Diante da crise econômica,<br />
o brasileiro parece ter mudado<br />
seu comportamento. Para<br />
enten<strong>de</strong>r como o momento<br />
crítico influencia na vida da<br />
população e que mudanças<br />
foram essas, a Dim&Canzian<br />
realizou um estudo nacional<br />
intitulado Transparencida<strong>de</strong><br />
- junção das palavras transparência<br />
e cumplicida<strong>de</strong> -, que<br />
resultou em <strong>de</strong>z insights.<br />
O levantamento foi feito<br />
nas cinco regiões do Brasil e<br />
entrevistou, em profundida<strong>de</strong>,<br />
centenas <strong>de</strong> brasileiros.<br />
Foram 16 mil quilômetros percorridos,<br />
mais <strong>de</strong> 40 horas <strong>de</strong><br />
voo e mais <strong>de</strong> 50 horas <strong>de</strong> entrevistas<br />
gravadas pela equipe<br />
da Dim&Canzian.<br />
“Utilizamos duas metodologias:<br />
qualitativa, com<br />
entrevista em profundida<strong>de</strong>,<br />
e quantitativa, com questionário<br />
digital. Temos uma<br />
amostra <strong>de</strong> 530 pessoas participantes.<br />
Para as entrevistas<br />
em profundida<strong>de</strong> escolhemos<br />
estar presentes nas cinco regiões<br />
do Brasil, e as praças escolhidas<br />
foram São Paulo, Belo<br />
Horizonte, Porto Alegre, Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, Salvador, Brasília<br />
e Belém. O questionário quantitativo<br />
contemplou o Brasil<br />
inteiro”, <strong>de</strong>talha Samantha<br />
Barbieri, diretora <strong>de</strong> Planejamento<br />
da Dim&Canzian.<br />
De acordo com Samantha,<br />
todos os insights levantados<br />
obe<strong>de</strong>ceram ao critério <strong>de</strong> representar<br />
verda<strong>de</strong>s que refletissem<br />
mais <strong>de</strong> 80% da amostra.<br />
A diretora ressalta ainda<br />
que o estudo, que será divulgado<br />
também em um formato<br />
<strong>de</strong> documentário no You-<br />
Tube, está alinhado à nova<br />
cultura da agência, Make it<br />
Deep. “Estamos sempre muito<br />
conectados com os movimentos<br />
humanos e não podíamos<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> olhar para esse momento<br />
que estamos vivendo,<br />
No quesito alimentação, com a crise, o brasileiro passou a valorizar refeições mais saudáveis e feitas em casa<br />
quando percebemos um novo<br />
mindset emergindo. A nossa<br />
atual crise política, econômica<br />
e social reflete uma crise <strong>de</strong><br />
valores e, consequentemente,<br />
o tipping point para gran<strong>de</strong>s<br />
mudanças <strong>de</strong> expectativa, hábitos<br />
e <strong>de</strong>sejos. Vamos, sem<br />
dúvida nenhuma, aplicar esse<br />
estudo no dia a dia dos nossos<br />
clientes e projetos. Afinal, um<br />
estudo <strong>de</strong>sse porte mexe profundamente<br />
no DNA da agência”,<br />
explica.<br />
InsIghts<br />
No que diz respeito às relações,<br />
o estudo mostra que<br />
em tempos <strong>de</strong> incerteza econômica<br />
os brasileiros estão<br />
estreitando os laços e, apesar<br />
<strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa ter ficado mais<br />
caro, a celebração <strong>de</strong> conquistas<br />
ainda existe. Além disso,<br />
o consumidor se mostra mais<br />
consciente: quem comprava<br />
por impulso passou a pensar<br />
duas vezes antes <strong>de</strong> adquirir<br />
supérfluo. A preferência é pelos<br />
itens básicos para casa.<br />
Outro insight levantado é<br />
sobre saú<strong>de</strong>, que se mantém<br />
como priorida<strong>de</strong> entre os<br />
gastos da população. Como<br />
tendência em alimentação,<br />
os produtos industrializados<br />
estão per<strong>de</strong>ndo espaço para<br />
comida feita em casa com alimentos<br />
mais saudáveis, o que<br />
gerou um boom na <strong>de</strong>manda<br />
por conteúdo culinário na<br />
TV e no YouTube. As re<strong>de</strong>s<br />
sociais, aliás, ganharam status<br />
<strong>de</strong> palanque e militância,<br />
on<strong>de</strong> as pessoas se sentem ouvidas<br />
e empo<strong>de</strong>radas.<br />
Em relação às marcas, os<br />
consumidores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />
shironosov/iStock<br />
cada vez menos <strong>de</strong>las para<br />
formar sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e têm<br />
paixão por empresas que entreguem<br />
um serviço além do<br />
prometido. No quesito renda,<br />
a segunda - e até terceira<br />
- fonte <strong>de</strong> recursos está se tornando<br />
comum em tempos <strong>de</strong><br />
recessão.<br />
A pesquisa também mostra<br />
que no plano <strong>de</strong> sonhos<br />
e medos, o maior receio do<br />
brasileiro é fracassar. Sobre<br />
o futuro do Brasil, 100% dos<br />
entrevistados disseram que,<br />
se pu<strong>de</strong>ssem mudar algo no<br />
país, seria a educação. E, por<br />
fim, o estudo traz insight sobre<br />
valores: cumplicida<strong>de</strong> e<br />
transparência são as características<br />
mais importantes para<br />
os brasileiros, seja na política,<br />
na socieda<strong>de</strong> ou na prestação<br />
<strong>de</strong> serviços.<br />
42 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
mundo digital<br />
wildpixel/iStock<br />
Percepção e realida<strong>de</strong><br />
Há uma gran<strong>de</strong> distorção no modo pelo qual<br />
anunciantes e publicitários estão percebendo<br />
a realida<strong>de</strong> do consumo das mídias<br />
Rafael Sampaio<br />
Os mais bem informados <strong>de</strong> nosso setor<br />
lembram do histórico impacto da<br />
campanha Perception and reality, criada<br />
no começo dos anos 1980 pela então<br />
FallonMcElligott Rice, <strong>de</strong> Mineapolis, para<br />
a revista Rolling Stones se reposicionar<br />
diante do mercado publicitário americano.<br />
A imagem que a revista tinha junto aos<br />
anunciantes e publicitários era <strong>de</strong> ser um<br />
veículo alternativo lido basicamente pelos<br />
roqueiros, hippies e seguidores. Na realida<strong>de</strong>,<br />
porém, tinha uma <strong>de</strong>mografia <strong>de</strong> leitores<br />
<strong>de</strong> altíssimo nível econômico e cultural,<br />
só per<strong>de</strong>ndo para o perfil da sofisticada The<br />
New Yorker.<br />
Recentemente, a Think Box concluiu<br />
um estudo, batizado <strong>de</strong> TV Nation, sobre o<br />
volume e perfil <strong>de</strong> consumo da TV no Reino<br />
Unido, na qual ficou mais do que evi<strong>de</strong>nte<br />
que o mercado publicitário daquele<br />
país tem uma percepção muito distorcida<br />
da sua realida<strong>de</strong> diante do fenômeno digital.<br />
As diferenças entre a percepção da<br />
publicida<strong>de</strong> e a realida<strong>de</strong> dos consumidores<br />
é brutal, <strong>de</strong>monstrando, uma vez mais,<br />
que existe uma crença hipermaximizada<br />
sobre o impacto publicitário do digital e<br />
muito minimizada em relação à TV. E isso<br />
significa, na prática, recomendações bastante<br />
equivocadas e <strong>de</strong>cisões totalmente<br />
enviesadas sobre os investimentos das<br />
marcas.<br />
O estudo completo está disponibilizado<br />
no bit.ly/2g7KZcJ, mas suas principais conclusões<br />
po<strong>de</strong>m ser vistas a seguir. No caso<br />
da percentagem da população que assiste<br />
à TV ao vivo (no momento em que seus<br />
programas são transmitidos), enquanto os<br />
consumidores <strong>de</strong>dicam a esse formato 87%<br />
<strong>de</strong> seu tempo <strong>de</strong>dicado ao meio, os anunciantes<br />
e publicitários acham que é <strong>de</strong> 49%<br />
– ou seja, os responsáveis pelo <strong>de</strong>stino das<br />
verbas subestimam a força da TV tradicional<br />
em 75% <strong>de</strong> seu real peso na vida da população.<br />
Enquanto as pessoas <strong>de</strong>dicam 8% <strong>de</strong> seu<br />
tempo ao consumo on-<strong>de</strong>mand da TV, os<br />
anunciantes e publicitários do Reino Unido<br />
afirmam acreditar que essa alternativa<br />
seria hábito <strong>de</strong> 91% <strong>de</strong>las. A percentagem<br />
do tempo que os consumidores empregam<br />
com serviços on-<strong>de</strong>mand, tipo Netflix, é,<br />
na visão dos anunciantes e publicitários,<br />
<strong>de</strong> 84% – contra uma realida<strong>de</strong> mensurada<br />
em pesquisa <strong>de</strong> 11%. No caso do tempo em<br />
que a população assiste a ví<strong>de</strong>os no YouTube,<br />
os anunciantes e publicitários acreditam<br />
ser <strong>de</strong> 62% do total diário <strong>de</strong> consumo<br />
<strong>de</strong>sse gênero <strong>de</strong> mensagem. Mas a pesquisa<br />
revelou que, na real, essa percentagem<br />
é <strong>de</strong> apenas 16%. Outra crença estabelecida<br />
junto ao mercado publicitário é a <strong>de</strong> que o<br />
consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os no formato multitelas<br />
(ou seja, através <strong>de</strong> diversos <strong>de</strong>vices) já seria<br />
um fato consolidado, a nível <strong>de</strong> 50% do<br />
tempo <strong>de</strong> consumo. A verda<strong>de</strong> do mercado,<br />
porém, é que esse consumo ainda está na<br />
faixa <strong>de</strong> 19%.<br />
Outro grupo <strong>de</strong> comparações que <strong>de</strong>monstra<br />
que os anunciantes e publicitários<br />
estão vivendo em um mundo à parte da<br />
população para a qual dirigem a publicida<strong>de</strong><br />
dos produtos e serviços <strong>de</strong> massa po<strong>de</strong><br />
ser conferido em seguida. Enquanto os<br />
responsáveis pela publicida<strong>de</strong> acreditam<br />
que 93% da população consome habitualmente<br />
o LinkedIn, na realida<strong>de</strong> esse índice<br />
é <strong>de</strong> 14%. No caso do YouTube, a crença<br />
dos primeiros é <strong>de</strong> 92% da população, mas<br />
a pesquisa <strong>de</strong>monstrou que, na realida<strong>de</strong>,<br />
é <strong>de</strong> 60%. Já os números referentes ao Facebook<br />
são, respectivamente, <strong>de</strong> 90% e <strong>de</strong><br />
62%. Em relação ao Twitter, o <strong>de</strong>scompasso<br />
é <strong>de</strong> 81% contra 22%. No caso dos serviços<br />
<strong>de</strong> VOD (ví<strong>de</strong>o on <strong>de</strong>mand), o consumo<br />
<strong>de</strong> Netflix, que os anunciantes e publicitários<br />
acreditam ser <strong>de</strong> 63%, na realida<strong>de</strong> do<br />
mercado, é <strong>de</strong> 30%. Também os números<br />
do Amazon Prime mantêm essa proporção:<br />
<strong>de</strong> 30% contra 15%.<br />
Fica evi<strong>de</strong>nte, portanto, que existe uma<br />
gran<strong>de</strong> distorção no modo pelo qual anunciantes<br />
e publicitários estão percebendo<br />
a realida<strong>de</strong> do consumo das mídias pelos<br />
consumidores, tanto porque projetam o<br />
próprio comportamento e o <strong>de</strong> seus familiares<br />
e amigos para o conjunto da população,<br />
tanto porque andam embevecidos pelo<br />
canto <strong>de</strong> sereia do digital.<br />
Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />
rafael.sampaio@uol.com.br<br />
44 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
www.espm.br<br />
Há 65 anos,<br />
acreditamos<br />
que a melhor forma<br />
<strong>de</strong> transformar<br />
o futuro é investir<br />
nos talentos hoje.<br />
Transformar o mundo e melhorar<br />
a socieda<strong>de</strong>. Um sonho que a ESPM<br />
vem perseguindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que iniciou<br />
as suas ativida<strong>de</strong>s há 65 anos.<br />
E sabemos que este <strong>de</strong>safio só será<br />
vencido se <strong>de</strong>rmos espaço para as<br />
novas i<strong>de</strong>ias e prepararmos os talentos<br />
para se tornarem os profissionais<br />
lí<strong>de</strong>res, os empreen<strong>de</strong>dores<br />
conscientes e os transformadores<br />
<strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>.<br />
ESPM 65 anos.<br />
Preparando talentos<br />
para transformar o futuro.<br />
São Paulo<br />
Rua Doutor Álvaro Alvim, 123 - Vila Mariana<br />
Rua Joaquim Távora, 1.240 - Vila Mariana<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Rua do Rosário, 90 - Centro<br />
Porto Alegre<br />
Rua Guilherme Schell, 350 - Santo Antônio
digital<br />
Creator’s House chega com proposta<br />
<strong>de</strong> ser hub <strong>de</strong> influence marketing<br />
Espaço <strong>de</strong> colaboração criativa, com ajuda <strong>de</strong> especialistas, envolve<br />
o youPIX e a Content House com estúdios e cenários customizáveis<br />
Adrianne Elias, fundadora da pioneira Content House, aposta em um espaço para profissionalizar <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> influenciadores<br />
“O <strong>de</strong>safiO é<br />
esse: nãO tentar<br />
encaixar a velha<br />
prOpaganda<br />
<strong>de</strong>ntrO <strong>de</strong> algO<br />
cOmpletamente<br />
diferente, que<br />
é O influence<br />
marketing”<br />
Paulo Macedo<br />
Foi lançada no último dia 24,<br />
em São Paulo, a Creator’s<br />
House. O propósito é ser um<br />
hub <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />
content para materializar<br />
projetos <strong>de</strong> jovens empreen<strong>de</strong>dores<br />
digitais com salas <strong>de</strong> coworking,<br />
aceleradora, laboratório,<br />
estúdios <strong>de</strong> som e imagem,<br />
escola, cenários customizáveis<br />
e até um rooftop com vista para<br />
o bairro da Vila Madalena. O<br />
projeto une a Co-Creators, Content<br />
House e a plataforma you-<br />
PIX, que vão colocar à disposição<br />
dos usuários especialistas<br />
como filmakers e analistas <strong>de</strong><br />
big data.<br />
“É um ambiente por on<strong>de</strong><br />
vão circular <strong>de</strong>s<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s marcas e anunciantes<br />
a influenciadores consolidados,<br />
o que, com certeza, inspira<br />
quem já está acostumado<br />
a fazer conteúdo <strong>de</strong> um jeito<br />
mais tradicional e, ainda mais,<br />
aqueles que estão começando”,<br />
afirma Adrianne Elias, CEO e<br />
fundadora da Co-Creators e da<br />
Content House.<br />
A executiva explica que a<br />
inspiração do negócio se <strong>de</strong>u<br />
através <strong>de</strong> conversas com agentes<br />
da indústria e a constatação<br />
<strong>de</strong> que falta profissionalização<br />
nas funções e no negócio <strong>de</strong> influence<br />
marketing.<br />
“Os influenciadores se <strong>de</strong>senvolveram<br />
sozinhos, alcançaram<br />
gran<strong>de</strong>s feitos, audiências,<br />
projetos, verbas, mas<br />
agora as marcas, até por investirem<br />
mais nesse segmento,<br />
requerem também um grau <strong>de</strong><br />
profissionalização maior, tanto<br />
na produção quanto na apuração<br />
dos resultados, no planejamento<br />
e na estratégia. É nisso<br />
que temos nos diferenciado. Os<br />
influenciadores têm visto valor<br />
na nossa proposta, as marcas<br />
também. O mo<strong>de</strong>lo é acelerar<br />
os criadores digitais nos seus<br />
negócios e nichos; é um mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> revenue share, <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>,<br />
já que somos sócios do<br />
criativo, à medida em que <strong>de</strong>senvolvemos<br />
conteúdo, canais<br />
e projetos em conjunto”, fala.<br />
Na era dos influenciadores, é<br />
necessária a compreensão dos<br />
conteúdos que estão sendo gerados.<br />
“Cada vez menos as pessoas<br />
vão consumir propaganda<br />
tradicional, ou seja, as marcas<br />
falando <strong>de</strong>las mesmas. As pessoas<br />
querem se relacionar, ter<br />
dicas e opiniões <strong>de</strong> alguém que<br />
<strong>de</strong> fato esteja ali trabalhando<br />
para um conteúdo verda<strong>de</strong>iro,<br />
Alê Oliveira<br />
relevante, que faça sentido”,<br />
explica Adrianne. “O <strong>de</strong>safio é<br />
esse: não tentar encaixar a velha<br />
propaganda <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> algo<br />
completamente diferente, que<br />
é o influence marketing. Um<br />
dos nossos primeiros projetos,<br />
que vai estrear nesta semana, é<br />
o canal Me Poupe, no YouTube,<br />
da Natalia Cury, para o Serasa,<br />
para falar do Feirão do Endividamento.<br />
É um conteúdo 100%<br />
alinhado com a pauta editorial<br />
do Me Poupe, com o estilo da<br />
Natália e com o público <strong>de</strong>la”,<br />
finaliza.<br />
46 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
agênCias<br />
FCB renova mo<strong>de</strong>lo com velocida<strong>de</strong>,<br />
metodologia e inovação em processos<br />
A área <strong>de</strong> tecnologia trabalha para materializar soluções criativas em<br />
projetos como Anúncio protetor, que ganhou Grand Prix em Cannes<br />
PAulo MAcedo<br />
Chairman da re<strong>de</strong> FCB na<br />
América Latina, que abrange<br />
20 escritórios, mas com<br />
concentratação <strong>de</strong> 60% das receitas<br />
no mercado brasileiro,<br />
on<strong>de</strong> também é CEO, e 20% no<br />
México, o executivo Aurélio<br />
Lopes está atento às transformações<br />
que a comunicação<br />
vem absorvendo nos últimos<br />
anos. O conhecimento adquirido,<br />
alinhado com o coletivo <strong>de</strong><br />
executivos e profissioinais da<br />
agência, é usado para torná-la<br />
um produto diferenciado cuja<br />
embalagem estampa os três<br />
pilares-chaves da gestão: metodologia,<br />
inovação/tecnologia<br />
e velocida<strong>de</strong>.<br />
“Na pesquisa Agency Scope<br />
<strong>2016</strong>, a percepção dos nossos<br />
clientes é que a metodologia<br />
que usamos é 100% confiável”<br />
resume Lopes, que aten<strong>de</strong> 16<br />
clientes, entre os quais Nestlé,<br />
Sky, HP, Nivea, Consul, Brastemp,<br />
Smiles, ZAP e Estadão,<br />
por exemplo. “Nossa principal<br />
motivação é a atuação integrada,<br />
ou seja, a solução completa<br />
<strong>de</strong> comunicação. A FCB trabalha<br />
para mídias sociais, <strong>de</strong> massa,<br />
programática e CRM, por<br />
exemplo. Metodologia é o conjunto<br />
interno <strong>de</strong> processos para<br />
uma recomendação da agência<br />
ao cliente ser efetivada. Temos<br />
um processo <strong>de</strong> evolução contínua<br />
chamado <strong>de</strong> PDCA (planejar,<br />
<strong>de</strong>senvolver, colocar no ar e<br />
avaliar). Esse ciclo é essencial”,<br />
ele acrescenta.<br />
Tecnologia é sinônimo <strong>de</strong><br />
inovação, nas palavras <strong>de</strong> Lopes.<br />
E a agência tem uma área<br />
robusta para ajudar a produzir<br />
inteligência criativa como<br />
as ações Nivea Doll, Nivea Sun<br />
carregador e Anúncio protetor,<br />
Grand Prix na competição Mobile<br />
Lions do Festival <strong>de</strong> Cannes<br />
<strong>de</strong> 2014. Lopes também cita<br />
o trabalho Songs of violence,<br />
para o Estadão. “Nós usamos<br />
o aplicativo Shazam e, quando<br />
Aurélio Lopes, chairman da FCB para a América Latina, propõe velocida<strong>de</strong><br />
Divulgação<br />
“Metodologia é<br />
o conjunto <strong>de</strong><br />
processos para<br />
uMa recoMendação<br />
ao cliente. teMos<br />
uM processo <strong>de</strong><br />
evolução contínuo<br />
para planejar,<br />
<strong>de</strong>senvolver,<br />
colocar no ar<br />
e avaliar”<br />
o usuário estava ouvindo uma<br />
música com apologia à violência<br />
feminina, colocávamos o<br />
<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> uma mulher<br />
que sofrera esse tipo <strong>de</strong> agressão<br />
para provocar reflexão: por<br />
que vou comprar esse tipo <strong>de</strong><br />
música? Nesse instante, direcionávamos<br />
o valor da compra<br />
para uma doação para o<br />
Disque Denúncia. Tecnologia<br />
é um processo viabilizador <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ias relevantes”, explica Lopes,<br />
que, com a vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> criação Joanna Monteiro,<br />
implantou o creative technologist,<br />
profissional que participa<br />
do processo <strong>de</strong> concepção da<br />
i<strong>de</strong>ia. “Pensando no que é e não<br />
é possível”, diz.<br />
Oriundo da Market Data,<br />
Lopes acompanhou a fase pré<br />
big data, que hoje registra em<br />
tempo real os movimentos do<br />
consumidor e permite a customização<br />
<strong>de</strong> ações. “Antes precisávamos<br />
fazer perguntas. Com a<br />
tecnologia, aumentamos as certezas<br />
porque está tudo disponível<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais. O escopo<br />
está mais amplo”, observa Lopes,<br />
enfatizando que os gerenciamentos<br />
exigem métricas. O<br />
plano é ter equipes mais jovens,<br />
ecléticas e agnósticas. “Mudamos<br />
o perfil da gestão para ganhar<br />
velocida<strong>de</strong>, palavra-chave<br />
em um mundo multiconectado.<br />
Se errar, a correção tem <strong>de</strong> ser<br />
rápida”, finaliza.<br />
48 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
CHEGOU A HORA<br />
DA FESTA!<br />
SOLENIDADE DE<br />
ENTREGA DO 29º<br />
MARKETING BEST<br />
O mais importante prêmio do marketing brasileiro<br />
realiza sua aguardada festa. É a vez das empresas<br />
vencedoras comemorarem o sucesso <strong>de</strong> suas<br />
bem-sucedidas iniciativas <strong>de</strong> marketing.<br />
Data: 6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong><br />
Horário: a partir das 19h<br />
Local: Tom Brasil<br />
En<strong>de</strong>reço: Rua Bragança Paulista, 1<strong>28</strong>1 - Chácara<br />
Santo Antônio - São Paulo - SP<br />
Exclusivo para convidados<br />
Encerramento: show <strong>de</strong> Leci Brandão com<br />
participação <strong>de</strong> Reinaldo “Príncipe do Pago<strong>de</strong>”,<br />
em homenagem aos 100 anos do samba<br />
UM PRÊMIO DA EDITORA REFERÊNCIA<br />
Realização: MadiaMundoMarketing - 11 3065-6448<br />
Apoio: Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Marketing e RaeMP.<br />
RaeMP
AGêNCiAS<br />
Sócios <strong>de</strong>ixam a NewStyle e<br />
Grupo ABC assume operação<br />
Alice Coutinho e Claudio Xavier saem da empresa <strong>de</strong> live marketing<br />
no fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, quando Pipo Calazans ocupará a presidência<br />
Alice Coutinho e Claudio Xavier,<br />
sócios e copresi<strong>de</strong>ntes<br />
da NewStyle, <strong>de</strong>ixam a agência<br />
no fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Com isso,<br />
o sócio majoritário, o Grupo<br />
ABC, passa a ser o único acionista<br />
da operação.<br />
A agência <strong>de</strong> live marketing<br />
foi fundada há 25 anos por Alice<br />
e há nove passou a fazer parte<br />
da holding criada por Nizan<br />
Guanaes e Guga Valente.<br />
Apesar da crise econômica,<br />
a NewStyle <strong>de</strong>clara crescimento<br />
<strong>de</strong> 23% este ano, com a<br />
conquista <strong>de</strong> três importantes<br />
contas: América Móvil (Net e<br />
Claro), Johnson & Johnson e<br />
Mastercard.<br />
Fazem parte ainda da carteira<br />
<strong>de</strong> clientes empresas como<br />
Brasil Kirin, Burger King, P&G e<br />
Ferrero Rocher.<br />
Com a saída <strong>de</strong> Xavier e Alice,<br />
o executivo Pipo Calazans, ex-<br />
-AOL, One Digital e Sunset, assu-<br />
Claudio Xavier e Alice Coutinho: fim <strong>de</strong> um ciclo<br />
me a presidência da New- Style.<br />
Já Thomas Tagliaferro e Claudia<br />
Lopes foram promovidos a<br />
vice-presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> criação e <strong>de</strong><br />
atendimento, respectivamente.<br />
Divulgação<br />
“A NewStyle tem uma sólida<br />
trajetória, pautada pela ética<br />
e relacionamento duradouro<br />
com todos os seus clientes.<br />
Fechamos um ciclo muito feliz<br />
das nossas vidas com a certeza<br />
<strong>de</strong> que a partir <strong>de</strong> agora a agência,<br />
com o espaço importante<br />
no mercado que conquistou e<br />
uma equipe extremamente preparada,<br />
está pronta para os novos<br />
<strong>de</strong>safios que esse momento<br />
<strong>de</strong> transformações impõe”,<br />
afirma Alice.<br />
“Ao longo <strong>de</strong>stes anos sempre<br />
nos preocupamos em <strong>de</strong>senvolver<br />
nossos talentos e<br />
li<strong>de</strong>ranças. Essa equipe está<br />
mais do que apta para fazer a<br />
gestão <strong>de</strong>stas contas tão importantes,<br />
que nos dão enorme<br />
orgulho e uma sensação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver cumprido. Da nossa<br />
parte, é o momento <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />
esse mundo novo que se<br />
<strong>de</strong>scortina e adquirir novos<br />
conhecimentos. Ainda não temos<br />
<strong>de</strong>finido qual será nosso<br />
próximo projeto. Mas, seja ele<br />
qual for, queremos estar preparados”,<br />
diz Xavier.<br />
VML <strong>de</strong>senvolve brand channel para<br />
Huggies, hospedado no site <strong>de</strong> Crescer<br />
Plataforma Chá <strong>de</strong> bebê, para ajudar futuras mães a organizar eventos,<br />
também fica conectada ao e-commerce da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> varejo Walmart<br />
Com a intenção <strong>de</strong> se aproximar<br />
<strong>de</strong> futuras mamães,<br />
a VML <strong>de</strong>senvolveu o brand<br />
channel Chá <strong>de</strong> bebê, plataforma<br />
que ajuda as gestantes na<br />
organização <strong>de</strong>ssa festa tradicional<br />
em que amigos e familiares<br />
se unem para presentear<br />
com suprimentos para a criança.<br />
O projeto envolve a revista<br />
Crescer, que hospeda no seu<br />
website os conteúdos produzidos.<br />
A plataforma possibilita<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o envio <strong>de</strong> e-mails aos<br />
convidados à publicação <strong>de</strong> in-<br />
formações sobre o evento, passando<br />
por <strong>de</strong>talhes como a indicação<br />
<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e tipos<br />
<strong>de</strong> fraldas. O projeto também<br />
é conectado ao e-commerce do<br />
Walmart.<br />
“Esta é uma forma diferenciada<br />
e inovadora <strong>de</strong> mostrar<br />
como as marcas e os veículos<br />
po<strong>de</strong>m ser parceiros, provendo<br />
não apenas conteúdo relevante,<br />
mas também prestando serviços<br />
que possam ajudar as pessoas”,<br />
explica Fernando Taralli,<br />
presi<strong>de</strong>nte da VML.<br />
Divulgação<br />
VML <strong>de</strong>senvolveu o<br />
brand channel Chá<br />
<strong>de</strong> bebê para seu<br />
cliente Huggies<br />
50 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
agências<br />
Marcas bem-sucedidas emocionam<br />
e conquistam conexão com público<br />
Em entrevista exclusiva para o PROPMARK, Gordon Bowen, cofundador<br />
da mcgarrybowen, afirma que anunciantes precisam achar um propósito<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
Gordon Bowen é um ícone<br />
da publicida<strong>de</strong> americana<br />
e, por isso, fala com proprieda<strong>de</strong><br />
sobre o que torna uma<br />
marca icônica: a essência,<br />
o coração, o propósito <strong>de</strong>la.<br />
Em 2002, ao lado dos então<br />
sócios Stewart Owen e John<br />
McGarry, o executivo fundou<br />
a mcgarrybowen, em Nova<br />
York. Hoje a agência faz parte<br />
do Dentsu Aegis Network<br />
e tem mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z escritórios,<br />
incluindo um em São Paulo,<br />
inaugurado em 2014. Na ocasião,<br />
o executivo esteve no<br />
país e, agora, em nova visita,<br />
conversou com exclusivida<strong>de</strong><br />
com o PROPMARK.<br />
O encontro foi na capital<br />
paulista, logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Bowen<br />
ter voltado do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. Ele estava animado<br />
com a viagem, que o ajudou<br />
a resumir por que investe no<br />
país. “O Brasil é um país criativo,<br />
gran<strong>de</strong>, com muitos recursos<br />
naturais e pessoas muito<br />
otimistas, que são trabalhadoras<br />
e também muito criativas.<br />
No nosso negócio, vendo tudo<br />
isso, não posso imaginar que<br />
o país não vá sair <strong>de</strong>sta crise”,<br />
conta.<br />
O executivo, que foi o diretor<br />
<strong>de</strong> criação responsável<br />
pelas cerimônias <strong>de</strong> abertura<br />
e <strong>de</strong> encerramento dos Jogos<br />
Olímpicos <strong>de</strong> Inverno <strong>de</strong><br />
Salt Lake City, em 2002, elogiou<br />
também a cerimônia <strong>de</strong><br />
abertura dos Jogos Olímpicos<br />
Rio <strong>2016</strong>, principalmente o<br />
momento protagonizado por<br />
Gisele Bündchen. “Aquele<br />
momento teve a ver com um<br />
fenômeno cultural: a energia,<br />
a criativida<strong>de</strong> que existe nessa<br />
cultura é contagiante. Eu<br />
nunca imaginaria que uma<br />
pessoa, e essa pessoa foi Gisele,<br />
pu<strong>de</strong>sse atravessar um estádio,<br />
um único ser humano,<br />
com uma gran<strong>de</strong> música, e<br />
“É muito<br />
importante<br />
reconhecer, como<br />
publicitários, que<br />
nosso trabalho<br />
não É apenas sobre<br />
consumidores,<br />
mas sobre seres<br />
humanos. somos<br />
complexos, somos<br />
muito coração”<br />
Alê Oliveira<br />
Gordon Bowen, um dos fundadores da mcgarrybowen, que em 2014 chegou a São Paulo<br />
assim ter a atenção do mundo<br />
todo. Aquilo foi sensacional:<br />
a luz, o que ela vestia e a música.<br />
Normalmente teríamos<br />
ali milhares <strong>de</strong> garotas. E uma<br />
única pessoa fez aquilo. Foi<br />
bravo e todos falaram disso”,<br />
comentou.<br />
Rotulado pela revista Time<br />
como um criador <strong>de</strong> “blockbusters<br />
emocionais”, Bowen<br />
é autor <strong>de</strong> motes como Always<br />
Coca-Cola e Membership Has<br />
its Privileges, para a Amex.<br />
Na opinião <strong>de</strong>le, as marcas<br />
bem-sucedidas são justamente<br />
aquelas que emocionam e<br />
criam conexão com o público.<br />
“É muito importante reconhecer,<br />
como publicitários,<br />
que nosso trabalho não é apenas<br />
sobre consumidores, mas<br />
sobre seres humanos. Somos<br />
complexos, somos muito coração.<br />
Na agência procuramos<br />
enten<strong>de</strong>r emoções”, diz.<br />
“A gente acredita que tem <strong>de</strong><br />
achar uma história, o DNA, o<br />
centro da marca, o valor pelo<br />
qual as pessoas vão olhar para<br />
sua empresa”, acrescenta.<br />
Como exemplo, ele cita a<br />
Walt Disney Company, cliente<br />
da mcgarrybowen, que se<br />
reinventou sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista<br />
seus valores. Na opinião do<br />
executivo, a animação Frozen<br />
ilustra bem essa mudança da<br />
Disney ao retratar, com enorme<br />
sucesso no mundo todo,<br />
a história <strong>de</strong> amor <strong>de</strong> duas<br />
irmãs – não do príncipe e da<br />
princesa – e, sobretudo, o empo<strong>de</strong>ramento<br />
feminino, retratado<br />
pela canção-fenômeno<br />
Let it Go.<br />
Tendências<br />
Bowen lançou sua agência<br />
quando o digital já existia,<br />
mas não com a proporção e<br />
a importância que tem hoje,<br />
principalmente para a publicida<strong>de</strong>.<br />
Atualmente, por exemplo,<br />
o mercado, em partes,<br />
questiona métricas adotadas<br />
por empresas como Facebook<br />
e esquenta o <strong>de</strong>bate sobre a<br />
transparência e a eficiência do<br />
meio. “Não acredito que essa<br />
seja uma crise para o digital.<br />
As coisas mudam rápido. E se<br />
não <strong>de</strong>rem certo mudam <strong>de</strong><br />
novo. Houve um tempo em<br />
que se questionou a televisão,<br />
o rádio, os jornais. Mas sempre<br />
há novas mídias e novos jeitos<br />
<strong>de</strong> atingir as pessoas”, opina.<br />
Nessa linha <strong>de</strong> mudanças,<br />
ele aposta no uso cada vez<br />
maior <strong>de</strong> dados e realida<strong>de</strong><br />
virtual como tendências para<br />
os próximos anos. “Antes se<br />
falava em comunicação <strong>de</strong><br />
massa, hoje po<strong>de</strong>mos comunicar<br />
one-to-one. Os dados<br />
vão se tornar ainda mais importantes<br />
porque po<strong>de</strong>remos<br />
saber mais dos clientes, como<br />
atingi-los, e comprar mídia<br />
<strong>de</strong> um jeito mais inteligente”,<br />
diz.<br />
52 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
DESCULPE,<br />
MAS A GENTE NÃO<br />
VAI COMEMORAR<br />
COM CHAMPAGNE.<br />
O PRÊMIO MARKETING CONTEMPORÂNEO <strong>2016</strong>, DA<br />
ABMN, ESCOLHEU O CASE DA CERVEJA RIO CARIOCA<br />
COMO UM DOS VENCEDORES NA CATEGORIA PRODUTO.<br />
É muito orgulho para toda a equipe da 11:21 levantar essa taça.<br />
Obrigado a todos os parceiros pela <strong>de</strong>dicação, ao cliente por<br />
acreditar no nosso trabalho e aos jurados pela escolha <strong>de</strong>sta<br />
história <strong>de</strong> resultados, sucesso, ousadia, criativida<strong>de</strong> e espírito<br />
carioca engarrafado.<br />
Veja os cases <strong>de</strong> sucesso no site<br />
e entregue sua conta para a 11:21.
AgênCiAs<br />
Banco <strong>de</strong> Eventos resgata e relança<br />
o tradicional Camarote número 01<br />
Ambev não terá em 2017 espaço exclusivo no Carnaval carioca, mas<br />
é uma das patrocinadoras da iniciativa, por meio da sua marca Brahma<br />
Claudia Penteado<br />
Será o fim <strong>de</strong> uma era? No<br />
ano que vem o Sambódromo<br />
carioca não terá camarotes exclusivos<br />
<strong>de</strong> cervejarias do Grupo<br />
Ambev – nem Brahma nem<br />
Antarctica. Mas o Banco <strong>de</strong><br />
Eventos, que cuidou durante<br />
26 anos do camarote da Brahma<br />
– e <strong>de</strong>pois do da Antarctica<br />
– <strong>de</strong>cidiu relançar em 2017 o<br />
Camarote número 01, resgatando<br />
o primeiro camarote criado<br />
por uma marca <strong>de</strong> cervejas, em<br />
1991, quando a Brahma i<strong>de</strong>alizou<br />
o espaço que ficava <strong>de</strong>ntro<br />
da própria cervejaria.<br />
Na ocasião, participou da sua<br />
criação José Victor Oliva, fundador<br />
do Banco <strong>de</strong> Eventos. Em<br />
1994, o camarote passou a se<br />
chamar Camarote número 01,<br />
<strong>de</strong>ntro da estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />
i<strong>de</strong>alizada pela Fischer,<br />
na época. Em 2011, a fábrica da<br />
Ambev anexa ao Sambódromo<br />
foi <strong>de</strong>molida e o camarote<br />
da Brahma ganhou outro espaço,<br />
sendo que em 2015 e em<br />
<strong>2016</strong> <strong>de</strong>u lugar ao camarote da<br />
Boa – da Antarctica. Em 2015, a<br />
Cerveja da Boa homenageou os<br />
450 anos do Rio <strong>de</strong> Janeiro e,<br />
este ano, o tema foi os 100 anos<br />
do samba.<br />
Para 2017, a Ambev <strong>de</strong>cidiu,<br />
estrategicamente, não ter mais<br />
camarotes exclusivos. Com<br />
isso, o Banco do Eventos reinventa<br />
o camarote original, <strong>de</strong>sta<br />
vez em parceria com Cafe <strong>de</strong> La<br />
Musique, do empresário e apresentador<br />
<strong>de</strong> TV Álvaro Garnero,<br />
e a promoter Carol Sampaio. A<br />
Brahma e a marca Água <strong>de</strong> Coco<br />
já confirmaram presença, mas<br />
há cotas que estão sendo vendidas<br />
para diversos segmentos.<br />
Marcio Esher, diretor-geral<br />
do Banco <strong>de</strong> Eventos, afirma<br />
que o mundo mudou, que a<br />
transformação do camarote é<br />
uma evolução natural. Ele acredita<br />
que estar no camarote será<br />
algo tão <strong>de</strong>sejado pelos convidados<br />
como em outros anos,<br />
Marcio Esher afirma que o mundo mudou e que a transformação do camarote é uma evolução natural<br />
“A empresA tem<br />
muito orgulho <strong>de</strong><br />
ter construído<br />
essA históriA <strong>de</strong><br />
26 Anos, mAs As<br />
mArcAs evoluem<br />
e seguem novos<br />
cAminhos”<br />
sendo que eles po<strong>de</strong>rão trazer<br />
convidados, a partir da possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> adquirir ingressos,<br />
que já estão sendo vendidos.<br />
Cerca <strong>de</strong> 30% da frequência do<br />
camarote será <strong>de</strong> pessoas que<br />
compraram ingressos.<br />
O Cafe <strong>de</strong> La Musique ficará<br />
responsável pelo Line Up <strong>de</strong><br />
DJs, e Carol, além <strong>de</strong> reunir o<br />
time <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s no espaço,<br />
levará o Bloco da Favorita e o<br />
Pôr do Samba. O camarote terá<br />
2.400 m2, divididos em três andares,<br />
contando com três bares,<br />
quatro camarotes internos e um<br />
palco, on<strong>de</strong> serão realizados os<br />
shows. Também será possível<br />
Divulgação<br />
a empresas comprar pequenas<br />
cotas <strong>de</strong> ingressos para presentear<br />
clientes com áreas reservadas<br />
para até 50 pessoas. A marca<br />
<strong>de</strong> moda Água <strong>de</strong> Coco fará<br />
as tradicionais camisetas. As<br />
parcerias são conduzidas pela<br />
empresa Cross Networking.<br />
Procurada pelo PROPMARK,<br />
a Ambev disse, por meio <strong>de</strong><br />
comunicado oficial, que “a empresa<br />
tem muito orgulho <strong>de</strong> ter<br />
construído essa história <strong>de</strong> 26<br />
anos, mas as marcas evoluem e<br />
seguem novos caminhos, mantendo-se<br />
como uma das marcas<br />
patrocinadoras do camarote<br />
original”.<br />
54 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
AgênciAs<br />
J. Walter Thompson “engana” o<br />
Facebook e viraliza ação <strong>de</strong> AzMina<br />
MamiloLivre.com convida mulheres a compartilharem fotos <strong>de</strong> mamilos,<br />
burlando censura da re<strong>de</strong> social, que veta esse tipo <strong>de</strong> imagem<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
J. Walter Thompson, em parceria com<br />
A a revista digital feminista AzMina, que<br />
atua <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e divulga conteúdo<br />
gratuito, lançou na semana passada<br />
o projeto MamiloLivre.com, como forma<br />
<strong>de</strong> apoio à Semana Internacional da Não-<br />
-Violência Contra a Mulher.<br />
A ação resume-se a um website criado<br />
para questionar a objetificação do corpo feminino<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais e a censura <strong>de</strong> imagens<br />
consi<strong>de</strong>radas como “conteúdo inapropriado”,<br />
sobretudo mamilos <strong>de</strong> mulheres.<br />
Com o en<strong>de</strong>reço, além <strong>de</strong> se informar<br />
sobre questões como o cyberbullying, o<br />
público consegue divulgar imagens <strong>de</strong> mamilos<br />
no Facebook, algo que é censurado<br />
pela plataforma. Para isso, a JWT encontrou<br />
uma forma simples e criativa <strong>de</strong> “enganar”<br />
os algoritmos que fazem essa censura usando<br />
uma ferramenta do próprio Facebook<br />
como meio <strong>de</strong> protesto: ao postar fotos em<br />
sequência, um álbum é criado como um<br />
mosaico, formando um mamilo.<br />
Tudo isso funciona por meio <strong>de</strong> um app<br />
<strong>de</strong>ntro do website, on<strong>de</strong> a mulher faz o login<br />
e participa. Ela po<strong>de</strong> publicar uma foto<br />
da galeria <strong>de</strong> mamilos que, automaticamente,<br />
a ferramenta recorta a foto e cria o<br />
mosaico para ser compartilhado no perfil<br />
do Facebook.<br />
“Quando você não tem dinheiro para divulgar<br />
uma i<strong>de</strong>ia, precisa ter criativida<strong>de</strong>.<br />
Hoje em dia qualquer movimento ativista<br />
passa pelo meio digital”, comenta Renata<br />
Leão, diretora <strong>de</strong> criação da J. Walter<br />
Thompson, que dirigiu o trabalho para Az-<br />
Minas, com um investimento <strong>de</strong> R$ 700 em<br />
post patrocinado que impactou mais <strong>de</strong> 190<br />
mil pessoas em quatro horas no ar. “Essa é<br />
uma gran<strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira, não é uma briga<br />
com o Facebook, que sempre respeitamos<br />
e vamos continuar respeitando. Esse é um<br />
<strong>de</strong>safio que faz o Facebook um lugar ainda<br />
mais interessante <strong>de</strong> se conviver, que foi escolhido<br />
para gerar discussão. E todo <strong>de</strong>bate<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento humano é importante”,<br />
completa.<br />
Na semana passada, logo que a ação foi<br />
lançada, a youtuber Jout Jout (Julia Tolezano)<br />
atingiu rapidamente mais <strong>de</strong> 25 mil<br />
curtidas, 300 comentários e 1,2 mil compartilhamentos<br />
no post #mamilolivre. Renata<br />
lembra que, no dia seguinte, parte do<br />
mosaico tinha sido <strong>de</strong>rrubada, mas a ação<br />
resistia.<br />
Projeto usa recurso <strong>de</strong> fotos postadas em formato <strong>de</strong> mosaico para burlar a censura do Facebook<br />
Divulgação<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 55
prêmios<br />
Case com caneta da paz ganha o<br />
Grand prix do festival ElDorado <strong>2016</strong><br />
Balígrafo, para o Ministério da Educação da Colômbia, conquistou o<br />
maior número <strong>de</strong> prêmios, dando à McCann o título <strong>de</strong> Agência do Ano<br />
MARCELLO QUEIROZ<br />
– <strong>de</strong> Bogotá<br />
Balígrafo, um case criado pela<br />
McCann <strong>de</strong> Bogotá com<br />
referência ao acordo <strong>de</strong> paz na<br />
Colômbia, venceu o ElDorado<br />
<strong>2016</strong>, semana passada, dois dias<br />
antes da assinatura <strong>de</strong> um novo<br />
acordo feito entre o governo e as<br />
Farc (Forças Armadas Revolucionárias<br />
da Colômbia). O ElDorado,<br />
festival <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> colombiana,<br />
foi realizado nos dias 21<br />
e 22, na Câmara do Comércio <strong>de</strong><br />
Bogotá. Em uma sessão<br />
consi<strong>de</strong>rada “tímida”,<br />
o presi<strong>de</strong>nte<br />
Juan Manuel<br />
Santos e o<br />
lí<strong>de</strong>r das Farc,<br />
conhecido como<br />
Timochenko, assinaram<br />
o novo<br />
acordo no último<br />
dia 24, no Teatro<br />
Colón, também na<br />
capital colombiana.<br />
O acordo <strong>de</strong> paz,<br />
com a proposta <strong>de</strong> pôr<br />
fim a mais <strong>de</strong> cinco décadas <strong>de</strong><br />
conflitos armados com um saldo<br />
<strong>de</strong> pelo menos 260 mil mortos e<br />
cerca <strong>de</strong> 45 mil <strong>de</strong>sparecidos, foi<br />
o principal fato da socieda<strong>de</strong> e da<br />
política colombiana em <strong>2016</strong>. E<br />
também da comunicação, tanto<br />
em formato publicitário, como a<br />
mensagem <strong>de</strong> Balígrafo, quanto<br />
em intensas campanhas populares<br />
nas ruas pelo “sim” e pelo<br />
“não” para um plebiscito realizado<br />
em 2 <strong>de</strong> outubro.<br />
Em proporções semelhantes<br />
às previsões feitas para a <strong>de</strong>rrota<br />
do Brexit, em junho, e para a<br />
<strong>de</strong> Donald Trump, em 9 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong>,<br />
as pesquisas apontavam<br />
uma vitória do “sim” para a paz<br />
na Colômbia. Mas, houve uma<br />
pequena, porém surpreen<strong>de</strong>nte,<br />
diferença <strong>de</strong> votos a favor do<br />
“não”, resultado que mostrou<br />
um país dividido e relativamente<br />
“apático” diante da nova proposta<br />
<strong>de</strong> acordo assinada semana<br />
passada, que será votado pelo<br />
Congresso colombiano sem uma<br />
nova consulta popular.<br />
Quando o primeiro acordo, o<br />
do plebiscito, foi oficializado em<br />
Havana, em 26 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>ste<br />
ano, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> chefes <strong>de</strong> Estado<br />
e mais <strong>de</strong> dois mil convidados especiais<br />
vestidos <strong>de</strong> branco participaram<br />
do “momento histórico”<br />
entre o governo colombiano e as<br />
Farc. Havia um clima <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
euforia na população e foi também<br />
o ápice do Balígrafo, já que<br />
o acordo na<br />
capital<br />
cubana foi assinado<br />
com a peça-chave do case, um<br />
projétil <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo transformado<br />
em caneta.<br />
Balígrafo, que tem como<br />
anunciante o Ministério da Educação<br />
da Colômbia, iniciou sua<br />
trajetória no primeiro semestre<br />
<strong>de</strong>ste ano, com a proposta <strong>de</strong> ressaltar<br />
a importância da educação<br />
para uma cultura <strong>de</strong> paz. O trabalho<br />
envolveu ações que contaram<br />
com a participação <strong>de</strong> escritores,<br />
políticos e diversas personalida<strong>de</strong>s<br />
colombianas. Antes <strong>de</strong> receber<br />
o único Grand Prix do El-<br />
Dorado, semana passada, o case<br />
também se <strong>de</strong>stacou em Cannes,<br />
um Leão <strong>de</strong> ouro e um <strong>de</strong> bronze<br />
na competição PR Lions, e um <strong>de</strong><br />
bronze em Promo & Activation<br />
Lions.<br />
Além do GP do ElDorado <strong>2016</strong>,<br />
Balígrafo ganhou também o único<br />
troféu <strong>de</strong> Titanium & Integrated<br />
do festival colombiano.<br />
Conquistou ainda um troféu <strong>de</strong><br />
bronze em Direct e três prêmios<br />
<strong>de</strong> ouro – um em Promo & Activation,<br />
um em PR e um em Design.<br />
Ele foi o principal responsável<br />
para a McCann Bogotá ter<br />
a melhor pontuação do festival e<br />
conquistar o prêmio especial <strong>de</strong><br />
Agência do Ano.<br />
O júri do ElDorado, que avaliou<br />
630 inscrições <strong>de</strong> trabalhos<br />
produzidos e veiculados na Colômbia,<br />
foi presidido<br />
pelo publicitário Pablo<br />
Del Campo, ex-Saatchi & Saatchi<br />
(atualmente sem agência por período<br />
<strong>de</strong> non-compete) e contou<br />
com a participação da brasileira<br />
Fernanda Romano, da Malagueta<br />
(leia matéria na página ao lado).<br />
Entre os jurados, que conce<strong>de</strong>ram<br />
um total <strong>de</strong> 70 prêmios,<br />
também estavam Laura Visco<br />
(72andsunny/Holanda), Álvaro<br />
Becker (Y&R Prolam/Chile), Luca<br />
Pannese (Saatchi & Saatchi Nova<br />
York) e Jaime Rosado (J. Walter<br />
Thompson/Porto Rico).<br />
Entre os prêmios especiais,<br />
a Lip conquistou o prêmio <strong>de</strong><br />
Agência In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Ano e<br />
o Ministério da Educação, o <strong>de</strong><br />
Melhor Anunciante do ElDorado<br />
<strong>2016</strong>. Houve também um prêmio<br />
especial em Inovação para<br />
a Construção da Paz, uma iniciativa<br />
da Câmara do Comércio<br />
<strong>de</strong> Bogotá, conquistado pela Leo<br />
Burnett.<br />
O ElDorado, realizado com o<br />
tema Amor e paz, contou também<br />
com um programa <strong>de</strong> palestras<br />
e worskhops feitos por<br />
O CASE BALÍGRAFO,<br />
DA MCCANN DE<br />
BOGOTÁ, QUE TEM<br />
COMO ANUNCIANTE<br />
O MINISTÉRIO<br />
DA EDUCAÇÃO DA<br />
COLÔMBIA, INICIOU<br />
SUA TRAJETÓRIA NO<br />
PRIMEIRO SEMESTRE<br />
DESTE ANO COM<br />
A PROPOSTA DE<br />
RESSALTAR A<br />
IMPORTÂNCIA DA<br />
EDUCAÇÃO PARA<br />
UMA CULTURA<br />
DE PAZ<br />
criativos <strong>de</strong> diversas áreas, além<br />
da publicida<strong>de</strong>, incluindo música,<br />
arquitetura e artes plásticas.<br />
Entre as atrações estiveram<br />
Nick Law (R/GA), Maksimiliam<br />
Kallhed e Abraham Abbi Asefaw<br />
(The Pop Up Agency), Janaína<br />
Borges (Contagious Brasil), Fernanda<br />
Romano (Malagueta), Mo<br />
Gawdat (Google) e Jasson Schrock<br />
(BCG Design Ventures).<br />
56 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Os jurados do<br />
ElDorado Pablo Del<br />
Campo (presi<strong>de</strong>nte),<br />
Luca Pannese,<br />
Fernanda Romano,<br />
Laura Visco Álvaro<br />
Becker e Jaime<br />
Rosado fazem selfie<br />
com material do case<br />
premiado Say Coke,<br />
da Leo Burnett para<br />
a Coca-Cola<br />
Divulgação<br />
Projétil <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo é transformado<br />
em caneta, usada por diversas<br />
personalida<strong>de</strong>s colombianas<br />
Atuação da malagueta envolve três pilares <strong>de</strong><br />
negócios com foco em estratégia e inovação<br />
Empresa da publicitária Fernanda Romano com as sócias Renata Porto e<br />
Roberta Romano tem Ambev e Johnson & Johnson entre os seus clientes<br />
Um ano e meio após o polêmico<br />
encerramento da<br />
agência Naked Lá na Vila, da<br />
qual era sócia, em São Paulo, a<br />
publicitária Fernanda Romano,<br />
afirma que o episódio é “coisa<br />
do passado”. “Lógico que <strong>de</strong>ixou<br />
marcas, principalmente<br />
porque parte da indústria foi<br />
escrota comigo, sem consi<strong>de</strong>rar<br />
nada do meu histórico <strong>de</strong> 20<br />
anos <strong>de</strong> carreira publicitária e o<br />
que ele representa para o mercado<br />
do Brasil”, ela disse semana<br />
passada ao PROPMARK, logo<br />
após fazer uma apresentação no<br />
festival ElDorado, em Bogotá.<br />
A Naked, lançada em 2012,<br />
teve suas ativida<strong>de</strong>s encerradas<br />
no início <strong>de</strong> junho do ano<br />
passado, após <strong>de</strong>sentendimento<br />
entre os sócios – além <strong>de</strong> Fernanda,<br />
os publicitários Tatiana<br />
Shibuya e Rodrigo Pereira. O fechamento<br />
da agência virou um<br />
assunto <strong>de</strong> advogados e atingiu<br />
cerca <strong>de</strong> 60 funcionários.<br />
“Mas, também foi a gota<br />
d’água que faltava para eu fazer<br />
outra coisa”, avalia Fernanda<br />
Fernanda Romano, da Malagueta: negócios <strong>de</strong> estratégia e inovação em três pilares<br />
Divulgação<br />
contando sobre o trabalho da<br />
sua atual empresa, a Malagueta,<br />
com as sócias Renata Porto<br />
e Roberta Romano, esta última<br />
sua irmã.<br />
Fernanda vem <strong>de</strong>senvolvendo<br />
projetos para a Malagueta<br />
em Nova York, on<strong>de</strong> trabalha<br />
no esquema “home office”, e<br />
também São Paulo, on<strong>de</strong> a empresa<br />
prepara abertura <strong>de</strong> um<br />
novo escritório ainda neste<br />
ano. O posicionamento é atuar<br />
com “estratégia e inovação” em<br />
três pilares: área corporativa,<br />
Escola Chapelaria e incubadora/aceleradora<br />
<strong>de</strong> negócios.<br />
A Malagueta está com clientes<br />
nos Estados Unidos – entre<br />
eles uma marca <strong>de</strong> cosméticos<br />
– e no Brasil, com projetos envolvendo<br />
marcas como Johnson<br />
& Johnson e Ambev no pilar <strong>de</strong><br />
negócios corporativos. A Escola<br />
Chapelaria, com a sócia Roberta<br />
Romano, tem projetos <strong>de</strong> educação<br />
continuada, entre eles um<br />
curso <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança direcionado<br />
para mulheres, chamado Elas<br />
por Elas. A divisão que atua<br />
como incubadora/aceleradora<br />
<strong>de</strong> negócios já <strong>de</strong>senvolveu a We<br />
love, plataforma online na qual<br />
participam cerca <strong>de</strong> 80 pessoas,<br />
com ida<strong>de</strong> entre 18 e 72 anos, que<br />
produzem conteúdo original; e<br />
a Dos Anjos, uma “empresa social”<br />
lançada há dois meses que<br />
reverte lucro da venda <strong>de</strong> seus<br />
produtos para ONGs da área <strong>de</strong><br />
educação. A Dos Anjos já comercializa<br />
itens como cookies, snacks<br />
salgados, sopa e mel.<br />
Em Bogotá, além <strong>de</strong> participar<br />
do júri do ElDorado <strong>2016</strong>,<br />
Fernanda Romano fez uma palestra<br />
sobre o impacto da tecnologia<br />
no dia a dia das pessoas<br />
para atuar em um “mundo melhor”.<br />
MQ<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 57
pRêmioS<br />
Colunistas Rio Gran<strong>de</strong> do Sul elege<br />
a Escala como Agência do Ano<br />
Lara Piccoli é a Publicitária do Ano e João Miragem, o Profissional<br />
<strong>de</strong> Propaganda; o GP <strong>de</strong> Empresa <strong>de</strong> Design ficou com a Bendito<br />
Fotos: Divulgação<br />
Equipe da Escala, que passou por reestruturação e foi <strong>de</strong>staque na edição <strong>de</strong>ste ano da premiação, com a conquista <strong>de</strong> três GPs<br />
“A i<strong>de</strong>iA é<br />
<strong>de</strong>spertAr o<br />
senso <strong>de</strong> urgênciA<br />
pArA solucionAr<br />
problemAs AgorA e<br />
não AmAnhã”<br />
Claudia Penteado<br />
Escala conquistou o Gran<strong>de</strong><br />
A Prêmio <strong>de</strong> Agência <strong>de</strong> Comunicação<br />
do Ano no Colunistas<br />
Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Ela teve<br />
o melhor <strong>de</strong>sempenho na soma<br />
<strong>de</strong> pontos em todas as áreas da<br />
premiação realizada pela Abracomp<br />
(Associação Brasileira<br />
dos Colunistas <strong>de</strong> Marketing e<br />
Propaganda).<br />
A Escala foi duplamente premiada<br />
com GPs, já que João Miragem,<br />
diretor-geral da agência,<br />
foi <strong>de</strong>staque como Profissional<br />
<strong>de</strong> Propaganda do Ano. Miragem<br />
passou a comandar o escritório<br />
gaúcho da agência dos sócios<br />
Alfredo Fedrizzi, Fernando<br />
Picoral, Miguel <strong>de</strong> Luca, Paulo<br />
Melo e Reinaldo Lopes em maio<br />
<strong>de</strong>ste ano, após a empresa passar<br />
por um re<strong>de</strong>senho, fruto,<br />
entre outras coisas, <strong>de</strong> um trabalho<br />
<strong>de</strong> consultoria realizado<br />
pela sueca Hyper Island.<br />
“Decidimos refundar a Escala,<br />
com João Miragem, tendo o<br />
<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finir um novo<br />
rumo para a agência, re<strong>de</strong>senhar<br />
nossa forma <strong>de</strong> atuação,<br />
dar valor à cultura organizacional<br />
e garantir a autonomia dos<br />
colaboradores da empresa”,<br />
disse Picoral.<br />
A Escala também ficou com<br />
o GP <strong>de</strong> Mídia Exterior com a<br />
peça A hora <strong>de</strong> ter novas i<strong>de</strong>ias<br />
é agora, para Unisinos – que,<br />
por sinal, conquistou o GP <strong>de</strong><br />
Anunciante, já que investiu em<br />
outdoor <strong>de</strong> aparato tecnológico<br />
inovador: uma contagem regressiva<br />
sincronizada, que regri<strong>de</strong><br />
em tempo real e, no caso<br />
da peça, com um cronômetro<br />
reverso, que <strong>de</strong>ixou clara a urgência<br />
para encontrar soluções<br />
para questões como mobilida<strong>de</strong><br />
(visão da problemática que<br />
se vive e alternativas <strong>de</strong> transporte),<br />
lixo (quantida<strong>de</strong> gerada<br />
e soluções <strong>de</strong> consumo consciente)<br />
e petróleo (escassez e<br />
novas alternativas <strong>de</strong>sse recurso<br />
na socieda<strong>de</strong>).<br />
58 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Lara Piccoli, sócia<br />
da Morya, <strong>de</strong><br />
Porto Alegre, que<br />
conquistou GP <strong>de</strong><br />
Publicitária do Ano<br />
Diretoria da ARP, que completa 60 anos e é Destaque do Ano na premiação<br />
Titha Kraemer,<br />
da Bendito: GP<br />
<strong>de</strong> Empresária<br />
ou Dirigente <strong>de</strong><br />
Design do Ano<br />
Márcia Faria, também<br />
da Bendito, conquistou<br />
o GP <strong>de</strong> Profissional <strong>de</strong><br />
Design<br />
No processo <strong>de</strong> construção,<br />
os profissionais da agência fizeram<br />
uma imersão na universida<strong>de</strong>,<br />
ouviram estudantes,<br />
professores e colaboradores.<br />
“Conseguimos calcular o tempo<br />
<strong>de</strong> quantos dias, horas, minutos<br />
e segundos faltam para<br />
que o Brasil atinja o número<br />
<strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong><br />
lixo, por exemplo. A i<strong>de</strong>ia é <strong>de</strong>spertar<br />
o senso <strong>de</strong> urgência para<br />
solucionar problemas agora e<br />
não amanhã”, explica o diretor<br />
<strong>de</strong> criação da Escala, Saulo<br />
Szinkaruk.<br />
Já o título <strong>de</strong> Publicitária do<br />
Ano foi para Lara Piccoli, sócia<br />
do escritório da Morya em<br />
Porto Alegre. “Eu fico muito<br />
feliz com esse reconhecimento,<br />
que representa o trabalho<br />
e as conquistas <strong>de</strong> todo o time<br />
aqui da Morya. Em época <strong>de</strong><br />
transformação total do mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> negócio e das agências, com<br />
tantas incertezas e incômodos<br />
permanentes, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um<br />
ano <strong>de</strong>safiador como este, não<br />
é fácil ter energia, otimismo e<br />
engajamento da equipe e dos<br />
clientes para construir trabalhos<br />
relevantes e consistentes.<br />
Mas essa conquista nos mostra<br />
que estamos no caminho certo”,<br />
comentou a executiva.<br />
No prêmio Colunistas Mídia,<br />
o GP <strong>de</strong> Veículo Impresso do<br />
Ano foi para o jornal Zero Hora.<br />
Já o <strong>de</strong> Veículo Eletrônico, para<br />
a Rádio Atlântida, e a Empresa<br />
<strong>de</strong> Mídia Exterior é a Sinergy.<br />
O Melhor Desempenho em<br />
Produção <strong>de</strong> Comerciais ficou<br />
com a Zeppelin Filmes. Os jurados<br />
conce<strong>de</strong>ram, ao todo, 13<br />
medalhas <strong>de</strong> ouro, sete <strong>de</strong> prata<br />
e 15 bronze para 13 empresas<br />
gaúchas <strong>de</strong>ntro das áreas cobertas<br />
pelo concurso (veja tabela<br />
completa na página 60).<br />
DESiGn<br />
A Empresa <strong>de</strong> Design do Ano<br />
nesta edição do prêmio foi a<br />
Bendito Design. Além <strong>de</strong>sse<br />
GP, mais duas profissionais da<br />
agência foram escolhidas para<br />
receber título <strong>de</strong> Empresária<br />
ou Dirigente <strong>de</strong> Design do Ano<br />
e Profissional <strong>de</strong> Design do<br />
Ano, respectivamente, Titha<br />
Kraemer e Márcia Faria. Este<br />
ano, apesar do cenário crítico,<br />
a empresa abriu escritório em<br />
São Paulo, começou a trabalhar<br />
com O Boticário, reconquistou<br />
a conta da Olympikus, consolidou-se<br />
como agência oficial da<br />
Danone no Brasil e vem crescendo<br />
em clientes como Bimbo<br />
do Brasil, Bunge e Gren<strong>de</strong>ne.<br />
“Quando recebi esse prêmio,<br />
confesso que foi uma surpresa!<br />
Administrar uma empresa em<br />
ano <strong>de</strong> crise não é fácil, pois<br />
todo dia temos uma situação<br />
nova para lidar e uma <strong>de</strong>cisão<br />
estratégica para tomar sem per<strong>de</strong>r<br />
o foco nem a rentabilida<strong>de</strong>.<br />
Uma premissa sempre foi nosso<br />
norte: nunca baixar a qualida<strong>de</strong><br />
da entrega. Talvez tenha sido<br />
esse o nosso segredo. A recompensa<br />
está nos belos trabalhos<br />
<strong>de</strong>senvolvidos com resultado<br />
para os clientes, no reconhecimento<br />
do mercado e no ano<br />
felizmente fechando positivo”.<br />
O Destaque do Ano na premiação<br />
foi a ARP (Associação<br />
Riogran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Propaganda),<br />
que completa 60 anos e foi,<br />
curiosamente, homenageada <br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 59
pela primeira vez no Colunistas<br />
em 1975, quando passou a<br />
promover a Semana Gaúcha <strong>de</strong><br />
Propaganda. “Recebemos essa<br />
notícia com muita alegria. O<br />
ano tem sido duríssimo para a<br />
economia, com consequências<br />
óbvias para o nosso segmento,<br />
mas o empenho para fazer jus à<br />
história da publicida<strong>de</strong> gaúcha<br />
e da própria ARP tem nos proporcionado<br />
conquistas surpreen<strong>de</strong>ntes<br />
como essa”, <strong>de</strong>clarou<br />
o presi<strong>de</strong>nte da ARP, Zeca Honorato.<br />
AvAliAção<br />
Ana Paula Jung, coor<strong>de</strong>nadora<br />
regional da premiação,<br />
presidiu o júri <strong>de</strong> propaganda, e<br />
afirma que houve uma rigorosa<br />
avaliação e, no caso da escolha<br />
dos veículos do ano, consultou<br />
li<strong>de</strong>ranças do mercado <strong>de</strong> comunicação<br />
gaúcho para indicar<br />
os meios que mais se <strong>de</strong>stacaram<br />
em 2015.<br />
Foram jurados, incluindo as<br />
etapas online e presencial, os<br />
seguintes profissionais: Alessandro<br />
Cauduro (Huia), Ana<br />
Hochscheidt (Vulcabras Azaleia),<br />
Carlos Soares (E21), Carlos<br />
Thunm, Carolina Bustos (ESPM<br />
e AP Design), Cláudia Aragón<br />
(Believe it!), Diego Wortmann<br />
(J. Walter Thompson), Gustavo<br />
Billo (Billo Design Studio), Lincoln<br />
Seragini (Casa Seragini),<br />
Luty Mota (Duplo), Marcello<br />
Queiroz (PROPMARK), Marcio<br />
Ehrlich (Janela Publicitária),<br />
Mariana Rigo (Anodilar e AP<br />
Design), Mauricio Oliveira (Matriz),<br />
Parahim Neto (Santo <strong>de</strong><br />
Casa), Renata Schenkel (Competence<br />
e Grupo <strong>de</strong> Mídia), Tiago<br />
Dimer (Secom RS) e Vitor<br />
Knijnik (Snack).<br />
A festa <strong>de</strong> premiação será na<br />
primeira quinzena <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
em Porto Alegre.<br />
Trabalho da Sinergy, que é a<br />
Empresa <strong>de</strong> Mídia Exterior no<br />
Colunistas RS, para Heineken<br />
a hora <strong>de</strong> ter novas i<strong>de</strong>ias é agora, da Unisinos, que ficou com GP <strong>de</strong> Anunciante do Ano<br />
FIlMe<br />
Cultura e Educação - Bronze: Equações, da<br />
Escala para Colégio Anchieta. Produtos e<br />
Serviços Comunitários - Prata: Carona <strong>de</strong><br />
Pai, da Morya Comunicação para Fundação<br />
Thiago Gonzaga. Produtos e Serviços<br />
Médicos, Farmacêuticos e <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> -<br />
Bronze: Abraço Demorado, da Escala para<br />
Panvel. Produtos e Serviços Diversos -<br />
Ouro: Futebol Errado, da Escala para Porto<br />
Alegre Pumpkins.<br />
RádIO<br />
Cultura e Educação - Prata: Hoje é Dia <strong>de</strong><br />
Bonda<strong>de</strong>, da Morya Comunicação para PUC<br />
RS. Serviços Financeiros e <strong>de</strong> Seguros<br />
- Ouro: Quando Vê Poupou, da Morya<br />
Comunicação para Sicredi.<br />
BRaN<strong>de</strong>d cONTeNT<br />
Não Ficção Online - Ouro: Abraço Demorado,<br />
da Escala para Panvel. Prata: Carona <strong>de</strong> Pai,<br />
da Morya Comunicação para Fundação<br />
Thiago Gonzaga. Publicação Impressa -<br />
Ouro: Ca<strong>de</strong>rno Rumo, da Zero Hora e Unisinos<br />
para Zero Hora.<br />
MÍdIas INTeGRadas<br />
Cultura e Educação - Ouro: A Hora <strong>de</strong><br />
Ter Novas I<strong>de</strong>ias É Agora, da Escala para<br />
Unisinos. Bronze: Big Challenge, da Pro<br />
Target para Yázigi.<br />
Medalhas<br />
MÍdIa IMPRessa<br />
Institucional Ou Corporativo - Bronze:<br />
Propósito RBS, da Morya Comunicação<br />
para Grupo RBS. Meios De Comunicação<br />
- Bronze: Manda um Whats, da Agência<br />
Ama para Jornal Correio do Povo. Mercado<br />
Publicitário - Prata: Stock Problems, da Escala<br />
para Estúdio Mutante. Serviços Financeiros<br />
e <strong>de</strong> Seguros - Bronze: Cor Errada, História<br />
Errada, da Morya Comunicação para<br />
Impresul.<br />
PROMO e lIVe<br />
Ação para Produto Cultural ou <strong>de</strong> Lazer -<br />
Bronze: Party All The Time, da Escala para<br />
Colcci. Bronze: Projeto Trim Sounds, da Los<br />
Angeles Fashion Week para Los Angeles<br />
Fashion Week.<br />
MÍdIa<br />
Aproveitamento da Mídia Digital - Ouro:<br />
Party All The Time, da Escala para Colcci.<br />
dIGITal<br />
Mercado Publicitário - Bronze: DZ 10 anos,<br />
da DZ Estúdio para DZ Estúdio. Produtos<br />
e Serviços Comunitários - Ouro: Carona <strong>de</strong><br />
Pai, da Morya Comunicação para Fundação<br />
Thiago Gonzaga. Vestuário e Acessórios<br />
Pessoais - Ouro: Party All The Time, da<br />
Escala para Colcci. Website <strong>de</strong> Produto <strong>de</strong><br />
Consumo - Bronze: Desafio do Sorriso, da DZ<br />
Estúdio para Nutrella.<br />
<strong>de</strong>sIGN<br />
Case <strong>de</strong> Branding ou Design Corporativo<br />
- Ouro: Manioca, da Bendito <strong>de</strong>sign para<br />
Grupo Maní. Peça ou Conjunto <strong>de</strong> Peças<br />
<strong>de</strong> Merchandising <strong>de</strong> Produto - Prata:<br />
Olympikus Clássicos, da Bendito Design<br />
para Vulcabras. Display <strong>de</strong> Solo - Bronze:<br />
Olympikus Zomax, da Bendito Design para<br />
Vulcabras. Display <strong>de</strong> Balcão ou <strong>de</strong> Vitrine<br />
- Bronze: Olympikus Vôlei, da Bendito<br />
Design para Vulcabras. Calendário -<br />
Bronze: Calendário, da Morya Comunicação<br />
para Impresul. Embalagem ou Rótulo <strong>de</strong><br />
Alimento ou Bebida - Ouro: Danoninho -<br />
Dino Arena, da Bendito Design para Danone.<br />
Bronze: Best Beef, da Bendito Design para<br />
Best Beef.<br />
TécNIca<br />
Direção <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Filme - Ouro: A vida<br />
tratada com respeito, da Global RS e Zeppelin<br />
Filmes para Corsan. Bronze: Um Marido<br />
no Pedaço, da Ampfy e Bandits Films para<br />
Azeite Andorinha. Direção <strong>de</strong> Filme - Ouro:<br />
A Mãe <strong>de</strong> 1000 Filhos, da DM9DDB e Zeppelin<br />
Filmes para Johnson’s Baby. Produção <strong>de</strong><br />
Filme - Ouro: Focus Fastback Drive, da JWT<br />
e e Zeppelin Filmes para Ford. Fotografia<br />
<strong>de</strong> Filme - Prata: Me chama <strong>de</strong> Bruna, da<br />
Bandits Films para Fox+.<br />
INOVaÇÃO<br />
Case <strong>de</strong> Inovação - Prata: Mensagens do<br />
Coração, da Escala para Simers (Sindicato<br />
Médico do RS).<br />
60 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
prêmios<br />
Brasil tem duas pratas e um<br />
bronze no Epica Awards <strong>2016</strong><br />
Vetor Zero/Lobo conquista dois prêmios, enquanto Havas Life fica com<br />
o terceiro; júri é formado por jornalistas <strong>de</strong> publicações especializadas<br />
Divulgação<br />
Cena do filme Fábrica <strong>de</strong> Emoções, da Vetor Zero/Lobo para a Caixa, que conquistou uma prata na categoria Animação, durante a 30ª edição do Epica Awards, em Amsterdã<br />
Brasil tamBém foi<br />
representado no<br />
epica na categoria<br />
olYmpic games,<br />
QUe premioU<br />
os melhores<br />
traBalhos<br />
realizados para<br />
os jogos olímpicos<br />
rio <strong>2016</strong><br />
Foram anunciados, no último<br />
dia 17, em Amsterdã, os<br />
vencedores do Epica Awards<br />
<strong>2016</strong>, e três criações brasileiras<br />
estão na lista. A Vetor Zero/<br />
Lobo levou dois prêmios na categoria<br />
Animação: uma prata<br />
por Fábrica <strong>de</strong> Emoções, para a<br />
Caixa, e um bronze por Unlikely<br />
Hero, para a Interface. O terceiro<br />
prêmio do Brasil foi para Havas<br />
Life, que criou Parkinsounds,<br />
para a Teva, e levou prata<br />
em Mobile e Sites Apps. Em sua<br />
30ª edição, o Epica mantém<br />
como principal característica o<br />
júri, formado apenas por jornalistas<br />
<strong>de</strong> publicações especializadas<br />
em marketing e comunicação<br />
do mundo todo.<br />
Este ano, o Brasil também<br />
participou do Epica em uma<br />
nova categoria: a Olympic Games,<br />
que reconheceu as melhores<br />
criações feitas para os Jogos<br />
Olímpicos Rio <strong>2016</strong>. A melhor<br />
colocada na inédita categoria<br />
foi a Cheil da Espanha, por Samsung<br />
Blind Cap, criada para a<br />
Samsung.<br />
Nesta edição, foram concedidos<br />
cinco Grand Prix. Em<br />
Design, a premiação máxima<br />
foi para a DDB <strong>de</strong> Bruxelas, por<br />
Simplified Stories para a Alzheimerliga.<br />
Em Digital, a vencedora<br />
foi a J. Walter Thompson <strong>de</strong><br />
Amsterdã, por The Next Rembrandt<br />
para a ING. Em Film, o<br />
prêmio ficou com a marca francesa<br />
Kenzo, que criou Kenzo<br />
World. Em Press, o GP foi para<br />
a Try Noruega, por Brad is Single<br />
para a Norwegian Airlines.<br />
Em Outdoor, a Publicis London<br />
venceu por Doors of Thrones<br />
para a Tourism Ireland.<br />
A Network do Ano foi a Leo<br />
Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, com 49<br />
prêmios. Já a Agência do Ano<br />
foi a BBDO Nova York, com 19<br />
premiações. Os Estados Unidos<br />
li<strong>de</strong>raram o ranking <strong>de</strong> países<br />
vencedores, com 69 troféus.<br />
Para esta edição do Epica<br />
Awards, mais <strong>de</strong> 60 editores e<br />
jornalistas especializados fizeram<br />
parte do júri. Des<strong>de</strong> sua<br />
criação, o prêmio visa reconhecer<br />
trabalhos criativos <strong>de</strong> toda a<br />
indústria da comunicação e, assim,<br />
contribuir para que agências,<br />
produtoras, fotógrafos e<br />
<strong>de</strong>signers possam se <strong>de</strong>stacar<br />
em um cenário internacional.<br />
O Epica é dividido em categorias<br />
e subcategorias, totalizando<br />
mais <strong>de</strong> 70 prêmios.<br />
Gastronomia, artes e entretenimento<br />
são algumas das áreas<br />
premiadas. Mais <strong>de</strong> 70 países já<br />
se increveram na premiação.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 61
mídia<br />
SBT reúne Google, Facebook e Twitter<br />
para <strong>de</strong>bater integração entre meios<br />
Em evento promovido pela emissora, na semana passada, heads das três<br />
empresas se encontram para discutir relação entre TV aberta e internet<br />
Mariana Zirondi<br />
Mais <strong>de</strong> 14 bilhões <strong>de</strong> minutos<br />
<strong>de</strong> conteúdo criado<br />
para a TV aberta assistidos no<br />
YouTube. Esse é o número do<br />
consumo dos ví<strong>de</strong>os do SBT, revelado<br />
pela apresentadora Eliana<br />
durante evento da emissora,<br />
realizado no último dia 24, para<br />
discutir a integração da TV e do<br />
meio digital. A emissora disponibiliza<br />
todo o conteúdo <strong>de</strong> programação<br />
na plataforma, dando<br />
aos espectadores a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> assistir às produções<br />
quando quiserem.<br />
Compartilhar na internet o<br />
conteúdo exibido na TV aberta<br />
é per<strong>de</strong>r audiência? “Claro que<br />
não”, afirma José Roberto Maciel,<br />
CEO do SBT.<br />
Uma prova disso, segundo<br />
ele, é a mais nova ação do canal<br />
para divulgar e engajar a novela<br />
Carinha <strong>de</strong> Anjo, que estreou no<br />
último dia 21. Uma das estrelas<br />
da emissora, Maísa Silva, interpreta<br />
a vlogueira Juliana, que,<br />
um mês antes do início do folhetim,<br />
lançou o canal no YouTube<br />
já interpretando a personagem.<br />
O objetivo foi criar uma relação<br />
com os fãs da atriz e estimular a<br />
interação com os futuros espectadores<br />
antes mesmo <strong>de</strong> a trama<br />
ter início.<br />
Esse foi um passo simples, segundo<br />
Maciel, mas que fez toda<br />
a diferença. “Estamos perseguindo<br />
um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> audiência<br />
consistente. Criamos essa relação<br />
do real com a ficção para gerar<br />
engajamento. A TV vai continuar<br />
sendo muito forte e vai<br />
ter esse vínculo com as outras<br />
mídias. Nosso time digital vem<br />
construindo essa visão diferente<br />
e o online tem sido um gran<strong>de</strong><br />
aprendizado. Agora precisamos<br />
fazer com que isso cresça com<br />
nossos parceiros”, diz.<br />
Com essa integração à frente<br />
dos planos da emissora, uma<br />
reunião inédita foi proporcionada<br />
pelo SBT. Fábio Coelho,<br />
presi<strong>de</strong>nte do Google Brasil;<br />
José Roberto Maciel, do SBT; Fábio Coelho, do Google; Marcos Angelini, do Facebook; e Guilherme Ribenboim, do Twitter<br />
Marcos Angelini, diretor-geral<br />
do Facebook Brasil; e Guilherme<br />
Ribenboim, VP do Twitter;<br />
foram reunidos em um <strong>de</strong>bate<br />
pela primeira vez. Juntos, os lí<strong>de</strong>res<br />
das três principais re<strong>de</strong>s<br />
sociais do país discutiram como<br />
a TV aberta po<strong>de</strong> estreitar a parceria<br />
com a internet.<br />
Já acostumado com essa<br />
união, Ribenboim disse que<br />
65% dos tweets são conteúdos<br />
relacionados à televisão e ela,<br />
por sua vez, é a que mais gera<br />
assunto para a plataforma. “A<br />
integração resgata pessoas que<br />
foram para o on <strong>de</strong>mand e não<br />
estavam mais ligadas na TV.<br />
Com as hashtags, fazemos com<br />
que todos vejam TV ao mesmo<br />
tempo e conversem sobre o conteúdo”,<br />
conta.<br />
Angelini afirmou que no Facebook,<br />
30% das informações<br />
pesquisadas são sobre TV. “Ampliar<br />
a audiência é importante<br />
para o SBT porque colocamos o<br />
conteúdo em um ambiente correto,<br />
com o público direcionado<br />
e o engajamento garantido. Hoje<br />
fazemos três coisas espontaneamente:<br />
respirar, piscar e olhar<br />
no celular”, brinca.<br />
Detentor <strong>de</strong> uma ferramenta<br />
valiosa como o YouTube, Coelho<br />
acredita que, para o Google,<br />
a audiência precisa estar on<strong>de</strong><br />
o povo está, e ele não sai da<br />
internet. “Usando as re<strong>de</strong>s sociais,<br />
os produtores <strong>de</strong> conteúdo<br />
fazem um jogo <strong>de</strong> relevância<br />
frente aos usuários, e isso funciona<br />
na distribuição. Quando<br />
fazemos isso, é só calcular<br />
cada uma <strong>de</strong>ssas participações<br />
e monetizar da forma correta”,<br />
explica.<br />
Captar os talentos da internet<br />
e levá-los para a TV é uma<br />
das vantagens <strong>de</strong>ssa integração,<br />
reforça Coelho. Pessoas referenciais<br />
para <strong>de</strong>terminados conteúdos<br />
po<strong>de</strong>m não ser mainstream.<br />
“A oportunida<strong>de</strong> é tirar proveito<br />
<strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> monetizar<br />
a comunicação. Experiências<br />
Divulgação<br />
<strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d content bem feitas<br />
e publicida<strong>de</strong> nativas, quando<br />
elegantes, são muito importantes”,<br />
fala.<br />
A capacida<strong>de</strong> do Twitter por<br />
ser tempo real também foi <strong>de</strong>stacada<br />
por Ribenboim. O produtor<br />
<strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong>ve estar no<br />
centro das conversas, com liberda<strong>de</strong><br />
para criar. “Temos esse papel<br />
<strong>de</strong> complemento para fazer<br />
o storytelling da TV continuar<br />
na internet. Isso tem <strong>de</strong> ser fortalecido<br />
para que seja fácil monetizar”,<br />
afirma.<br />
A transparência das métricas<br />
foi reforçada por Angelini, que<br />
ressalta esse compromisso em<br />
“clarear” os dados. “Queremos<br />
fazer parcerias <strong>de</strong> audiência que<br />
<strong>de</strong>em cada vez mais transparência.<br />
Estamos criando um conselho<br />
em que marcas e agências<br />
vão nos dizer para on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vemos<br />
ir. O momento é <strong>de</strong> transformação.<br />
Precisamos ter dados<br />
para comparar os trabalhos realizados<br />
e os resultados”, conta.<br />
62 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Neste último ano,<br />
conquistamos<br />
muita coisa para construir<br />
a mais completa<br />
plataforma <strong>de</strong> mídia<br />
urbana do out of home<br />
brasileiro.<br />
MetrôRio<br />
Metrô Bahia<br />
Linha Amarela do Metrô<br />
<strong>de</strong> São Paulo<br />
VLT Carioca<br />
SuperVia no<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Novos ativos<br />
na CPTM<br />
Novos shoppings<br />
Agora só falta uma conquista para<br />
fecharmos o ano.<br />
Vote Eletromidia<br />
no Caboré <strong>2016</strong>.<br />
Veículo <strong>de</strong> Comunicação: Plataforma <strong>de</strong> mídia.<br />
Vem com a gente: eletromidia.com.br
Mídia<br />
Sergio Valente (<strong>de</strong> pé e <strong>de</strong> óculos), diretor da Globo Comunicação, acompanha a gravação do coral <strong>de</strong> 1.200 vozes que participa da campanha <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano da emissora<br />
Divulgação<br />
Mensagem <strong>de</strong> Natal da Globo tem<br />
participação <strong>de</strong> projetos sociais<br />
Coral organizado para cantar Um novo tempo reúne 1.200 vozes;<br />
ação é assinada por Sergio Valente, Leandro Castilho e Mariana Sá<br />
PaUlo Macedo<br />
Re<strong>de</strong> Globo iniciou, no último<br />
dia 27, a veiculação da<br />
A<br />
sua campanha <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano<br />
com a tradicional canção Um novo<br />
tempo interpretada <strong>de</strong>sta vez<br />
por um coral composto por 1.200<br />
vozes. Para afinar o grupo, foi arregimentada<br />
a dupla cana<strong>de</strong>nse<br />
Daveed Goldman e Nobu Adilman,<br />
criadores do projeto Choir!<br />
Choir! Choir!. Eles são especializados<br />
na regência e arranjos para<br />
corais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. A i<strong>de</strong>ia<br />
começou a se <strong>de</strong>linear quando<br />
Sergio Valente, diretor da Globo<br />
Comunicação, recebeu um link<br />
<strong>de</strong> uma apresentação <strong>de</strong> Hallelujah,<br />
<strong>de</strong> Leonard Cohen, e viu que<br />
tinha o suporte necessário para<br />
materializar a campanha.<br />
“Leandro Castilho, diretor <strong>de</strong><br />
criação da campanha, me mandou<br />
o material. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>sses<br />
caras é extremamente inclusiva,<br />
“Talvez a coisa<br />
que a Globo<br />
mais saiba fazer<br />
seja propaGar<br />
emoções”<br />
tem um movimento <strong>de</strong> união.<br />
Então, começamos a pensar <strong>de</strong><br />
que formas a campanha po<strong>de</strong>ria<br />
ser mais inclusiva do que o que<br />
temos feito até então: colocar o<br />
nosso elenco para cantar. E o primeiro<br />
passo foi chamar os cana<strong>de</strong>nses,<br />
que têm essa experiência<br />
<strong>de</strong> colocar todo mundo para cantar,<br />
e beber na experiência <strong>de</strong>les,<br />
nos inspirar no trabalho <strong>de</strong> quem<br />
já fez tantas coisas legais com<br />
músicas famosas. Por que não fazer<br />
com a nossa música famosa?,<br />
disse Valente, que também participou<br />
da direção <strong>de</strong> criação, ao<br />
lado <strong>de</strong> Mariana Sá.<br />
A produção foi da Sentimental<br />
Filmes, com suporte dos Estúdios<br />
Globo e <strong>de</strong> Maurício Guimarães<br />
e Luciano Zuffo. Sérgio<br />
Rezen<strong>de</strong>, da Comando S, ficou<br />
responsável pelo comando da<br />
parte musical na gravação.<br />
“Talvez a coisa que a Globo<br />
mais saiba fazer seja propagar<br />
emoções. Sentimentos que vêm<br />
da informação, do entretenimento,<br />
do conteúdo e através<br />
dos nossos shows. O fim <strong>de</strong> ano<br />
é uma época que pe<strong>de</strong> a propagação<br />
<strong>de</strong> um sentimento <strong>de</strong> esperança,<br />
<strong>de</strong> renovação e a gente<br />
acha que contribui com esse sentimento.<br />
‘Hoje é um novo dia, <strong>de</strong><br />
um novo tempo, que começou...’,<br />
essa música é um hino do fim do<br />
ano no Brasil e tem uma capacida<strong>de</strong><br />
enorme <strong>de</strong> emocionar ao<br />
<strong>de</strong>spertar a memória afetiva das<br />
pessoas. Ela diz muita coisa para<br />
muita gente. É a lembrança <strong>de</strong><br />
um sentimento <strong>de</strong> ano novo, <strong>de</strong><br />
esperança que todos queremos<br />
para o ano seguinte, sempre”,<br />
afirmou Valente.<br />
O elenco <strong>de</strong> vozes une atores,<br />
jornalistas, diretores apresentadores<br />
e representantes <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />
e instituições como Ponto-<br />
Cine, Conexão Favela, Fundação<br />
Gol <strong>de</strong> Letra, Re<strong>de</strong>s da Maré,<br />
Instituto MetaSocial, Engajamundo,<br />
Lona na Lua, Mães Sem<br />
Nome, Circo Crescer e Viver. “Já<br />
que nós vamos celebrar um novo<br />
dia <strong>de</strong> um novo tempo, já que<br />
queremos que esse um novo dia<br />
<strong>de</strong> um novo tempo chegue para<br />
todos nós, por que não convidar<br />
pessoas que fazem novos dias<br />
em novos tempos todos os dias?<br />
Daí surgiu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> incluir na<br />
campanha todos esses projetos<br />
lindos e compartilhar com todo<br />
mundo as experiências <strong>de</strong> pessoas<br />
que fazem coisas incríveis<br />
pelo Brasil”, finalizou.<br />
64 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
mídia<br />
Cartunista vira grafiteiro para fazer<br />
homenagem aos 75 anos do Pica-Pau<br />
Dorinho Bastos, que assina as charges publicadas no PROPMARK, é um<br />
dos convidados <strong>de</strong> ação para comemorar aniversário do personagem<br />
Dorinho Bastos, cartunista do jornal<br />
PROPMARK e da revista Propaganda –<br />
ambas publicações da Editora Referência –,<br />
teve uma experiência diferente na semana<br />
passada. Ele foi grafiteiro por dois dias. A<br />
sua primeira experiência nesse tipo <strong>de</strong> arte<br />
visual po<strong>de</strong> ser vista na esquina da Rua<br />
Haddock Lobo com a Avenida Paulista, na<br />
região central <strong>de</strong> São Paulo.<br />
O trabalho é uma das primeiras peças<br />
criadas para integrar as comemorações da<br />
Universal Pictures pelos 75 anos <strong>de</strong> criação<br />
do Pica-Pau, <strong>de</strong>senho que até hoje anima<br />
filmes infantis na televisão e revistas em<br />
quadrinho. Dorinho aten<strong>de</strong>u a um pedido<br />
dos amigos Pagu e Cesar, do mesmo time<br />
<strong>de</strong> Eduardo Kobra, consagrado na arte <strong>de</strong><br />
embelezar cida<strong>de</strong>s com <strong>de</strong>senhos multicoloridos<br />
em espaços outdoor.<br />
“É uma experiência muito gratificante já<br />
que nunca havia trabalhado antes com esse<br />
tipo <strong>de</strong> espaço”, fala o artista. O painel foi<br />
<strong>de</strong>senhado com pincel, tinta látex e spray,<br />
em placas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> média intensida<strong>de</strong>.<br />
“Aprendi que o grafite nunca é obra permanente.<br />
Mas acho que, por algumas semanas,<br />
aquele muro ficará mais interessante”,<br />
fala Dorinho.<br />
O cartunista é apenas um dos convidados<br />
para esse trabalho, autorizado pela<br />
Universal Pictures. Outros artistas também<br />
integraram o time <strong>de</strong> grafiteiros. A<br />
primeira homenagem ao personagem foi<br />
criada no Beco do Batman – ponto turístico<br />
situado na Vila Madalena, zona oeste<br />
da capital paulista.<br />
Produzida por Tito Ferrara, o painel<br />
apresenta o Pica-Pau fazendo a barba <strong>de</strong><br />
um índio, uma releitura do artista para o<br />
episódio O Barbeiro <strong>de</strong> Sevilha, em que o<br />
personagem se passa por barbeiro e recebe<br />
um índio americano no estabelecimento.<br />
“Eu cresci assistindo aos <strong>de</strong>senhos do<br />
Pica-Pau e vendo todas as maluquices <strong>de</strong>le.<br />
Ele é o retrato da loucura <strong>de</strong> uma maneira<br />
boa. Escolhi o episódio da barbearia porque<br />
foi o que mais me marcou. Nada mais louco<br />
do que o Pica-Pau com uma tesoura na<br />
mão, né?”, explica o artista.<br />
Ainda estão previstos mais quatro painéis<br />
distribuídos pela cida<strong>de</strong>, incluindo um<br />
na Comic Com Experience (CCXP).<br />
Criado por Walter Lantz em 1940, o personagem<br />
da Universal Pictures é um ícone<br />
<strong>de</strong> várias gerações. Seus 166 episódios já<br />
foram transmitidos em mais <strong>de</strong> 155 países<br />
e traduzidos em 105 idiomas pelo mundo.<br />
Arte feita por Dorinho Bastos está na esquina da rua Haddock Lobo com a Avenida Paulista, na região central <strong>de</strong> SP<br />
Divulgação<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 65
mídia<br />
Turner apresenta contéudo <strong>de</strong> canais<br />
às agências no interior <strong>de</strong> caminhão<br />
Desenvolvido pela F/Malta, Road to Revolution mostra as novida<strong>de</strong>s<br />
da programação do próximo ano por meio <strong>de</strong> um game interativo<br />
Divulgação<br />
Interior do caminhão, que está percorrendo as agências <strong>de</strong> São Paulo para mostrar o conteúdo dos canais da Turner para 2017: visitas serão realizadas até o próximo dia 6<br />
Vinícius noVaes<br />
Criativida<strong>de</strong> é a palavra que<br />
resume a ação Road to Revolution,<br />
<strong>de</strong>senvolvida pela F/<br />
Malta para a Turner com o objetivo<br />
<strong>de</strong> apresentar a programação<br />
do próximo ano para<br />
os profissionais <strong>de</strong> mídias das<br />
agências. Ao todo serão percorridas<br />
<strong>28</strong> agências até o próximo<br />
dia 6. Dividida em duas etapas,<br />
a ação tem início com uma<br />
apresentação das oportunida<strong>de</strong>s<br />
para o próximo ano.<br />
Na segunda parte, os participantes<br />
mergulham nas marcas<br />
Turner em um escape game<br />
itinerante, construído no interior<br />
<strong>de</strong> um caminhão completamente<br />
modificado e personalizado<br />
para a ação. Ela ocorre<br />
durante um dia todo em cada<br />
agência previamente escolhida,<br />
que proporciona a oportunida<strong>de</strong><br />
para diversos colaboradores<br />
participarem.<br />
Escape games são jogos<br />
imersivos em que, para vencer,<br />
os participantes precisam, juntos,<br />
<strong>de</strong>scobrir pistas e <strong>de</strong>svendar<br />
enigmas escondidos no interior<br />
<strong>de</strong> uma sala. Cada grupo,<br />
composto por no máximo cinco<br />
pessoas, terá 30 minutos para<br />
testar seus conhecimentos sobre<br />
os conteúdos das marcas<br />
Turner, solucionar os <strong>de</strong>safios<br />
apresentados e <strong>de</strong>scobrir o código<br />
secreto que abre a porta<br />
final do truck.<br />
Um dos principais <strong>de</strong>staques<br />
é a Temporada <strong>de</strong> Premiações<br />
da TNT. Além da experiência<br />
na TV, é possível criar conteúdos<br />
que engajem a audiência,<br />
revolucionando o conceito <strong>de</strong><br />
bran<strong>de</strong>d content. A Temporada<br />
oferece ao todo 13 premiações<br />
exclusivas, entre elas o<br />
Grammy Awards, Gol<strong>de</strong>n Globes,<br />
Emmy Awards, além do<br />
People’s Choice Awards e Billboard<br />
Music Awards. Na área<br />
esportiva, o <strong>de</strong>staque vai para a<br />
Liga dos Campeões da Europa.<br />
Em linha com a tendência <strong>de</strong><br />
produção <strong>de</strong> conteúdo a partir<br />
das <strong>de</strong>mandas do consumidor<br />
final em todas as plataformas,<br />
a Turner prevê entregas para as<br />
marcas que vão muito além da<br />
TV linear e integram conteúdos<br />
e marcas nas re<strong>de</strong>s sociais, aplicativos<br />
e em ativações <strong>de</strong> marca<br />
nos eventos ao vivo.<br />
“Desafiamos a nós mesmos<br />
diariamente a encontrar formas<br />
criativas <strong>de</strong> engajar os consu-<br />
midores às marcas, sem interrompê-los<br />
enquanto eles consomem<br />
nossos conteúdos. Este<br />
road show é um convite ao mercado<br />
para repensar os mo<strong>de</strong>los<br />
atuais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conteúdo<br />
publicitário e provocar uma<br />
revolução no conceito <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />
content”, explica Gilberto<br />
Corazza, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
AdSales da Turner Brasil.<br />
Já Felipe Malta, CEO da F/<br />
Malta, disse que o foco foi a<br />
emoção. “Pensamos em apresentar<br />
o conteúdo <strong>de</strong> uma forma<br />
que gerasse emoção. Todos<br />
os <strong>de</strong>safios foram permeados<br />
pelas novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conteúdo<br />
que a Turner vai oferecer no<br />
próximo ano. Nós também nos<br />
baseamos na adrenalina, que é<br />
muito presente na programação<br />
da Turner”, diz.<br />
66 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
mídiA<br />
Divulgação<br />
Grupo Abril<br />
se associa ao<br />
Guiato no Brasil<br />
Plataforma web e mobile usa<br />
geolocalização para ofertas<br />
em lojas físicas do varejo<br />
vinícius novaes<br />
Grupo Abril adquiriu participação na<br />
O operação brasileira do Guiato, plataforma<br />
web e mobile <strong>de</strong> ofertas geolocalizadas<br />
do varejo físico. Criado na Alemanha em<br />
2008, o Guiato chegou ao Brasil em 2012 e<br />
atua em 11 países. Sua plataforma registra<br />
cinco milhões <strong>de</strong> acessos por mês e 1 milhão<br />
<strong>de</strong> downloads <strong>de</strong> folhetos promocionais.<br />
Reúne cerca <strong>de</strong> dois mil varejistas em<br />
mais <strong>de</strong> 150 mil en<strong>de</strong>reços comerciais no<br />
varejo brasileiro.<br />
A plataforma web e os aplicativos mobile<br />
possibilitam realizar buscas <strong>de</strong> produtos<br />
e marcas específicas, por categoria<br />
ou loja, anunciados em folhetos e catálogos<br />
promocionais <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> varejistas<br />
em todo o país. Além do portal Web,<br />
o Guiato possui aplicativos mobile disponíveis<br />
para iPhone, iPad e smartphones<br />
com sistema operacional Android.<br />
A iniciativa do Grupo Abril se soma a<br />
uma série <strong>de</strong> outras realizadas pela empresa<br />
nos últimos meses para reforçar<br />
seu portfólio <strong>de</strong> serviços, entre os quais<br />
estão o GoBOX, plataforma <strong>de</strong> clube <strong>de</strong><br />
assinaturas <strong>de</strong> produtos, e o GotoShop,<br />
nova operação <strong>de</strong> e-commerce em parceria<br />
com a CNova.<br />
“Para as empresas <strong>de</strong> varejo, o Guiato<br />
é a ferramenta i<strong>de</strong>al para gerar leads às<br />
suas lojas offline. Passar a integrar o Grupo<br />
Abril segue o mo<strong>de</strong>lo adotado pelo<br />
Grupo Bonial, parte do grupo Axel Springer.<br />
O foco no varejo e no ponto <strong>de</strong> venda,<br />
por meio <strong>de</strong> plataforma digital web e mobile,<br />
foi um dos fatores que encontramos<br />
no Grupo Abril, com muita sinergia, que<br />
levou à concretização do negócio”, diz<br />
Claudio Santos, CEO do Guiato no Brasil.<br />
Walter Longo, presi<strong>de</strong>nte do Grupo<br />
Abril, afirma que a empresa tem buscado<br />
sinergia. “Temos buscado sinergia em<br />
cada uma <strong>de</strong> nossas operações com o que<br />
há <strong>de</strong> melhor no mercado em inovação.<br />
A parceria com o Guiato é mais um passo<br />
fundamental para nosso novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
negócio, da mídia ao marketplace”, afirma<br />
o executivo.<br />
Claudio Santos,<br />
CEO do Guiato<br />
no Brasil: foco no<br />
varejo e no ponto<br />
<strong>de</strong> venda por meio<br />
<strong>de</strong> plataforma<br />
digital<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 67
supercenas<br />
Marcello Queiroz* mqueiroz@propmark.com.br<br />
Para lançar o mo<strong>de</strong>lo Actros, a montadora Merce<strong>de</strong>s-Benz trouxe o grupo Patubatê, que tirou som até das partes do caminhão Actros durante a Solutions Week<br />
BATUQUE<br />
A Merce<strong>de</strong>s-Benz é uma das<br />
vencedoras da edição <strong>2016</strong> do<br />
Marketing Best, cuja festa <strong>de</strong><br />
entrega <strong>de</strong> prêmios será realizada<br />
no dia 6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, no<br />
espaço Tom Brasil, em São Paulo.<br />
A montadora celebrou 60<br />
anos no Brasil no ano passado<br />
e o lançamento do mo<strong>de</strong>lo Actros,<br />
entre outros, com shows<br />
do grupo Patubatê, que, além<br />
dos instrumentos percussivos<br />
tradicionais, tirava som com<br />
partes do caminhão.<br />
NUVEM<br />
Como na canção Get off my<br />
cloud, dos Rolling Stones, a turma<br />
da The Group Comunicação<br />
está plugada nas novas tecnologias<br />
para soluções integradas<br />
<strong>de</strong> comunicação. As informações<br />
capturadas por big data,<br />
como explica o CEO Fernando<br />
Guntovitch, estão sendo utilizadas<br />
nas campanhas <strong>de</strong> CRM,<br />
PDV, eventos, promoção, shopper<br />
e tra<strong>de</strong>. “É o conceito digital<br />
live”, resume.<br />
Marçal Neto/Divulgação<br />
Da esquerda para a direita, José Mauro Gabriolli (operações), Lygia Fernan<strong>de</strong>s (criação), Douglas Gomes (planejamento) e Guntovitch<br />
*Paulo Macedo (interino) paulo@propmark.com.br<br />
68 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Alex Mehedff, sócio da produtora Hungry Man, no lançamento do seu livro Mundo <strong>de</strong>sconhecido, com Jarbas Agnelli, do Ad Studio<br />
DESCONHECIDO<br />
Sócio da Hungry Man, Alex Mehedff aproveitou a viagem aos<br />
territórios curdos do Iraque e da Síria para filmar o programa <strong>de</strong><br />
TV Zonas <strong>de</strong> conflito, para também dar vasão ao seu lado fotógrafo.<br />
Na verda<strong>de</strong>, enten<strong>de</strong>u o job como um chamado pessoal,<br />
afinal seu avô paterno é <strong>de</strong> origem síria. Com sua Leica MP-240 e<br />
lente 35mm, capturou 120 imagens, que integram o livro Mundo<br />
<strong>de</strong>sconhecido e sintetizam os 30 dias que passou na região marcada<br />
por conflitos bélicos. O lançamento é pela Andrea Jakobsson<br />
Estúdio Editorial, “Sempre gostei <strong>de</strong> fotografar e, neste livro,<br />
<strong>de</strong>scobri uma dupla jornada ao retornar da zona <strong>de</strong> conflito<br />
no Iraque e Síria em outubro <strong>de</strong> 2015. Algo que me surpreen<strong>de</strong>u<br />
não só pela experiência, mas pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o<br />
meu olhar <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> rever as fotos. Iniciamos o trabalho do livro<br />
em fevereiro <strong>de</strong>ste ano, e tudo aconteceu muito rápido, do jeito<br />
que gosto, para ser sincero”, diz Mehedff, que fez dois mil clicks,<br />
mas não <strong>de</strong>u muita importância ao material que tinha em mãos.<br />
Amigos e familiares o alertaram sobre o acervo. “Com exceção<br />
dos smartphones, úteis para registrar e divulgar suas lutas, os<br />
signos <strong>de</strong> status da vida contemporânea não exercem nenhum<br />
fascínio sobre eles. Todos vestem as mesmas roupas, calçam os<br />
mesmos calçados, tomam chá em xícaras <strong>de</strong> um único mo<strong>de</strong>lo”,<br />
completa. O <strong>de</strong>sign é <strong>de</strong> Isabela Silveira.<br />
Divulgação<br />
PATROCINADO<br />
O prefeito eleito João<br />
Doria, <strong>de</strong> São Paulo,<br />
vai buscar anunciantes<br />
<strong>de</strong> diversas áreas para<br />
as intervenções que<br />
preten<strong>de</strong> colocar em<br />
prática nos parques da<br />
cida<strong>de</strong><br />
LAVA JATO<br />
O diretor José Padilha,<br />
<strong>de</strong> Tropa <strong>de</strong> Elite, está<br />
produzindo para o<br />
Netflix uma série sobre a<br />
operação Lava Jato. Ele<br />
assinou Narcos, também<br />
para a plataforma <strong>de</strong><br />
streaming<br />
VAREJO<br />
A expectativa é que a<br />
Black Friday, realizada<br />
semana passada,<br />
contabilize R$ 2 bi,<br />
30% superior a 2015<br />
NÃO É VERO<br />
Sotheby’s retirou<br />
escultura <strong>de</strong> Willys <strong>de</strong><br />
Castro, que tinha oferta<br />
<strong>de</strong> R$ 1,3 milhão, por<br />
suspeita <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> autoral<br />
AJUSTE<br />
O Ministério da<br />
Fazenda reduziu para<br />
1% a projeção sobre o<br />
crescimento da economia<br />
em 2017. A meta anterior<br />
era <strong>de</strong> 1,6%<br />
A atriz Camila Pitanga e o diretor Gustavo Leme no set <strong>de</strong> gravações da campanha para a ONU Mulheres: ElesPorElas HeForShe<br />
IGUALDADE<br />
Em criação da Heads e produção da Delicatessen, com direção <strong>de</strong> Gustavo Leme, a atriz Camila<br />
Pitanga empresta imagem para campanha sobre igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero da ONU Mulheres e o movimento<br />
ElesPorElas HeForShe. Também participam Sheron Menezzes, Preta Gil, Lea T e o ator<br />
Anselmo Vasconcellos. Narram experiências que sofreram relacionadas à intolerância.<br />
CLOSED<br />
O Banco do Brasil vai<br />
encerrar as operações<br />
<strong>de</strong> pelo menos 800<br />
agências em todo o país,<br />
principalmente em São<br />
Paulo. O plano prevê<br />
uma economia <strong>de</strong><br />
R$ 2,9 bilhões<br />
CONQUISTA<br />
A Moma, dos sócios Fico Meirelles e Rodolfo Sampaio, conquistou a conta da Tekbond, especializada<br />
em produtos a<strong>de</strong>sivos, e já está em fase final <strong>de</strong> criação da primeira campanha nacional da marca.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 69
última página<br />
mediaphotos/iStock<br />
Entre a cruz e<br />
a cal<strong>de</strong>irinha<br />
Claudia Penteado<br />
No mundo das marcas e do marketing,<br />
qual é o limite ético <strong>de</strong> um jornalista<br />
para divulgar notícias? Outro dia me vi<br />
diante <strong>de</strong> um dilema pelo qual ainda não<br />
havia passado, e vou relatar aqui sem nomes<br />
ou associações mais óbvias. Recebi<br />
uma sugestão <strong>de</strong> pauta sobre uma empresa<br />
<strong>de</strong> bebidas alcoólicas que ven<strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>stilado voltado para o público jovem. A<br />
notícia que me sugeria sua assessoria era<br />
o fato <strong>de</strong> que a bebida havia conquistado<br />
um espaço gran<strong>de</strong> nas re<strong>de</strong>s sociais se conectando<br />
com a juventu<strong>de</strong>.<br />
Acompanhando o material,<br />
recebi dois ví<strong>de</strong>os que mostravam<br />
exemplos <strong>de</strong> ações da<br />
marca nas ruas e exibiam, entre<br />
outras imagens, uma garotada<br />
solar virando alegremente<br />
garrafas da bebida no gargalo,<br />
literalmente enchendo a<br />
cara, como se diz.<br />
Não sou careta: beber é ótimo, tem seu<br />
espaço e seu lugar. Sou velha e já vi muita<br />
coisa: entre elas, a indústria <strong>de</strong> cigarros com<br />
liberda<strong>de</strong> total no mundo da propaganda.<br />
Vivi um universo em que tudo podia, menos,<br />
possivelmente, a venda ostensiva <strong>de</strong><br />
drogas pesadas ou remédios tarja preta.<br />
Ocorre que, ao me <strong>de</strong>parar com aquele material<br />
<strong>de</strong> divulgação, não pu<strong>de</strong> me <strong>de</strong>scolar<br />
<strong>de</strong> quem sou como ser humano. E, entre<br />
outras coisas, sou mãe <strong>de</strong> uma adolescente<br />
<strong>de</strong> 13 anos, já cercada por diversos fantasmas<br />
- como a própria bebida e as drogas<br />
em geral. Jovens recém-saídos da infância<br />
têm amplo acesso a tudo isso e vários já estão<br />
se exce<strong>de</strong>ndo, muitas vezes sem que os<br />
pais sequer sonhem com isso. É bastante<br />
popular o termo “PT” (perda total), utilizado<br />
para rotular quem bebe <strong>de</strong>mais e dá<br />
vexame em festas. Bebida alcoólica não é<br />
para todos: principalmente não para muito<br />
“BeBida<br />
alcoólica não<br />
é para todos:<br />
principalmente<br />
não para muito<br />
jovens”<br />
jovens, que estão começando a vida. Disso<br />
acredito que poucos discordam: sua venda<br />
exige controle e sua comunicação, alguma<br />
responsabilida<strong>de</strong> por parte <strong>de</strong> fabricantes.<br />
Existem diversas maneiras <strong>de</strong> estar no<br />
mundo, tanto pessoas como empresas, e<br />
não quero dar uma <strong>de</strong> poliana, mas tive a<br />
impressão <strong>de</strong>, naquele momento, estar<br />
diante <strong>de</strong> algo vazio, raso. Tive a sensação<br />
<strong>de</strong> que aquela mesma empresa po<strong>de</strong>ria usar<br />
as valiosas ferramentas do marketing, e todas<br />
as suas possibilida<strong>de</strong>s criativas, para estar<br />
no mundo <strong>de</strong> maneira menos... comum.<br />
Porque o fato é que o mundo<br />
mudou mesmo, não se trata<br />
<strong>de</strong> um clichê: não estamos<br />
mais no vale tudo <strong>de</strong> antigamente.<br />
É bacana refletir sobre<br />
o que, como, por que e para<br />
que se faz. Tomei coragem e<br />
disse à assessora que não escreveria<br />
a matéria naquele<br />
momento, pois não me pareceu<br />
haver mérito verda<strong>de</strong>iro<br />
naquelas ações <strong>de</strong> marketing, não importa<br />
seu tamanho, sua força <strong>de</strong> vendas, seu sucesso<br />
em faturamento. Que talvez, em outra<br />
oportunida<strong>de</strong>, pu<strong>de</strong>sse abordar alguma<br />
outra ação <strong>de</strong>ssa mesma empresa. A moça<br />
ficou perplexa, disse que estava fazendo o<br />
seu trabalho, que aquele era um job como<br />
qualquer outro.<br />
Aí é que está. Não consi<strong>de</strong>ro esse o meu<br />
job, para o qual levanto da cama todos os<br />
dias, como “qualquer outro”. E possuo<br />
um set único <strong>de</strong> crenças e valores - para<br />
guiar <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pessoal e profissional.<br />
Talvez seja esta a diferença essencial<br />
entre pessoas, entre empresas. O<br />
que separa, mesmo, o joio do trigo. É um<br />
jeito, mesmo, <strong>de</strong> estar, atento, no mundo.<br />
Chama-se coerência, que no dicionário -<br />
e na vida - é sinônimo <strong>de</strong> conexão e <strong>de</strong><br />
harmonia.<br />
70 <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark