sintese das diretrizes curriculares nacionais para a educacao basica
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florestas, <strong>das</strong> atividades ribeirinhas, da dinâmica rural, <strong>das</strong> sociedades tradicionais e <strong>das</strong><br />
emergentes, dos povos migrantes, <strong>das</strong> diferenças e identidades no interior da própria escola e<br />
seu entorno, enfim, <strong>das</strong> culturas, economias, etnias, orientações sociais e dinâmicas<br />
populacionais brasileiras. Pensando de forma integrada, o currículo resultante será projeto de<br />
Brasil e cumprirá a proposta constitucional: formar seres plenos, compreendida sua<br />
diversidade, constituir cidadãos e qualificar pessoas <strong>para</strong> a dinâmica do trabalho<br />
contemporâneo.<br />
As Diretrizes citam o Parecer CNE/CEB nº 14/2000, relatado pela Conselheira Edla de<br />
Araújo Lira Soares:<br />
“(...) a base nacional comum interage com a parte diversificada, no âmago do processo<br />
de constituição de conhecimentos e valores <strong>das</strong> crianças, jovens e adultos, evidenciando a<br />
importância da participação de todos os segmentos da escola no processo de elaboração da<br />
proposta da instituição que deve, nos termos da lei, utilizar a parte diversificada <strong>para</strong><br />
enriquecer e complementar a base nacional comum. (...) tanto a base nacional comum quanto<br />
a parte diversificada são fundamentais <strong>para</strong> que o currículo faça sentido como um todo.” (p.<br />
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Para exemplificar. a Língua Portuguesa (e o Guarani ou outra língua em espaços <strong>das</strong><br />
nações indígenas falantes e comunidades de fronteiras) constitui uma área da base nacional<br />
comum no Ensino Fundamental. De fato, uma área irmã <strong>das</strong> artes, também compostas de<br />
determina<strong>das</strong> linguagens. A dimensão diversificada dessa área pode contribuir com o<br />
Espanhol, mas também com estudos culturais ou tópicos especiais de leitura e escrita. Os<br />
exemplos aqui dados são signos <strong>para</strong> estimular a reflexão, a pesquisa e o estabelecimento de<br />
currículo na escola.<br />
Considerando sempre os lugares da vida <strong>das</strong> comunidades, as necessidades e desejos<br />
encontrados, a formação do magistério e a riqueza cultural local ou regional, bem como os<br />
limites de tempo do conjunto de áreas ou matriz de componentes, um trabalho colaborativo e<br />
integrado entre eixos e áreas pode atender aos objetivos propostos na Constituição, na LDB e<br />
demais textos legais, todos voltados aos direitos e à qualidade da educação. No caso dessa<br />
área (restrita em língua e ampliada em linguagens, isto é, língua mais artes), eixos como<br />
língua escrita e língua falada, a par de memória linguístico-cultural comunitária poderão criar<br />
conexões entre os componentes capazes de enriquecer os códigos expressivos, mostrar a<br />
distinção entre fala e escrita, estimular o trabalho com<strong>para</strong>do em línguas, produzir<br />
intercâmbios culturais, pensar e se aproximar do outro e seus suportes linguísticos e culturais,<br />
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