sintese das diretrizes curriculares nacionais para a educacao basica
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O projeto político-pedagógico: a elaboração, a avaliação e o aperfeiçoamento<br />
O projeto político-pedagógico (PPP) da escola democrática e que avança <strong>para</strong> sua<br />
liberdade e sua autonomia, conforme a Constituição e a LDB, sinaliza o regime de<br />
colaboração ainda não realizado, mas vivo nos textos <strong>das</strong> leis fundamentais da educação<br />
brasileira. O PPP é impostergável, pois segue a dinâmica do calendário escolar e impossível<br />
de ser escrito senão pela comunidade que pretende construir uma ação curricular rigorosa e<br />
prazerosa, um processo de ensino-aprendizagem que considere os sujeitos dessa ação e modos<br />
de trabalho que garantam apreensões criativas do conhecimento, a par de atitudes e<br />
compartilhamentos originais.<br />
O PPP, como se sabe, se articula ao Plano Municipal de Educação e este aos Planos<br />
Estaduais e Nacional. Aí reside, pois, o direito e o dever da criação conjunta desse guia do<br />
trabalho educacional. Considera<strong>das</strong> as perspectivas propostas nos Planos e Diretrizes, o PPP<br />
se define dentro do seu “mundo social e geográfico”, o que vai da formação continuada dos<br />
professores ao perfil dos estudantes; dos projetos de enriquecimento curricular às posições<br />
metodológicas; dos critérios de organização do calendário educacional às parcerias<br />
comunitárias; <strong>das</strong> ações interdisciplinares à clareza quanto aos processos de recuperação,<br />
distorção idade/ano/série; do uso crítico <strong>das</strong> novas tecnologias aos cuidados com a saúde de<br />
todos os sujeitos da escola. A rigor, trata-se de colocar o currículo em ação, como coração dos<br />
movimentos de ensino e aprendizagem.<br />
Em suma, as Diretrizes propõem às unidades escolares seis atitudes capazes de<br />
garantir a autonomia escolar, a escritura de um currículo original e a demonstração de direitos<br />
da comunidade:<br />
a) realizar diagnóstico adequado dos sujeitos do processo educativo e seu território de<br />
inserção;<br />
b) desenvolver concepções de conhecimento, aprendizagem e avaliação e “encarnálas”<br />
no PPP, com visão crítica <strong>para</strong> futuras mudanças;<br />
c) precisar a qualidade social da educação na unidade circundada por realidade<br />
conhecida e considerada na gestão escolar;<br />
d) refletir criticamente sobre os resultados <strong>das</strong> avaliações externas e manifestar-se a<br />
respeito dessas formas de avaliação como contribuição da unidade escolar;<br />
e) trabalhar curricularmente <strong>para</strong> a garantia do acesso, permanência e superação <strong>das</strong><br />
reprovações;<br />
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