Revista Apólice #229
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As mudanças no Rol da Agência<br />
Nacional de Saúde Suplementar<br />
– que determina as coberturas<br />
mínimas que todos os<br />
beneficiários têm direito e é reformulada<br />
a cada dois anos -, estão cada vez mais<br />
robustas, visando atender as necessidades<br />
e demandas dos beneficiários da saúde<br />
suplementar. Foram incluídos neste ano,<br />
além da inédita cobertura para esclerose<br />
múltipla, outros exames, terapias e cirurgias,<br />
totalizando 18 procedimentos.<br />
Para José Anselmo Neto, diretor da<br />
Vichiwork – consultoria em benefícios<br />
e treinamentos empresariais, essas iniciativas<br />
parecem ser benéficas para os<br />
pacientes, mesmo que na outra ponta<br />
exista a preocupação com o impacto<br />
que essa decisão causará. “Certamente,<br />
o maior impacto virá dos tratamentos<br />
orais para câncer. Ao todo, são oito<br />
novos aprovados, o que representou um<br />
grande avanço no tratamento de muitos<br />
pacientes”, reforça.<br />
Solange Beatriz Palheiro Mendes,<br />
presidente da Fenasaúde, afirma que a revisão<br />
é desejada pelos consumidores, mas<br />
as incorporações, geralmente, têm custos<br />
que podem ser muito altos. “Portanto, há<br />
um problema de escolha: incorporar tudo<br />
de forma imediata, e aceitar os custos, ou<br />
considerar a capacidade de pagamento<br />
dos beneficiários e empresas que contratam<br />
planos de saúde”, pondera.<br />
Esse é um momento em que o setor<br />
precisa se reinventar, diminuir os custos,<br />
mudar antigas concepções de atendimento<br />
e parar de perder beneficiários.<br />
De acordo com dados divulgados pelo<br />
Instituto de Estudos da Saúde Suplementar<br />
(IESS), em novembro de 2017 houve<br />
uma queda de 1,1% no total de pessoas<br />
atendidas pelo sistema suplementar, o<br />
que pode não parecer uma baixa muito<br />
grande, mas é significativo se for levado<br />
em consideração que esse setor, que sempre<br />
foi extremamente promissor, ainda<br />
não atinge uma parcela tão grande da<br />
população, mesmo sendo um benefício<br />
tão desejado.<br />
A pergunta agora é: como seguir o<br />
órgão máximo, oferecer tudo o que é preciso,<br />
pensar em diferenciais de mercado<br />
e ainda lidar com os desafios que aparecem?<br />
Com quem a saúde suplementar<br />
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