28.02.2018 Views

Revista Curinga Edição 18

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A posição da Lua naquela hora representa a energia que você carrega, seu estado<br />

de humor. Cada planeta do sistema solar significa algo dentro de nós.<br />

Depois de uma sessão de imprevistos<br />

técnicos que deixaram tensa toda uma<br />

equipe da Nasa, a sonda Voyager 1 ganhava<br />

os ares na manhã de 5 de setembro<br />

de 1977, dando os primeiros passos<br />

de uma longa viagem. Até hoje, trata-se<br />

do objeto lançado que está mais longe<br />

de casa, sem previsão de retorno à origem.<br />

As sondas Voyager 1 e Voyager 2<br />

foram lançadas para alcançarem os perímetros<br />

de Saturno e Júpiter, e depois<br />

Urano e Netuno. Em 39 anos de sua jornada,<br />

entre os tantos resultados alcançados,<br />

o mais grandioso deles foi atingir<br />

o espaço interestelar, a zona para além<br />

do nosso Sistema.<br />

Ainda em 1977, o astrônomo Charles<br />

Kowall descobriu o asteroide 2060 Quíron.<br />

Essa descoberta, assim como a de<br />

alguns planetas, como Urano, Netuno e<br />

Plutão, teve relação com eventos mundiais<br />

importantes. Quíron foi descoberto<br />

em dezembro, mesmo mês em que<br />

ocorreu uma reunião entre Anwar Sadat,<br />

então presidente do Egito, e Menachem<br />

Begin, primeiro-ministro de Israel, para<br />

discutir a paz entre os dois países. O resultado<br />

do encontro foi o isolamento do<br />

Egito em relação aos demais vizinhos<br />

árabes e, mais tarde, o assassinato de<br />

Sadat. Segundo se acredita, o conflito de<br />

egos entre pessoas representaria as projeções<br />

enérgicas de Quíron.<br />

O movimento dos astros é parte do<br />

anseio pelo conhecimento desde muito<br />

cedo na história, orientando-nos em<br />

tempo e espaço. A astronomia, por exemplo,<br />

surgiu com as primeiras civilizações,<br />

partindo de estudos simples como observações<br />

do céu. Se os devaneios sobre os<br />

astros se desenrolassem no cenário da literatura,<br />

estariam nas linhas do realismo<br />

fantástico, onde brincar com o tempo é<br />

a primeira regra para melhor entendê-lo.<br />

Na astrologia, os aspectos pessoais de<br />

alguém podem ser esclarecidos por meio<br />

da relação do ser humano com o cosmos.<br />

A partir dele, interpreta-se o universo<br />

interior, existente em nossa vida e<br />

jeito de ser. O tempo de cada um começa<br />

com o céu.<br />

No princípio era a luz<br />

A relação do claro e escuro imposta<br />

com a alternância de Lua e Sol construiu<br />

comportamentos, como o aproveitamento<br />

da luz para atividades diversas<br />

e a falta dela para quietude e descanso.<br />

Essa forma mais básica de entendimento<br />

do tempo foi se aprimorando, unindo o<br />

fator contemplativo ao teor matemático,<br />

na região da antiga Mesopotâmia, atual<br />

localização do Iraque.<br />

Os estudos na área da astronomia fizeram<br />

toda a diferença na contagem do<br />

tempo como temos hoje, como a divisão<br />

da hora em 60 minutos compostos por<br />

60 segundos e o conceito de semana. Aos<br />

poucos a percepção do tempo é afinada e<br />

toma forma, numa tentativa de se entender<br />

melhor o mundo.<br />

Nas primeiras civilizações, a observação<br />

dos astros já crescia com o conceito<br />

de previsão inserido em seu âmago, ao<br />

passo que ganhava nuances mitológicas.<br />

Eclipses, fases da Lua, o deslocamento<br />

dos planetas, cometas e estrelas cadentes.<br />

Em todo acontecimento cabia um sentido<br />

divino. “Registros históricos sugerem<br />

que as pedras de Stonehenge, além de<br />

serem usadas para acompanhar o movimento<br />

dos astros, eram também associadas<br />

a cultos religiosos e à previsão de<br />

eventos futuros”, conta o professor de Física<br />

Leonardo Gabriel, do Instituto Federal<br />

de Educação, Ciência e Tecnologia de<br />

Minas Gerais (IFMG), em Ouro Preto.<br />

A própria palavra desastre, num primeiro<br />

momento, denominava o fato<br />

que contrariava os astros. A ideia de<br />

constelação foi desenhada relacionando<br />

a aparência das linhas com objetos<br />

e figuras heroicas.<br />

A linha tênue entre os estudos dos<br />

astros e a astrologia levou a acreditar,<br />

por vezes, que ambas nasceram juntas.<br />

O ponto de partida é compartilhado: anseio<br />

por orientação. “A astrologia estuda<br />

como as posições dos astros interferem<br />

na vida das pessoas. É muito importante<br />

demarcar que ela não pode ser considerada<br />

ciência”, aponta Leonardo. Para o<br />

professor, “não ser uma ciência não é necessariamente<br />

uma coisa ruim. O sentimento<br />

do amor, por exemplo, não é visto<br />

a partir de um método científico.”<br />

Segundo o mapa da <strong>Curinga</strong>, ela teria traços como vaidade, liderança, personalidade explosiva<br />

e segurança de si. Confere? Saiba mais na página virtual da <strong>Revista</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!