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A chegada de empresas<br />
estrangeiras ao mercado de<br />
seguros no Brasil<br />
»»<br />
Antonio Trindade, presidente da ACE Brasil<br />
Muitos imaginam que a chegada das empresas<br />
estrangeiras ao Brasil constitui um movimento<br />
relativamente recente, associado com<br />
o processo de globalização, que começou<br />
nos anos 90. Contudo, estas companhias começaram a<br />
atuar no País já em 1862, conforme consta nos arquivos da<br />
Susep. Assim, por mais de um século estas organizações<br />
ajudam a desenvolver não apenas o mercado brasileiro de<br />
seguros, mas toda a economia nacional, já que, segundo a<br />
Susep, desde 1895 também constituem e aplicam no País<br />
as suas reservas técnicas.<br />
Entre as empresas estrangeiras, acredito que a ACE<br />
vem registrando uma das mais ricas histórias do nosso<br />
mercado, que começa em 1904, quando a Insurance Company<br />
of North America (INA), a mais antiga seguradora<br />
dos Estados Unidos (fundada em 1792), se instalou pela<br />
primeira vez no Brasil. Esta companhia de seguros, que<br />
foi a maior dos Estados Unidos nos séculos XIX e XX,<br />
realizou nesta época suas primeiras incursões no País.<br />
Logo depois, interrompeu as operações, mas voltou definitivamente<br />
em 1959.<br />
No final do século XX, a INA deu origem à CIGNA,<br />
cujos negócios foram adquiridos em nível mundial pela<br />
ACE, nos segmentos de Propriedade e Responsabilidade<br />
Civil (Property and Casualty - P&C). Na época, toda a<br />
equipe brasileira proveniente da CIGNA foi preservada<br />
pela ACE, juntamente com a cultura e os conhecimentos<br />
até então desenvolvidos. Daí em diante a companhia<br />
construiu no Brasil uma operação considerada modelo,<br />
chegando a ser eleita a melhor do País pela prestigiada<br />
revista inglesa World Finance nos anos de 2011 e 2012.<br />
Para crescer no Brasil, a ACE desenvolveu de forma<br />
contínua os seus conhecimentos sobre cada região do<br />
País. Para isso, a companhia implantou, de forma estratégica,<br />
5 estruturas nas cidades de São Paulo, Curitiba,<br />
Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Salvador. Nestes locais,<br />
disponibilizou profissionais especialistas em seguros<br />
específicos e com visão cada vez mais aprofundada nos<br />
diferentes mercados locais. Cada uma das estruturas concede<br />
suporte a uma rede de 19 filiais. Na ponta, parceiros<br />
e segurados obtêm serviços claramente diferenciados,<br />
tanto em conhecimentos técnicos como em agilidade.<br />
De forma simultânea, a ACE vem construindo uma<br />
bem definida visão global a partir do trabalho diário<br />
de 11 mil profissionais dispostos em sua ampla rede<br />
de unidades, que alcança 54 países. Conectados a uma<br />
poderosa intranet mundial, esses profissionais trocam<br />
informações e se especializam constantemente em nichos<br />
de seguros nos mais variados mercados do planeta.<br />
No ambiente físico da companhia, chega a ser comum<br />
observar profissionais de diferentes países trabalhando<br />
lado a lado.<br />
Os bons resultados da ACE no mundo e no Brasil<br />
mostram o quanto a companhia tem acertado com este<br />
modelo de administração, que associa operação local e<br />
visão global. Em menos de três décadas após a sua fundação,<br />
em 1985, a ACE tornou-se, em valor de mercado, a<br />
quinta maior seguradora do mundo em P&C. No Brasil, a<br />
empresa se tornou a maior seguradora de P&C em menos<br />
de duas décadas após assumir os negócios da INA.<br />
Portanto, a ACE hoje se destaca por sua especialização<br />
em implantar, nos diferentes centros econômicos<br />
do Brasil, soluções customizadas e sintonizadas com o<br />
que há de mais moderno no mundo. Para chegar a este<br />
patamar, a empresa construiu uma rica história que<br />
iniciou em 1792 nos Estados Unidos, alcançou o Brasil<br />
em 1904 e se consolidou no País em 1959. E é assim que<br />
colabora com o desenvolvimento do mercado brasileiro<br />
de seguros, que há um século e meio cresce com o apoio<br />
de empresas estrangeiras.<br />
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