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evento | CIAB 2015<br />
Tecnologia e oportunidades<br />
Em edição comemorativa de 25 anos, CIAB 2015 abre espaço para o<br />
mercado de seguros em palestras e exposição<br />
Kelly Lubiato e Lívia Sousa<br />
A<br />
cidade de São Paulo recebeu<br />
o Congresso Internacional de<br />
Automação Bancária (CIAB),<br />
realizado de 16 a 18 de junho.<br />
O evento, que completou 25 anos, ganhou<br />
edição comemorativa e apresentou algumas<br />
novidades em seu formato, entre elas<br />
a inclusão do tema seguros nas trilhas<br />
técnicas.<br />
“Na comemoração das bodas de<br />
prata, foram ampliados os temas com<br />
objetivo de aprimoramento, tornando-o<br />
um fórum de debates ainda mais complexo.<br />
O objeto é permear todo o setor<br />
financeiro”, esclareceu Gustavo Fosse,<br />
diretor Setorial de Tecnologia Bancária<br />
da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)<br />
e presidente do CIAB, durante a<br />
abertura da Trilha de Seguros.<br />
Desafios e fraudes<br />
Durante a palestra “Mercado segurador:<br />
desafios e oportunidades”, o<br />
superintendente de Regulação da CNseg,<br />
Alexandre Leal, lembrou que o ramo de<br />
seguros tem mostrado resiliência no atual<br />
cenário econômico. Prova disso é que o<br />
segmento arrecadou R$ 327 bilhões no<br />
ano passado e espera crescer mais 12%<br />
em 2015. Apesar de seguir firme até o<br />
momento, a instabilidade econômica atual<br />
será um dos gargalos a ser enfrentado<br />
pelo mercado, assim como o aumento da<br />
renda per capita, principal responsável<br />
pela manutenção do crescimento e do aumento<br />
da relevância do ramo securitário<br />
dentro da economia.<br />
70<br />
Leal disse que os entraves se darão<br />
ainda no quesito regulatório, como nos<br />
riscos de mercado e operacional, nos<br />
aspectos contábeis e na gestão de risco<br />
– nesta última, o superintendente destacou<br />
o fortalecimento de boas práticas e<br />
políticas de supervisão baseada em risco<br />
(Solvência 2). Na área de tecnologia,<br />
o gargalo será provocado pela postura<br />
conservadora ainda adotada pelas seguradoras<br />
quanto ao uso das tecnologias<br />
digitais. Segundo ele, a tecnologia, mais<br />
do que um desejo, é uma necessidade.<br />
Já na apresentação sobre “Prevenção<br />
e Combate à Fraude em Gerenciamento<br />
de Riscos: Avanços e Desafios”,<br />
Therezinha Vollú e Ricardo Tavares,<br />
gerentes de Negócios da CNseg Ceser<br />
(Central de Serviços e Proteção ao<br />
Seguro), afirmaram que as fraudes<br />
comprovadas no Brasil cresceram nos<br />
últimos três anos. Com exceção de<br />
Previdência Complementar Aberta,<br />
Saúde Suplementar e Capitalização,<br />
foram registrados R$ 448 milhões em<br />
fraudes em 2014, o que corresponde a<br />
1,7% relação aos sinistros avisados. Em<br />
2013, o valor chegou a R$ 350 milhões<br />
(1,5%) e no ano anterior a R$ 340 milhões<br />
(1,2%).<br />
Para coibir a postura, que independente<br />
do tipo resulta em um custo<br />
injusto para os segurados honestos,<br />
a Confederação apoia, entre outros<br />
pontos, o combate a seguros piratas<br />
e promove treinamentos, campanhas<br />
educacionais e pesquisas qualitativas.<br />
Novidades tecnológicas<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> circulou pelos<br />
estandes e conferiu as novidades apresentadas<br />
pelas companhias expositoras<br />
do evento para o mercado securitário.<br />
A Fujitsu, por exemplo, mostrou o ID<br />
Match, ferramenta para pagamento<br />
seguro que combina a autenticação do<br />
PalmSecure (sistema de autenticação da<br />
empresa baseado nas veias da palma da<br />
mão) ao uso de smartphones.<br />
Já a P3Image focou na gestão documental<br />
das companhias. No caso dos<br />
bancos e das seguradoras, a atuação da<br />
empresa se dá, em maior parte, na formalização<br />
de contratos de crédito.<br />
A Deloitte, que atua na parte de estratégia<br />
das companhias, busca melhorar<br />
o desempenho dos negócios das empresas.<br />
Para isso, a companhia identifica as<br />
soluções tecnológicas do mercado mais<br />
adequadas para cada seguradora, verifica<br />
sua aderência junto aos sistemas e<br />
auxilia na implementação das soluções.<br />
A empresa também trabalha com soluções<br />
regulatórias e analytics vinculadas<br />
à tecnologia – esta última para coletar<br />
informações sobre os clientes.<br />
Quem também esteve entre os expositores<br />
é a Misys, que para o mercado de<br />
seguros oferece soluções tanto de investimento<br />
quanto de risco. A companhia<br />
apresentou outros produtos disponíveis<br />
no País, entre eles FusionInvest (voltada<br />
à gestão de investimentos e que gerencia<br />
todo o ciclo de vida das transações, do<br />
portfólio à gestão de riscos e compliance).