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edição de 12 de março de 2018

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propmark.com.br ANO 53 - Nº 2686 - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> R$ 15,00<br />

Na era multitela, tV se transforma<br />

a TV aberta está mais viva do que nunca. dados do Kantar Ibope media mostram que o tempo<br />

médio que o telespectador <strong>de</strong>dica ao consumo do meio aumentou em mais <strong>de</strong> uma hora por dia nos<br />

últimos <strong>de</strong>z anos. e isso só é possível porque a televisão tem se transformado com a era multitela,<br />

combinando conteúdo gratuito e a ampliação da sua cobertura com mobile. especial do ProPmarK<br />

aborda também a força <strong>de</strong> fenômenos <strong>de</strong> audiência como as novelas e os reality shows. pág. 6<br />

sumkinn/iStock<br />

ceO dA wuN<strong>de</strong>RmAN<br />

eleNcA pRiORidA<strong>de</strong>s<br />

Há apenas cinco meses<br />

no cargo, Pedro Reiss está<br />

confiante. Ele <strong>de</strong>staca<br />

que sua priorida<strong>de</strong> número<br />

um é a retenção <strong>de</strong><br />

talentos. Outro <strong>de</strong>safio<br />

é buscar novos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> serviços. pág. 48<br />

hit <strong>de</strong> ANittA embAlA A cOpA dO mcdONAld’s<br />

Campanha criada pela agência DPZ&T, que também<br />

traz o jogador da seleção brasileira Neymar<br />

Jr., apresenta versão da música Show das Po<strong>de</strong>rosas<br />

e dá o pontapé inicial na série <strong>de</strong> ações da<br />

companhia para o mundial da Rússia. pág. 55<br />

filme mOstRA A<br />

fORçA dO OutdOOR<br />

Três anúncios para<br />

um crime lembra<br />

po<strong>de</strong>r da comunicação<br />

em cartazes<br />

esquecidos à beira <strong>de</strong><br />

uma estrada. Frances<br />

McDormand levou<br />

Oscar <strong>de</strong> atriz. pág. 35<br />

OliVettO ReVelA<br />

suAs iNspiRAçÕes<br />

Publicitário escreve<br />

sobre a experiência<br />

<strong>de</strong> viver em Londres,<br />

on<strong>de</strong> escreveu<br />

sua autobiografia,<br />

Direto <strong>de</strong> Washington.<br />

Lançamento será<br />

em abril. pág. 30


DOS GRANDES CENTROS<br />

AOS LUGARES MAIS<br />

DISTANTES, TEM MUITA<br />

GENTE QUE PODE<br />

QUERER A SUA MARCA.<br />

QUER FALAR COM ELES?<br />

FALE COM A GENTE.<br />

Estamos em todo o território brasileiro,<br />

levando entretenimento e informação<br />

com qualida<strong>de</strong> para o seu consumidor.<br />

> CONSULTE A NOSSA<br />

EQUIPE COMERCIAL .


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

tV aberta<br />

TV aberta é a base do planejamento eficaz <strong>de</strong> mídia. O meio está na<br />

A casa da maioria da população brasileira. Hoje não mais apenas na sala.<br />

Cada lar comporta pelo menos dois monitores. Não é por outro motivo que<br />

as agências indicam a programação do prime time, que começa às 18h e se<br />

esten<strong>de</strong> até 21h30, para que marcas, produtos e serviços tenham a<strong>de</strong>rência<br />

junto ao público.<br />

Na semana passada, Eduardo Simon, presi<strong>de</strong>nte da DPZ&T, promoveu um<br />

evento na recepção da agência para exibir em tempo real o comercial da<br />

Copa do McDonald’s no primeiro intervalo do Jornal Nacional. Fantástico,<br />

Domingo Espetacular, Programa Silvio Santos, Hora do Faro, Masterchef e O<br />

Céu é o Limite, por exemplo, são programas usados para a exibição <strong>de</strong> comerciais<br />

inéditos.<br />

A força dos canais <strong>de</strong> TV aberta é insofismável. Sua penetração, com o uso<br />

a<strong>de</strong>quado da frequência, garante o conhecimento dos conteúdos das marcas<br />

junto aos consumidores. E por que isso ocorre: as TVs são as maiores<br />

produtoras <strong>de</strong> conteúdo. Esse diferencial é vital para a sua diferenciação. O<br />

telespectador busca na novela, no futebol, nos filmes, nos humorísticos e<br />

no jornalismo aquilo que só um gran<strong>de</strong> gerador <strong>de</strong> conteúdo po<strong>de</strong> oferecer.<br />

Hoje a TV vive o fenômeno da segunda tela. Os smartphones, tablets e<br />

<strong>de</strong>sktops permitem o acesso à programação das emissoras. Per<strong>de</strong>u um programa,<br />

há o aplicativo na palma da mão para conferir o capítulo. Todas as<br />

emissoras disponibilizam sua gra<strong>de</strong> através dos apps. A segunda tela multiplicou<br />

o alcance das TVs. Apenas as emissoras abertas concentram acima<br />

<strong>de</strong> 53% do investimento em publicida<strong>de</strong> no Brasil, que em 2017 foi <strong>de</strong> R$<br />

134 bilhões brutos, segundo a pesquisa do Kantar Ibope Media. O mesmo<br />

instituto assegura que são 18 bilhões <strong>de</strong> impressões no Twitter por mês na<br />

busca por TV aberta. O YouTube recebe cerca <strong>de</strong> 1 bilhão <strong>de</strong> visitas para sua<br />

audiência assistir programas do SBT. Recor<strong>de</strong> mundial da emissora <strong>de</strong> SS.<br />

A TV aberta une a família. É em torno <strong>de</strong>la que pai e filho assistem a uma<br />

partida <strong>de</strong> futebol. Na hora do jantar, os jornais são um cenário que ajuda<br />

inclusive no fomento das discussões do dia a dia.<br />

O executivo Eduardo Becker, da nova geração da Re<strong>de</strong> Globo, que cuida da<br />

comercialização das mídias digitais, é um entusiasta. Vejam sua linha <strong>de</strong><br />

raciocínio no texto exclusivo que encaminhou ao editorialista:<br />

“Produzimos conteúdo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para múltiplas plataformas, que é oferecido<br />

ao público como, on<strong>de</strong> e quando ele quiser. Isso amplia nossas oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> impactar o consumidor. Portanto, oferecemos aos anunciantes<br />

ainda mais alternativas <strong>de</strong> associar suas marcas aos nossos produtos. Conhecemos<br />

as características da TV e do digital, o que nos dá a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transitar entre os dois ambientes, aproveitando o melhor <strong>de</strong> cada meio. Enten<strong>de</strong>ndo<br />

a necessida<strong>de</strong> e respeitando a característica <strong>de</strong> cada plataforma,<br />

levamos ao cliente a melhor solução. É essa forma <strong>de</strong> trabalhar que garante,<br />

nas soluções encontradas, a complementarieda<strong>de</strong> entre os dois universos”.<br />

Becker prossegue: “A internet abriu um novo universo <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

para o consumo dos nossos conteúdos. A indústria criativa tem <strong>de</strong> produzir<br />

peças mais atraentes, mais completas e mais direcionadas. Durante muitos<br />

anos, o digital foi uma réplica da TV - hoje vemos que ele tem se <strong>de</strong>scolado<br />

para extrair o que há <strong>de</strong> único e especial no online e, portanto, vemos<br />

no digital a complementarieda<strong>de</strong> da estratégia da campanha <strong>de</strong> TV, como<br />

uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se engajar com diferentes públicos em diferentes momentos.<br />

Com o aumento da interação sobre o ví<strong>de</strong>o, novos formatos estão<br />

surgindo. Temos <strong>de</strong>senvolvido diversos projetos <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d content, sempre<br />

feitos a várias mãos, cocriando com os nossos clientes, que fazem com<br />

que as marcas se integrem ao conteúdo <strong>de</strong> maneira mais orgânica e muito<br />

efetiva”.<br />

Nesta edição do PROPMARK, o leitor se <strong>de</strong>parará com 14 páginas <strong>de</strong> matérias<br />

com entrevistas <strong>de</strong> executivos das emissoras, falando sobre a força da TV<br />

aberta, novelas, reality shows, esportes, <strong>de</strong>safios etc. Ela é uma companheira<br />

da família brasileira. A publicida<strong>de</strong> permite que essa farta e longa programação<br />

oferecida seja gratuita. A indústria <strong>de</strong> monitores cresce a cada ano. São<br />

pelo menos 10 milhões <strong>de</strong> novas unida<strong>de</strong>s comercializadas por ano.<br />

Neste <strong>2018</strong>, com a Copa do Mundo da Rússia, o volume será maior.<br />

A propósito, o que seria da Copa do Mundo <strong>de</strong> futebol, não fosse a TV aberta?<br />

Lembro-me <strong>de</strong> quando ainda não tínhamos as transmissões diretas e o<br />

sofrimento que significava imaginar as jogadas dos craques ouvindo o rádio.<br />

O futebol <strong>de</strong>ve muito à TV aberta, mas a recíproca é verda<strong>de</strong>ira: a TV<br />

aberta <strong>de</strong>ve igualmente muito ao futebol, ainda que pagando somas astronômicas<br />

aos clubes, fe<strong>de</strong>rações e confe<strong>de</strong>rações, pelos direitos <strong>de</strong> imagem.<br />

Se a TV é uma festa, a aberta <strong>de</strong>mocratiza sua audiência, possibilitando a<br />

todos o que já foi o maior sonho <strong>de</strong> consumo do século 20 e prossegue como<br />

objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo e <strong>de</strong> uso continuado neste século 21, que acoplou <strong>de</strong>finitivamente<br />

a TV às nossas vidas, pelos canais abertos e suas variantes pagas.<br />

Definitivamente, não há como viver sem TV.<br />

***<br />

Para superar a crise que atingiu a todos os brasileiros e com força maior em<br />

2017, muitas empresas, entida<strong>de</strong>s e cidadãos lançaram mão <strong>de</strong> antigos patrimônios,<br />

seguindo a conhecida expressão “Vão-se os anéis, mas permanecem<br />

os <strong>de</strong>dos”.<br />

Assim é que a APP Brasil, presidida por Enio Vergeiro, viu-se na contingência<br />

<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r a se<strong>de</strong> própria da Rua Hungria, 664 – <strong>12</strong>º andar, em São Paulo,<br />

passando a ocupar, no mesmo prédio, o conjunto 111, no 11º andar, alugado<br />

<strong>de</strong> um benemérito da entida<strong>de</strong>, com carência <strong>de</strong> um ano sem aluguel.<br />

No início <strong>de</strong>ste mês, o presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong> enviou comunicado ao conselho<br />

e a toda a diretoria da entida<strong>de</strong>, bem como aos associados e <strong>de</strong>mais<br />

players do mercado, aproveitando para convocar seus voluntários para o<br />

início dos trabalhos relativos ao próximo Fest-Up e reandamento da Câmara<br />

<strong>de</strong> Arbitragem.<br />

***<br />

O novo jinglão da Jovem Pan AM, traduzindo o avanço da emissora na sua<br />

programação, com <strong>de</strong>staque para os dois maiores assuntos <strong>de</strong>sta quadra<br />

(política e futebol), consegue ser ainda melhor que o anterior, veiculado na<br />

época pré-natalina.<br />

Na emissora, faz sucesso o Pan News, com maior intensida<strong>de</strong> quando vai<br />

ao ar a voz inconfundível <strong>de</strong> Marcello Queiroz, ex-diretor <strong>de</strong> Redação do<br />

PROPMARK.<br />

***<br />

Imperdível hoje a coluna Inspiração, assinada por Washington Olivetto especialmente<br />

para o PROPMARK.<br />

Olivetto marcou e marca época. Seu talento é imprescindível tanto na história<br />

recente da propaganda brasileira, como na história atual da ativida<strong>de</strong><br />

com reflexos internacionais.<br />

***<br />

Este Editorial é em homenagem a Dalton Pastore, presi<strong>de</strong>nte da diretoria<br />

executiva da ESPM, que faz uma revolução do bem na tradicional e pioneira<br />

escola <strong>de</strong> ensino da comunicação publicitária no Brasil (hoje ministrando<br />

também outras disciplinas).<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 3


conexões<br />

Especial Dia da Mulher<br />

“Ficou muito linda essa edição, a<br />

2685, do PROPMARK. Vocês arrasaram!<br />

Todo mundo elogiando por<br />

aqui!”<br />

Carla Guimarães<br />

Africa<br />

São Paulo - SP<br />

“A edição <strong>de</strong> hoje está bem bacana.<br />

Fiquei feliz em ver tantas mulheres<br />

alcançando <strong>de</strong>staque no nosso mercado<br />

e também as iniciativas pela<br />

igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero. Por aqui também<br />

estamos trabalhando com afinco<br />

por isso.”<br />

Patrícia Capuchinho<br />

DPZ&T<br />

São Paulo - SP<br />

Disqus (comentários no site <strong>de</strong> 3 a<br />

9 <strong>de</strong> março)<br />

Post: Snickers troca embalagem<br />

para expressar os tipos <strong>de</strong> fome<br />

“Teria essa ação alguma ligação com<br />

o trabalho feito pelo Bob Moesta com<br />

a marca?”<br />

Daniel<br />

Post: Natura explora dança e música<br />

em campanha <strong>de</strong>senvolvida<br />

pela Africa<br />

“Muito bonito! Mas on<strong>de</strong> estão os créditos<br />

para essas bailarinas maravilhosas,<br />

minha gente?!”<br />

Mdsousa<br />

Post: Publicida<strong>de</strong> ganha mais relevância<br />

na gestão com presença<br />

feminina<br />

“Que matéria incrível! Parabéns!”<br />

Natasha Borboni<br />

carreira, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado o melhor<br />

presente que Deus <strong>de</strong>u, que é ter filhos<br />

e cuidar da família, se prestando<br />

a papéis ridículos e vergonhosos por<br />

dinheiro.”<br />

Sirlene Bonifácio<br />

Post: DM9DDB per<strong>de</strong> a conta da<br />

montadora Subaru<br />

“Que surpresa.”<br />

Publicitario Velho<br />

Post: 99 homenageia as motoristas<br />

em ação da Africa<br />

“Trilha sonora linda, composta pela<br />

Squad!”<br />

Zi<br />

Facebook<br />

Post: Mattel apresenta linha <strong>de</strong><br />

bonecas com mulheres inspiradoras.<br />

Nova coleção <strong>de</strong> Barbies<br />

inclui Frida Kahlo, Amelia Earhart<br />

e Katherine Johnson.<br />

“Achei o máximo!”<br />

Raquel Miró<br />

Post: Players <strong>de</strong> tecnologia tentam<br />

reduzir diferença <strong>de</strong> salários<br />

“On<strong>de</strong>?”<br />

Wirley Cruz<br />

Post:DM9DDB per<strong>de</strong> a conta da<br />

montadora Subaru<br />

“Outras virão! A DM9 tem um time<br />

muito maneiro que vai sempre fazer a<br />

melhor comunicação!”<br />

Erika Lima Bittencourt<br />

“Hum... Será que foi o casting? He”<br />

Bruno Vieira<br />

“#voltasergiovalente”<br />

Vinicius Nicolau<br />

Instagram<br />

Post: Na semana em que é celebrado<br />

o Dia das Mulheres, o PROP-<br />

MARK traz um especial que discute<br />

a participação feminina no<br />

mercado<br />

“O céu é o limite!”<br />

@cmvfilms<br />

Post: Maisa e João Guilherme, influenciadores<br />

digitais e estrelas<br />

do @sbtonline, falam sobre conteúdo<br />

jovem e como a emissora dialoga<br />

e engaja esse público<br />

“Amo. Como amo. Melhores. Meus<br />

amores.”<br />

@juliasantama<br />

última Hora<br />

RELAÇÃO<br />

A Grey e a Avianca<br />

encerraram parceria,<br />

que começou em 2017.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da empresa,<br />

Fre<strong>de</strong>rico Pereira, é o<br />

entrevistado <strong>de</strong>sta edição,<br />

publicada na página 26.<br />

O comunicado sobre a<br />

<strong>de</strong>cisão chegou à redação<br />

na última sexta (9), quando<br />

a página já estava fechada.<br />

CONQUISTA<br />

O grupo taiwanês TPV (Top<br />

Victory Electronics), um<br />

dos maiores fabricantes <strong>de</strong><br />

telas do mundo, escolheu<br />

a VML para cuidar da<br />

comunicação <strong>de</strong> monitores<br />

das marcas AOC e Philips.<br />

“Ser a agência <strong>de</strong> duas<br />

marcas fortes, com entrega<br />

360º, é um marco para a<br />

agência”, celebra o CEO<br />

Fernando Taralli.<br />

dorinHo<br />

ABRIL<br />

Após quase quatro meses<br />

no posto <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />

do Grupo Abril, Arnaldo<br />

Figueiredo Tibiriçá <strong>de</strong>ixou<br />

o comando por motivos<br />

pessoais. A Abril <strong>de</strong>staca<br />

a chegada <strong>de</strong> Giancarlo<br />

Civita, neto do fundador da<br />

Abril, Victor Civita, e filho<br />

<strong>de</strong> Roberto Civita, como<br />

novo lí<strong>de</strong>r.<br />

VALE<br />

Artplan, Tribal Worldwi<strong>de</strong>,<br />

Africa, Wie<strong>de</strong>n+Kennedy,<br />

J. Walter Thompson,<br />

Ogilvy, Agência3 (com a<br />

participação do publicitário<br />

Michel Lent), Z+ e NBS<br />

estão na concorrência da<br />

Vale. O exercício criativo é<br />

sobre “Sustentabilida<strong>de</strong>”,<br />

com uma verba <strong>de</strong> R$ 20<br />

milhões para simulação <strong>de</strong><br />

mídia.<br />

Post: “Não há empo<strong>de</strong>ramento<br />

sem igualda<strong>de</strong>”<br />

“Acredito que o trabalho da mulher<br />

<strong>de</strong>ve, sim, ser valorizado <strong>de</strong> todas<br />

as formas cabíveis. Pena que a mulher<br />

mudou <strong>de</strong> foco, da família para a<br />

Errata<br />

Na seção Inspiração, o artigo Mulheres<br />

e suas ricas experiências (edição<br />

2685), o nome da fundadora da re<strong>de</strong><br />

Sodiê Doces saiu errado. O correto é<br />

Cleusa Maria da Silva.<br />

4 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


especial Tv aberTa<br />

Televisão se reinventa e busca<br />

comunicação <strong>de</strong> via <strong>de</strong> mão dupla<br />

Emissoras se adaptam ao meio digital e investem na complementarieda<strong>de</strong><br />

das plataformas; reportagens mostram atual cenário e traçam tendências<br />

Neusa spaulucci<br />

Pois é! A TV aberta não morreu<br />

e nem vai. Está mais<br />

viva do que nunca. É só pegar<br />

dados do Kantar Ibope Media e<br />

olhar o tempo médio que o telespectador<br />

<strong>de</strong>dica ao consumo<br />

do meio: aumentou em mais <strong>de</strong><br />

uma hora por dia nos últimos<br />

<strong>de</strong>z anos. E é claro que isso só<br />

é possível porque o segmento<br />

tem se transformado. O que já<br />

se discute é o fim o formato que<br />

conhecemos, aquele mo<strong>de</strong>lo<br />

linear, <strong>de</strong> mão única. A busca<br />

agora é uma comunicação <strong>de</strong><br />

via <strong>de</strong> mão dupla, algo que a<br />

complementação com o digital<br />

traz. Tudo isso e muito mais<br />

está <strong>de</strong>talhado no Especial<br />

TV Aberta, que o PROPMARK<br />

apresenta a seguir.<br />

As reportagens fazem um retrato<br />

do atual momento e apontam<br />

tendências. Embora dividam<br />

verbas com outros meios,<br />

o fato é que os anunciantes <strong>de</strong>stinam<br />

maior parte à TV aberta.<br />

Dos cerca <strong>de</strong> R$ 134 bilhões em<br />

espaços publicitários, em 2017,<br />

segundo dados do Kantar Ibope<br />

Media, a TV aberta concentrou<br />

a maior parte do dinheiro ou,<br />

trocando em miúdos, mais <strong>de</strong><br />

50% da grana reservada. É inegável<br />

que a TV aberta continua<br />

sendo o principal veículo brasileiro,<br />

já que cerca da meta<strong>de</strong> do<br />

país ainda não tem acesso à internet,<br />

que vai passar por muitas<br />

fases e tendências.<br />

Outro fenômeno que não<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser tratado aqui<br />

são os programas que há décadas<br />

estão no ar, como o Roda<br />

Viva, na TV Cultura, e o Programa<br />

Silvio Santos, no SBT. A<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter a audiência<br />

e a credibilida<strong>de</strong> por tantos<br />

anos no ar são reconhecidas<br />

pelo mercado.<br />

A segunda tela é um dos atuais<br />

<strong>de</strong>staques, pois está <strong>de</strong>finitivamente<br />

agregada ao comportamento<br />

das audiências da TV.<br />

É a era <strong>de</strong> assistir os conteúdos<br />

sob <strong>de</strong>manda e no horário mais<br />

conveniente. Isso significa que<br />

por meio <strong>de</strong> aplicativos, como o<br />

Globo Play, não há mais necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> esperar a programação<br />

do Vale a Pena Ver <strong>de</strong> Novo<br />

para assistir a uma reprise <strong>de</strong><br />

novelas. A tecnologia vai além<br />

da teledramaturgia: todos os<br />

conteúdos po<strong>de</strong>m ser acessados<br />

nas novas plataformas - o<br />

Kantar Ibope Media afirma que<br />

a visualização em dispositivos<br />

conectados está em ascensão.<br />

Outro exemplo do esforço<br />

que as emissoras fazem para<br />

manter ou atrair audiência foi a<br />

sacada, consi<strong>de</strong>rada quase um<br />

milagre, da transformação <strong>de</strong><br />

pessoas comuns em celebrida<strong>de</strong>s<br />

- seja por seu talento para<br />

cantar, cozinhar, dançar, sobreviver<br />

em condições adversas ou<br />

se encantar com as pessoas no<br />

confinamento.<br />

Em muitos casos, a maior audiência<br />

vem da forte repercus-<br />

Kantar Ibope<br />

MedIa garante que<br />

o teMpo MédIo que<br />

o telespectador<br />

<strong>de</strong>dIca ao consuMo<br />

do MeIo auMentou<br />

eM MaIs <strong>de</strong> uMa<br />

hora por dIa nos<br />

últIMos <strong>de</strong>z anos<br />

são nas re<strong>de</strong>s sociais, a chamada<br />

“Social TV”. Ainda segundo<br />

o Kantar Ibope, a final do Masterchef<br />

Brasil, em 2017, exibido<br />

pela Band, foi o episódio <strong>de</strong><br />

maior <strong>de</strong>staque nas re<strong>de</strong>s sociais<br />

naquele ano, seguido <strong>de</strong><br />

alguns episódios do Big Brother<br />

Brasil (Globo) e a estreia <strong>de</strong> A<br />

Fazenda (RecordTV).<br />

A TV aberta não <strong>de</strong>ixa escapar<br />

nenhuma oportunida<strong>de</strong><br />

que possa gerar negócio e audiência,<br />

como usar as ferramentas<br />

do Twitter. De hashtags a<br />

lives, programas encontraram<br />

na plataforma maneiras <strong>de</strong><br />

estimular <strong>de</strong>bates, conversar<br />

com internautas e, claro, manter<br />

o público ligado na telinha.<br />

A época <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar o digital<br />

como concorrente das mídias<br />

tradicionais acabou. Na<br />

era da complementarieda<strong>de</strong><br />

dos meios, saem na frente as<br />

emissoras <strong>de</strong> TV que utilizam<br />

formatos digitais para reforçar<br />

as suas estratégias. Neste<br />

momento, a discussão evolui<br />

para se compreen<strong>de</strong>r como<br />

criar métricas unificadas que<br />

possam refletir essa audiência<br />

cruzada. O tema permeou os<br />

<strong>de</strong>bates do evento Conteúdo em<br />

Todo Lugar, realizado na semana<br />

passada, pelo SBT, em SP.<br />

Tomacco/iStock<br />

6 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


especIal tv aberta<br />

Investimento publicitário na mídia<br />

televisiva reforça o po<strong>de</strong>r do meio<br />

Área concentra a maior parte do em compra <strong>de</strong> mídia no Brasil; a<br />

tendência é ter diferentes formatos <strong>de</strong> veiculação e conteúdo<br />

Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />

izzetugutmen/iStock<br />

A publicida<strong>de</strong> movimentou<br />

em 2017 cerca <strong>de</strong> R$ 134 bilhões<br />

brutos em compra <strong>de</strong> espaço<br />

publicitário no Brasil. Os<br />

dados são do Kantar Ibope Media.<br />

A TV aberta foi a que concentrou<br />

a maior parte dos investimentos,<br />

ficando com mais<br />

<strong>de</strong> 50% do volume consolidado<br />

pelos anunciantes. “A televisão<br />

está presente em praticamente<br />

todos os lares, por isso é um<br />

meio garantido no cotidiano da<br />

população. Se o olhar recair para<br />

os últimos <strong>de</strong>z anos, muita<br />

coisa mudou, a tecnologia evoluiu<br />

e a televisão acompanhou<br />

essa evolução”, revela Rita Romero,<br />

diretora <strong>de</strong> business insights<br />

and <strong>de</strong>velopment do Kantar<br />

Ibope Media no Brasil.<br />

Mas por que será que em<br />

tempos tão digitais esse fenômeno<br />

ainda ocorre? Para Fabro<br />

Steibel, professor <strong>de</strong> inovação<br />

e tecnologia da ESPM Rio, isso<br />

ocorre pela centralida<strong>de</strong> da televisão<br />

no país. “O número <strong>de</strong><br />

pessoas que assistem a mídia<br />

não diminuiu, muito menos em<br />

volume <strong>de</strong> minutos. A televisão<br />

é essencial para alguns tipos <strong>de</strong><br />

campanha, como uma ação <strong>de</strong><br />

varejo a curto prazo, por exemplo,<br />

mas acredito que ela não<br />

po<strong>de</strong> ser exclusiva, pois você<br />

foca na publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> massa<br />

e não direcionada”, comenta<br />

Steibel.<br />

Já para Roberto Gnypek,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing<br />

do McDonald’s no Brasil, isso<br />

ocorre porque a qualida<strong>de</strong> do<br />

conteúdo ainda é um fator<br />

<strong>de</strong>terminante para os investimentos.<br />

“O volume <strong>de</strong> conteúdo<br />

e a dispersão que outros<br />

meios geram fazem com que a<br />

televisão continue sendo relevante.<br />

Pensando no futuro da<br />

televisão, acredito que ela vai<br />

compartilhar esse conteúdo<br />

com outros meios e aplicativos<br />

on<strong>de</strong> você possa customizar e<br />

acompanhar a programação no<br />

momento em que <strong>de</strong>sejar. Tudo<br />

A TV está em praticamente em todos os lares brasileiros, elevando o meio a um patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no ranking do setor<br />

“o volume <strong>de</strong><br />

conteúdo e a<br />

dispersão que<br />

outros meios<br />

geram fazem com<br />

que a televisão<br />

continue sendo<br />

relevante”<br />

está ligado à melhor tela disponível,<br />

mas quando você está no<br />

aconchego da sua casa ou com<br />

seus amigos, uma tela maior é<br />

importante e a televisão aberta<br />

ainda tem um papel muito significativo”,<br />

revela Gnypek.<br />

É inegável que a televisão<br />

aberta continua sendo o principal<br />

veículo brasileiro, já que<br />

cerca da meta<strong>de</strong> do país ainda<br />

não possui acesso à internet, e<br />

que ainda vai passar por muitas<br />

fases e tendências. Mas com<br />

tantas mudanças, qual será o<br />

caminho da publicida<strong>de</strong> nesta<br />

trajetória? “A publicida<strong>de</strong> é camaleônica,<br />

porque é pop, vai se<br />

adaptando aos hábitos dos consumidores.<br />

Conteúdo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

que reflita o burburinho<br />

cultural, sempre foi sinônimo<br />

<strong>de</strong> boa audiência e nós compramos<br />

audiência, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do canal”, afirma Márcia<br />

Mendonça, diretora-geral <strong>de</strong><br />

mídia da agência David.<br />

Formatos diferentes dos tradicionais<br />

30 segundos também<br />

são formas <strong>de</strong> atrair a atenção<br />

do telespectador durante a programação.<br />

“Se as marcas não forem suficientemente<br />

inteligentes para<br />

gerar conteúdo <strong>de</strong> interesse e<br />

que busquem a atenção do consumidor,<br />

elas vão ficar reféns<br />

dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> 30 segundos,<br />

que, ao longo do tempo, po<strong>de</strong>m<br />

ter uma função, mas não<br />

a <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> marca. Para<br />

construir marcas, você precisa<br />

produzir mais conteúdo e realizar<br />

uma comunicação <strong>de</strong> massa<br />

personalizada. Então, a tendência<br />

não vai ser um comercial<br />

para todo mundo, mas um<br />

bom conteúdo para diferentes<br />

targets que são relevantes para<br />

o seu negócio. E aí, quem tiver<br />

bons fornecedores <strong>de</strong> conteúdo,<br />

agências, estratégia <strong>de</strong> mídia<br />

e data base dos consumidores<br />

para po<strong>de</strong>r estratificar isso<br />

bem, vai ter vantagem neste<br />

jogo”, comenta Gnypek.<br />

8 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


ora se ver<br />

lá no lollabr?<br />

R/GA<br />

a gente vai tÁ <strong>de</strong><br />

ver<strong>de</strong>.<br />

E FAZENDO<br />

ACONTECER<br />

O MELHOR<br />

FESTIVAL DA<br />

VIDA.


especial tv abeRta<br />

Reality shows geram popularida<strong>de</strong><br />

às emissoras e conversa no digital<br />

Fenômenos mundiais, programas que elevam ilustres <strong>de</strong>sconhecidos a<br />

celebrida<strong>de</strong>s a cada temporada são <strong>de</strong>staques na chamada "Social TV"<br />

Claudia Penteado<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> imortalida<strong>de</strong> é<br />

O tão antigo quanto a consciência<br />

da morte. E a celebrida<strong>de</strong><br />

se transformou, nesta era, no<br />

santo graal da imortalida<strong>de</strong>,<br />

segundo diz o psicólogo e filósofo<br />

israelense Carlo Strenger<br />

em seu livro O medo da insignificância.<br />

Isso explica, ao menos<br />

em parte, o sucesso mundial<br />

dos reality shows, que são, por<br />

sua vez, pela atenção que <strong>de</strong>spertam,<br />

caminho certeiro para<br />

o santo graal das emissoras <strong>de</strong><br />

TV: a audiência.<br />

Strenger <strong>de</strong>screve os reality<br />

shows como a maior transformação<br />

ocorrida no cenário da<br />

TV neste milênio, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando<br />

Survivor e American Idol explodiram<br />

em atenções nos Estados<br />

Unidos, colocando esse<br />

formato <strong>de</strong> programa como<br />

priorida<strong>de</strong> na gra<strong>de</strong> da maioria<br />

dos canais <strong>de</strong> maior audiência<br />

naquele mercado. E no Brasil<br />

não é diferente.<br />

As principais emissoras <strong>de</strong><br />

TV aberta tiveram ou têm em<br />

sua gra<strong>de</strong> programas que mostram<br />

o milagre da transformação<br />

<strong>de</strong> pessoas comuns em celebrida<strong>de</strong>s<br />

- seja por seu talento<br />

para cantar, cozinhar, dançar,<br />

sobreviver em condições adversas<br />

ou encantar as pessoas<br />

no confinamento <strong>de</strong> uma casa<br />

acompanhado por câmeras 24<br />

horas por dia.<br />

Em muitos casos, a maior<br />

audiência vem da forte repercussão<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais, a chamada<br />

“Social TV”. Segundo<br />

dados da Kantar Ibope Media<br />

referentes aos realities transmitidos<br />

em TV aberta no ano<br />

passado, a final do Masterchef<br />

Brasil, exibido na Band, foi o<br />

episódio <strong>de</strong> maior repercussão<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais naquele ano,<br />

seguido <strong>de</strong> alguns episódios do<br />

Big Brother Brasil (Globo) e a estreia<br />

<strong>de</strong> A Fazenda. Outro dado,<br />

da SEMrush.com posiciona o<br />

MasterChef como reality show<br />

mais buscado na internet em<br />

Festa na casa mais vigiada do Brasil tem gran<strong>de</strong> repercussão nas re<strong>de</strong>s sociais a cada novo acontecimento<br />

“O brasileirO tem<br />

a peculiarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> buscar a<br />

participaçãO em<br />

sOcieda<strong>de</strong>. sOmOs<br />

O segundO maiOr<br />

mercadO das re<strong>de</strong>s<br />

sOciais nO mundO”<br />

fevereiro <strong>de</strong>ste ano, acumulando<br />

mais <strong>de</strong> 733,5 mil pequisas;<br />

seguido <strong>de</strong> A Fazenda, que teve<br />

673 mil buscas; e do Big Brother<br />

Brasil, procurado 200 mil vezes.<br />

Em quarto e quinto lugares<br />

ficaram The Voice (Globo), com<br />

165 mil consultas; e o The Voice<br />

Kids, com 135 mil. O Dancing<br />

Tiago Leifert, que está no comando da temporada <strong>de</strong>ste ano do BBB<br />

Fotos: Divulgação<br />

Brasil, da RecordTV, teve 74 mil<br />

buscas. Segundo o Kantar Ibope<br />

Media, o público predominante<br />

dos realities é o das classes<br />

A/B/C, 63% mulheres, 70%<br />

com imóvel próprio, 61% dos<br />

homens e 57% das mulheres<br />

trabalham. “O brasileiro tem a<br />

peculiarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> buscar a participação<br />

em socieda<strong>de</strong>. Somos<br />

o segundo maior mercado das<br />

re<strong>de</strong>s sociais no mundo. Acho<br />

que os <strong>de</strong>safios da convivência<br />

dos realities <strong>de</strong> confinamento<br />

chamam a atenção do público<br />

brasileiro, especialmente entre<br />

os jovens e aqueles conectados<br />

justamente nas re<strong>de</strong>s sociais”,<br />

10 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


A<br />

A<br />

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A<br />

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A


especial tv abeRta<br />

diz Marcelo Silva, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

artístico e <strong>de</strong> programação<br />

da RecordTV.<br />

A emissora exibe os chamados<br />

realities <strong>de</strong> confinamento A<br />

Fazenda, A Casa e Power Couple<br />

Brasil, que misturam convivência<br />

com provas divertidas, e realities<br />

que mostram <strong>de</strong>safios <strong>de</strong><br />

dança e habilida<strong>de</strong>s culinárias<br />

como Dancing Brasil e Batalha<br />

dos Confeiteiros.<br />

A Fazenda já teve nove temporadas,<br />

e a terceira temporada<br />

<strong>de</strong> Power Couple estreia em abril<br />

com apresentação <strong>de</strong> Gugu Liberato.<br />

A Casa retorna em breve<br />

como programa diário apresentado<br />

por Marcos Mion. Por sinal,<br />

Marcelo Silva conta que no<br />

ano passado a experiência <strong>de</strong> A<br />

Casa - com o confinamento <strong>de</strong><br />

100 pessoas em uma casa com<br />

suprimentos e infraestrutura<br />

para apenas 4 pessoas - foi uma<br />

gran<strong>de</strong> inovação em realities.<br />

Já Dancing Brasil está em<br />

sua terceira edição. Batalha dos<br />

Confeiteiros, com o “astro” Buddy<br />

Valastro, retorna em breve<br />

nas noites <strong>de</strong> quarta-feira.<br />

O fenômeno Big Brother Brasil,<br />

em sua 18ª edição, o The<br />

Voice Kids, o The Voice e o Pop<br />

Star são os programas exibidos<br />

na Globo, sendo que o último é<br />

um formato original criado pela<br />

emissora em 2017. Com menos<br />

fôlego em outros países, mas<br />

ainda popular nos EUA, o BBB<br />

se transformou em sucesso no<br />

Brasil pela renovação constante<br />

e a dinâmica <strong>de</strong> criar enredos,<br />

novelinhas e quadros novos. O<br />

olhar sobre os candidatos, suas<br />

histórias e características mantém<br />

a audiência atenta. Este<br />

ano, a emissora criou os “grupos<br />

<strong>de</strong> WhatsApp”.<br />

inovação<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovar é<br />

essencial. No caso do The Voice,<br />

por exemplo, a Globo criou uma<br />

fase exclusiva, que é a Batalha<br />

dos Técnicos. Por sinal, a versão<br />

da Globo do BBB foi a única no<br />

mundo indicada a um Emmy<br />

Internacional. O The Voice Kids<br />

este ano concorre ao Emmy<br />

Kids. A Globo conta com uma<br />

equipe especializada e uma infraestrutura<br />

completa, com estúdios<br />

exclusivos para a produção<br />

<strong>de</strong> seus realities musicais.<br />

Já o SBT exibe vários programas<br />

do gênero: Fábrica <strong>de</strong> Casamentos<br />

(estreia dia 17), Bake<br />

Off Brasil e Júnior Bake Off, BBQ<br />

Brasil – Churrasco na Brasa,<br />

Duelo <strong>de</strong> Mães, Hells Kitchen e<br />

Cabelo Pantene 2, além <strong>de</strong> programas<br />

fixos na gra<strong>de</strong> também<br />

Reality Bake off Jr, que está sendo exibido pelo SBT, também faz sucesso entre jovens e adultos<br />

Batalha dos Confeiteiros, com Buddy Valastro, que <strong>de</strong>ve retornar em breve na RecordTV<br />

Fotos: Divulgação<br />

“O brasileirO<br />

gOsta <strong>de</strong><br />

prOgramas<br />

que geram<br />

i<strong>de</strong>ntificaçãO<br />

e empatia. e é<br />

justamente essa<br />

a essência dOs<br />

realities”<br />

com formato <strong>de</strong> reality, como<br />

Esquadrão da Moda e alguns<br />

quadros nos programas <strong>de</strong> auditório<br />

da casa. A emissora foi<br />

pioneira em realities no Brasil<br />

ao lançar, em 2001, a Casa dos<br />

Artistas, que ren<strong>de</strong>u na época<br />

a maior audiência da emissora.<br />

“O brasileiro gosta <strong>de</strong> programas<br />

que geram i<strong>de</strong>ntificação<br />

e empatia. E é justamente<br />

essa a essência dos realities,<br />

que trazem histórias, pessoas e<br />

<strong>de</strong>safios reais”, analisa Marcelo<br />

Parada, diretor comercial e <strong>de</strong><br />

marketing do SBT.<br />

Parada fala que o sucesso<br />

comercial, combinado à performance<br />

da audiência, torna<br />

o formato interessante para a<br />

emissora. Cacau Show, Colgate<br />

e Danone são os principais<br />

anunciantes das temporadas<br />

mais recentes da emissora.<br />

Em temporadas passadas Bake<br />

Off já teve como patrocinadores<br />

Extra, Heinz, Friboi, Seara,<br />

Nivea, Hellmann’s e Mania <strong>de</strong><br />

Churrasco. Uma novida<strong>de</strong> é o<br />

programa-proprietário da marca<br />

Cabelo Pantene 2.<br />

“Os realities possuem muitas<br />

possibilida<strong>de</strong>s comerciais além<br />

do break, sobretudo na área <strong>de</strong><br />

bran<strong>de</strong>d content, com uma entrega<br />

multiplataforma que ajuda<br />

a aprofundar a conversa das<br />

marcas. Pacotes <strong>de</strong> patrocínio<br />

negociados preveem esta entrega<br />

completa e pensada para<br />

cada plataforma”, conclui. Silva,<br />

da RecordTV, fala que como<br />

o gênero reality show é muito<br />

abrangente, permite uma infinida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s comerciais<br />

e <strong>de</strong> merchandising.<br />

<strong>12</strong> <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


especial tv aBerta<br />

Boas histórias e uso <strong>de</strong> tecnologia<br />

mantêm audiência das novelas<br />

O diretor Silvio <strong>de</strong> Abreu afirma que as tramas refletem as mudanças<br />

que ocorrem na socieda<strong>de</strong> e essa é a conexão diária com o público<br />

Felipe Turlão<br />

especial para o propMArK<br />

Não há conteúdo tão po<strong>de</strong>roso<br />

na TV aberta brasileira,<br />

seja em audiência ou em retorno<br />

comercial, quanto as novelas.<br />

Só que manter essa boa forma<br />

exige muito investimento<br />

e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adaptar aos<br />

novos tempos. A reportagem<br />

foi enten<strong>de</strong>r como os principais<br />

players do setor estão atualizando<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

às tecnologias e formatos<br />

inovadores, mas também<br />

sem per<strong>de</strong>r a força <strong>de</strong> saber<br />

contar gran<strong>de</strong>s histórias. A resposta<br />

para unir todas as pontas<br />

que tornam bem-sucedido o<br />

produto novela <strong>de</strong> hoje é saber<br />

escutar o público. Isso não é<br />

novida<strong>de</strong>, mas as re<strong>de</strong>s sociais<br />

tornam o jogo mais complexo e<br />

exigem estratégias mais sofisticadas<br />

<strong>de</strong> quem investe e ganha<br />

com esse tipo <strong>de</strong> formato.<br />

Na TV Globo, uma das gran<strong>de</strong>s<br />

evoluções sob os pontos <strong>de</strong> vista<br />

temático, estético, comercial<br />

e <strong>de</strong> conexão com o público digital<br />

é Deus Salve o Rei, a novela<br />

das sete.<br />

Ambientada numa ida<strong>de</strong> média<br />

alternativa, algo inédito na<br />

teledramaturgia brasileira, ela<br />

adotou diversas fórmulas para<br />

garantir a atrativida<strong>de</strong> para públicos<br />

que têm passado mais<br />

tempo na internet. Um exemplo<br />

é a presença <strong>de</strong> atrizes <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mas também<br />

com forte influência digital,<br />

como Bruna Marquezine, com<br />

quase 27 milhões <strong>de</strong> seguidores<br />

no Instagram; Marina Ruy Barbosa,<br />

com 23,5 milhões; e Tatá<br />

Werneck, com 20,6 milhões.<br />

“As novelas refletem as mudanças<br />

que ocorrem na socieda<strong>de</strong>.<br />

E nós acompanhamos essas<br />

mudanças através da conexão<br />

diária que mantemos com o<br />

nosso público. A nossa estratégia<br />

é a escuta, a relação. Não só<br />

com os jovens, mas com todas<br />

as camadas da socieda<strong>de</strong>. Falar<br />

com 100 milhões <strong>de</strong> pessoas<br />

Cena <strong>de</strong> As Aventuras <strong>de</strong> poliana, que o SBT lança em junho <strong>de</strong>ste ano, inspirada em uma história <strong>de</strong> um livro<br />

todos os dias traz uma enorme<br />

responsabilida<strong>de</strong> e um gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio: falar com todos e, ao<br />

mesmo tempo, com cada um”,<br />

explica Silvio <strong>de</strong> Abreu, diretor<br />

<strong>de</strong> dramaturgia da Globo.<br />

Escutar o público foi um dos<br />

trunfos também <strong>de</strong> Malhação –<br />

Viva a Diferença. A campanha<br />

<strong>de</strong> lançamento digital da crônica<br />

juvenil foi concebida, há<br />

pouco mais <strong>de</strong> um ano, em um<br />

Globo Lab – laboratório <strong>de</strong> cocriação<br />

que contou com a participação<br />

<strong>de</strong> jovens criativos.<br />

“Foi daí que surgiu o conceito<br />

Sua Diferença me faz bem. Nas<br />

re<strong>de</strong>s sociais, o último capítulo<br />

da temporada teve a hashtag<br />

PraSempreVivaADiferença 74<br />

vezes nos trending topics mundiais<br />

e 141 vezes no Brasil”, comemora<br />

Abreu.<br />

A inovação das novelas passa<br />

também pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se investir em tecnologia. Deus<br />

Salve o Rei, particularmente,<br />

recebeu gran<strong>de</strong>s investimentos<br />

nesse sentido. “Construímos<br />

pela primeira vez uma cida<strong>de</strong><br />

cenográfica indoor, que permite<br />

o controle total da iluminação.<br />

E temos até oito vezes mais<br />

efeitos visuais que em qualquer<br />

outra novela que já produzimos”,<br />

explica Abreu. A empresa<br />

está investindo na construção<br />

<strong>de</strong> três novos estúdios integrados,<br />

exclusivos para dramaturgia.<br />

Com 4.500m2 <strong>de</strong> área total,<br />

o projeto foi <strong>de</strong>senvolvido a<br />

partir <strong>de</strong> um novo conceito <strong>de</strong><br />

produção, com cenários fixos,<br />

módulos <strong>de</strong> produção e sets<br />

cenográficos integrados, que<br />

permitirão maiores ganhos <strong>de</strong><br />

eficiência, produtivida<strong>de</strong> e logística<br />

na produção específica<br />

<strong>de</strong> novelas. “Isso reforça a vitalida<strong>de</strong><br />

do gênero no portfólio<br />

<strong>de</strong> produtos da empresa”.<br />

Paralelamente à conexão<br />

com as re<strong>de</strong>s sociais e à tecnologia,<br />

os formatos comerciais<br />

também estão ganhando novo<br />

fôlego. No caso <strong>de</strong> Deus Salve<br />

Fotos: Divulgação<br />

“As novelAs<br />

gArAntem ótimos<br />

resultAdos, tAnto<br />

<strong>de</strong> AudiênciA<br />

quAnto comerciAl”<br />

14 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


o Rei, a área <strong>de</strong> licenciamento<br />

teve acordos com marcas como<br />

Cavalera, Escape 60 e Riclan,<br />

além do restaurante temático<br />

Walfenda Medieval. E, para<br />

quem achava merchandising<br />

impossível na Ida<strong>de</strong> Média,<br />

a Globo acabou <strong>de</strong> fechar um<br />

acordo com O Boticário. “Esta<br />

é uma produção que, mesmo<br />

sendo <strong>de</strong> época, trouxe muitas<br />

oportunida<strong>de</strong>s comerciais<br />

para nós. Teremos uma ação <strong>de</strong><br />

bran<strong>de</strong>d content com a marca,<br />

através <strong>de</strong> um personagem que<br />

interpreta um boticário e contará<br />

a alquimia por trás dos perfumes”,<br />

explica Abreu. “A novela<br />

é um formato popular, com<br />

gran<strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong>, que continua<br />

gerando discussões atuais<br />

no Brasil e nos 170 países que<br />

consomem nossas produções.<br />

O que faz a diferença é a forma<br />

como a história é contada. E<br />

isso não mudou, mesmo com o<br />

crescimento <strong>de</strong> outros formatos.<br />

A novela clássica, tratada<br />

no contexto atual, aliada à inovação<br />

e à qualida<strong>de</strong>, continuará<br />

sendo um sucesso”, resume.<br />

Fortaleza<br />

A teledramaturgia também<br />

tem peso expressivo e estratégico<br />

no mix <strong>de</strong> programação<br />

do SBT. Segundo Marcelo Parada,<br />

diretor comercial e <strong>de</strong><br />

marketing, há um planejamento<br />

<strong>de</strong> longo prazo em cima <strong>de</strong>ste<br />

formato envolvendo todas as<br />

áreas da emissora. Uma das fortalezas<br />

da emissora é a conexão<br />

que ela consegue com o público<br />

infanto-juvenil, seja na TV,<br />

seja nas re<strong>de</strong>s sociais. “É um<br />

diferencial mercadológico. A<br />

cada novela, batemos novos recor<strong>de</strong>s,<br />

tanto na TV quanto nas<br />

re<strong>de</strong>s. Os conteúdo das novelas<br />

Cúmplices <strong>de</strong> Um Resgate e Carinha<br />

<strong>de</strong> Anjo foram lí<strong>de</strong>res dos<br />

ví<strong>de</strong>os mais vistos no ano no<br />

YouTube, em 2016 e 2017, respectivamente”,<br />

afirma o executivo.<br />

“Nenhum outro conteúdo<br />

no país é tão importante no horário<br />

nobre, pois a novela gera<br />

um senso <strong>de</strong> pertencimento e<br />

inclusão social, ao possibilitar<br />

que muitos possam vivenciar<br />

ao mesmo tempo uma história<br />

e experiência”, completa.<br />

Da mesma forma que a concorrente,<br />

<strong>de</strong> nada adiantaria a<br />

conexão com o mundo digital,<br />

sem investimento em histórias<br />

boas e bem contadas. O<br />

SBT lança em junho <strong>de</strong>ste ano<br />

Aventuras <strong>de</strong> Poliana, inspirado<br />

em uma história <strong>de</strong> um livro,<br />

mas com roteiro original e formato<br />

exclusivo da emissora.<br />

Ainda neste ano, <strong>de</strong>ve lançar<br />

a série Z4, dirigida ao público<br />

Deus Salve o rei recebeu gran<strong>de</strong>s investimentos, como uma cida<strong>de</strong> cenográfica indoor que permite o controle total da iluminação<br />

Apocalipse, novela bíblica, como sucessos anteriores, só que se passa nos dias atuais<br />

“A novelA é um<br />

formAto populAr,<br />

com grAn<strong>de</strong><br />

vitAlidA<strong>de</strong>, que<br />

continuA gerAndo<br />

discussões AtuAis<br />

no BrAsil”<br />

infanto-juvenil. Assim como<br />

em produções recentes, como<br />

Carrossel e Chiquititas, diz Parada,<br />

a meta da emissora é sempre<br />

buscar inovação em termos<br />

<strong>de</strong> produção, direção <strong>de</strong> cena e<br />

fotografia, com roteiros 100%<br />

adaptados para o contexto atual<br />

e brasileiro. “As novelas garantem<br />

ótimos resultados, tanto<br />

<strong>de</strong> audiência quanto comercial.<br />

Mais do que isso, elas entregam<br />

integralmente os nossos pilares<br />

<strong>de</strong> família e diversão, o que<br />

é garantido pelo olhar da Íris<br />

Abravanel, responsável pelo<br />

núcleo. É um produto no qual<br />

empenhamos um relevante investimento<br />

e energia”, resume<br />

Parada.<br />

Fim do mundo<br />

Na RecordTV, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2004 <strong>de</strong>senvolveu mais <strong>de</strong> 50<br />

novelas e seriados, houve uma<br />

pequena mudança <strong>de</strong> estratégia<br />

com Apocalipse, novela bíblica<br />

como os sucessos anteriores<br />

Os Dez Mandamentos, A Terra<br />

Prometida e O Rico e Lázaro. A<br />

trama, no entanto, se passa nos<br />

dias atuais o que, segundo posição<br />

da área <strong>de</strong> comunicação<br />

da empresa, abre possibilida<strong>de</strong>s<br />

comerciais que as outras<br />

novelas não ofereciam. “Achamos<br />

que esta é a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s marcas estarem em<br />

nosso conteúdo que já tem, inclusive,<br />

carreira internacional<br />

garantida em vários países”,<br />

afirmou a área <strong>de</strong> comunicação<br />

da empresa<br />

A fórmula para Apocalipse<br />

também exige forte conexão<br />

com o público da internet. A<br />

RecordTV afirma que a novela<br />

está indo bem nas re<strong>de</strong>s sociais.<br />

“Essa novela também chegou a<br />

ser o assunto mais comentado<br />

do Twitter no Brasil, ficando<br />

nos trending topics do mundo<br />

por algumas horas”, diz a emissora.<br />

Para isso, os investimentos<br />

são pesados. A produção<br />

envolveu efeitos como a pós-<br />

-produção que cria perspectivas<br />

em 360º muito próximas<br />

da realida<strong>de</strong>. “Em Apocalipse já<br />

tivemos um tsunami, um aci<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> avião e recriamos até<br />

a ONU, em Nova York, para os<br />

nossos personagens. Sem contar<br />

a abertura do mar em Os<br />

Dez Mandamentos, as muralhas<br />

<strong>de</strong> Jericó ruindo em A Terra<br />

Prometida ou as cenas que <strong>de</strong>finiram<br />

os <strong>de</strong>stinos em O Rico<br />

e Lázaro, entre o céu e o inferno”,<br />

explica a RecordTV.<br />

A empresa consi<strong>de</strong>ra o espaço<br />

das novelas, que hoje têm<br />

quatro horários <strong>de</strong>dicados,<br />

como qualificado, por conta da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atrair espectadores.<br />

“As pessoas estão cansadas<br />

do cotidiano tão agressivo, tão<br />

grosseiro, on<strong>de</strong> não há respeito.<br />

E nossas produções possuem<br />

este diferencial que atrai o mercado.<br />

Mesmo à tar<strong>de</strong>, as novelas<br />

são um sucesso comercial”,<br />

analisa a emissora.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 15


EsPEcial TV abErTa<br />

Programas <strong>de</strong> longo sucesso se<br />

atualizam sem per<strong>de</strong>r a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

Algumas atrações estão no ar há décadas e atraem público pelo po<strong>de</strong>r<br />

do hábito e anunciantes pela força das marcas construídas com o tempo<br />

Fotos: Divulgação<br />

O Programa silvio santos, comandado pelo dono da emissora, vai ao ar todos os domingos e começou a ser exibido quando o SBT foi fundado, em 1981<br />

Cristiane Marsola<br />

Programas que estão há décadas<br />

no ar na TV aberta,<br />

como o Roda Viva, na Cultura;<br />

o Programa Silvio Santos,<br />

no SBT; ou o Jornal da Record,<br />

têm em comum a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se manter atualizados, mas<br />

sem per<strong>de</strong>r a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, que é<br />

tão importante para atrair uma<br />

audiência fiel. Por ficar tantos<br />

anos sendo transmitido, o<br />

programa e sua marca ganham<br />

credibilida<strong>de</strong>, algo que é reconhecido<br />

tanto por anunciantes<br />

como pelo público em geral.<br />

“Primeiro, um programa faz<br />

sucesso e está há tanto tempo<br />

no ar porque é um gran<strong>de</strong> programa,<br />

é muito bem feito, reúne<br />

profissionais incríveis e tem<br />

estrutura, mas também é tão<br />

longevo porque tem personalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> marca. Por exemplo, o<br />

Fantástico tem uma personali-<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca muito próxima<br />

da Globo como um todo, porque<br />

resume todos os eixos <strong>de</strong><br />

conteúdo da empresa. Ele tem<br />

jornalismo, entretenimento e<br />

esporte. Passa por tudo. Cada<br />

programa é uma marca em si<br />

e, na Globo, a gente trabalha<br />

olhando muito para que cada<br />

programa tenha uma marca<br />

clara na cabeça do consumidor<br />

e, com isso, garanta sua longevida<strong>de</strong>.<br />

O programa po<strong>de</strong> ir<br />

mudando – e naturalmente ele<br />

muda porque está em sintonia<br />

com a socieda<strong>de</strong>, pegando<br />

novos jeitos –, mas a alma e os<br />

valores continuam os mesmos,<br />

que são focados na marca”,<br />

afirma Sergio Valente, diretor<br />

<strong>de</strong> Comunicação da Globo.<br />

Além do programa citado<br />

pelo executivo, a emissora<br />

mantém há anos no ar o Globo<br />

Rural, o Jornal Nacional, o Globo<br />

Repórter, o Vi<strong>de</strong>oShow e o<br />

Domingão do Faustão.<br />

“Manter uma atração no ar<br />

durante décadas significa também<br />

assinar o compromisso <strong>de</strong><br />

preservar suas características<br />

essenciais e, ao mesmo tempo,<br />

adaptar-se às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cada época. É preciso manter<br />

o nível da programação ao<br />

qual os telespectadores estão<br />

acostumados, pois existe uma<br />

cobrança natural por parte da<br />

socieda<strong>de</strong>, que já vê aquele<br />

produto como uma espécie <strong>de</strong><br />

patrimônio público”, afirma<br />

Marcos Mendonça, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Fundação Padre Anchieta,<br />

mantenedora da TV Cultura.<br />

São muitas atrações longevas<br />

no canal. O MPB Especial<br />

estreou em 1972, passou a se<br />

chamar Ensaio a partir <strong>de</strong> 1990,<br />

mas continua com a mesma<br />

forma <strong>de</strong> mesclar entrevista e<br />

música. O Viola, Minha Viola<br />

é exibido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 e, com a<br />

“O prOgrama pO<strong>de</strong><br />

ir mudandO, mas a<br />

alma e Os valOres<br />

cOntinuam Os<br />

mesmOs, que sãO<br />

fOcadOs na marca”<br />

16 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Leonel Brizola foi um dos entrevistados do roda Vida, em 1994 Nelson Araújo está na equipe do Globo rural <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 1990<br />

morte da apresentadora Inezita<br />

Barroso, em 2015, passou a ser<br />

comandado pela violeira Adriana<br />

Farias. O Roda Viva estreou<br />

em 1986.<br />

“Como característica comum,<br />

po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar que<br />

todas essas atrações construíram<br />

marcas fortes, permanecendo<br />

relevantes <strong>de</strong>ntro do<br />

cenário televisivo nacional<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> elencos<br />

ou apresentadores que se<br />

alternaram ao longo dos anos.<br />

Soma-se a isso o fato <strong>de</strong> que<br />

todos esses programas foram<br />

inovadores e criaram formatos<br />

que são reproduzidos até hoje.<br />

O Roda Viva, por exemplo, foi o<br />

primeiro a realizar entrevistas<br />

em um formato <strong>de</strong> arena, com<br />

uma personalida<strong>de</strong> da política,<br />

educação, artes ou esportes<br />

sendo sabatinada em seu centro”,<br />

diz Mendonça.<br />

No SBT, um dos sucessos que<br />

atravessam décadas é o Programa<br />

Silvio Santos, que está na<br />

emissora <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981, quando<br />

ela foi fundada. A emissora ainda<br />

conta com A Praça É Nossa,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1987, e Chaves, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1984, uma produção que não é<br />

nacional, mas que reúne gerações<br />

em frente à TV sintonizadas<br />

no canal. “Os programas e<br />

os apresentadores se renovam<br />

constantemente com novos<br />

quadros e atrações e há também<br />

a questão do hábito. As pessoas<br />

já sabem, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da divulgação em chamadas,<br />

os dias e os horários em que os<br />

programas serão exibidos”, explica<br />

o diretor <strong>de</strong> programação<br />

do SBT, Murilo Rosa.<br />

Há mais <strong>de</strong> 30 anos no ar, o<br />

Jornal da Record é o programa<br />

mais antigo da emissora. “Há<br />

<strong>12</strong> anos, o jornal é apresentado<br />

pelo Celso Freitas, agora em<br />

parceria com a Adriana Araújo,<br />

que está <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2013. Essa é uma<br />

das marcas da RecordTV, informação<br />

com credibilida<strong>de</strong>. Além<br />

do JR, temos também o semanal<br />

Domingo Espetacular, que<br />

vai completar 14 anos, e ainda<br />

a primeira revista eletrônica, o<br />

Hoje em Dia, que mudou as manhãs<br />

da TV brasileira e está no<br />

O tV Fama é comandado por Flávia Noronha e Nelson Rubens<br />

Luiz Bacci apresenta o Cida<strong>de</strong> alerta, da RecordTV<br />

ar há <strong>12</strong> anos. Há também o Cida<strong>de</strong><br />

Alerta, que está com mais<br />

<strong>de</strong> 20 anos na gra<strong>de</strong>”, conta<br />

Marcelo Silva, VP artístico e <strong>de</strong><br />

programação da RecordTV.<br />

Na Re<strong>de</strong>TV!, os programas<br />

que estão no ar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a estreia<br />

do canal, em 1999, são TV<br />

Fama, hoje com Nelson Rubens<br />

e Flávia Noronha, e SuperPop,<br />

com Luciana Gimenez. “Televisão<br />

é hábito <strong>de</strong> consumo, então<br />

o público se i<strong>de</strong>ntifica com a<br />

programação e isso faz com que<br />

normalmente os produtos <strong>de</strong><br />

sucesso tenham uma audiência<br />

cativa e, mais do que isso, uma<br />

audiência sempre com tendência<br />

<strong>de</strong> crescimento. O segredo<br />

para que isso ocorra é o produto<br />

sempre conseguir, na medida<br />

do possível, se mo<strong>de</strong>rnizar e se<br />

reinventar”, conta o diretor nacional<br />

<strong>de</strong> vendas da Re<strong>de</strong>TV!,<br />

“tOdas essas<br />

atrações<br />

cOnstruíram<br />

marcas fOrtes,<br />

permanecendO<br />

relevantes<br />

<strong>de</strong>ntrO dO cenáriO<br />

televisivO<br />

naciOnal”<br />

Amilcare Dallevo Neto.<br />

Essas atrações <strong>de</strong> longa duração<br />

também trazem vantagens<br />

para a área comercial. “Os apresentadores<br />

com longo tempo<br />

<strong>de</strong> casa garantem credibilida<strong>de</strong>,<br />

repercussão e o endosso<br />

<strong>de</strong>sejado pelas marcas para<br />

promover suas campanhas e<br />

produtos. Mas os programas e<br />

formatos sempre precisam buscar<br />

novida<strong>de</strong>s para garantir o<br />

movimento e o oxigênio necessários<br />

para continuar cativando<br />

público e marcas”, conta Marcelo<br />

Parada, diretor comercial e<br />

<strong>de</strong> marketing do SBT.<br />

“São experiências que po<strong>de</strong>m<br />

transformar a mensagem<br />

<strong>de</strong> um produto em algo a mais<br />

do que os 30 segundos <strong>de</strong> um<br />

comercial. Estar associado a<br />

esses produtos com exposições<br />

diferenciadas é o que o nosso<br />

<strong>de</strong>partamento comercial po<strong>de</strong><br />

oferecer <strong>de</strong> melhor. Isso, sem<br />

dúvida nenhuma, agrega muito<br />

valor aos investimentos <strong>de</strong> nossos<br />

patrocinadores”, fala Silva.<br />

Para Valente, uma boa parceria<br />

vem do entendimento <strong>de</strong><br />

que, assim como as marcas, os<br />

programas também precisam<br />

se atualizar. “A marca precisa<br />

apren<strong>de</strong>r com todas as movimentações.<br />

Tanto com as movimentações<br />

dos programas que<br />

estão há muito tempo no ar,<br />

quanto com os programas que<br />

estão há pouco tempo no ar. A<br />

marca acompanha o movimento<br />

da socieda<strong>de</strong>. As novida<strong>de</strong>s<br />

e a adaptabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um programa<br />

ao longo do tempo são<br />

fundamentais para uma marca<br />

viva”, diz.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 17


EspEcial tv abErta<br />

Essência no bom conteúdo mantém<br />

preferência do público pela televisão<br />

Programação <strong>de</strong>mocrática e gratuita garante espaço do meio nos lares;<br />

emissoras agora dão novo passo para a entrega sob <strong>de</strong>manda no digital<br />

Danúbia Paraizo<br />

Dizer que a TV está com os<br />

dias contados já entrou para<br />

a mesma lista <strong>de</strong> clichês que<br />

também <strong>de</strong>creta o fim do rádio<br />

há mais <strong>de</strong> 50 anos e outros lugares<br />

comuns típicos <strong>de</strong> quando<br />

surge uma nova tecnologia.<br />

O meio, aliás, está mais vivo do<br />

que nunca. Segundo dados do<br />

Kantar Ibope Media, o tempo<br />

médio que o telespectador <strong>de</strong>dicou<br />

ao consumo da mídia aumentou<br />

em mais <strong>de</strong> uma hora<br />

nos últimos 10 anos.<br />

Essa sustentação nos lares<br />

brasileiros tem sido possível<br />

<strong>de</strong>vido à combinação <strong>de</strong> dois<br />

fatores: a evolução tecnológica<br />

da TV para a oferta no digital<br />

ao mesmo tempo em que mantém<br />

sua essência <strong>de</strong>mocrática<br />

e gratuita. “Cada vez mais teremos<br />

uma nova forma <strong>de</strong> interação<br />

com a TV aberta. Essa<br />

mudança já é visível atualmente.<br />

As emissoras tiveram <strong>de</strong> se<br />

adaptar e buscar uma presença<br />

multiplataforma, engajando as<br />

pessoas que estão no celular,<br />

consumindo conteúdos mais<br />

simples ou oferecendo uma<br />

megaprodução que po<strong>de</strong>rá ser<br />

assistida na TV <strong>de</strong> forma compartilhada”,<br />

analisa Marcos<br />

Facó, diretor <strong>de</strong> comunicação e<br />

marketing da FGV.<br />

Ao mesmo tempo, o DNA popular<br />

da TV, que entrega conteúdo<br />

gratuito para toda a população,<br />

garante sua permanência<br />

como queridinha do público.<br />

Para Melissa Vogel, CEO do Kantar<br />

Ibope Media, apesar do inegável<br />

avanço das tecnologias e<br />

dispositivos conectados, uma<br />

gran<strong>de</strong> parcela da população<br />

ainda possui um mo<strong>de</strong>lo antigo<br />

<strong>de</strong> televisão com uma antena<br />

conectada em canais gratuitos.<br />

Daí a importância <strong>de</strong> as emissoras<br />

equilibrarem suas estratégias.<br />

“A TV está presente em<br />

praticamente todos os lares do<br />

país e é um meio garantido no<br />

dia a dia da população. Com o<br />

avanço das tecnologias, a tele-<br />

Combinação <strong>de</strong> conteúdo gratuito e cobertura ampla com investimentos em atrações sob <strong>de</strong>manda tornam TV um formato completo<br />

visão se fortaleceu”. Os números<br />

do Kantar Ibope reforçam a<br />

posição da executiva. Em 2007,<br />

os telespectadores passavam,<br />

em média, 5 horas e 11 minutos<br />

assistindo TV por dia. Em 2016,<br />

foram 6 horas e 17 minutos <strong>de</strong>dicados<br />

a telinha.<br />

O teor <strong>de</strong>mocrático do meio<br />

é um <strong>de</strong> seus principais pilares.<br />

Está em sua essência e vai garantir<br />

o sucesso do mo<strong>de</strong>lo por<br />

muitos anos. Essa é a aposta <strong>de</strong><br />

Cristina Padiglione, que assina<br />

o site TelePadi, no portal da Folha<br />

<strong>de</strong> S.Paulo. “Pelo rumo que<br />

as coisas vão, com gran<strong>de</strong> oferta<br />

<strong>de</strong> TV por streaming e toda uma<br />

geração que já não vê transmissões<br />

<strong>de</strong> TV, mas programação<br />

sob <strong>de</strong>manda, a TV linear aberta<br />

só endossa sua condição <strong>de</strong>mocrática:<br />

ela ainda é e será por<br />

muitos anos o entretenimento<br />

feito para todos”.<br />

“A TV conTinuA<br />

ViVendo<br />

ViscerAlmenTe<br />

<strong>de</strong> conTeúdo, não<br />

imporTA A TelA, A<br />

horA ou o modo <strong>de</strong><br />

TrAnsmissão”<br />

Domingo/iStock<br />

EvOlUÇÃO NEcEssÁria<br />

Se, por um lado, o bom conteúdo<br />

acessível garante seu espaço,<br />

as emissoras não têm se<br />

acomodado. A TV tem se transformado<br />

e adaptado seu conteúdo<br />

em uma relação simbiótica<br />

com o digital. Nesse sentido,<br />

po<strong>de</strong>-se dizer que a televisão,<br />

aos poucos, se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu<br />

mo<strong>de</strong>lo linear em busca <strong>de</strong> uma<br />

comunicação mais plural.<br />

A busca agora é justamente<br />

por uma comunicação <strong>de</strong> via <strong>de</strong><br />

mão dupla, favorecida pela associação<br />

com as re<strong>de</strong>s sociais e<br />

plataformas <strong>de</strong> streaming. Não<br />

faltam exemplos bem-sucedidos,<br />

como o Globo Play ou os<br />

canais no YouTube <strong>de</strong> atrações<br />

como <strong>de</strong> Fabio Porchat, na Record,<br />

e <strong>de</strong> Eliana, no SBT, recordistas<br />

<strong>de</strong> um novo tipo <strong>de</strong> audiência.<br />

“A TV continua vivendo<br />

visceralmente <strong>de</strong> conteúdo,<br />

não importa a tela, a hora ou o<br />

modo <strong>de</strong> transmissão. As re<strong>de</strong>s<br />

sociais só tornaram a experiência<br />

<strong>de</strong> ver TV um comportamento<br />

amplamente social, com<br />

monte <strong>de</strong> gente na sua sala <strong>de</strong><br />

estar”, finaliza Padiglione.<br />

18 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


( )<br />

( )<br />

( )<br />

Geramos riquezas.<br />

Criamos empregos.<br />

Somos avalistas<br />

da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa.<br />

Na próxima vez<br />

em que você for<br />

preencher uma ficha,<br />

não diga apenas<br />

que é publicitário.<br />

As agências <strong>de</strong> propaganda e seus profissionais não fazem apenas campanhas<br />

<strong>de</strong> comunicação. Nós construímos marcas. E mais do que isso, nós geramos<br />

negócios. Nosso trabalho gera valor agregado e melhores margens aos nossos<br />

clientes. São mais <strong>de</strong> 1.500 agências certificadas aten<strong>de</strong>ndo a mais <strong>de</strong> 55.000<br />

clientes anunciantes espalhados por todo o país. Essa ativida<strong>de</strong> gigante<br />

empurra a economia nacional. A cada real investido em publicida<strong>de</strong>,<br />

R$ 10,69 são gerados em todo o mercado. Mais do que isso: a publicida<strong>de</strong><br />

ajuda a garantir a in<strong>de</strong>pendência econômica da imprensa nacional. A parceria<br />

entre agências, anunciantes e veículos é fiadora da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />

<strong>de</strong> veículos impressos, radiofônicos e eletrônicos.<br />

Lembre-se <strong>de</strong> tudo isso na próxima vez em que você for dizer:<br />

“Sou publicitário”.


EspEcial tv abErta<br />

Era multitelas amplia o alcance das<br />

emissoras e a interação com público<br />

Pesquisa do Kantar Ibope Media mostra que os tweets sobre televisão<br />

em 2017 somaram 18 bilhões <strong>de</strong> impressões, com <strong>de</strong>staque para realities<br />

Paulo Macedo<br />

fenômeno da segunda tela<br />

O está <strong>de</strong>finitivamente agregado<br />

ao comportamento das<br />

audiências da TV no Brasil.<br />

É a era <strong>de</strong> assistir os conteúdos<br />

sob <strong>de</strong>manda e no horário<br />

mais conveniente. Isso significa<br />

que por meio <strong>de</strong> aplicativos,<br />

como o Globo Play, não há<br />

mais necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esperar<br />

a programação do Vale a pena<br />

ver <strong>de</strong> novo para assistir a uma<br />

reprise <strong>de</strong> novelas. A tecnologia<br />

vai além da teledramaturgia:<br />

todos os conteúdos po<strong>de</strong>m<br />

ser acessados nas novas plataformas.<br />

Em alguns casos, a<br />

segunda tela vem na frente. A<br />

Globo já usou o recurso no seu<br />

app com cenas inéditas da novela<br />

Haja Coração.<br />

De acordo com o Kantar Ibope<br />

Media, a visualização em<br />

dispositivos conectados está<br />

em ascensão. O instituto cita<br />

trabalho da Cisco mostrando<br />

que usuários <strong>de</strong> telefone celular<br />

em 2020 somarão 5,5 bilhões.<br />

As re<strong>de</strong>s NBC e BBC mostraram<br />

que a cobertura da Rio 2016, especialmente<br />

por causa do fuso<br />

horário, não foi visualizada necessariamente<br />

através <strong>de</strong> um<br />

televisor. A segunda tela garantiu<br />

que benefícios às emissoras<br />

<strong>de</strong> TV? Quem respon<strong>de</strong> é a executiva<br />

Melissa Vogel, CEO do<br />

Kantar Ibope Media.<br />

“O ato <strong>de</strong> assistir TV, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da plataforma,<br />

tem se tornado cada vez mais<br />

interativo. E o fenômeno Social<br />

TV, além <strong>de</strong> se enquadrar<br />

nesta moldura, está cada vez<br />

mais presente no cotidiano dos<br />

telespectadores. Hoje, o consumidor<br />

<strong>de</strong> mídia transita entre os<br />

diferentes meios e plataformas<br />

ao mesmo tempo. Enten<strong>de</strong>r<br />

este comportamento é essencial<br />

para conseguir atingir o público<br />

<strong>de</strong> maneira correta e on<strong>de</strong><br />

quer que ele esteja, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do meio ou plataforma.<br />

É possível perceber, por<br />

exemplo, uma relação cada vez<br />

Walter Zagari, da RecordTV, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> um planejamento comercial com sinergia entre as diferentes plataformas disponíveis<br />

maior entre o conteúdo televisivo<br />

e as interações realizadas<br />

pelos telespectadores online.<br />

De acordo com levantamento<br />

do Kantar Ibope Media, os<br />

tweets sobre programas da TV<br />

aberta geraram mais <strong>de</strong> 18 bilhões<br />

<strong>de</strong> impressões no Twitter<br />

durante 2017, com os realities<br />

shows se <strong>de</strong>stacando entre os<br />

conteúdos televisivos com mais<br />

engajamento entre o público.<br />

Essa interação online sobre<br />

conteúdo televisivo possibilita<br />

uma experiência diferenciada<br />

aos telespectadores durante a<br />

exibição <strong>de</strong> um programa, além<br />

<strong>de</strong> trazer novas variáveis analíticas<br />

para a audiência televisiva,<br />

tal como o engajamento”,<br />

explicou Melissa. Ela diz ainda<br />

que o Kantar Social TV Ratings<br />

permite análise <strong>de</strong> métricas sobre<br />

programas, transmissões e<br />

canais, extraídas diretamente<br />

do Twitter. “Estamos atentos e<br />

acompanhando todos os avanços<br />

<strong>de</strong> produtos e tecnologia<br />

Fotos: Divulgação<br />

“o fenômeno<br />

Social TV, além<br />

<strong>de</strong> Se enquadrar<br />

neSTa moldura,<br />

eSTá cada Vez<br />

maiS preSenTe<br />

no coTidiano doS<br />

TeleSpecTadoreS”<br />

20 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Amilcare Dallevo Neto vê como positivas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração multiplataforma<br />

Herbert Gomes <strong>de</strong>staca as audiências geradas nos monitores, apps e YouTube<br />

em diversos países on<strong>de</strong> atuamos.<br />

Por isso, estamos prontos<br />

para trazê-los a partir <strong>de</strong> um alinhamento<br />

e trabalho em parceria<br />

com o mercado”.<br />

A RecordTV busca a integração<br />

das plataformas digitais. A<br />

i<strong>de</strong>ia é propor ao mercado publicitário<br />

propostas diferenciadas.<br />

Para Walter Zagari, vice-<br />

-presi<strong>de</strong>nte comercial do Grupo<br />

Record, a geração <strong>de</strong> receita por<br />

aplicativos ainda é pequena.<br />

“Se levarmos em consi<strong>de</strong>ração<br />

que 61% do bolo publicitário<br />

foi <strong>de</strong>stinado à TV aberta<br />

em 2017, segundo o relatório<br />

Kantar Ibope Media - Monitor<br />

Evolution, a capacida<strong>de</strong> dos<br />

aplicativos em gerar receita<br />

comercial ainda é muito pequena.<br />

De qualquer maneira,<br />

pensando no crescimento do<br />

mercado e nas novas gerações<br />

<strong>de</strong> consumidores entrantes,<br />

nós, da RecordTV, já consi<strong>de</strong>ramos<br />

em nossos projetos<br />

comerciais os aplicativos <strong>de</strong><br />

maior relevância do mercado.<br />

Acreditamos que a nossa<br />

presença nas diversas plataformas<br />

<strong>de</strong> comunicação é <strong>de</strong><br />

extrema importância para a<br />

disseminação <strong>de</strong> nossa marca<br />

e também como fonte alternativa<br />

<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> recursos<br />

publicitários”.<br />

Zagari acrescenta: “A sinergia<br />

entra as diversas plataformas <strong>de</strong><br />

comunicação é <strong>de</strong> extrema importância<br />

e bastante saudável<br />

para o nosso negócio. Porém,<br />

se levarmos em consi<strong>de</strong>ração<br />

a força isolada dos meios, a TV<br />

é e permanecerá soberana por<br />

muito tempo, principalmente<br />

quando falamos <strong>de</strong> audiência,<br />

<strong>de</strong> cobertura e da divisão da receita<br />

publicitária. Por mais que<br />

as novas telas passem a fazer<br />

parte do nosso dia a dia, muitas<br />

Andrea, da LBTM, fala que fenômeno da segunda tela faz a diferença no plano <strong>de</strong> mídia<br />

<strong>de</strong>las, que também apresentam<br />

uma força <strong>de</strong> comunicação bastante<br />

representativa, se utilizam<br />

da TV aberta para chamar<br />

suas audiências”.<br />

Na Band, o diretor-comercial<br />

Nilson Moysés concorda que a<br />

segunda tela permite uma conversa<br />

com o público mesmo<br />

quando o espectador não está<br />

à frente <strong>de</strong> um monitor. “Fortalecendo<br />

essa ligação <strong>de</strong> TV e internet,<br />

a Band estreia em abril o<br />

programa SuperPo<strong>de</strong>rosas, que<br />

terá seu ponto <strong>de</strong> partida na<br />

plataforma digital. O objetivo<br />

do programa, apresentado pela<br />

jornalista Natália Leite, é dar<br />

ferramentas para a mulher que<br />

está preocupada em se <strong>de</strong>senvolver<br />

nos diversos aspectos<br />

da vida. Na plataforma digital,<br />

haverá a interação e a discussão<br />

<strong>de</strong> temas que <strong>de</strong>pois serão levados<br />

para a televisão nas manhãs<br />

da Band. Nesse sentido,<br />

a segunda tela será consumida<br />

até antes da primeira”.<br />

A Band tem um case com o<br />

reality <strong>de</strong> gastronomia Masterchef<br />

Profissionais. “Produzimos,<br />

em parceria com uma<br />

marca <strong>de</strong> bebidas, várias entrevistas<br />

exclusivas que eram<br />

exibidas ao vivo, no Twitter,<br />

após o término do programa<br />

na TV. O projeto foi um sucesso<br />

e comprovou a complementarieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> audiências entre<br />

plataformas, que cresce ano<br />

após ano. O canal do Masterchef<br />

Profissionais no YouTube<br />

registrou crescimento <strong>de</strong> 283%<br />

no número <strong>de</strong> visualizações na<br />

última temporada, em relação<br />

ao ano anterior (2016), enquanto<br />

o site da atração apresentou<br />

66% no aumento <strong>de</strong> tráfego”,<br />

<strong>de</strong>talha Moysés.<br />

A Re<strong>de</strong>TV!, que vem investindo<br />

no uso da mídia<br />

programática, está atenta à<br />

necessida<strong>de</strong> dos anunciantes<br />

<strong>de</strong> integração <strong>de</strong> meios e<br />

plataformas. “Cada vez mais<br />

o cliente procura uma solução<br />

<strong>de</strong> comunicação integrada que<br />

envolve todas as plataformas e<br />

públicos que você tenha no seu<br />

inventário, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong> qual meio ou canal a sua<br />

audiência está assistindo o seu<br />

conteúdo. Isso se reflete nos<br />

planos comerciais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

do objetivo do cliente, e se<br />

faz sentido uma entrega 360. A<br />

gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> dos aplicativos<br />

e a conectivida<strong>de</strong> são,<br />

sem dúvida, a maior interativida<strong>de</strong><br />

e experiência que o usuário<br />

po<strong>de</strong> ter assistindo TV. Isso<br />

faz com que o termômetro da<br />

audiência por aplicativos seja<br />

bem interessante. A relevância<br />

<strong>de</strong>les, com certeza, será crescente<br />

à medida que o próprio<br />

aplicativo tiver uma penetração<br />

no público <strong>de</strong> forma geral”,<br />

observa o executivo Amílcare<br />

Dallevo Neto, diretor nacional<br />

<strong>de</strong> vendas da Re<strong>de</strong>TV!.<br />

Herbert Gomes, diretor do<br />

grupo <strong>de</strong> mídia da Talent Mar-<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 21


Navarro, do SBT: “Envolvemos as marcas <strong>de</strong> nossos clientes com nossa audiência <strong>de</strong> uma forma natural e engajada”<br />

Sant’Anna: “Construir marcas em curto espaço <strong>de</strong> tempo”<br />

Melissa Vogel afirma que Kantar avalia trazer para o Brasil novos sistemas <strong>de</strong> medição<br />

“aplicaTiVoS e<br />

conecTiVida<strong>de</strong> São,<br />

Sem dúVida, a maior<br />

inTeraTiVida<strong>de</strong> e<br />

experiência que o<br />

uSuário po<strong>de</strong> Ter<br />

aSSiSTindo TV”<br />

cutivo Rodrigo Navarro Marti,<br />

diretor <strong>de</strong> multiplaforma, explica.<br />

“Além da venda e reserva<br />

realizada diretamente pelo SBT<br />

em nossas plataformas digitais<br />

nos mais diversos tipos <strong>de</strong> inserções<br />

como Pre Roll, Billboard,<br />

GC Interativida<strong>de</strong>, Bran<strong>de</strong>d<br />

Content e outros formatos<br />

cel, reconhece que não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> contemplar a segunda<br />

tela em um planejamento<br />

<strong>de</strong> mídia. “O consumidor mudou,<br />

o acesso mudou, o consumo<br />

livre <strong>de</strong> conteúdo mudou.<br />

O gran<strong>de</strong> interesse das pessoas<br />

é consumir conteúdo e continua<br />

muito forte o que as<br />

emissoras produzem, pela<br />

qualida<strong>de</strong> e pela diversida<strong>de</strong>.<br />

Coloco como exemplo a novela<br />

O Outro Lado do Paraíso, da TV<br />

Globo, atingindo picos <strong>de</strong> audiência<br />

<strong>de</strong> 45 pontos, uma gran<strong>de</strong><br />

relevância para os anunciantes<br />

e para o mercado. Mas<br />

não é só isso. Tem muita gente<br />

que consome estes capítulos/<br />

conteúdos na segunda tela,<br />

os chamados apps. Por outro<br />

lado, também existe o consumo<br />

<strong>de</strong> um conteúdo diferente<br />

ao mesmo tempo do consumo<br />

da TV, que são as re<strong>de</strong>s sociais,<br />

os portais e o YouTube, entre<br />

outros, que divi<strong>de</strong>m a atenção<br />

do telespectador. Aí entra a importância<br />

da estratégia <strong>de</strong> canais,<br />

em que <strong>de</strong>ve ser trabalhada<br />

a jornada do consumidor”,<br />

justifica Gomes.<br />

Paulo Sant’Anna, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> mídia da mcgarrybowen<br />

e presi<strong>de</strong>nte do Grupo <strong>de</strong><br />

Mídia <strong>de</strong> São Paulo, afirma que<br />

a segunda tela permite interação<br />

imediata com o espectador.<br />

“A instantaneida<strong>de</strong> é resultado<br />

<strong>de</strong>sse novo modo. As pessoas<br />

<strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ter uma posição<br />

passiva e partem para ação,<br />

expressando opinião ou interagindo<br />

com marcas, produtos<br />

e serviços. A questão dos apps<br />

amplia ainda mais a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ver os conteúdos <strong>de</strong> TV<br />

ao vivo ou quando melhor convier<br />

ao consumidor. ”.<br />

O SBT, que contabiliza o recor<strong>de</strong><br />

mensal <strong>de</strong> 1 bilhão <strong>de</strong><br />

vizualizações no YouTube,<br />

o maior volume entre as TVs<br />

abertas em todo o mundo, celebra<br />

a amplitu<strong>de</strong> digital. O exepuramente<br />

digitais, a maior<br />

fortaleza do SBT está em po<strong>de</strong>r<br />

fazer uma oferta para o nosso<br />

cliente, combinando a força e<br />

o alcance da TV com a força, o<br />

engajamento e o envolvimento<br />

das nossas plataformas digitais.<br />

Hoje todas as propostas aos nossos<br />

clientes são estruturadas<br />

no formato que chamamos <strong>de</strong><br />

360°, que contempla todos os<br />

nossos pontos <strong>de</strong> contato com<br />

a nossa audiência, envolvendo<br />

nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> conteúdos exclusivos, força<br />

e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> engajamento<br />

através <strong>de</strong> nossas plataformas e<br />

artistas. Com isso, envolvemos<br />

as marcas <strong>de</strong> nossos clientes<br />

com nossa audiência <strong>de</strong> uma<br />

forma natural e engajada”.<br />

“Sim, faz bastante diferença<br />

programar TV aberta com<br />

o fenômeno da segunda tela<br />

e a tendência, para os próximos<br />

anos, é aumentar a integração<br />

entre as várias telas.<br />

A base <strong>de</strong> toda estratégia <strong>de</strong><br />

mídia e a construção da programação<br />

sempre serão baseadas<br />

nos hábitos dos consumidores.<br />

Nós analisamos<br />

que o consumo <strong>de</strong> múltiplas<br />

telas (principalmente TV e<br />

Smartphone) já se tornou<br />

uma realida<strong>de</strong> no dia a dia das<br />

pessoas. Assim, é fundamental<br />

pensar em estratégias que<br />

consi<strong>de</strong>rem os momentos <strong>de</strong><br />

consumo e os formatos mais<br />

apropriados para cada tela.<br />

Deste modo, cada tela ganha<br />

um papel estratégico e, ao<br />

final, se complementam, gerando<br />

maior eficiência”, analisa<br />

Andrea Hirata, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> mídia da Leo Burnett<br />

Tailor Ma<strong>de</strong>.<br />

“A TV aberta tem um potencial<br />

<strong>de</strong> atingir milhões <strong>de</strong><br />

brasileiros com uma velocida<strong>de</strong><br />

muito rápida, em especial<br />

com a transmissão em eventos<br />

ao vivo. Fato que é realizado<br />

<strong>de</strong>vido às características <strong>de</strong><br />

diversida<strong>de</strong>s culturais do país,<br />

em intensida<strong>de</strong>s diferentes,<br />

em todas as regiões. Também<br />

vale <strong>de</strong>stacar que os assuntos<br />

abordados na TV estão sendo<br />

potencializados nos canais digitais<br />

e, cada vez mais, comentados<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais, fatos<br />

que geram uma maior interativida<strong>de</strong><br />

do público com a programação<br />

da TV aberta. Com<br />

os apps, quem <strong>de</strong>fine o timing<br />

é o telespectador. E isto vem<br />

sendo realizado, na medida em<br />

que os canais digitais passam a<br />

ter maior presença no cotidiano<br />

das pessoas. Pelo que me<br />

recordo, este movimento vem<br />

ganhando maior intensida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2013, com um ritmo cada<br />

vez mais acelerado”, finaliza<br />

Luciana Schwartz, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> omnichannel<br />

da VML.<br />

22 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Se você acha que po<strong>de</strong> conquistar alguém<br />

através <strong>de</strong> uma música, tem razão.<br />

Porque é exatamente isso que nós fazemos.<br />

Fazemos uma música virar encontro <strong>de</strong> gêneros e gerações, tema <strong>de</strong> campanha, hino <strong>de</strong> torcida, fenômeno na mídia e nas<br />

re<strong>de</strong>s, palco em festival <strong>de</strong> música, prêmio em festival <strong>de</strong> propaganda.<br />

Transformamos sucesso antigo em versão 3.0, 1º re-colour nacional, pauta em todos os veículos, tema <strong>de</strong> superprodução<br />

digital para a maior marca <strong>de</strong> telefonia móvel do país.<br />

Homenageamos os 100 anos <strong>de</strong> samba e levamos o BRA do Brasil e <strong>de</strong> um dos maiores bancos brasileiros para milhões<br />

<strong>de</strong> pessoas através <strong>de</strong> um espetáculo musical.<br />

Unimos 3 Reis para produzir a música da campanha da maior ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> cartões genuinamente brasileira.<br />

Movimentamos uma cida<strong>de</strong> inteira durante todo o verão, com uma arena multientretenimento inovadora e encontros<br />

inéditos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s ícones da música brasileira.<br />

Viramos a música pelo avesso e a transformamos em plataforma <strong>de</strong> conteúdo proprietário, experiência, ativação e PR.<br />

Reinventamos, inovamos. Geramos buzz, notícia. Provocamos.<br />

Posicionamos e fortalecemos marcas usando a ferramenta <strong>de</strong> conexão mais po<strong>de</strong>rosa que existe.<br />

Cliente: Vivo<br />

Agência: Africa<br />

Cliente: Bra<strong>de</strong>sco<br />

Agência: WMcCann<br />

Cliente: SKY<br />

Cliente: Bra<strong>de</strong>sco<br />

Agência: WMcCann<br />

Cliente: Fiat<br />

Agência: Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong><br />

Cliente: L’Oréal Paris<br />

Agência: Flagcx<br />

Cliente: Brahma<br />

Agência: Africa<br />

Cliente: Bra<strong>de</strong>sco Seguros<br />

Cliente: ELO<br />

Agência: Artplan<br />

Cliente: P&G<br />

Agência: GREY<br />

Cliente: L’Oréal Paris<br />

Agência: WMcCann<br />

Mas calma, nós não fazemos tudo sozinhos. É um trabalho integrado<br />

com as principais agências <strong>de</strong> comunicação do país e todo o meio editorial.<br />

O resultado disso?<br />

Effie Latam 2017: Sou Fatal, bronze na categoria Marketing Jovem.<br />

Marketing Best 2016: Arena Banco Original.<br />

Effie Awards 2016: Se Ligaê, uma das ações <strong>de</strong> maior sucesso, efetivida<strong>de</strong> e recall <strong>de</strong> uma marca nos Jogos Olímpicos.<br />

Cannes 2016: SamBRA, shortlist na categoria Entertainment Lions For Music.<br />

Então, agora você já sabe. Se música tem a ver com os seus clientes ou com o seu negócio, Musickeria.<br />

Music2Brand<br />

Conectando marcas e consumidores<br />

através da música.<br />

musickeria.com.br | +55 21 2246-0746 | contato@musickeria.com.br


EspEcial TV aBERTa<br />

Mercado <strong>de</strong>bate métrica unificada,<br />

alcance e novos formatos no digital<br />

SBT reuniu em São Paulo agências, anunciantes, entida<strong>de</strong>s e estrelas<br />

da emissora para discussões sobre complementarieda<strong>de</strong> dos meios<br />

Danúbia Paraizo<br />

Já se foi a época <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />

o digital como concorrente<br />

das mídias tradicionais. Na era<br />

da complementarieda<strong>de</strong> dos<br />

meios, saem na frente as emissoras<br />

<strong>de</strong> TV que utilizam formatos<br />

digitais para reforçar suas<br />

estratégias. Neste momento, a<br />

discussão evolui para se compreen<strong>de</strong>r<br />

como criar métricas<br />

unificadas que possam refletir<br />

essa audiência cruzada. O tema<br />

permeou os <strong>de</strong>bates do evento<br />

Conteúdo em Todo Lugar, realizado<br />

na semana passada.<br />

O encontro reuniu profissionais<br />

<strong>de</strong> agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />

anunciantes, empresas <strong>de</strong><br />

pesquisa, personalida<strong>de</strong>s e executivos<br />

do SBT para discussões<br />

sobre complementarieda<strong>de</strong> dos<br />

meios e como a unificação das<br />

métricas do digital e TV po<strong>de</strong><br />

ser feita com eficiência. O encontro<br />

trouxe também palestra<br />

<strong>de</strong> Brian Fuhrer, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

sênior e lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> produto<br />

cross-plataforma da Nilsen<br />

EUA, que trouxe um panorama<br />

do consumo <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

streaming nos Estados Unidos.<br />

O executivo falou ainda sobre<br />

como essa tendência revela que<br />

a TV continua no centro das<br />

atenções da audiência, mas em<br />

novos formatos.<br />

A palestra serviu como pano<br />

<strong>de</strong> fundo para <strong>de</strong>bate sobre o<br />

fato <strong>de</strong> que as emissoras estão<br />

apostando em serviços próprios<br />

<strong>de</strong> streaming, reforçando suas<br />

estratégias em re<strong>de</strong>s sociais e<br />

mudando narrativas a fim <strong>de</strong><br />

incluir os anunciantes na nova<br />

jornada do consumidor. “Publicida<strong>de</strong><br />

do jeito que a gente<br />

conhece, com filme <strong>de</strong> qualquer<br />

duração, vai ser bem difícil <strong>de</strong> a<br />

gente enxergar [no streaming].<br />

O que <strong>de</strong>safia as agências a pensar<br />

em como inserir o anunciante<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto<br />

que faça sentido”, <strong>de</strong>stacou<br />

Eduardo Simon, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Abap e CEO da agência<br />

DPZ&T. O executivo participou<br />

Executivos do SBT, Kantar Ibope Mídia, Abap e ABA participaram <strong>de</strong> painel sobre engajamento e retorno sobre investimento<br />

<strong>de</strong> painel ao lado <strong>de</strong> Silvana Balbo,<br />

diretora da ABA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes) e VP<br />

<strong>de</strong> marketing do Carrefour Brasil;<br />

Melissa Voguel, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Kantar Ibope Mídia; José Roberto<br />

Maciel, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

do SBT; e o jornalista Marcelo<br />

Torres, do SBT.<br />

Durante o painel, os executivos<br />

discutiram os papéis e a importância<br />

<strong>de</strong> cada meio na estratégia<br />

macro e como administrar<br />

os diversos perfis <strong>de</strong> públicos<br />

que permeiam digital e TV tradicional.<br />

“É <strong>de</strong>safiador para as<br />

marcas lidar com públicos tão<br />

diferentes. Como conviver com<br />

gerações tão diferentes e fazer<br />

sentido para todas essas pessoas?<br />

Hoje, o que o anunciante vê<br />

é que nessa complementarieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> meios existem papéis e<br />

formas diferentes <strong>de</strong> atuar em<br />

cada um”, disse Silvana.<br />

Lí<strong>de</strong>r mundial no ranking<br />

das emissoras com maior número<br />

<strong>de</strong> inscritos em re<strong>de</strong>s sociais,<br />

o SBT aposta no mo<strong>de</strong>lo<br />

“jamais<br />

<strong>de</strong>ixaremos <strong>de</strong><br />

reconhecer<br />

a força da TV<br />

aberTa. a genTe<br />

esquece que ela<br />

é a Verda<strong>de</strong>ira<br />

banda larga”<br />

Marçal Neto/ Divulgação<br />

multiplataforma para dialogar<br />

com públicos distintos. Realizado<br />

ao mesmo tempo que o<br />

Teleton na TV aberta, em 2017,<br />

o Teleton Mais, programação<br />

100% digital, comandado por<br />

Celso Portiolli, foi apresentado<br />

como case da proposta multitela.<br />

O assunto foi <strong>de</strong>batido no<br />

painel com Portiolli, além <strong>de</strong><br />

Larissa Manoela e Maísa Silva,<br />

atrizes da emissora; Michael<br />

Ukstin, diretor <strong>de</strong> ambos formatos<br />

do Teleton; e <strong>de</strong> Marcelo<br />

Torres. “Não tem como evitar o<br />

digital. Óbvio que jamais <strong>de</strong>ixaremos<br />

<strong>de</strong> reconhecer a força<br />

da TV aberta. A gente esquece<br />

que ela é a verda<strong>de</strong>ira banda<br />

larga. Quem consegue distribuir<br />

conteúdo para 207 milhões<br />

simultaneamente, sem travar e<br />

<strong>de</strong> graça? Só que ela tinha limitação<br />

<strong>de</strong> ser mão única. E com<br />

as mídias sociais elas ganham<br />

voz. Essa interação das telas<br />

está trazendo para a gente um<br />

insumo cada vez mais rico”, finalizou<br />

Maciel.<br />

24 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


ESpEcIAl Tv AbERTA<br />

“Twitter permite<br />

conexão direta<br />

com o público”<br />

Divulgação<br />

Faz algum tempo que a TV aberta utiliza<br />

ferramentas do Twitter muito além dos 280<br />

caracteres. De hashtags a lives, programas<br />

encontraram na plataforma maneiras <strong>de</strong><br />

estimular <strong>de</strong>bates, conversar com internautas e,<br />

claro, manter o público ligado na telinha. Pitter<br />

Rodriguez, diretor <strong>de</strong> parcerias <strong>de</strong> esportes do<br />

Twitter para a América Latina, <strong>de</strong>staca o trabalho<br />

entre plataforma e emissoras, comentando os cases<br />

<strong>de</strong> Masterchef, da Band, Dancing Brasil, da Record,<br />

e Big Brother Brasil, da Globo. Confira a seguir os<br />

principais trechos <strong>de</strong>sta entrevista.<br />

JÉSSICA OLIVEIRA<br />

FORMATOS<br />

As parcerias do Twitter com<br />

os canais <strong>de</strong> TV ocorrem em<br />

diferentes formatos: existem<br />

parceiros que optam por exibir<br />

na tela da transmissão na TV<br />

tweets em tempo real e outras<br />

informações vivas oriundas da<br />

plataforma, levando para a tela<br />

as principais conversas sobre o<br />

assunto que são realizados em<br />

tempo real no Twitter; os que<br />

preferem utilizar a plataforma<br />

para realizar enquetes e votações;<br />

e outros que utilizam produtos<br />

do Twitter para estimular<br />

conversas na plataforma.<br />

ENTENDIMENTO<br />

Nossos parceiros <strong>de</strong> TV têm<br />

criado a consciência <strong>de</strong> que<br />

apostar na força do digital é um<br />

caminho claro para ampliar o<br />

alcance <strong>de</strong> suas transmissões e<br />

incrementar suas audiências.<br />

Em relação à integração com a<br />

TV, o Twitter virou uma segunda<br />

tela por excelência. Hoje, as<br />

conversas no Twitter sobre os<br />

programas oferecem às emissoras<br />

e marcas patrocinadoras<br />

uma extensão da sua mensagem<br />

na TV e, mais que isso, a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir com<br />

o consumidor. O ví<strong>de</strong>o e a integração<br />

do Twitter com a TV surgem<br />

como formatos com alto<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> engajamento e socialização.<br />

Nosso objetivo é que o<br />

conteúdo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> gerado<br />

“conversas no<br />

TwiTTer sobre<br />

os programas<br />

oferecem às<br />

emissoras uma<br />

exTensão da sua<br />

mensagem na Tv”<br />

por parceiros seja potencializado<br />

na plataforma.<br />

cOMEÇO<br />

Quanto mais cedo o Twitter<br />

for consi<strong>de</strong>rado na estratégia<br />

do conteúdo, melhor será o<br />

formato <strong>de</strong> entrega na plataforma.<br />

O Twitter permite uma<br />

conexão direta com o público<br />

no momento em que estão buscando<br />

informações sobre um<br />

tema <strong>de</strong> interesse e, portanto,<br />

mais abertos a receber novas<br />

mensagens. É necessário saber<br />

em que momento e como falar<br />

com esse público - principalmente<br />

porque os parceiros po<strong>de</strong>m<br />

participar <strong>de</strong> forma efetiva<br />

das conversas em torno <strong>de</strong> seus<br />

programas antes, durante e <strong>de</strong>pois<br />

da exibição dos conteúdos.<br />

INTEgRAÇãO<br />

O Masterchef Brasil utiliza<br />

diversas integrações com<br />

o Twitter para engajar com os<br />

fãs. Durante a exibição dos episódios,<br />

por exemplo, tweets<br />

Pitter Rodriguez: “O live faz parte <strong>de</strong> uma estratégia global do Twitter lançada em 2016”<br />

selecionados dos espectadores<br />

são mostrados na tela, levando<br />

para a TV as principais conversas<br />

sobre o assunto que são<br />

realizados em tempo real no<br />

Twitter, o contador no canto da<br />

tela informa, em tempo real, o<br />

volume <strong>de</strong> tweets sobre o programa<br />

e, quando a #MasterChefBR<br />

entra na lista <strong>de</strong> assuntos<br />

mais comentados do momento,<br />

um alerta <strong>de</strong> Trending Topic é<br />

mostrado na TV. E os jurados<br />

e <strong>de</strong>mais participantes do programa<br />

interagem bastante com<br />

os fãs via Twitter. Em edições<br />

anteriores, o anúncio do vencedor<br />

do programa já foi feito primeiramente<br />

pelo Twitter.<br />

pERIScOpE<br />

O BBB faz transmissões <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o ao vivo via Periscope sobre<br />

os principais acontecimentos,<br />

entradas ao vivo direto da<br />

casa (inclusive nas festas) e<br />

mesas <strong>de</strong>bates. Todo conteúdo<br />

po<strong>de</strong> ser acompanhado pela<br />

#Re<strong>de</strong>BBB. A temporada 17 do<br />

BBB foi a mais comentada no<br />

Twitter <strong>de</strong>ntre todas as edições<br />

do reality show. Foram mais<br />

<strong>de</strong> 42 milhões <strong>de</strong> tweets sobre<br />

o programa na plataforma, um<br />

total 48% maior que o <strong>de</strong> 2016.<br />

O Big Brother, assim como The<br />

Voice Brasil, também já contou<br />

com emojis personalizados na<br />

plataforma, criados para ilustrar<br />

as conversas sobre o assunto<br />

no Twitter.<br />

lIvE<br />

O formato live faz parte <strong>de</strong><br />

uma estratégia global do Twitter<br />

lançada em 2016. O público<br />

fica a par do que está sendo falado<br />

sobre o assunto em tempo<br />

real e po<strong>de</strong> participar da conversa<br />

- em uma única tela. O<br />

fato <strong>de</strong> a primeira transmissão<br />

ter sido o Dancing Brasil, um<br />

conteúdo premium <strong>de</strong> TV aberta,<br />

com um parceiro da relevância<br />

da Record, só reforça que<br />

é uma janela complementar e<br />

muito importante nas estratégias<br />

<strong>de</strong> distribuição.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 25


entrevista<br />

fre<strong>de</strong>rico pedreiraPresi<strong>de</strong>nte da Avianca Brasil<br />

as empresas<br />

estão mais<br />

efetivas e com<br />

mais gente<br />

voando<br />

A<br />

Avianca Brasil começou sua operação ainda<br />

tímida, aten<strong>de</strong>ndo a um milhão <strong>de</strong> pessoas<br />

em 2010, mas saltou para 11 milhões <strong>de</strong><br />

passageiros em 2017. Há pouco mais <strong>de</strong> dois<br />

anos, a companhia aérea contratou a Grey Brasil para<br />

ajudar no aumento do reconhecimento <strong>de</strong> marca<br />

e também passou a fazer parte da Star Alliance,<br />

ganhando assim parceiros mundiais. Fre<strong>de</strong>rico<br />

Pedreira, presi<strong>de</strong>nte da empresa, explica qual é<br />

o cenário da aviação no país, os <strong>de</strong>safios da crise<br />

econômica e a nova aposta da marca em <strong>de</strong>stinos<br />

internacionais.<br />

mariana zirondi<br />

Especial para o ProPmarK<br />

Qual a participação da Avianca no<br />

mercado <strong>de</strong> aviação?<br />

Os últimos dois anos foram<br />

bem intensos, com muitos <strong>de</strong>safios,<br />

especialmente em 2017,<br />

quando iniciamos nossa operação<br />

internacional. Estamos com<br />

cerca <strong>de</strong> 50 aeronaves, e transportamos<br />

mais <strong>de</strong> 11 milhões <strong>de</strong><br />

passageiros no ano passado. Estamos<br />

com algo em torno <strong>de</strong> 14% <strong>de</strong><br />

participação no mercado. No entanto,<br />

valorizamos nossa filosofia:<br />

nas rotas em que operamos,<br />

temos <strong>de</strong> ter uma oferta boa, que<br />

seja relevante para prestar um<br />

bom serviço ao passageiro. Eu me<br />

preocupo mais com a participação<br />

média nas rotas que temos,<br />

e estamos hoje em cerca <strong>de</strong> 26%.<br />

Qual o posicionamento <strong>de</strong> vocês?<br />

Desejamos ser a empresa com<br />

o melhor produto e serviço a preço<br />

competitivo. E eles são espaço<br />

nas poltronas, lanche quente,<br />

mais opções <strong>de</strong> horários <strong>de</strong> voos<br />

para o passageiro voar quando for<br />

mais conveniente, para aten<strong>de</strong>r<br />

tanto o lazer quanto o corporativo.<br />

Estamos focados em entregar<br />

o melhor serviço no Brasil.<br />

Vocês começaram uma nova fase em<br />

2010. Como se <strong>de</strong>senvolveram?<br />

Foram sete anos <strong>de</strong> crescimento<br />

muito forte. Em 2010, quando<br />

recebemos o nosso primeiro<br />

Airbus, tínhamos <strong>12</strong> unida<strong>de</strong>s do<br />

Fokker 100 e transportávamos<br />

um pouco mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong><br />

passageiros. Hoje temos 50 Airbus<br />

e transportamos 11 milhões.<br />

Foram vários anos <strong>de</strong> crescimento<br />

intenso doméstico, até ter uma<br />

massa crítica que permita oferecer<br />

um bom serviço. E, ao atingir<br />

isso no ano passado, começamos<br />

a operação internacional. O nosso<br />

primeiro voo foi para Miami, nos<br />

Estados Unidos; <strong>de</strong>pois Santiago,<br />

no Chile; e, por fim, Nova York,<br />

também nos Estados Unidos.<br />

Quais são as metas para os próximos<br />

anos?<br />

Nosso objetivo é continuar<br />

crescendo <strong>de</strong>ntro do Brasil,<br />

seja adicionando frequências <strong>de</strong><br />

mais voos, seja completando a<br />

nossa malha com alguns <strong>de</strong>sses<br />

<strong>de</strong>stinos e capitais <strong>de</strong> estados<br />

em que não estamos presentes.<br />

Por exemplo, ainda não estamos<br />

muito presentes no Norte do país.<br />

Vemos oportunida<strong>de</strong> lá.<br />

Como vocês estão atravessando a<br />

crise?<br />

O pior ano foi 2016, em que o<br />

Brasil per<strong>de</strong>u 8 milhões <strong>de</strong> passageiros<br />

domésticos. 2017 foi um<br />

ano melhor, vimos a <strong>de</strong>manda<br />

crescer um pouco, mas vemos<br />

<strong>2018</strong> não como um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

crescimento, mas como um ano<br />

<strong>de</strong> transição. Ainda há muitas dúvidas<br />

sobre o ambiente político, o<br />

que impacta na economia e ela é<br />

o motor que faz crescer a aviação.<br />

Então, acreditamos que vai ser<br />

melhor que o anterior.<br />

Qual a meta para <strong>2018</strong>?<br />

Vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r muito <strong>de</strong> como o<br />

ano vai se <strong>de</strong>senvolver. Hoje nós<br />

estamos recebendo quatro aeronaves<br />

e, se houver <strong>de</strong>manda um<br />

pouco acima do que esperamos,<br />

po<strong>de</strong>mos trazer novas aeronaves<br />

para o segundo semestre.<br />

Quem são os passageiros <strong>de</strong> vocês?<br />

Nós temos um produto com<br />

preço justo para quem gosta <strong>de</strong><br />

viajar com um pouco mais <strong>de</strong><br />

espaço e conforto. Por um lado,<br />

sem dúvida, o passageiro corporativo<br />

é importante, mas temos<br />

uma participação do lazer muito<br />

relevante. Nós tentamos aten<strong>de</strong>r<br />

os dois tipos <strong>de</strong> passageiros, dando<br />

uma opção gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> horários<br />

e, por outro lado, tendo uma política<br />

tarifária que é competitiva<br />

e permite ao lazer planejar com<br />

antecedência para ter tarifas melhores.<br />

O brasileiro está viajando mais?<br />

Quando você olha o crescimento<br />

da indústria nos últimos<br />

15 anos, no Brasil, foi incrível,<br />

quase quadruplicou o número <strong>de</strong><br />

passageiros. Isso porque a liberda<strong>de</strong><br />

tarifária traz maior competição<br />

e você tem empresas que<br />

conseguem ser mais eficientes,<br />

com passagens mais em conta.<br />

E no Brasil, quando você olha a<br />

tarifa média <strong>de</strong> antes, comparada<br />

com hoje, caiu quase que pela<br />

meta<strong>de</strong>. E isso é bom, porque as<br />

empresas estão mais competitivas,<br />

eficientes e com mais gente<br />

voando. Quando você vê o que<br />

chamamos <strong>de</strong> penetração, o número<br />

<strong>de</strong> viajantes total dividido<br />

pela população, o resultado é <strong>de</strong><br />

0,5 no Brasil. Nos Estados Unidos<br />

ele é <strong>de</strong> 3,0.<br />

Qual o principal <strong>de</strong>stino da Avianca?<br />

Temos algumas cida<strong>de</strong>s que<br />

são bem importantes para nós.<br />

A nossa operação principal é São<br />

Paulo, mas tem também Brasília,<br />

em segundo; e Salvador e Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, em terceiro. Entretanto,<br />

Salvador, em especial, é muito<br />

importante para a gente porque<br />

nos recebeu muito bem, marcando<br />

um forte crescimento, <strong>de</strong> uma<br />

forma geral, em todo o Nor<strong>de</strong>ste.<br />

Acredito que isso se atrela aos<br />

voos mais longos, em que os passageiros<br />

dão mais importância ao<br />

mais conforto. A capital baiana<br />

também é a primeira cida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

do Brasil em que somos o número<br />

um em termos <strong>de</strong> assentos.<br />

Em 2016, vocês contrataram a Grey<br />

Brasil. Como foi isso?<br />

Na época, tínhamos a visão<br />

<strong>de</strong> que nós estávamos <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> ser uma empresa aérea pequena<br />

e se tornando uma empresa<br />

com presença importante<br />

no Brasil, além <strong>de</strong> ter os planos<br />

<strong>de</strong> voar internacionalmente. Por<br />

isso, precisávamos pensar nosso<br />

posicionamento, em particular o<br />

“temos um<br />

produto com<br />

preço justo<br />

para quem<br />

gosta <strong>de</strong><br />

viajar com<br />

mais espaço”<br />

26 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Divulgação<br />

institucional, o que nos levou à<br />

parceria com a Grey.<br />

A contratação <strong>de</strong> uma agência robusta<br />

como essa po<strong>de</strong> sugerir uma<br />

comunicação em massa. Foi isso que<br />

vocês procuraram?<br />

Nós fizemos um pouco disso,<br />

mas como um complemento do<br />

que já estávamos fazendo nos<br />

últimos dois anos. Nós fomos a<br />

empresa aérea que menos investiu<br />

em comunicação. E acabamos<br />

crescendo muito no boca a boca.<br />

Mas chega a um tamanho que<br />

precisa conversar com as pessoas<br />

e se posicionar como marca. Por<br />

um lado, quando você fala com<br />

o passageiro Avianca, eu tenho<br />

claro que a marca é top para ele.<br />

Todo ano, fazemos uma pesquisa<br />

com cerca <strong>de</strong> 2 mil passageiros,<br />

que respon<strong>de</strong>m a um questionário<br />

sem saber com quem eles<br />

estão falando. Entre os que já viajaram<br />

com a gente, somos os lí<strong>de</strong>res.<br />

Agora entre os que ainda não<br />

tiveram uma primeira experiência,<br />

a nossa marca ainda é pouco<br />

conhecida. Se por um lado precisamos<br />

estar focados em manter<br />

os nossos passageiros contentes<br />

e continuar a encantá-los no dia<br />

a dia, também temos <strong>de</strong> levar a<br />

marca Avianca para todos aqueles<br />

que ainda não a conhecem.<br />

Existe algum canal ou mídia que é<br />

mais importante?<br />

Eu acredito que, cada vez<br />

mais, exista uma convergência <strong>de</strong><br />

canais <strong>de</strong> comunicação, então eu<br />

acho que, como toda empresa no<br />

Brasil, temos aumentado nosso<br />

investimento em digital, mas é<br />

claro que não <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> lado o<br />

offline, que é muito importante.<br />

Como a Avianca se comporta nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais?<br />

Toda a nossa campanha do ano<br />

passado, Avianca Lovers, que nos<br />

divertimos muito fazendo, foi baseada<br />

nisso, no que era postado,<br />

no quanto gostavam e eram bem<br />

tratados ao voar pela Avianca.<br />

Então toda a campanha foi pensando<br />

nos passageiros e nesse<br />

retorno que recebemos dos consumidores<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais.<br />

Vocês têm algum projeto relacionado<br />

a cultura, a esporte etc.?<br />

Muitos. Nós estamos presentes<br />

há muitos anos na parte <strong>de</strong> apoio<br />

à cultura com a Avianca Cultural.<br />

Temos um foco gran<strong>de</strong> em musicais,<br />

e esse é o nosso carro-chefe.<br />

Acredito que somos a empresa<br />

aérea no Brasil que mais apoia<br />

o teatro. Estamos presentes em<br />

muitas peças, tanto no Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro quanto em São Paulo, sejam<br />

produções maiores ou menores,<br />

e gostamos <strong>de</strong> ser esse apoio.<br />

Também estamos na música com<br />

algumas ações. Na parte <strong>de</strong> esportes,<br />

temos alguns projetos<br />

gran<strong>de</strong>s, como o apoio total a um<br />

time <strong>de</strong> paratletas e, ao mesmo<br />

tempo, estamos com o NBB, que é<br />

a Liga Nacional <strong>de</strong> Basquete.<br />

Vocês investem muito em live marketing?<br />

Qual a importância disso?<br />

Eu acho que o mix dos canais<br />

<strong>de</strong> comunicação está mudando<br />

rapidamente e você não po<strong>de</strong> ficar<br />

<strong>de</strong> fora. Você tem <strong>de</strong> explorar formas<br />

novas, diferentes e eficientes<br />

<strong>de</strong> falar com o seu público-alvo. E<br />

ações como essa têm um retorno<br />

muito legal. Recentemente, fizemos<br />

um voo com a Banda Eva para<br />

Salvador, além <strong>de</strong> patrocinar um<br />

dos camarotes mais importantes<br />

da festa. Nós temos muito retorno<br />

com isso.<br />

Ter internet no voo faz diferença?<br />

Eu acho que cada vez mais faz<br />

diferença. É um movimento que<br />

não vai parar. Hoje a tecnologia e a<br />

internet a bordo têm limitações, e<br />

não é tão cedo que teremos a qualida<strong>de</strong><br />

a bordo que as pessoas têm<br />

em casa.<br />

Depois que entraram para a Star<br />

Alliance, o que mudou?<br />

Mudou muita coisa não só porque<br />

ela é a maior re<strong>de</strong>, mas do ponto<br />

<strong>de</strong> vista <strong>de</strong> marca é interessante<br />

para reforçar a Avianca como parte<br />

<strong>de</strong> uma aliança mundial. Agora<br />

estamos parceiros <strong>de</strong> companhias<br />

como Lutfhansa e United e é importante<br />

porque isso nos dá mais<br />

confiança com os passageiros que<br />

ainda não nos conhecem. Isso<br />

“temos<br />

aumentado o<br />

investimento<br />

em digital,<br />

mas não<br />

<strong>de</strong>ixamos o<br />

offline <strong>de</strong><br />

lado”<br />

também nos permite fazer acordos<br />

com parceiros e crescer.<br />

Qual o próximo <strong>de</strong>stino internacional<br />

da Avianca?<br />

Estamos estudando as Américas<br />

e a Europa. É apenas isso que<br />

posso dizer.<br />

Como está o mercado <strong>de</strong> aviação no<br />

Brasil?<br />

A gente vem <strong>de</strong> uma crise muito<br />

complicada e, no ano passado,<br />

teve sinais <strong>de</strong> recuperação. Agora,<br />

estamos muito cautelosos e,<br />

da mesma forma, a médio e longo<br />

prazo, temos potencial fantástico<br />

<strong>de</strong> crescimento porque não será<br />

um ano fácil, mas estamos torcendo<br />

para que 2019 já seja um<br />

ano <strong>de</strong> maior crescimento.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 27


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

exagerados<br />

A campanha da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy para Bonafont<br />

mostra <strong>de</strong> maneira bem divertida que<br />

nenhum exagero é bom. Faz um Detox satiriza<br />

o fato <strong>de</strong> que, às vezes, as toxinas estão<br />

em comportamentos adquiridos com a vida<br />

mo<strong>de</strong>rna. Trabalhar, fazer exercício ou tirar<br />

selfies acabam sendo ações que, se realizadas<br />

sem limites <strong>de</strong> tempo e lugar, po<strong>de</strong>m atrapalhar<br />

os relacionamentos.<br />

Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

danone<br />

Fotos: divulgação<br />

Título: Faz um Detox; produto: Bonafont; criação:<br />

Matheus Endo, Lucas Saicali e Ana Blanes; produtora<br />

<strong>de</strong> imagem: Landia; direção <strong>de</strong> cena: Kayhan<br />

Ozmen; aprovação do cliente: Rafael Ribeiro, Eduardo<br />

Lacerda e Gabriel Morais.<br />

imBatível<br />

Para divulgar no digital o Duplo Big Tasty<br />

do McDonald’s, a DM9DDB criou o herói Rick<br />

Von Strongensizer. Com tom <strong>de</strong> humor,<br />

a peça brinca com os clássicos <strong>de</strong> ação do<br />

cinema e apresenta o personagem como<br />

quase imbatível, já que a única coisa que<br />

ele não havia vencido, até então, era a fome.<br />

Até que ele encontra uma arma secreta.<br />

dM9ddB<br />

Mcdonald's<br />

Título: Rick Von Strongensizer; criação: Victor<br />

Toyofuku, Wolfgang F. Covi, Andrés Puig e Ignacio<br />

Carelli; produtora <strong>de</strong> imagem: Partizan; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Adriano Alarcon; produtora <strong>de</strong> som: Jamute;<br />

aprovação do cliente: Roberto Gnypek,<br />

João Branco, Gabriel Ferrari e Eloisa Zerneri.<br />

Brinca<strong>de</strong>ira<br />

Um momento feliz em família é o cenário<br />

da campanha institucional <strong>de</strong> Oreo. O filme<br />

reforça o conceito Recheado <strong>de</strong> Maravilhas<br />

e traz uma família reunida em volta <strong>de</strong> uma<br />

mesa para jogar um baralho bem diferente.<br />

As apostas são feitas com biscoitos Oreo no<br />

lugar <strong>de</strong> fichas e seu clássico acompanhante:<br />

um copo <strong>de</strong> leite.<br />

FCB<br />

Mon<strong>de</strong>lez<br />

Título: Cartas; produto: Oreo; criação: Juliana Utsch<br />

e Sofia Calvit; produtora <strong>de</strong> imagem: Landia;<br />

direção <strong>de</strong> cena: Martin Rietti/Clara Behrmann;<br />

produtora <strong>de</strong> som: Satelite Audio; aprovação do<br />

cliente: Maria Eugenia Krismancich, Karla Schlieper<br />

Fe<strong>de</strong>rico Andino, Jesica Taballa e Diego Fenerich.<br />

28 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Único<br />

O Boticário <strong>de</strong>staca a característica única<br />

do Floratta Amor <strong>de</strong> Lavanda na campanha,<br />

assinada pela AlmapBBDO. São dois<br />

filmes, anúncios <strong>de</strong> mídia impressa e peças<br />

para o digital. O anúncio tem ilustração <strong>de</strong><br />

Esra Røise, do estúdio norueguês byHands.<br />

No filme Spoiler, um narrador apresenta várias<br />

situações que são lugares-comuns em<br />

romances, mas quando os namorados vão<br />

checar percebem que não é nada daquilo.<br />

A peça termina com a locução do conceito<br />

do produto: “O amor não precisa ser clichê,<br />

nem a sua fragrância”.<br />

AlMApBBdo<br />

o Boticário<br />

Título: O amor não é clichê; produto: Floratta;<br />

criação: Ana Conrado, Fabio Cer<strong>de</strong>ira e Pedro Corbett;<br />

tipografia e ilustração: Esra Røise (by-<br />

Hands); produtora <strong>de</strong> filme: Stink Films; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Kid Burro; aprovação do cliente: André<br />

Farber, Alexandre Bouza e Cristiane Irigon Amaral.<br />

tempo<br />

Feridas complexas precisam <strong>de</strong> tratamento<br />

e não po<strong>de</strong>m ser negligenciadas. Para chamar<br />

a atenção <strong>de</strong> que, nestes casos, o tempo<br />

não é um bom remédio, a Acelity, em parceria<br />

com um grupo <strong>de</strong> associações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

está lançando a campanha #OTempoNaoCicatriza.<br />

A criação é da agência Little George<br />

e a produção do Estúdio Fliperama. Além da<br />

animação, a comunicação conta com o site<br />

www.otemponaocicatriza.com.br.<br />

little george<br />

acelity<br />

Título: O Tempo Não Cicatriza; produção: Estúdio<br />

Fliperama; criação: Daniel Kfouri, Tiago Meloni,<br />

An<strong>de</strong>rson Borges e Gabriel Araujo; direção <strong>de</strong> arte:<br />

Rodrigo Sotero.<br />

viagem<br />

A Pringles promove uma viagem<br />

pelo mundo dos sabores na campanha<br />

londrina, criada pela Digitas<br />

LBI, com produção da Dark<br />

Energy e animação do Cookie Studio.<br />

Ao experimentar o produto,<br />

os personagens são transportados<br />

para outra dimensão e, ao voltar à<br />

realida<strong>de</strong>, estão “pagando mico”.<br />

digitAs lBi<br />

Pringles<br />

Título: Discover a World of Flavour;<br />

produto: institucional; criação: Jonny<br />

Palmer e Rachael Kendrick; produção<br />

<strong>de</strong> filme: Dark Energy Films; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Chris Strong; animação:<br />

Cookie Studio.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 29


inspiração<br />

autobiografia, direto <strong>de</strong> Londres<br />

Relembrar sua trajetória profissional tendo como cenário<br />

a capital inglesa, ativou a memória <strong>de</strong> Washington Olivetto<br />

na produção da obra que chega às livrarias no início <strong>de</strong> abril<br />

Wash<br />

consu<br />

30 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


melis82/iStock<br />

ington Olivetto é<br />

ltor da McCann Londres<br />

Sebastião Salgado/Divulgação<br />

WASHINGTON OLIVETTO<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Em outubro <strong>de</strong> 2016, comecei a dividir meu tempo entre<br />

Londres, São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro. As noites e<br />

fins <strong>de</strong> semana que passei sozinho em Londres, no período<br />

em que minha família ainda estava no Brasil, me<br />

motivaram a começar a escrever a autobiografia que os<br />

meus amigos da editora Estação Brasil/Sextante, Marcos<br />

Pereira e Pascoal Soto, vinham me cobrando há algum<br />

tempo e <strong>de</strong>ve sair agora em abril.<br />

Depois daquele outubro recor<strong>de</strong>i coisas, fiz muitas<br />

anotações e escrevi páginas e mais páginas, mas só tive<br />

a certeza <strong>de</strong> que estava no caminho certo quase um ano<br />

<strong>de</strong>pois, no início <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2017.<br />

Foi quando fui ver a exposição Matisse in the Studio,<br />

no Museu da Royal Aca<strong>de</strong>my <strong>de</strong> Londres.<br />

Essa exposição, que não tinha nenhuma obra do Matisse,<br />

mas tinha os livros que ele lia, os discos que ele<br />

ouvia, os objetos que compunham o seu ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

e as obras <strong>de</strong> outros artistas que ele pendurava nas<br />

pare<strong>de</strong>s, me <strong>de</strong>u a certeza - obviamente sem nenhuma<br />

comparação, o que seria ridículo da minha parte - <strong>de</strong> que<br />

eu estava no caminho certo, contando a minha história<br />

a partir das coisas que me cercaram e me influenciaram<br />

nesses anos todos - a maioria <strong>de</strong>las ligada à vida no seu<br />

sentido pleno - e não apenas à publicida<strong>de</strong>.<br />

Matisse in the Studio, pra mim, foi inspiração e me <strong>de</strong>u<br />

segurança pra ir em frente com o livro Direto <strong>de</strong> Washington.<br />

W. Olivetto por ele mesmo.<br />

Lugares que me inspiram não faltam em Londres.<br />

Comprei pra mim e pro meu filho, Theo, todos os jogos<br />

do Tottenham, em Wembley, na temporada 2017/<strong>2018</strong>,<br />

incluindo partidas contra o Manchester United e o Chelsea,<br />

pela Premier League, e jogos contra o Real Madrid e<br />

a Juventus <strong>de</strong> Turim, pela UEFA Champions League.<br />

O material que recebo por email antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cada<br />

uma <strong>de</strong>ssas partidas, os impecáveis programas impressos<br />

<strong>de</strong> todos os jogos, os almoços e jantares acompanhados<br />

<strong>de</strong> um bom vinho no Wembley Club, a poucos<br />

metros dos nossos assentos, e as partidas intensamente<br />

disputadas até o último segundo, com lealda<strong>de</strong> e sem<br />

simulações <strong>de</strong> faltas, me inspiram a imaginar como po<strong>de</strong>ria<br />

ser o futebol brasileiro se, além do talento natural<br />

dos nossos jogadores, tivéssemos também uma estrutura<br />

verda<strong>de</strong>iramente profissional <strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong> campo.<br />

Outra inspiração que me faz pensar no Brasil ocorre<br />

quando vou à Tate Mo<strong>de</strong>rn ver uma retrospectiva do David<br />

Hockney, as esculturas do Giacometti, ou a coleção<br />

<strong>de</strong> fotos do Elton John, que, para quem não sabe, além<br />

<strong>de</strong> pop star, é um dos maiores colecionadores <strong>de</strong> fotografias<br />

do mundo.<br />

Quando vejo o espetacular prédio da Tate Mo<strong>de</strong>rn,<br />

boa parte pago pela Unilever, que percebeu que uma<br />

nova Tate po<strong>de</strong>ria revitalizar aquela área <strong>de</strong> Londres<br />

on<strong>de</strong> ficava a sua matriz, me inspiro em pensar nas muitas<br />

coisas que as mais bem-sucedidas empresas brasileiras<br />

po<strong>de</strong>riam fazer pelas artes no Brasil.<br />

Ou quando me surpreendo por não ter a mínima vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comprar um carro <strong>de</strong>vido à qualida<strong>de</strong> dos un<strong>de</strong>rgrounds,<br />

ônibus, barcos e bicicletas londrinos, interligados<br />

num só cartão Oyster, que me inspiram a imaginar<br />

como seria bom se cida<strong>de</strong>s como São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

tivessem transportes públicos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e interligados.<br />

A verda<strong>de</strong> é que Londres me inspira a pensar no que<br />

falta no Brasil, mas me inspira também a pensar no que<br />

sobra no Brasil, e eu não estou pensando nos políticos<br />

corruptos. Estou pensando no que sobra <strong>de</strong> talento.<br />

Quando vou ao Barbican Centre ver Gilberto Gil & Cortejo<br />

Afro, ou quando ouço as canções do Celso Fonseca,<br />

do Marcos Valle e da Bebel Gilberto tocando repetidas<br />

vezes no bar do Claridge Hotel, em Mayfair, ou no Estiatorio<br />

Milos, da Regent Street, me inspiro em pensar que<br />

o Brasil já fazia World Music muito antes da expressão<br />

World Music ser inventada. Assim como já fazia World<br />

Advertising escrita em português há muitos e muitos<br />

anos e precisa continuar fazendo.<br />

PhotoLondonUK/iStock<br />

Adam Petto/iStock<br />

william87/iStock<br />

Un<strong>de</strong>rgrounds<br />

Pegar metrô, ônibus ou táxi em Londres (foto à esquerda) é<br />

entrar na história da cida<strong>de</strong>. Esses meios levam seus habitantes<br />

para os monumentos locais, como o reformado estádio <strong>de</strong><br />

Wembley para assistir uma partida do Spurs (fotos acima).<br />

Foi com as paisagens da capital inglesa que Washington<br />

Olivetto se inspirou para <strong>de</strong>talhar suas reminiscências.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 31


mARketing & negócios<br />

Uliana/iStock<br />

Anunciantes e<br />

agências precisam<br />

fazer uma séria DR<br />

Há muita miopia na crença <strong>de</strong> que a saída<br />

está em novos processos e tecnologias<br />

Rafael Sampaio<br />

Já faz algum tempo, aqui e em todo o<br />

mundo, que a discussão da relação entre<br />

anunciantes e agências tem sido feita <strong>de</strong><br />

forma torta, como uma competição <strong>de</strong> monólogos<br />

que não logra atingir seu objetivo<br />

<strong>de</strong> melhorar as relações entre as partes e<br />

fazê-las mais produtivas.<br />

Agências reclamam, sem muito alar<strong>de</strong> e<br />

mais para si mesmas, sobre a falta <strong>de</strong> informações<br />

essenciais por parte dos clientes,<br />

que eles escon<strong>de</strong>m os dados sobre verbas<br />

para tentar economizar recursos, que as ca<strong>de</strong>ias<br />

<strong>de</strong> aprovação são falhas e os processos<br />

<strong>de</strong> refação são inúmeros, em boa parte<br />

<strong>de</strong>vido às <strong>de</strong>ficiências dos anunciantes que<br />

aten<strong>de</strong>m.<br />

Anunciantes trombeteiam, estes em alto<br />

e bom som, principalmente na mídia<br />

especializada e nos eventos do setor, sobre<br />

a longa lista <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos das agências,<br />

incluindo apego a fórmulas e processos<br />

ultrapassados, baixo comprometimento<br />

com suas marcas e negócios, falta <strong>de</strong> transparência<br />

e maior foco nos objetivos <strong>de</strong>las e<br />

não <strong>de</strong> seus clientes.<br />

Cada lado age como se não estivesse<br />

vendo (ou não quisesse ver) os próprios<br />

pecados e sonhasse que a outra parte apareça<br />

com uma solução milagrosa capaz <strong>de</strong><br />

melhorar as coisas sem que o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> casa<br />

mútuo seja feito. Isso acaba introduzindo<br />

um excessivo grau <strong>de</strong> fantasia na relação,<br />

com pouca ou nenhuma conexão com a dura<br />

realida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser enfrentada.<br />

Ambos os lados se queixam do excesso<br />

<strong>de</strong> reuniões, presenciais e digitais, e da perda<br />

<strong>de</strong> tempo e foco pelo acúmulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpas<br />

para os erros comuns – não raro absolutamente<br />

primários. Mas provavelmente as<br />

maiores responsáveis pelo problema sejam<br />

as falhas na <strong>de</strong>finição do escopo do trabalho<br />

contratado e a falta <strong>de</strong> alinhamento das<br />

expectativas mútuas, dois pontos essenciais<br />

para se saber o que um lado po<strong>de</strong> esperar<br />

do outro e o que é possível e se <strong>de</strong>ve<br />

entregar e cobrar.<br />

A realida<strong>de</strong> prática é que existe muito<br />

blá-blá-blá, mas não se conversa o<br />

suficiente, muitos atalhos equivocados<br />

são trilhados, tem gente incompetente<br />

e inexperiente dos dois lados, que geralmente<br />

acredita que já tem uma nova solução<br />

mágica na manga e tenta impor essa<br />

visão para a outra parte. Há muita miopia<br />

na crença <strong>de</strong> que a saída está em novos<br />

processos e novas tecnologias, esquecendo-se<br />

que estes são instrumentos auxiliares,<br />

mas que raramente substituem a contento<br />

a conversa franca, a neutralida<strong>de</strong> da<br />

análise critica e a boa-fé do entendimento<br />

humano.<br />

A gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> é que as duas partes<br />

precisam sentar e conversar – muito –, pois<br />

a lista <strong>de</strong> queixas <strong>de</strong> ambos os lados é bem<br />

extensa e uma parcela significativa <strong>de</strong>las<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um alinhamento <strong>de</strong> expectativas<br />

e acerto <strong>de</strong> uma posição comum<br />

do que <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s alterações na relação<br />

cliente-agência, cuja prática positiva já ultrapassa<br />

um século.<br />

Há mudanças importantes a serem<br />

feitas, evi<strong>de</strong>ntemente, em função das<br />

transformações nos mercados, nos consumidores,<br />

na tecnologia e nos recursos<br />

disponíveis. Mas é essencial que exista<br />

um alinhamento sobre o que é mais relevante<br />

e prioritário mudar antes <strong>de</strong> se iniciar<br />

um processo <strong>de</strong> alteração sem objetivos<br />

e sem estratégia <strong>de</strong> percurso comum.<br />

É igualmente importante lembrar que<br />

na fase <strong>de</strong> planejamento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias os custos práticos são<br />

pequenos e toda a proposição po<strong>de</strong> dar<br />

marcha à ré com poucos traumas. Além<br />

disso, os problemas costumam nascer<br />

pequenos e ganhar corpo no <strong>de</strong>correr do<br />

tempo.<br />

Ao começar um processo <strong>de</strong> DR, além <strong>de</strong><br />

espíritos <strong>de</strong>sarmados e uma alta dose <strong>de</strong><br />

boa-fé, os dois lados precisam ter em mente<br />

a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que trocas <strong>de</strong> agências<br />

costumam ser bastante ruins para os dois<br />

lados e a solução mais produtiva ten<strong>de</strong> a ser<br />

a recomposição da relação e sua elevação<br />

para um patamar mais produtivo.<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

32 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


eyond the line<br />

Jabá explícito.<br />

Só que não<br />

Neste mundo repleto <strong>de</strong> fake news, uma<br />

fonte fi<strong>de</strong>digna, crível, tem gran<strong>de</strong> valor<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Não é a primeira vez que trago esse assunto<br />

à reflexão nesta mo<strong>de</strong>sta coluna.<br />

Sob título Conteúdo e propaganda, já escrevi<br />

um artigo com questionamentos sobre a<br />

linha – nem sempre tênue – que separa conteúdo<br />

da propaganda.<br />

Com a chegada dos ad-blockers e da proliferação<br />

<strong>de</strong> conteúdos e entretenimento<br />

mediante assinatura, cresce a preocupação<br />

por um tipo <strong>de</strong> comunicação capaz <strong>de</strong> driblar<br />

esses instrumentos e impactar o público-alvo<br />

com eficiência.<br />

Assim, nasceram as formas alternativas<br />

<strong>de</strong> “empacotar” a propaganda, dando a ela<br />

uma vestimenta diferente. São os publieditoriais,<br />

productplacement (conhecido<br />

como merchandising), advertainment e<br />

outros neologismos criados para nominar<br />

essa técnica que, em síntese, trata <strong>de</strong> uma<br />

propaganda sem cara <strong>de</strong> propaganda.<br />

O tema me impactou novamente quando<br />

li uma matéria sobre a iniciativa <strong>de</strong> uma<br />

agência brasileira em levar cases <strong>de</strong> empresas<br />

inovadoras para o SXSW. Até aí achei<br />

bem bacana. Mas, poucas linhas <strong>de</strong>pois,<br />

<strong>de</strong>scobri que a inserção <strong>de</strong> tal “conteúdo”<br />

no evento na verda<strong>de</strong> é pago.<br />

Os organizadores cobram a inserção<br />

<strong>de</strong> palestras <strong>de</strong> interesse das empresas. É<br />

claro que há uma ressalva <strong>de</strong> que todos os<br />

conteúdos são submetidos a uma curadoria<br />

que, após análise <strong>de</strong> pertinência, os libera<br />

para o comercial.<br />

Não me julguem um ingênuo, que não<br />

sabe que isso ocorre e sempre ocorreu.<br />

Mas eu só acho que esse tipo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>ve<br />

ser pelo menos mais transparente. Muitos<br />

organizadores atrelam a venda <strong>de</strong> patrocínio<br />

ao direito <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> conteúdo no<br />

evento. E tudo bem. Sem essa prática, muitos<br />

eventos não se viabilizariam. O que eu<br />

questiono é a falta <strong>de</strong> transparência. Basta<br />

apresentar aquele conteúdo como “patrocinado”.<br />

Aí ninguém estará enganando<br />

ninguém, certo?<br />

Estamos vivendo agora uma polêmica<br />

<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> “merchandising”<br />

em uma novela. Na trama, uma advogada,<br />

que se diz especialista também em<br />

coaching, aplica uma técnica <strong>de</strong> hipnose<br />

para resgatar memórias <strong>de</strong> uma cliente,<br />

servindo <strong>de</strong> prova para a con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />

uma pessoa por abuso <strong>de</strong> menores.<br />

A ação na novela foi paga por um instituto<br />

<strong>de</strong> coaching e gerou uma gran<strong>de</strong> gritaria<br />

<strong>de</strong> especialistas nessa técnica e <strong>de</strong> psicoterapeutas,<br />

julgando leviano atrelar a hipnose<br />

à prática <strong>de</strong> coaching.<br />

A emissora fez sua parte, explicitando a<br />

ação <strong>de</strong> merchandising nos créditos finais<br />

da novela, como <strong>de</strong>ve ser. Mas e a tal curadoria,<br />

que <strong>de</strong>veria se aprofundar e verificar<br />

se tal conjunto <strong>de</strong> técnicas era factível?<br />

Sou do time <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensores <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />

total <strong>de</strong> expressão. Também sou totalmente<br />

a favor da autorregulamentação. Recentemente,<br />

a Alerj se mobilizou para julgar<br />

peças publicitárias com suposto conteúdo<br />

sexista ou preconceituoso.<br />

Como se o Rio não tivesse muitos outros<br />

assuntos <strong>de</strong> extrema importância para resolver...<br />

Ser julgado por um bando <strong>de</strong> <strong>de</strong>putados<br />

cariocas, a quem caberia a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

vetar <strong>de</strong>terminada peça publicitária, é o ó<br />

do borogodó, né não? Não precisamos <strong>de</strong>sse<br />

tipo <strong>de</strong> “controle”.<br />

Dou esse exemplo para enfatizar que não<br />

prego qualquer tipo <strong>de</strong> controle. Muito ao<br />

contrário, consi<strong>de</strong>ro o julgamento do público<br />

o mais po<strong>de</strong>roso.<br />

Só acho que essa “propaganda” com cara<br />

<strong>de</strong> conteúdo, se não for feita com o <strong>de</strong>vido<br />

cuidado, po<strong>de</strong> ser um tiro no pé. Se não<br />

houver transparência, o soberano público<br />

acaba percebendo, execrando a “manobra”.<br />

Dois pontos críticos da boa comunicação<br />

<strong>de</strong> hoje são a autenticida<strong>de</strong> e a transparência.<br />

No caso dos veículos <strong>de</strong> comunicação,<br />

principalmente os impressos, seu maior<br />

asset são a imparcialida<strong>de</strong> e o compromisso<br />

com a verda<strong>de</strong>. Neste mundo repleto <strong>de</strong><br />

fake news, uma fonte fi<strong>de</strong>digna, crível, tem<br />

gran<strong>de</strong> valor.<br />

Se esses veículos caírem na tentação<br />

<strong>de</strong> falsear a inserção publicitária, travestindo-a<br />

<strong>de</strong> conteúdo, sem a <strong>de</strong>vida i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> que se trata <strong>de</strong> algo pago, estarão<br />

abreviando seu fim.<br />

Kedsanee/iStock<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

34 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


mercadO<br />

Filme premiado no Oscar lembra<br />

da força do outdoor como mídia<br />

Três anúncios para um crime mostra o po<strong>de</strong>r da comunicação em três<br />

cartazes esquecidos à beira <strong>de</strong> uma estrada, mas bastante provocativos<br />

Claudia PenTeado<br />

Quem po<strong>de</strong>ria imaginar que<br />

três outdoors no meio do<br />

nada po<strong>de</strong>riam abalar uma cida<strong>de</strong><br />

inteira - e essa singela<br />

i<strong>de</strong>ia serviria <strong>de</strong> base para um<br />

roteiro cinematográfico que<br />

acabou se transformando em<br />

um dos melhores filmes da safra<br />

mais recente que concorreu<br />

ao último Oscar?<br />

Três anúncios e um crime - no<br />

original Three billboards outsi<strong>de</strong><br />

Ebbing, Missouri - não levou<br />

o prêmio <strong>de</strong> melhor filme, mas<br />

ren<strong>de</strong>u a Frances McDormand e<br />

a Sam Rockwell os prêmios <strong>de</strong><br />

melhor atriz e melhor ator coadjuvante,<br />

respectivamente.<br />

Sua trajetória nas premiações<br />

tem sido impressionante:<br />

no Globo <strong>de</strong> Ouro, levou os<br />

prêmios <strong>de</strong> melhor filme dramático;<br />

melhor roteiro; melhor<br />

ator coadjuvante, para Sam<br />

Rockwell; e melhor atriz, para<br />

Frances McDormand; que também<br />

foram vencedores no Prêmio<br />

do Sindicato dos Atores e<br />

no Critic’s Choice Awards.<br />

O roteiro ainda levou diversos<br />

outros prêmios, inclusive<br />

no Festival <strong>de</strong> Veneza do ano<br />

passado, e assim nasceu mais<br />

um clássico do cinema com<br />

uma história emocionante, porém<br />

simples, protagonizada por<br />

uma mulher simples, amargurada,<br />

ven<strong>de</strong>dora <strong>de</strong> uma loja <strong>de</strong><br />

souvenirs numa cida<strong>de</strong>zinha<br />

on<strong>de</strong> vivem, em sua maioria,<br />

pessoas tacanhas e preconceituosas.<br />

Sua tristeza vem da<br />

morte violenta <strong>de</strong> sua filha, um<br />

crime que se manteve nos arquivos<br />

sem qualquer resolução<br />

por parte <strong>de</strong> um incompetente<br />

time <strong>de</strong> policiais.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> veicular em três<br />

outdoors esquecidos à beira <strong>de</strong><br />

uma estrada <strong>de</strong> pouca serventia<br />

na cida<strong>de</strong> uma mensagem<br />

provocativa, dirigida ao chefe<br />

da Polícia local, se mostra eficaz<br />

e reacen<strong>de</strong> as buscas pelo<br />

assassino <strong>de</strong> sua filha. E, assim,<br />

transcorre o filme, a partir da<br />

Fotos: Divulgação<br />

Cenas <strong>de</strong> Três anúncios para um crime, um dos melhores filmes <strong>de</strong>sta safra; Frances McDormand ganhou o prêmio <strong>de</strong> melhor atriz<br />

colagem manual <strong>de</strong> uma mensagem<br />

provocativa, em papel<br />

vermelho, nas velhas placas <strong>de</strong><br />

outdoor, dando a eles uma inesperada<br />

sobrevida, e revelando<br />

toda a sua potência. O back to<br />

basics da mídia, e do conceito<br />

da “big i<strong>de</strong>a”.<br />

“Para mim o mais interessante<br />

foi lembrar o mercado<br />

publicitário <strong>de</strong> duas coisas: a<br />

assertivida<strong>de</strong> que o contexto<br />

po<strong>de</strong> dar para uma mensagem,<br />

e o fato <strong>de</strong> que a efetivida<strong>de</strong><br />

está na mensagem, sempre.<br />

Não importa a mídia que se usa.<br />

Em tempos <strong>de</strong> traquitanas tecnológicas,<br />

a gente vê muita dispersão<br />

em i<strong>de</strong>ias que não fazem<br />

do uso <strong>de</strong> algumas boas linhas<br />

<strong>de</strong> copy”, opina Fabiano Coura,<br />

presi<strong>de</strong>nte da R/GA Brasil.<br />

Gui Jahara, CCO da F.biz,<br />

concorda com ele sobre o po<strong>de</strong>r<br />

da boa mensagem. “O filme<br />

mostra exatamente o estado<br />

das mídias tradicionais:<br />

“É uma mídia<br />

que casa<br />

perfeitamente<br />

com os objetivos<br />

da personagem<br />

do filme”<br />

largadas, todos achando que<br />

não têm mais uso. Eram bilboards<br />

largados, esquecidos...<br />

Mas mensagens impactantes<br />

funcionam on<strong>de</strong> for”, diz.<br />

O escritor, roteirista e produtor<br />

da Zola, Adilson Xavier,<br />

não ficou fã do roteiro do filme,<br />

que teve algumas falhas, em<br />

sua opinião, mas achou interessante<br />

a i<strong>de</strong>ia dos outdoors<br />

como elementos propulsores<br />

da história. “Mostra o po<strong>de</strong>r da<br />

comunicação para mobilizar<br />

consciências e provocar avanços<br />

em todas as áreas”.<br />

Fã do outdoor como meio,<br />

a publicitária Gal Barradas<br />

<strong>de</strong>staca que esta sempre será<br />

uma mídia efetiva, um meio<br />

<strong>de</strong> massa, pois fala com todo<br />

mundo, para as pessoas que<br />

são móveis, estão sempre circulando.<br />

“É uma mídia que<br />

casa perfeitamente com os<br />

objetivos da personagem do<br />

filme”, conclui.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 35


MErcAdo<br />

Grupo <strong>de</strong> Atendimento renova<br />

parcerias com ESPM e Young Lions<br />

Entida<strong>de</strong> chega aos cinco anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, terá cursos da Berlin<br />

School of Creative Lea<strong>de</strong>rship e levará um jovem da área para Cannes<br />

Estabelecido em 2013 por alguns<br />

dos principais lí<strong>de</strong>res<br />

do mercado publicitário, o Grupo<br />

<strong>de</strong> Atendimento completa<br />

cinco anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> neste<br />

mês e apresenta novida<strong>de</strong>s.<br />

A partir <strong>de</strong>ste ano, o GA passa<br />

a oferecer um cronograma <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s para os atuantes na<br />

área – com benefícios para os<br />

seus associados.<br />

Entre os <strong>de</strong>staques, está uma<br />

parceria inédita com a Berlin<br />

School of Creative Lea<strong>de</strong>rship,<br />

que terá um curso modular <strong>de</strong>dicado<br />

ao grupo, no fim do mês<br />

<strong>de</strong> junho.<br />

Além disso, a entida<strong>de</strong> renovou<br />

parceria com a ESPM,<br />

focada em cursos, workshops<br />

e outras ativida<strong>de</strong>s educativas,<br />

e o patrocínio ao Young Lions<br />

Brazil, garantindo a ida, novamente,<br />

<strong>de</strong> um jovem da área ao<br />

Cannes Lions <strong>2018</strong>.<br />

Haverá ainda uma gra<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

encontros dos associados com<br />

alguns dos maiores lí<strong>de</strong>res da<br />

indústria.<br />

Nizan Guanaes (Grupo ABC),<br />

Luiz Lara (Lew’Lara/TBWA),<br />

Vini Reis (CP+B), Pedro Cruz<br />

(FCB Brasil), Ricardo Cavalini<br />

(Makers) e Maurício Magalhães<br />

(Tudo) são nomes já confirmados.<br />

Além disso, o evento GA<br />

Summit está confirmado para o<br />

segundo semestre.<br />

“Temos um foco gran<strong>de</strong> no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos profissionais<br />

do setor que, antes, não<br />

tinham tanto apoio quanto outros<br />

<strong>de</strong>partamentos. Queremos<br />

não apenas reunir, mas formar<br />

gran<strong>de</strong>s profissionais e futuros<br />

lí<strong>de</strong>res da publicida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>staca<br />

Robert Filshill, diretor-geral<br />

<strong>de</strong> atendimento da MullenLowe<br />

Brasil e presi<strong>de</strong>nte do GA.<br />

“A educação e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do atendimento são<br />

nossos esforços prioritários.<br />

Queremos facilitar a participação<br />

<strong>de</strong>sse profissional em ativida<strong>de</strong>s<br />

que até então estavam<br />

muito longe do acesso <strong>de</strong>les,<br />

seja pelos valores ou por sequer<br />

existir essa oferta voltada à<br />

36 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark<br />

Claudio Kalim, Cris Pereira Heal e Robert Filshill: “A educação e o <strong>de</strong>senvolvimento do atendimento são nossos esforços prioritários”<br />

“Temos um foco<br />

gran<strong>de</strong> no<br />

<strong>de</strong>senvolvimenTo<br />

dos profissionais<br />

do seTor que,<br />

anTes, não Tinham<br />

TanTo apoio<br />

quanTo ouTros<br />

<strong>de</strong>parTamenTos”<br />

Divulgação<br />

área”, reforça Cris Pereira Heal,<br />

diretora-executiva <strong>de</strong> atendimento<br />

da FCB Brasil e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

do grupo.<br />

O GA prepara, ainda para<br />

o primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />

uma ampla pesquisa com foco<br />

no perfil e nas necessida<strong>de</strong>s do<br />

novo profissional <strong>de</strong> atendimento<br />

do mercado brasileiro.<br />

A intenção é que o levantamento<br />

ofereça indicativos concretos<br />

sobre os temas e especializações<br />

<strong>de</strong> maior interesse dos<br />

especialistas da área, servindo<br />

como diretriz para as futuras<br />

ativida<strong>de</strong>s educacionais.<br />

A entida<strong>de</strong> afirma que, em<br />

seus cinco anos <strong>de</strong> mercado, engajou<br />

mais <strong>de</strong> 10 mil profissionais<br />

em cursos, palestras e outras<br />

ativida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> investir<br />

cerca <strong>de</strong> R$ 400 mil em ativida<strong>de</strong>s<br />

educacionais e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos atendimentos.<br />

“Conseguimos construir uma<br />

entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicada ao profissional<br />

<strong>de</strong> atendimento com relevância,<br />

serieda<strong>de</strong> e propósito.<br />

Agora, chegou o momento <strong>de</strong><br />

consolidar e perpetuar essa iniciativa,<br />

possibilitando que novos<br />

profissionais se interessem,<br />

se capacitem e se <strong>de</strong>senvolvam<br />

<strong>de</strong>ntro da disciplina. Assim,<br />

vamos garantir não só um <strong>de</strong>partamento<br />

mais forte <strong>de</strong>ntro<br />

das agências, mas um mercado<br />

mais forte”, enfatiza Claudio<br />

Kalim, sócio e CEO da Tech &<br />

Soul, um dos fundadores e ex-<br />

-presi<strong>de</strong>ntes do GA.


mercado<br />

Universal reúne publicitários no<br />

game online Os Protagonistas<br />

Criada pela Tudo, iniciativa <strong>de</strong> relacionamento com o mercado<br />

explica <strong>de</strong> forma divertida as oportunida<strong>de</strong>s comerciais do canal<br />

Felipe Turlão<br />

especial para o propMArK<br />

Profissionais <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> todo o país<br />

po<strong>de</strong>rão participar da ação Os Protagonistas,<br />

promovida pelo Canal Universal,<br />

com criação da Agência Tudo. A iniciativa<br />

chega à sua quarta edição e contou com<br />

apoio <strong>de</strong> nomes que são referência no mercado.<br />

Violeta Noya, diretora-geral <strong>de</strong> mídia<br />

da Talent Marcel; Debora Nitta, VP <strong>de</strong> planejamento<br />

da WMcCann; Rodolfo Sampaio,<br />

sócio e diretor criativo da Moma Propaganda;<br />

Renata Serafim, chief strategy officer<br />

da Lew’Lara|TBWA; e Alexandre Ugadin,<br />

diretor-geral <strong>de</strong> mídia da W+K, entre outros,<br />

foram fotografados como integrantes<br />

do elenco da franquia Chicago.<br />

O anúncio promove o jogo em formato <strong>de</strong><br />

tabuleiro, aberto aos profissionais <strong>de</strong> todas as<br />

áreas das agências vinculadas ao Cenp. Basta<br />

se cadastrar na plataforma e os participantes<br />

po<strong>de</strong>rão jogar todos os dias para melhorar<br />

seu <strong>de</strong>sempenho. “O game oferece <strong>de</strong> forma<br />

divertida informações relevantes sobre o<br />

conteúdo do Canal Universal e as oportunida<strong>de</strong>s<br />

comerciais numa imersão no universo<br />

<strong>de</strong> suas séries”, diz Fred Müller, diretor-<br />

-executivo comercial da Globosat. No Brasil,<br />

o Canal Universal faz parte do portfólio da<br />

NBCUniversal Networks International, joint-<br />

-venture entre a Globosat e NBCUniversal.<br />

“Buscamos aproximar a marca do canal dos<br />

lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s agências <strong>de</strong> forma leve e<br />

divertida, para que o público-alvo crie i<strong>de</strong>ntificação<br />

com conteúdo <strong>de</strong> entretenimento que<br />

o canal oferece e o jogo. A i<strong>de</strong>ia é conseguir<br />

engajamento no jogo, numa gran<strong>de</strong> ação <strong>de</strong><br />

relacionamento com as agências e profissionais”,<br />

avalia Felipe Matos, planejamento da<br />

Agência Tudo. O game online premiará dois<br />

vencedores, os que respon<strong>de</strong>rem o maior número<br />

<strong>de</strong> perguntas corretamente em menos<br />

tempo, com uma viagem a Chicago, cida<strong>de</strong><br />

que é cenário das séries Chicago Fire, Chicago<br />

P.D. e Chicago Med, exibidas pelo canal.<br />

A franquia Chicago foi criada pelo renomado<br />

Dick Wolf, também responsável por<br />

Law & Or<strong>de</strong>r. Chicago Fire foi a primeira série<br />

e traz os <strong>de</strong>safios da equipe <strong>de</strong> bombeiros e<br />

paramédicos da Brigada 51 do Departamento<br />

<strong>de</strong> Chicago, que colocam a própria vida em<br />

perigo para salvar outras. A segunda série a<br />

ser lançada foi Chicago P.D. Já Chicago Med,<br />

terceiro spin-off da franquia, mostra um corajoso<br />

grupo <strong>de</strong> médicos e enfermeiros <strong>de</strong><br />

um hospital que se <strong>de</strong>param com os casos<br />

médicos mais críticos e surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />

Iniciativa chega à sua quarta edição e contou com apoio <strong>de</strong> nomes que são referência na publicida<strong>de</strong><br />

Divulgação<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 37


merCado<br />

Fórum Claudia #EuTenhoDireito<br />

<strong>de</strong>bate conquistas femininas<br />

Executivas se reuniram para discutir iniciativas para avançar na igualda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gêneros, como a criação do Canal da Mulher, do Magazine Luiza<br />

Cristiane Marsola<br />

Com uma postura bastante<br />

firme, Luiza Helena Trajano,<br />

presi<strong>de</strong>nte do conselho do<br />

Magazine Luiza, mostrou como<br />

preten<strong>de</strong> reduzir o assédio no<br />

ambiente corporativo. “Vamos<br />

fazer um combinado? Não vamos<br />

aceitar mais (a justificativa<br />

<strong>de</strong>) ‘é só brinca<strong>de</strong>ira’. Essas<br />

brinca<strong>de</strong>iras estão proibidas lá<br />

na empresa”, afirmou sobre a<br />

maneira como costuma ser justificado<br />

o assédio sexual <strong>de</strong>ntro<br />

das empresas. Luiza participou<br />

do Fórum Claudia #EuTenhoDireito,<br />

realizado no último<br />

dia 6, em São Paulo. O evento<br />

reuniu executivas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

empresas para discutir as conquistas<br />

e os passos que ainda<br />

faltam ser dados para alcançar<br />

a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direitos entre os<br />

gêneros.<br />

Além do assédio, entre os<br />

temas discutidos nos painéis<br />

estavam, por exemplo, maternida<strong>de</strong>,<br />

finanças e sororida<strong>de</strong>.<br />

“Ao participar <strong>de</strong>ste evento,<br />

percebi que as dificulda<strong>de</strong>s e as<br />

vantagens <strong>de</strong> todas as mulheres<br />

são as mesmas”, contou Luiza.<br />

“Eventos como esse são muito<br />

necessários porque nunca<br />

saímos igual <strong>de</strong>les. Mas é importante<br />

sair daqui e disseminar<br />

essas i<strong>de</strong>ias. Não adianta<br />

levá-las adiante”, opinou a publicitária<br />

Gal Barradas, que participou<br />

do fórum como uma das<br />

mediadoras.<br />

Luiza Helena apresentou a<br />

palestra Assédio nas empresas:<br />

o que a maior pesquisa já feita<br />

no Brasil revela, com uma prévia<br />

do estudo realizado <strong>de</strong>ntro<br />

do Magazine Luiza para enten<strong>de</strong>r<br />

mais sobre o assédio. “Ficou<br />

claro que assédio moral e<br />

sexual não são compreendidos<br />

da mesma forma. Assédio sexual<br />

ainda é pouco falado nas<br />

empresas”, explica. Segundo<br />

a executiva, a mulher ainda é<br />

muito responsabilizada pelo<br />

assédio e o entendimento sobre<br />

o limite aceitável ainda é vago<br />

Lucy Ono<strong>de</strong>ra, da Ono<strong>de</strong>ra; Alessandra Restaino, da Le Postiche; Luiza Helena, do Magazine Luiza; e Manuella Curti, do Grupo Europa<br />

“Eu nunca tivE<br />

dúvida dE quE<br />

tinha dE sEr Eu.<br />

isso mE salvou.<br />

nunca tivE<br />

vErgonha<br />

dE rEsgatar<br />

minhas origEns”<br />

Marçal Neto/Divulgação<br />

para muitas pessoas.<br />

O Magazine Luiza criou o Canal<br />

da Mulher, em junho do ano<br />

passado, <strong>de</strong>pois que uma <strong>de</strong><br />

suas colaboradoras foi encontrada<br />

morta em casa, vítima <strong>de</strong><br />

feminicídio. O marido está sendo<br />

acusado pelo crime. Com a<br />

implementação do canal, até o<br />

momento, <strong>de</strong> acordo com a executiva,<br />

já foram recebidas <strong>de</strong>núncias<br />

<strong>de</strong> 79 casos. A empresa<br />

também criou o comitê <strong>de</strong><br />

mulheres, com especialistas no<br />

assunto, para que todos apren<strong>de</strong>ssem<br />

mais sobre o tema.<br />

A executiva do Magazine<br />

Luiza também mediou o painel<br />

Mentoria e sororida<strong>de</strong>: os conceitos<br />

que estão transformando<br />

a história das her<strong>de</strong>iras, com<br />

participação <strong>de</strong> Alessandra<br />

Restaino, da Le Postiche; Lucy<br />

Ono<strong>de</strong>ra, da Ono<strong>de</strong>ra; e Manuella<br />

Curti, do Grupo Europa.<br />

As histórias <strong>de</strong>ssas mulheres<br />

têm em comum o fato <strong>de</strong><br />

elas terem assumido as empresas<br />

das famílias. “A gente tem<br />

o peso do legado, mas tem <strong>de</strong><br />

achar seu jeito <strong>de</strong> fazer dar certo.<br />

No começo, eu copiava meu<br />

pai, mas, com o tempo, vi que<br />

tinha <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o meu jeito<br />

<strong>de</strong> fazer”, explicou Alessandra.<br />

A her<strong>de</strong>ira do Grupo Europa<br />

concordou que é importante<br />

ser autêntica para fazer um<br />

bom trabalho. “Eu sempre me<br />

pergunto: como posso estar em<br />

um lugar e <strong>de</strong>ixar a alma falar?<br />

Como isso cabe em uma organização<br />

sem parecer ridículo?<br />

Tenho certeza <strong>de</strong> que há muitos<br />

homens que também gostariam<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a alma e o coração falarem”,<br />

disse Manuella, que assumiu<br />

a empresa <strong>de</strong>pois que o<br />

irmão e o pai morreram.<br />

Luiza também reforçou essa<br />

afirmação. “Eu nunca tive dúvida<br />

<strong>de</strong> que tinha <strong>de</strong> ser eu. Isso<br />

me salvou. Nunca tive vergonha<br />

<strong>de</strong> resgatar minhas origens,<br />

<strong>de</strong> falar porta”, contou, puxando<br />

a letra erre.<br />

42 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


MErcado<br />

7º Encontro <strong>de</strong> Mídias vai premiar<br />

profissionais pela primeira vez<br />

Troféu será entregue ao final do evento, que é organizado pelo publicitário<br />

Claudio Venâncio e será realizado no dia 16 <strong>de</strong> abril, em São Paulo<br />

Cristiane Marsola<br />

Em sua sétima edição, o Encontro<br />

<strong>de</strong> Mídias traz uma<br />

novida<strong>de</strong> para reconhecer os melhores<br />

profissionais da área. “Serão<br />

premiados dois veículos, dois<br />

mídias e um anunciante. Neste<br />

ano, os anunciantes ainda não<br />

votaram, mas <strong>de</strong>vemos incluí-<br />

-los no próximo ano”, explica o<br />

publicitário Claudio Venâncio,<br />

organizador do evento.<br />

Estão na disputa <strong>de</strong>z profissionais<br />

<strong>de</strong> cada categoria: VP/diretor-<br />

-geral <strong>de</strong> mídia, VP/diretor-geral<br />

<strong>de</strong> veículos, diretores/groupers<br />

gerentes <strong>de</strong> mídia, diretores/executivos<br />

<strong>de</strong> veículos e anunciantes.<br />

Os vencedores, votados pelos<br />

profissionais do mercado, serão<br />

conhecidos no final do evento.<br />

O 7º Encontro <strong>de</strong> mídias será<br />

realizado em 16 <strong>de</strong> abril, no Pullman<br />

Caesar Business, em São<br />

Paulo, e são esperados cerca <strong>de</strong><br />

300 participantes, entre profissionais<br />

<strong>de</strong> mídia, anunciantes<br />

e veículos. “O encontro sempre<br />

IndIcados<br />

VP/dIrEtor-gEral<br />

dE MídIa<br />

Alexandre Ugadin,<br />

da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

Andrea Hirata,<br />

da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong><br />

Fábio Freitas,<br />

da FCB Brasil<br />

Francisco Rosa,<br />

da Artplan<br />

Maurício Almeida,<br />

da F/Nazca<br />

Miriam Shirley,<br />

da Publicis<br />

Paulo Gregoraci,<br />

da WMcCann<br />

Paulo Ilha,<br />

da DPZ&T<br />

Paulo Sant’Anna,<br />

da Mcgarrybowen<br />

Renata Valio,<br />

da Ogilvy<br />

ocorre na segunda-feira, para<br />

que profissionais <strong>de</strong> outros estados<br />

possam aproveitar o fim <strong>de</strong><br />

semana na cida<strong>de</strong> e, <strong>de</strong>pois, assistir<br />

ao evento”, diz Venâncio.<br />

Entre os palestrantes <strong>de</strong>ste<br />

ano estão Yara Apparicio, ex-VP<br />

<strong>de</strong> mídia da WMcCann; Luiz Lara,<br />

sócio e chairman da Lew’Lara\<br />

TBWA; Hugo Rodrigues, chairman<br />

e CEO da WMcCann; e Renata<br />

Policicio, VP <strong>de</strong> mídia da<br />

ESPN Nova York; entre outros.<br />

“Todo ano, eu procuro trazer<br />

uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas que<br />

tenham uma contribuição para<br />

dar ao mercado e acabam passando<br />

um pouco da sua experiência.<br />

Nunca <strong>de</strong>finimos um tema central.<br />

Deixo aberto para que todas<br />

as riquezas das várias fontes possam<br />

chegar aos profissionais <strong>de</strong><br />

mídia”, afirma Venâncio.<br />

A abertura do encontro será<br />

feita pelo próprio Venâncio e pelo<br />

presi<strong>de</strong>nte do Grupo <strong>de</strong> Mídia,<br />

Paulo Sant’Anna. As inscrições<br />

po<strong>de</strong>m ser feitas pelo site encontro<strong>de</strong>midias.com.br.<br />

VP/dIrEtor-gEral<br />

dE VEículos<br />

André Vinícius,<br />

do UOL<br />

Alexandre Guerreiro,<br />

da Eletromidia<br />

Fred Muller,<br />

da Globosat<br />

Gilberto Corazza,<br />

da Turner<br />

Marcelo Duarte,<br />

da Re<strong>de</strong> Globo<br />

Marcelo Parada,<br />

do SBT<br />

Maurício Kotait,<br />

da Viacom<br />

Rafael Davini,<br />

da ESPN<br />

Ricardo Gandour,<br />

da CBN<br />

Roberto Nascimento,<br />

da Discovery<br />

dIrEtorEs/grouPErs<br />

gErEntEs dE MídIa<br />

Beto Lima,<br />

da Africa<br />

Cassiano Oliva,<br />

da AlmapBBDO<br />

Cristina Omura,<br />

da FCB Brasil<br />

Dante Mennichelli,<br />

da Publicis<br />

Edson Melo,<br />

da CP+B<br />

Glaucia Montana,<br />

da Y&R<br />

Herbert Gomes,<br />

da Talent Marcel<br />

Kaline Lessio,<br />

da DPZ&T<br />

Rafael Amorim,<br />

da J. Walter Thompson<br />

Roberto Almeida,<br />

da WMcCann<br />

Divulgação<br />

Luiz Lara é um dos palestrantes do 7º Encontro <strong>de</strong> Mídias, que será realizado em abril<br />

dIrEtorEs/ExEcutIVos<br />

dE VEículos<br />

Andrea Machado,<br />

da Band<br />

Fabio Marin,<br />

da ESPN<br />

Gian Santamaria,<br />

da RBS<br />

Gustavo Silva,<br />

da Eletromidia<br />

João Gabriel Junqueira,<br />

da Folha <strong>de</strong> S.Paulo<br />

Maurício Jacob,<br />

da Band<br />

Paulo Masotti,<br />

da Sony<br />

Raphael Jimenez,<br />

da Elemidia<br />

Selma Souto,<br />

da Editora Globo<br />

Vinícius Sanfilippo,<br />

da Flix Media<br />

anuncIantEs<br />

Anna Araujo,<br />

do Google<br />

Eduardo Tracanella,<br />

do Itaú<br />

Fábio Dragone,<br />

do Bra<strong>de</strong>sco<br />

Fernando Julianelli,<br />

da Mitsubishi<br />

João Branco,<br />

do McDonald’s<br />

Marcos Fra<strong>de</strong>,<br />

da LG Eletronics<br />

Natacha Volpini,<br />

da Heineken<br />

Roberto Gnypek,<br />

da McDonald's<br />

Rogério Nascimento,<br />

da Hyndai<br />

Thiago Baltar,<br />

do Itaú<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 43


Mercado<br />

Mais <strong>de</strong> 60 milhões <strong>de</strong> consumidores<br />

<strong>de</strong>vem comprar pela web neste ano<br />

Relatório Webshoppers aponta alta <strong>de</strong> <strong>12</strong>% nas vendas; Ebit também<br />

indica que o marketplace vai impulsionar o e-commerce brasileiro<br />

Felipe Turlão<br />

especial para o propMArK<br />

As previsões do Webshoppers,<br />

estudo da Ebit,<br />

empresa especializada em informações<br />

sobre o comércio<br />

eletrônico brasileiro, apontam<br />

para um <strong>2018</strong> com crescimento<br />

<strong>de</strong> <strong>12</strong>% nas vendas pela internet<br />

e faturamento estimado em<br />

R$ 53,5 bilhões. O Brasil <strong>de</strong>ve<br />

fechar o ano com mais <strong>de</strong> 60<br />

milhões <strong>de</strong> compradores virtuais,<br />

estimulando a indústria.<br />

Em outra conta, que leva em<br />

consi<strong>de</strong>ração sites <strong>de</strong> vendas<br />

<strong>de</strong> produtos usados e artesanatos,<br />

o setor <strong>de</strong> e-commerce<br />

chegou a R$ 73,4 bilhões no<br />

ano passado. De forma geral,<br />

os consumidores parecem confiar<br />

mais em transações digitais,<br />

ao mesmo tempo em que<br />

as empresas procuram facilitar<br />

a vida das pessoas em um momento<br />

<strong>de</strong> crise. “O crescimento<br />

do comércio eletrônico no ano<br />

passado foi suportado por um<br />

aumento <strong>de</strong> pedidos, após três<br />

anos ruins. O ticket médio foi<br />

menor do que em anos anteriores,<br />

principalmente pela queda<br />

da inflação. Mas as lojas aumentaram,<br />

por exemplo, ofertas<br />

<strong>de</strong> frete grátis, estimulando<br />

as pessoas a usar aplicativos ou<br />

retirar produto em lojas”, explica<br />

Pedro Guasti, conselheiro<br />

responsável pelas relações institucionais<br />

da Ebit.<br />

Algumas das principais tendências<br />

para este ano, segundo<br />

o relatório Webshoppers, que<br />

é publicado há 37 anos, são o<br />

salto nas transações efetuadas<br />

pelo mobile, o marketplace<br />

(vendas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> terceiros)<br />

e o cross bor<strong>de</strong>r (vendas<br />

internacionais). Em 2017, 27,3%<br />

das compras foram realizadas<br />

via smartphones ou tablets. Ao<br />

passo que, para o fim <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />

o share <strong>de</strong>ve representar um<br />

crescimento robusto <strong>de</strong> 37%<br />

das compras no último trimestre.<br />

Guasti afirma que o mercado<br />

<strong>de</strong> comércio eletrônico está<br />

Pedro Guasti: “O crescimento do comércio eletrônico no ano passado foi suportado por um aumento <strong>de</strong> pedidos, após três anos ruins”<br />

“É uma nova<br />

trincheira<br />

transposta, com<br />

gran<strong>de</strong> potencial<br />

<strong>de</strong> crescimento.<br />

a amazon, por<br />

exemplo, está<br />

ganhando<br />

musculatura<br />

no Brasil”<br />

dutos <strong>de</strong> terceiros”, analisa. A<br />

janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> para os<br />

varejistas, nesse caso, é tornar<br />

o conceito <strong>de</strong> marketplace mais<br />

conhecido e compreendido<br />

pelos consumidores, para que<br />

a confiança no mo<strong>de</strong>lo cresça<br />

ainda mais. “Meta<strong>de</strong> das pessoas<br />

que compram no marketplace<br />

não sabe ainda do que se<br />

trata. Precisam conhecer me-<br />

Divulgação<br />

mais maduro. Um exemplo disso<br />

é o crescimento do marketplace,<br />

modalida<strong>de</strong> em que a loja<br />

negocia produtos <strong>de</strong> terceiros -<br />

mo<strong>de</strong>lo que consagrou a Amazon.<br />

“Estimamos que 18,5% do<br />

faturamento do e-commerce<br />

brasileiro seja <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> terceiros,<br />

ou quase R$ 9 bilhões.<br />

É um número impressionante,<br />

que continuará crescendo”,<br />

aposta o conselheiro. Impulsionado<br />

pela expansão do Mercado<br />

Livre, o faturamento que<br />

veio <strong>de</strong> vendas via marketplaces,<br />

incluindo produtos novos e<br />

usados, atingiu R$ 73,4 bilhões<br />

em 2017, alta <strong>de</strong> 21,9%.<br />

O receio que o brasileiro pu<strong>de</strong>sse<br />

ter <strong>de</strong> fazer compras no<br />

marketplace parece estar ficando<br />

para trás. “É uma nova trincheira<br />

transposta, com gran<strong>de</strong><br />

potencial <strong>de</strong> crescimento. A<br />

Amazon, por exemplo, está ganhando<br />

musculatura no Brasil,<br />

e players como o Walmart já<br />

<strong>de</strong>cidiram ven<strong>de</strong>r apenas prolhor<br />

as vantagens, como preço,<br />

varieda<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong>”.<br />

O profissional nota ainda o<br />

crescimento na venda <strong>de</strong> produtos<br />

usados, 22%, e, mais ainda,<br />

o chamado “cross board”,<br />

ou seja, compra em sites internacionais.<br />

Segundo Guasti, 22<br />

milhões <strong>de</strong> brasileiros fizeram<br />

compras em sites do exterior,<br />

gastando R$ 2,7 bilhões, um<br />

crescimento <strong>de</strong> 9%. Sendo que<br />

mais da meta<strong>de</strong> das pessoas fez<br />

isso através do chinês Aliexpress.<br />

“O ponto negativo continua<br />

sendo o prazo médio <strong>de</strong><br />

entrega, <strong>de</strong> 41 dias”, analisa.<br />

Outra curiosida<strong>de</strong> do estudo é<br />

que as mulheres já se tornaram<br />

as campeãs do e-commerce,<br />

com 1,4 milhão a mais <strong>de</strong> pedidos<br />

em relação aos homens no<br />

ano <strong>de</strong> 2017. A partir <strong>de</strong> agora,<br />

a tendência é que mantenham a<br />

frente. Regiões fora do Su<strong>de</strong>ste<br />

também tiveram crescimento<br />

maior que a média, especialmente<br />

o Sul.<br />

44 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


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STORYTELLER<br />

BriabAJackson/iStock<br />

Na minha<br />

opinião...<br />

As re<strong>de</strong>s sociais dão a cada<br />

pessoa o sentimento <strong>de</strong> que é<br />

um árbitro <strong>de</strong> tudo e <strong>de</strong> todos<br />

LuLa Vieira<br />

Relendo minhas últimas colunas <strong>de</strong>scubro<br />

horrorizado que estou ficando sério.<br />

Nem lá em casa, on<strong>de</strong> julgo ser amado,<br />

estão muito preocupados com o que eu<br />

penso sobre o futuro do país e as soluções<br />

para a violência.<br />

Tento esquecer que eu sou eu mesmo e<br />

lendo algumas <strong>de</strong>las me pergunto se eu estaria<br />

disposto a ouvir minha sábia opinião<br />

a respeito <strong>de</strong> qualquer coisa.<br />

Acho, sinceramente, que, em minha opinião,<br />

o mundo anda cheio <strong>de</strong> opiniões.<br />

As re<strong>de</strong>s sociais dão a cada pessoa o sentimento<br />

<strong>de</strong> que é um árbitro <strong>de</strong> tudo e <strong>de</strong><br />

todos.<br />

Os jornais e revistas, cuja importância<br />

na divulgação <strong>de</strong> notícias sofreu duríssimo<br />

revés diante da instantaneida<strong>de</strong> do rádio,<br />

da televisão e da internet, hoje são painéis<br />

<strong>de</strong> opiniões.<br />

Veja-se a intervenção no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Cada edição da Folha, do Globo, do Estadão<br />

ou das revistas semanais tem pelo<br />

menos 30 opiniões diferentes sobre a medida,<br />

boa parte <strong>de</strong>las escritas por especialistas<br />

em segurança pública, a profissão com<br />

maior número <strong>de</strong> profissionais no Brasil,<br />

atrás apenas <strong>de</strong> analistas políticos, ambas<br />

com mais gente a exercê-las do que técnicos<br />

<strong>de</strong> futebol.<br />

Correndo por fora temos os marqueteiros<br />

e bem <strong>de</strong>pois as prostitutas. Aliás, parafraseando<br />

Tim Maia, este é o único país<br />

do mundo que puta goza, traficante se vicia,<br />

cafetão tem ciúme, pobre é <strong>de</strong> direita e<br />

porta-voz tem opinião própria.<br />

Talvez não exista na história política<br />

mundial um outro caso como uma autorida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>smentir seu porta-voz, como fez<br />

Temer com o seu.<br />

E eu não quero ser o primeiro colunista<br />

encarregado <strong>de</strong> contar histórias sobre a minha<br />

profissão a <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> fazê-lo para virar...<br />

comentarista.<br />

Então, perdão leitoras, perdão leitores.<br />

Prometo que a partir da semana que vem<br />

voltarei a contar histórias. Mas, antes, só<br />

mais uma vez, me permitam comentar um<br />

caso ocorrido no Rio <strong>de</strong> Janeiro que, se for<br />

contado daqui a <strong>de</strong>z anos, muita gente vai<br />

achar que é anedota, como muitos episódios<br />

da nossa história que mais parecem piada.<br />

Esse que eu conto é o seguinte: a prefeitura<br />

exigiu que todos os ônibus que rodassem<br />

na cida<strong>de</strong> fossem refrigerados até o<br />

início dos Jogos Olímpicos. Ótimo.<br />

Para que houvesse viabilida<strong>de</strong> econômica,<br />

ajustou as tarifas <strong>de</strong> modo que a a<strong>de</strong>quação<br />

da frota fosse possível.<br />

Segundo o presi<strong>de</strong>nte do sindicato das<br />

empresas <strong>de</strong> ônibus, essa medida foi tomada<br />

sem consulta aos empresários.<br />

Que também não reclamaram <strong>de</strong> nada.<br />

Nem aten<strong>de</strong>ram à exigência <strong>de</strong> colocar ar-<br />

-condicionado em todos os ônibus.<br />

Hoje os frescões não chegam a 50% da<br />

frota.<br />

Que faz o atual prefeito? Propõe criar<br />

uma tarifa diferenciada para os ônibus com<br />

ar-condicionado.<br />

Ou seja: quem quiser ir no geladinho vai<br />

pagar mais caro.<br />

O que disse hoje o presi<strong>de</strong>nte do sindicato<br />

das empresas <strong>de</strong> ônibus?<br />

Que os empresários, mais uma vez, não<br />

foram consultados. Deu para enten<strong>de</strong>r?<br />

Não precisa, ultimamente as coisas por<br />

aqui escapam da lógica. Com dirigentes assim,<br />

fica difícil fazer humor.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

46 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


digitAl<br />

Sala <strong>de</strong> performance da Sky une<br />

as agências Blinks, Mirum e Ampfy<br />

Operadora <strong>de</strong> TV paga concentra acervo <strong>de</strong> dados em data lake único<br />

com plano <strong>de</strong> ampliar o volume <strong>de</strong> vendas, que em 2017 foi 31% maior<br />

Paulo Macedo<br />

Com uma presença online<br />

consistente, a operadora <strong>de</strong><br />

televisão por assinatura Sky<br />

está conseguindo usar a tecnologia<br />

a seu favor. A geração <strong>de</strong><br />

leads através das campanhas<br />

nos canais digitais está tendo<br />

impacto positivo no resultado<br />

das vendas da empresa. Em<br />

2017, o volume saiu <strong>de</strong> <strong>12</strong>% contabilizados<br />

em 2016 para 31%<br />

no ano passado. Para a temporada<br />

<strong>de</strong> <strong>2018</strong>, o projeto é elevar<br />

para cerca <strong>de</strong> 50% a conversão<br />

<strong>de</strong> prospects em negócios <strong>de</strong><br />

fato. O elemento-chave para a<br />

materialização do projeto foi<br />

a formalização <strong>de</strong> uma sala <strong>de</strong><br />

performance para monitorar o<br />

volume <strong>de</strong> dados obtidos pela<br />

própria Sky e pelas agências envolvidas<br />

nas suas estratégias <strong>de</strong><br />

marketing no ambiente digital.<br />

A sala une as agências Ampfy,<br />

Blinks e Mirum, esta última<br />

abriga o hub que também estabelece<br />

conexão com profissionais<br />

do Facebook, Google, Criteo<br />

e Instagram, por exemplo.<br />

O plano do anunciante, como<br />

explicam Alex Rocco e Alex<br />

Greif, respectivamente diretor<br />

e gerente <strong>de</strong> marketing, é trazer<br />

para o grupo o núcleo <strong>de</strong> BI (Business<br />

Intelligence) da FCB Brasil,<br />

que cuida das campanhas<br />

<strong>de</strong> mídia. “Temos muitas informações<br />

em forma <strong>de</strong> algoritmos<br />

e, com esse espaço <strong>de</strong> análise<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, vamos ter um<br />

data lake único para a ativação<br />

das nossas vendas. A tecnologia<br />

é um fator <strong>de</strong>cisivo, mas com<br />

criativida<strong>de</strong> e profissionais buscando<br />

as soluções mais a<strong>de</strong>quadas.<br />

As nossas agências, como a<br />

Blinks, <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> performance,<br />

e a Ampfy, <strong>de</strong> engajamento<br />

e brand digital, além da Mirum,<br />

vão aumentar o escopo e a efetivida<strong>de</strong><br />

por meio <strong>de</strong> uma estratégia<br />

única”, <strong>de</strong>staca Rocco.<br />

Os executivos da Sky garantem<br />

que essa metodologia vai<br />

permitir que os conteúdos mercadológicos<br />

sejam integrados;<br />

Alex Rocco, diretor <strong>de</strong> marketing, e Alex Greif, gerente: dados centralizados para possibilitar maior assetivida<strong>de</strong> estratégica<br />

a marca terá extorno <strong>de</strong> inteligência<br />

acumulada; e maior assertivida<strong>de</strong><br />

na compra <strong>de</strong> mídia<br />

digital. “Daí a importância <strong>de</strong><br />

os canais estarem presentes na<br />

sala. Todos analisam as informações<br />

em tempo real. Mídia,<br />

na verda<strong>de</strong>, é uma ciência estatística<br />

que ganha mais força<br />

com a tecnologia para facilitar<br />

o cruzamento <strong>de</strong> dados”, disse<br />

Greif.<br />

Uma experiência que a Sky<br />

consi<strong>de</strong>rou positiva em 2017<br />

foi a opção <strong>de</strong> não participar da<br />

Black Friday com o mo<strong>de</strong>lo tradicional<br />

<strong>de</strong> compra <strong>de</strong> mídia,<br />

principalmente para não gerar<br />

expectativa sobre a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> leads. A opção foi monitorar<br />

“Mídia é<br />

uMa ciência<br />

estatística, que<br />

ganha Mais força<br />

coM a tecnologia<br />

para facilitar<br />

o cruzaMento<br />

<strong>de</strong> dados”<br />

Marçal Neto/Divulgação<br />

as informações disponibilizadas<br />

diariamente e montar um planejamento<br />

tático sob medida. Nesse<br />

caso, o blast das ações garantiu<br />

mais retorno. “O first-party<br />

data, ou dados proprietários, é<br />

cada vez mais importante para<br />

uma marca que tem controle do<br />

avião”, diz Rocco, enfatizando<br />

que a sala <strong>de</strong> performance proporciona<br />

custo/benefício e otimiza<br />

investimentos.<br />

Com a campanha Sky é mais,<br />

estrelada pela mo<strong>de</strong>lo Gisele<br />

Bündchen, e Você no controle,<br />

com o humorista Fabio Porchat,<br />

para o sistema pre-pago, ambas<br />

da FCB, a operadora ativa toda<br />

a escala <strong>de</strong> consumo dos seus<br />

produtos.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 47


AgênCIAS<br />

“É o momento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir<br />

mo<strong>de</strong>los além da<br />

comunicação”<br />

Há apenas cinco meses à frente da<br />

Wun<strong>de</strong>rman no Brasil, Pedro Reiss<br />

afirma que está animado com o <strong>de</strong>safio.<br />

O publicitário, que tem toda uma<br />

carreira ligada à tecnologia – era co-CEO da F.biz,<br />

on<strong>de</strong> ficou por 17 anos –, pontua que uma agência<br />

tem <strong>de</strong> atuar para além da comunicação. “Hoje, a<br />

Wun<strong>de</strong>rman po<strong>de</strong> atuar em um monte <strong>de</strong> coisas<br />

que têm a ver com transformação digital, que<br />

não têm necessariamente a ver com marketing”,<br />

diz o novo CEO da agência, que aten<strong>de</strong> marcas<br />

como Vivo, Cielo, Dell, Shell, Audi e Via Varejo.<br />

Ele <strong>de</strong>staca que, embora esteja mais seletivo<br />

para entrar em processos <strong>de</strong> concorrência, a<br />

Wun<strong>de</strong>rman participa <strong>de</strong> algumas disputas e<br />

em breve <strong>de</strong>ve anunciar novas contas. Nesta<br />

entrevista, Reiss também fala sobre temas como<br />

valor das agências, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> remuneração<br />

e gestão <strong>de</strong> talentos. Confira os principais<br />

trechos a seguir.<br />

Pedro Reiss, CEO da Wun<strong>de</strong>rman: “Eu rejeito um pouco esse olhar <strong>de</strong> que o cliente é tão gran<strong>de</strong> quant<br />

KELLY DORES<br />

REVOLUÇÃO<br />

Estou muito animado. Passados<br />

quatro meses, eu entendo<br />

mais da operação, conheço<br />

mais as pessoas e os clientes. Eu<br />

tenho muita segurança na proposta<br />

<strong>de</strong> valor que a Wun<strong>de</strong>rman<br />

está construindo. O nosso<br />

CEO global, Mark Reed, já era<br />

meu chefe na F.biz. O Mark está<br />

fazendo uma revolução. Ele<br />

está construindo a maior re<strong>de</strong><br />

digital do mundo, com foco<br />

nas coisas digitais, mas sem ser<br />

tático. Acho que a maior dificulda<strong>de</strong><br />

das agências digitais é<br />

que ficaram táticas <strong>de</strong>mais e o<br />

Mark tem uma proposta <strong>de</strong> valor<br />

muito clara. Agora ela está<br />

traduzida em torno <strong>de</strong> um posicionamento<br />

que eu gosto muito,<br />

que é o Are you future ready?<br />

Esse questionamento, Você está<br />

pronto para o futuro?, vale para<br />

mim, para meu time e clientes.<br />

Acho que é uma atitu<strong>de</strong> muito<br />

boa, <strong>de</strong> estar tentando se preparar<br />

para uma coisa que não<br />

sabe o que é.<br />

PRÁTICA<br />

A gente está <strong>de</strong>scobrindo na<br />

prática o que isso tudo significa.<br />

Eu tenho uma visão muito<br />

clara <strong>de</strong> como a gente tem <strong>de</strong><br />

organizar isso aqui. Acho que<br />

no passado as agências organizaram<br />

todo o seu trabalho em<br />

torno <strong>de</strong> campanhas. E o input<br />

principal da campanha era o<br />

briefing do cliente. Eu acho<br />

que, por princípio, essa orientação<br />

à campanha faz com que as<br />

agências estejam sempre muito<br />

atrás dos seus clientes. Acredito<br />

que cada vez mais essa orientação<br />

é em torno da experiência<br />

do cliente. A campanha é um<br />

pedaço. A experiência <strong>de</strong> um<br />

aplicativo ou serviço é outro. O<br />

relacionamento é outro. Acho<br />

que isso muda tudo. Aqui, o<br />

que a gente está tentando fazer<br />

é sair <strong>de</strong> trás do briefing, tentando<br />

<strong>de</strong>senvolver um trabalho<br />

em que o consumer experience<br />

seja o centro da nossa proposta<br />

<strong>de</strong> valor. Em vez <strong>de</strong> trabalhar<br />

sempre atrás <strong>de</strong> um briefing,<br />

a gente está trabalhando em<br />

cima <strong>de</strong> um diagnóstico.<br />

DESAFIO<br />

O <strong>de</strong>safio é você estar no passo<br />

do seu cliente, estar atuando naquilo<br />

que é importante para ele,<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. Nem atrasado, nem<br />

muito adiantado. Para mim, estar<br />

pronto para o futuro é <strong>de</strong> fato<br />

colocar essa experiência do consumidor<br />

no centro. Mas há ainda<br />

um milhão <strong>de</strong> pratos. Toda estrutura<br />

comercial <strong>de</strong> uma agência<br />

está ligada a campanhas. Se<br />

você fala que a campanha não é<br />

mais o centro do que você faz,<br />

tem <strong>de</strong> mudar a forma que você<br />

ven<strong>de</strong>, a forma que você cobra,<br />

que contrata. Os clientes falam<br />

que querem coisas diferentes,<br />

mas as concorrências são todas<br />

para a mesma coisa. Ou ele fala<br />

“Em vEz dE<br />

trabalhar sEmprE<br />

atrás dE um<br />

briEfing, a gEntE<br />

Está trabalhando<br />

Em cima dE um<br />

diagnóstico”<br />

48 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


o a sua verba <strong>de</strong> mídia; acho que já foi esse tempo”<br />

que quer uma coisa diferente e<br />

está disposto, mas quando chega<br />

num <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> compras,<br />

volta para as campanhas,<br />

comissionamento <strong>de</strong> mídia,<br />

time sheet. Tem um ecossistema<br />

todo que força as agências. Meu<br />

<strong>de</strong>safio é sair disso. Essa é a proposta<br />

<strong>de</strong> valor da Wun<strong>de</strong>rman<br />

que eu estou muito encantado<br />

<strong>de</strong> colocar <strong>de</strong> pé. Fora do Brasil,<br />

a Wun<strong>de</strong>rman tem muitas coisas<br />

<strong>de</strong> dados, <strong>de</strong> analytics, comércio<br />

eletrônico, enfim, tem muitos<br />

recursos além da campanha. São<br />

450 funcionários no Brasil.<br />

Marçal Neto/Divulgação<br />

PROSPECÇÃO<br />

Esse é um momento novo<br />

aqui. Temos uma carteira boa<br />

<strong>de</strong> clientes. Acho que nas próximas<br />

semanas <strong>de</strong>vo anunciar<br />

uma ou duas contas novas.<br />

Tenho muitos negócios para<br />

<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong>ntro dos nossos<br />

clientes. Olho para todos os<br />

meus clientes hoje e em vários<br />

<strong>de</strong>les há oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento.<br />

Estamos olhando para<br />

fora, mas estamos olhando para<br />

<strong>de</strong>ntro também.<br />

TRAnSFORMAÇÃO DIgITAL<br />

Hoje, a Wun<strong>de</strong>rman po<strong>de</strong> atuar<br />

em um monte <strong>de</strong> coisas que<br />

têm a ver com transformação<br />

digital, que não têm necessariamente<br />

relação com marketing. A<br />

gente tem projetos ligados a automação,<br />

autosserviço e transformação<br />

<strong>de</strong> processos <strong>de</strong>ntro<br />

dos nossos clientes, que não<br />

são necessariamente projetos<br />

<strong>de</strong> marketing. O comércio eletrônico<br />

está transformando tanto<br />

as empresas e esses projetos<br />

não são verbas <strong>de</strong> marketing.<br />

Tem um monte <strong>de</strong> verba, TI,<br />

marketing, operação. Eu rejeito<br />

um pouco esse olhar <strong>de</strong> que o<br />

cliente é tão gran<strong>de</strong> quanto a sua<br />

verba <strong>de</strong> mídia. Acho que já foi<br />

esse tempo. As disciplinas pra<br />

mim estão ligadas à comunicação,<br />

mas estão ligadas também<br />

a tecnologia, dados, analytics,<br />

automações <strong>de</strong> todos os tipos e à<br />

criativida<strong>de</strong> para além da comunicação.<br />

Talvez outro equívoco<br />

das agências é enten<strong>de</strong>r a criativida<strong>de</strong><br />

como uma disciplina <strong>de</strong><br />

comunicação. Eu acho que o que<br />

as agências sabem fazer, da forma<br />

criativa, tem um valor muito<br />

maior que só a comunicação.<br />

Digo até que talvez por só ter entregue<br />

isso na forma <strong>de</strong> mídia no<br />

passado, as agências <strong>de</strong>ixaram<br />

<strong>de</strong> valorizar aquilo que elas têm<br />

<strong>de</strong> mais especial e hoje faz falta<br />

nesse mundo que a tecnologia<br />

dá acesso igual para todo mundo,<br />

que é saber contar uma história<br />

diferente.<br />

CAPACIDADE<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aporte que<br />

uma agência tem para os clientes<br />

é muito gran<strong>de</strong>. Se a gente<br />

não se limitar a olhar só para a<br />

comunicação e olhar para todos<br />

os problemas <strong>de</strong>sses clientes,<br />

as agências po<strong>de</strong>m aportar<br />

em muitos lugares. É que ainda<br />

não achamos mo<strong>de</strong>los para<br />

isso. Aqui eu acho que estou<br />

encontrando. É o momento <strong>de</strong><br />

o mercado <strong>de</strong>scobrir quais são<br />

os mo<strong>de</strong>los para po<strong>de</strong>r atuar<br />

além da comunicação.<br />

MíDIA<br />

Se a mídia é uma forma <strong>de</strong> ganhar<br />

dinheiro, não significa que<br />

eu só preciso fazer mídia. Posso<br />

ganhar dinheiro com mídia,<br />

através <strong>de</strong> comissionamento.<br />

Posso ganhar dinheiro com projetos,<br />

com fee, revenue share.<br />

Esses são formatos comerciais.<br />

O que eu entrego po<strong>de</strong> ser muitas<br />

outras coisas. Eu acho, por<br />

exemplo, que tem pouca gente<br />

olhando para coisas cross canais.<br />

É um lugar que as consultorias<br />

estão tentando entrar. E entram<br />

muitas vezes. Mas os consultores<br />

não têm a entrega concreta<br />

que resolve boa parte dos problemas,<br />

as agências têm. Nesse<br />

sentido acredito que a gente<br />

se limitando per<strong>de</strong> um pouco a<br />

chance <strong>de</strong> impactar os clientes<br />

com mo<strong>de</strong>los mais interessantes.<br />

Hoje estou testando muitos<br />

mo<strong>de</strong>los diferentes aqui. Existiu<br />

um tempo em que o cliente que<br />

não chegasse com uma verba <strong>de</strong><br />

veiculação gran<strong>de</strong> não interessaria.<br />

Para mim, não é mais isso.<br />

O cliente que tem um problema<br />

claro que a gente consiga atuar<br />

nesse problema e <strong>de</strong>finir o quanto<br />

vale o nosso trabalho para ele<br />

por conta <strong>de</strong>ssa solução é um<br />

bom cliente.<br />

VALOR<br />

Nós trabalhamos, o nosso<br />

trabalho gera valor e temos <strong>de</strong><br />

ser remunerados por isso. O<br />

mo<strong>de</strong>lo para isso? Tanto faz.<br />

Muito ainda é comunicação,<br />

a mídia tem um papel gran<strong>de</strong><br />

e vai continuar tendo. Mas eu<br />

não quero ser uma agência só<br />

<strong>de</strong> comunicação. Acho que esse<br />

é o ponto. A gente faz muita<br />

mídia online, bastante mídia<br />

offline. Por meio <strong>de</strong> parceiros,<br />

também fazemos eventos, várias<br />

coisas <strong>de</strong> ativação. A gente<br />

tem tecnologia aqui <strong>de</strong>ntro<br />

com muito trabalho <strong>de</strong> dados,<br />

pesquisas, mapeamento <strong>de</strong><br />

jornadas, <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> serviços,<br />

um monte <strong>de</strong> coisa. Existe um<br />

mundo <strong>de</strong> comunicação tradicional<br />

<strong>de</strong> agência, mas tem um<br />

universo <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> dados<br />

e <strong>de</strong> novos serviços ligados<br />

à transformação digital que eu<br />

acho que é um e negócio maior<br />

até futuramente. Mundialmente,<br />

a Wun<strong>de</strong>rman tem mais <strong>de</strong><br />

novo mil pessoas. É a maior<br />

re<strong>de</strong> digital <strong>de</strong>ntro do Grupo<br />

WPP, que é o maior grupo <strong>de</strong><br />

comunicação do mundo. É um<br />

negócio que sempre foi muito<br />

ligado à tecnologia. De 25% a<br />

30% das pessoas que trabalham<br />

na Wun<strong>de</strong>rman são especialistas<br />

em tecnologias e trabalham<br />

com Adobe, Salesforce, Google<br />

e Oracle. É um formato diferente<br />

<strong>de</strong> agência, sendo a comunicação<br />

e a mídia, um pedaço.<br />

TALEnTOS<br />

Elenquei priorida<strong>de</strong>s quando<br />

cheguei aqui e minha priorida<strong>de</strong><br />

número um é a retenção<br />

<strong>de</strong> talentos. Acredito muito<br />

em gestão <strong>de</strong> carreira. Quando<br />

ouço pessoas falando que querem<br />

sair <strong>de</strong> agência para trabalhar<br />

em empresa, tenho vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> morrer. Agência é uma<br />

empresa. Eu não conheço outro<br />

mercado em que pessoas sejam<br />

tão importantes para o negócio<br />

quanto o mercado <strong>de</strong> agências.<br />

E, por algum motivo, as agências<br />

cuidam muito mal <strong>de</strong>sse<br />

assunto. Quero que as pessoas<br />

cresçam e se <strong>de</strong>senvolvam aqui<br />

<strong>de</strong>ntro. E, como consequência,<br />

vão ficar. O turnover aqui está<br />

muito mais alto do que eu gostaria.<br />

Fiz uma meta <strong>de</strong> redução<br />

<strong>de</strong> turnover para a meta<strong>de</strong> no<br />

primeiro ano. Estou superfeliz,<br />

porque em janeiro a gente teve<br />

o menor turnover dos últimos<br />

três anos. Acho que estamos no<br />

caminho certo.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 49


AgênciAs<br />

Tribal reúne diretoras em evento<br />

<strong>de</strong> apoio ao movimento FreeTheBid<br />

Grupo <strong>de</strong> Representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate presença feminina nos mercados<br />

publicitário e audiovisual com profissionais das principais produtoras<br />

Paulo Macedo<br />

Para celebrar o mês das mulheres,<br />

a Tribal Worldwi<strong>de</strong><br />

reuniu diretoras <strong>de</strong> comerciais<br />

na sua se<strong>de</strong> para a segunda<br />

edição do Grupo <strong>de</strong> Representativida<strong>de</strong>.<br />

Foram convidas<br />

algumas das principais diretoras<br />

<strong>de</strong> comerciais do mercado<br />

brasileiro, que integram o movimento<br />

FreeTheBid, que passou<br />

a contar com a a<strong>de</strong>são da<br />

agência. Iniciativa do brasileiro<br />

PJ Pereira (Pereira & O’Dell) e<br />

Alma Harel (diretora do documentário<br />

Bombay Beach), nos<br />

Estados Unidos, o FreeTheBid<br />

estimula uma espécie <strong>de</strong> triple<br />

bid nas concorrências para contratação<br />

<strong>de</strong> produtoras, ou seja,<br />

sempre com uma mulher presente.<br />

O movimento já conta<br />

com 160 agências signatárias.<br />

“O FreeTheBid nos mostra a<br />

importância do <strong>de</strong>bate. Apesar<br />

<strong>de</strong> sentir na pele as dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ser mulher no mercado audiovisual,<br />

o publicitário, principalmente,<br />

nunca soube ao certo<br />

os dados e eles mostram que<br />

a participação feminina no setor<br />

segue muito inferior. Acho<br />

justo que possamos ter espaço<br />

para mostrar nossos talentos e<br />

competências, não nos restringindo<br />

a prejulgamentos. Além<br />

disso, a representativida<strong>de</strong> não<br />

po<strong>de</strong> vir <strong>de</strong> quem está à frente<br />

da tela, é importante ser pensada<br />

e executada também por<br />

quem está atrás das câmeras”,<br />

disse a diretora Gabe Maruyama,<br />

da dupla Angry, da Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> Filmes.<br />

Ivy Abujamra, do elenco<br />

da Dogs Can Fly, afirma que o<br />

olhar feminino é uma realida<strong>de</strong>,<br />

mas que a hierarquia ainda<br />

é masculina. “O que me empolga<br />

é que as mulheres estão se<br />

mostrando, estão aparecendo<br />

cada vez mais. Eu torço para<br />

que um dia seja 50%, 50%. Não<br />

acredito em trabalho <strong>de</strong> mulher<br />

e trabalho <strong>de</strong> homem, acredito<br />

em trabalho que é bem feito,<br />

seja por qualquer pessoa”.<br />

A diretora Ivy Abujamra, da produtora Dogs Can Fly, participou do evento da Tribal que marcou sua a<strong>de</strong>são ao movimento FreeTheBid<br />

Africa estimula negócios<br />

Jose Boralli vai comandar conta da Vivo e prospecção<br />

Profissional experiente, que<br />

tem passagens pela Almap-<br />

BBDO, DM9DDB e J. Walter<br />

Thompson, além <strong>de</strong> ter presidido<br />

as operações da Momentum,<br />

BFerraz e We, Jose Boralli<br />

chega à Africa para comandar a<br />

divisão novos negócios e também<br />

vai li<strong>de</strong>rar o atendimento<br />

da conta da operadora <strong>de</strong> telecomunicações<br />

Vivo.<br />

“Boralli é um profissional<br />

extremamente experiente, que<br />

traz na bagagem a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comandar todas as disciplinas<br />

<strong>de</strong> uma agência com maestria.<br />

Sua trajetória profissional<br />

é marcada pela brilhante<br />

li<strong>de</strong>rança à frente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

operações, sempre pontuada<br />

pela geração <strong>de</strong> negócios. Sua<br />

experiência à frente <strong>de</strong> empresas<br />

com diferentes focos <strong>de</strong> negócio<br />

e expertise <strong>de</strong>u a ele uma<br />

visão completamente holística,<br />

o que é fundamental no negó-<br />

José Boralli e Marcio Santoro: reforço na área <strong>de</strong> negócios e no atendimento à Vivo<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

cio da comunicação. Estamos<br />

muito animados”, disse Marcio<br />

Santoro, CEO e copresi<strong>de</strong>nte da<br />

agência. “A Africa é referência<br />

no mercado. Ao longo <strong>de</strong> sua<br />

história, sempre protagonizou<br />

e li<strong>de</strong>rou gran<strong>de</strong>s projetos. Basta<br />

olhar para a carteira <strong>de</strong> clientes<br />

<strong>de</strong>la e para os profissionais<br />

que trabalham na agência. É<br />

impressionante a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>la <strong>de</strong> reunir os maiores talentos<br />

do mercado. Sem falar do<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> inovação e da capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> realização que a Africa<br />

tem”, finaliza Boralli.<br />

50 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


agências<br />

DM9DDB continua reestruturação<br />

e altera comando do atendimento<br />

Após 17 anos no ABC,<br />

Marcelo Passos <strong>de</strong>ixa<br />

o grupo e po<strong>de</strong> seguir<br />

como empreen<strong>de</strong>dor<br />

processo <strong>de</strong> reestruturação na DM9DDB<br />

O após a chegada <strong>de</strong> Marcio Oliveira à<br />

presidência da agência, posição que divi<strong>de</strong><br />

com o criativo Paulo Coelho, continua.<br />

A primeira gran<strong>de</strong> mudança na sua estrutura<br />

é a saída do executivo Marcelo Passos<br />

da vice-presidência <strong>de</strong> atendimento. Ele<br />

estava na estrutura do Grupo ABC, controlador<br />

do negócio com a holding americana<br />

Omnicom, há 17 anos, primeiro na Africa e<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2013 na DM9DDB. O profissional<br />

foi comunicado da <strong>de</strong>cisão na semana<br />

passada.<br />

“Ainda não <strong>de</strong>cidi o que vou fazer. Tenho<br />

um projeto pessoal, quem sabe agora eu o<br />

tire da gaveta. Não sei se vou para o empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

ou se continuo no mercado,<br />

se alguém me chamar. Desejo boa sorte à<br />

agência nessa nova fase”, ele <strong>de</strong>clarou.<br />

A agência, que per<strong>de</strong>u a conta da montadora<br />

Subaru também na última semana,<br />

cujo rumo po<strong>de</strong> ser a z515, sua parceira estratégica<br />

na Tamboré no atendimento ao<br />

Walmart, emitiu um comunicado sobre a<br />

saída <strong>de</strong> Passos.<br />

“Des<strong>de</strong> que cheguei à DM9DDB, venho,<br />

junto com o também copresi<strong>de</strong>nte Paulo<br />

Coelho, conduzindo uma restruturação na<br />

agência, com ajustes <strong>de</strong> equipe e na gestão<br />

<strong>de</strong> clientes. Essa nota <strong>de</strong> hoje é para anunciar<br />

a saída do gran<strong>de</strong> Marcelo Passos. Conheço<br />

o Marcelo há muitos anos. Fundamos<br />

juntos o Grupo <strong>de</strong> Atendimento, uma<br />

entida<strong>de</strong> que valorizou o profissional <strong>de</strong><br />

atendimento e suas atribuições em todo o<br />

mercado. A DM9 agra<strong>de</strong>ce todos esses anos<br />

<strong>de</strong> grupo ABC e tem certeza <strong>de</strong> que Marcelo<br />

continuará sua trajetória <strong>de</strong> sucesso”. O documento<br />

foi assinado por Marcio Oliveira.<br />

Para celebrar o Dia da Mulher, na última<br />

quinta-feira (8), a agência ativou a campanha<br />

A promoção, que fala da igualda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> merecimento no ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

“Estamos muito à vonta<strong>de</strong> para criar<br />

essa campanha, por um simples motivo:<br />

o McDonald’s não tem teto <strong>de</strong> vidro sobre<br />

esse assunto. Lá, 60% dos cargos <strong>de</strong> gerência<br />

em restaurantes são ocupados por mulheres<br />

e 53% <strong>de</strong> toda equipe também é formada<br />

por elas. Então, escolhemos mostrar<br />

isso da maneira mais real possível”, comentou<br />

o diretor <strong>de</strong> criação Adriano Alarcon. O<br />

filme foi produzido pelo Estúdio Dead Pixel,<br />

com trilha sonora da Jamute.<br />

O executivo Marcelo Passos <strong>de</strong>ixou a vice-presidência <strong>de</strong> atendimento da DM9DDB<br />

Alê Oliveira<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 51


EXPANSÃO E<br />

DEMOCRATIZAÇÃO<br />

DO CONSUMO<br />

*Evolução anual do comércio varejista restrito | Fonte: IBGE | Adaptação: GS&Inteligência/GS&MD | Legenda: Dado registrado Projeção<br />

O CONSUMO É<br />

PARA TODOS<br />

16 A 18 <strong>de</strong> MARÇO<br />

HOTEL SOFITEL JEQUITIMAR GUARUJÁ – SÃO PAULO<br />

Faça parte <strong>de</strong>ste importante encontro sobre o<br />

momento transformador do setor na era digital,<br />

o novo comportamento dos ominiconsumidores e<br />

a visão estratégica sobre sucessão <strong>de</strong> empresas,<br />

com os principais lí<strong>de</strong>res empresariais, varejistas<br />

e especialistas do setor.<br />

APOIO<br />

INSTITUCIONAL:<br />

INICIATIVA:<br />

COLABORAÇÃO:<br />

www.li<strong>de</strong>global.com<br />

Mais uma iniciativa do LIDE.<br />

Quem é lí<strong>de</strong>r, participa.<br />

REALIZAÇÃO:<br />

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:


MÍDIA PARTNERS:<br />

FORNECEDORES OFICIAIS:


arena do esporte<br />

Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br<br />

andorinha<br />

Quando Sônia Maria <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> se tornou<br />

a primeira vice-presi<strong>de</strong>nte da história do<br />

Vasco, em janeiro <strong>de</strong>ste ano, logo soube que<br />

os <strong>de</strong>safios seriam bem maiores do que já<br />

estava acostumada como registradora pública.<br />

“As re<strong>de</strong>s sociais começaram a ferver<br />

quando meu nome saiu. A primeira coisa<br />

que vi estampado foi o questionamento<br />

sobre <strong>de</strong> qual cozinha <strong>de</strong> São Januário eu<br />

teria saído”, revelou a executiva durante o<br />

ESPNW Summit, em São Paulo, evento que<br />

marcou os dois anos da plataforma voltada<br />

para mulheres do canal ESPN. Determinada<br />

a contribuir para ampliação da presença<br />

feminina no futebol, Sônia se prepara para<br />

lançar a marca “Delas”, projeto do Vasco<br />

que vai dialogar diretamente com as torcedoras.<br />

O clube também mudará seu estatuto,<br />

dando 20% <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto para sócias-<br />

-torcedoras. Há expectativas para que elas<br />

também tenham direito a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, algo<br />

que, por enquanto, não está previsto. “Eu<br />

quero trazer o maior número <strong>de</strong> mulheres,<br />

para que a nossa voz se fortaleça e seja<br />

ouvida por mais pessoas. Uma andorinha<br />

não faz verão, mas eu acredito no coletivo.<br />

O Vasco vai ter uma marca específica para<br />

mulheres. A gente precisa chamar a atenção<br />

<strong>de</strong>sse segmento, que há algum tempo é<br />

esquecido <strong>de</strong>ntro do esporte”.<br />

elas têm a Força<br />

O aumento do interesse do público feminino por artes marciais no Brasil tem transformado<br />

as estratégias <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s re<strong>de</strong>s esportivas <strong>de</strong> e-commerce. A categoria teve<br />

um crescimento <strong>de</strong> 21% nas compras na Netshoes nos últimos dois anos, o que motivou a<br />

companhia a fechar parceria exclusiva <strong>de</strong> vendas com a Naja, marca brasileira <strong>de</strong> artigos<br />

para boxe, kickboxing e muay thai. A companhia traz a coleção Países, com referências ao<br />

Japão, México, Reino Unido, EUA e Tailândia, on<strong>de</strong> as artes marciais ganharam mais força.<br />

As luvas são hoje um dos produtos mais adquiridos pelos praticantes <strong>de</strong> artes marciais<br />

que procuram a Netshoes para adquirir equipamentos esportivos, com uma representação<br />

média <strong>de</strong> 34% do total <strong>de</strong> vendas da categoria em 2017. A projeção para <strong>2018</strong> é que este<br />

ritmo continue, o que evi<strong>de</strong>ncia um número cada vez maior <strong>de</strong> pessoas que procuram<br />

praticar lutas, seja para lazer ou esporte.<br />

F-1 em todas as telas<br />

Sentir-se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

carro <strong>de</strong> Fórmula 1, ou pelo<br />

menos ter acesso à mesma<br />

visão interna dos pilotos,<br />

será apenas um dos<br />

atrativos do novo serviço<br />

<strong>de</strong> streaming da competição.<br />

Está previsto para este<br />

semestre o lançamento da<br />

F-1 TV, serviço over the top<br />

no mo<strong>de</strong>lo já popularizado<br />

pelo Netflix. Segundo<br />

comunicado da companhia,<br />

a audiência po<strong>de</strong>rá<br />

acompanhar os torneios ao<br />

vivo sem comerciais e com<br />

comentaristas em diversos<br />

idiomas. Nessa primeira fase, os conteúdos serão exibidos em inglês, alemão, francês e<br />

espanhol. A versão “pro” fornecerá ainda feeds <strong>de</strong> conteúdo disponíveis apenas para assinantes,<br />

ou seja, nenhum outro veículo que transmita as competições terá acesso a tal grau<br />

<strong>de</strong> personalização e combinação <strong>de</strong> telas. De quebra, o serviço fornecerá conteúdo das 20<br />

câmeras instaladas <strong>de</strong>ntro dos automóveis. Com assinatura entre US$ 8 e US$ <strong>12</strong>, o serviço<br />

será disponibilizado em pelo menos <strong>12</strong> países. O Brasil, que tem as transmissões feitas<br />

pela TV Globo, por enquanto, não fará parte do projeto.<br />

endorfina criativa<br />

A competitivida<strong>de</strong> e o<br />

espírito esportivo <strong>de</strong> união<br />

e cumplicida<strong>de</strong> são valores<br />

caros para nós. Tanto que somos<br />

patrocinadores do time oficial <strong>de</strong><br />

han<strong>de</strong>bol da cida<strong>de</strong> em que atuamos,<br />

que é Guarulhos. Então,<br />

não po<strong>de</strong>ria ser diferente comigo.<br />

Procuro praticar exercícios físicos<br />

diariamente para, além <strong>de</strong> manter<br />

o corpo e a mente saudáveis, me<br />

conectar em maior intensida<strong>de</strong> com<br />

a cultura da corporação.”<br />

Gustavo Coutinho, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da Vegus Construtora e Incorporadora<br />

Lucas Diniz/ Divulgação<br />

54 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


MArCAs<br />

McDonald’s convoca Neymar Jr. e Anitta<br />

para campanha da Copa do Mundo <strong>2018</strong><br />

Comunicação criada pela DPZ&T e produzida pela Sentimental Filmes<br />

dá o pontapé inicial às ações da marca para a competição na Rússia<br />

Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />

Amenos <strong>de</strong> 100 dias para o<br />

início da Copa do Mundo da<br />

Rússia, o McDonald’s dá o pontapé<br />

inicial em suas ações para<br />

o mundial. Na se<strong>de</strong> da DPZ&T,<br />

em São Paulo, no último dia 7,<br />

a agência apresentou a campanha<br />

da marca, que estreou no<br />

mesmo dia, no intervalo do Jornal<br />

Nacional, da Re<strong>de</strong> Globo. A<br />

campanha, intitulada Prepara,<br />

produzida pela Sentimental Filmes,<br />

traz o craque da seleção<br />

brasileira Neymar Jr. e a cantora<br />

Anitta num filme embalado por<br />

uma versão especial <strong>de</strong> Show<br />

das Po<strong>de</strong>rosas. “Queremos que<br />

essa música seja o gran<strong>de</strong> hit da<br />

Copa do Mundo. O ‘prepara’ na<br />

boca da Anitta será para convocar<br />

e levantar a torcida, com o<br />

intuito <strong>de</strong> vamos juntos, vamos<br />

torcer e cantar. Já o ‘prepara’ do<br />

Neymar representa a preparação<br />

do jogador em enfrentar o<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> mais um mundial.<br />

Este ano, a agência traz uma<br />

campanha grandiosa com dois<br />

dos maiores ídolos brasileiros<br />

do momento”, diz Rafael Urenha,<br />

CCO da DPZ&T.<br />

Segundo Roberto Gnypek,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing<br />

do McDonald’s no Brasil, é muito<br />

fácil cair em certos chavões<br />

quando se fala em campanhas<br />

<strong>de</strong> Copa do Mundo. “O conceito<br />

do ‘prepara’ tem uma conexão<br />

muito forte com o nosso<br />

negócio. O Neymar é muito<br />

mais do que um garoto-propaganda<br />

da marca, ele é um fã do<br />

McDonald’s. Se você percorrer<br />

as suas re<strong>de</strong>s sociais vai encontrar<br />

posts do jogador <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

anos atrás falando que ele adora<br />

os lanches da marca. Então,<br />

como um fã da marca, achamos<br />

muito coerente trazê-lo. Já a<br />

Anitta é uma pessoa que reflete<br />

felicida<strong>de</strong>, engajamento e que<br />

vai convocar toda a torcida para<br />

a festa. Também não po<strong>de</strong>mos<br />

esquecer dos nossos funcionários,<br />

pois não há pessoas mais<br />

preparadas para receber essa<br />

Cena da campanha com Neymar Jr., que será também garoto-propaganda em diversas outras ações do McDonald’s<br />

Com versão especial da música show das Po<strong>de</strong>rosas, a cantora Anitta tem a missão <strong>de</strong> convocar a torcida para o Mundial da Rússia<br />

Roberto Gnypek: “Conceito do ‘prepara’ tem conexão muito forte com o nosso negócio”<br />

Fotos: Divulgação e Marçal Neto<br />

torcida em nossos restaurantes<br />

antes e <strong>de</strong>pois dos jogos. Somos<br />

uma empresa global, mas com<br />

presença local”, diz.<br />

A campanha que abre o caminho<br />

para uma série <strong>de</strong> outras<br />

ações que a marca vai realizar<br />

nos próximos meses terá veiculação<br />

em televisão aberta,<br />

fechada e nas plataformas digitais<br />

da marca. “O McDonald’s é<br />

um dos principais patrocinadores<br />

do mundial há muitos anos,<br />

então, agora, a gente dispara o<br />

tema <strong>de</strong> campanha, mas logo<br />

os consumidores vão conhecer<br />

<strong>de</strong>talhes do programa Player<br />

Escort, que escolhe as crianças<br />

que entrarão <strong>de</strong> mãos dadas<br />

com os jogadores nas partidas<br />

e o lançamento dos sanduíches<br />

campeões”, conclui Urenha.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 55


marcaS<br />

Santan<strong>de</strong>r realiza concorrência e<br />

remunera as agências convidadas<br />

Medida inédita no mercado brasileiro é elogiada por li<strong>de</strong>ranças do setor<br />

em um momento <strong>de</strong> margens mais apertadas e altos custos para o pitch<br />

Divulgação<br />

Processo seletivo do Santan<strong>de</strong>r, que promoveu seu encontro anual em São Paulo, envolve a participação <strong>de</strong> sete agências; vencedora vai dividir a conta com a Suno<br />

Terceiro colocado no ranking<br />

<strong>de</strong> bancos privados do Brasil,<br />

atrás do Itaú-Unibanco e do<br />

Bra<strong>de</strong>sco, e sexto na relação<br />

que inclui os estatais Banco do<br />

Brasil, Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral<br />

e BNDES, o Santan<strong>de</strong>r está<br />

promovendo concorrência para<br />

a contratação <strong>de</strong> agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />

O pitch está em andamento<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o último dia 2 e<br />

o resultado é prometido para o<br />

início <strong>de</strong> abril.<br />

O processo em questão contempla<br />

o pedaço da conta administrado<br />

atualmente pela Talent<br />

Marcel, que busca manter o<br />

seu lugar ao lado das empresas<br />

Accenture Digital, FCB, JWT,<br />

mcgarrybowen, Y&R e Z+. A<br />

vencedora vai dividir o atendimento<br />

do anunciante, que teve<br />

lucro líquido <strong>de</strong> aproxidamente<br />

R$ 10 bilhões no ano passado,<br />

com a agência Suno United<br />

Crexators, do publicitário Guga<br />

Ketzer, que está à frente da conta<br />

há cerca <strong>de</strong> sete meses.<br />

O processo contempla uma<br />

<strong>de</strong>cisão inédita no mercado<br />

brasileiro: o Santan<strong>de</strong>r vai remunerar<br />

cada uma das agências<br />

convidadas para o certame<br />

com valor não revelado. A<br />

medida recebeu o apoio <strong>de</strong> algumas<br />

li<strong>de</strong>ranças do mercado<br />

publicitário. Afinal, os custos<br />

para participar <strong>de</strong> forma consistente<br />

em uma concorrência<br />

são elevados e, caso a agência<br />

não assegure o negócio, não há<br />

nenhum retorno.<br />

Aurélio Lopes, presi<strong>de</strong>nte da<br />

FCB Brasil, disse que essa serieda<strong>de</strong><br />

do banco é surpreen<strong>de</strong>nte.<br />

“Nós estamos consi<strong>de</strong>rando<br />

a <strong>de</strong>cisão muito positivamente.<br />

Também estamos muito<br />

contentes com o formato e os<br />

objetivos da instituição para a<br />

agência que vai eleger. Remunerar<br />

as participantes está muito<br />

acima <strong>de</strong> tudo o que vimos<br />

nesse mercado até hoje. Talvez<br />

o valor <strong>de</strong>stinado nem cubra os<br />

custos das agências, mas é um<br />

“RemuneRaR as<br />

paRticipantes<br />

está muito acima<br />

<strong>de</strong> tudo que o<br />

que vimos nesse<br />

meRcado até hoje”<br />

ato simbólico que tem gran<strong>de</strong><br />

valor. Quem concorda com<br />

Lopes é Marcos Quintela, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Grupo Newcomm,<br />

controlador da Y&R, que está<br />

no processo seletivo do Santan<strong>de</strong>r.<br />

“Só posso dizer que a ativida<strong>de</strong><br />

publicitária está sendo<br />

muito valorizada. Essa <strong>de</strong>cisão<br />

coloca a publicida<strong>de</strong> em um patamar<br />

mais plausível”, afirma<br />

Quintela, que também é vice-<br />

-presi<strong>de</strong>nte da Abap (Associação<br />

Brasileira das Agências <strong>de</strong><br />

Publicida<strong>de</strong>).<br />

A última concorrência <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> realizada pelo Santan<strong>de</strong>r<br />

foi em 2014 e as vencedoras<br />

foram a Talent Marcel<br />

e a antiga Loducca, à época<br />

comandada por Guga Ketzer.<br />

A Talent, porém, tem uma relação<br />

mais antiga, iniciada à<br />

época do Banco Real, absorvido<br />

em 2009 pelo Santan<strong>de</strong>r. O slogan<br />

O que a gente po<strong>de</strong> fazer por<br />

você hoje tem a assinatura da<br />

agência presidida por João Livi.<br />

56 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


míDia<br />

Debate dará o<br />

tom da Copa da<br />

Rússia na ESPN<br />

Depois <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r acompanhar os jogos das<br />

três últimas edições da Copa pela ESPN, a<br />

audiência do canal terá um perfil diferente<br />

<strong>de</strong> cobertura neste ano durante o evento.<br />

O canal pago não renovou os direitos <strong>de</strong> transmissão<br />

para o mundial, mas nem por isso <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong><br />

fornecer conteúdo <strong>de</strong> análise e profundida<strong>de</strong>.<br />

Segundo João Palomino, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

jornalismo e produção da ESPN Brasil, se conformar<br />

não está nos planos da emissora, que aposta no seu<br />

time <strong>de</strong> talentos e em estúdio direto <strong>de</strong> Moscou para<br />

trazer discussões no pós-jogo. Na entrevista a seguir,<br />

o executivo fala sobre pacote comercial, estratégia no<br />

digital e credibilida<strong>de</strong>.<br />

Palomino: credibilida<strong>de</strong> da ESPN vai atrair anunciantes para a cobertura do pós-jogo<br />

Divulgação<br />

Danúbia Paraizo<br />

CoPa SEm CoPa<br />

Nós temos duas opções na<br />

vida: sentar e chorar ou fazer<br />

acontecer. E nós optamos por<br />

agir. Quando você propõe para<br />

os anunciantes alternativas <strong>de</strong><br />

se associar à ESPN, que tem<br />

a credibilida<strong>de</strong> como principal<br />

palavra <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação,<br />

as marcas querem se associar.<br />

Os jogos se encerram às 17h, a<br />

partir dali as marcas po<strong>de</strong>rão<br />

se associar a algo muito importante,<br />

que é a figura dos nossos<br />

talentos. Teremos o programa<br />

Linha <strong>de</strong> Passe todos os dias. O<br />

Resenha, que é uma atração feita<br />

por ex-jogadores, com uma<br />

rotina muito maior. O Esporte<br />

Center e o Bate Bola terão edições<br />

especiais. As pessoas vão<br />

querer saber e interagir com o<br />

que está sendo realizado.<br />

PRofuNDiDaDE<br />

Estamos calejados <strong>de</strong> discutir<br />

futebol e aprofundar essa discussão.<br />

Mesmo quando tínhamos<br />

os direitos <strong>de</strong> transmissão,<br />

a gente via <strong>de</strong> forma bem diferente<br />

o entorno da competição.<br />

Nós gostamos <strong>de</strong> trabalhar a<br />

informação em torno dos jogos.<br />

E como as partidas na Rússia<br />

vão ser realizadas até as 17h, a<br />

partir daí os programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate<br />

é que vão tomar conta <strong>de</strong><br />

todos os canais, inclusive dos<br />

que <strong>de</strong>têm os direitos. Por isso<br />

nossos esforços nos talentos da<br />

casa no pós-jogo, que é quando<br />

o nosso fã <strong>de</strong> esporte vai estar<br />

em casa.<br />

PRogRamação<br />

Nós teremos, até a Copa,<br />

uma série <strong>de</strong> novos programas<br />

e produtos que adquirimos e já<br />

fazem parte do nosso plano comercial.<br />

Temos um formato que<br />

estamos apostando muito com<br />

o ex-jogador Alex, um <strong>de</strong> nossos<br />

talentos. A gente acredita<br />

muito nesse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ter uma<br />

figura próxima. Vamos, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />

acompanhar a seleção<br />

brasileira. Teremos uma equipe<br />

fixa em Moscou. Lá, os canais<br />

ESPN estarão posicionados em<br />

um local exclusivo, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> serão<br />

transmitidas as entradas ao<br />

vivo. Vamos trazer informações<br />

em primeira mão, com a participação<br />

do Bruno Vicari e do Everaldo<br />

Marques, além <strong>de</strong> toda a<br />

equipe que estará aqui, no Brasil,<br />

levando mais informações<br />

para as pessoas como opção <strong>de</strong><br />

segunda tela. E quando a bola<br />

estiver parada, aí é com a gente.<br />

Teremos uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para o <strong>de</strong>bate.<br />

iNvEStimENto<br />

O plano comercial já está na<br />

rua. Algumas marcas já estão<br />

confirmadas, como Ipiranga e<br />

Sportingbet. A Tecnisa adquiriu<br />

“antes você fazia<br />

um produto <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e<br />

esperava que as<br />

pessoas viessem<br />

assistir. Hoje isso<br />

não basta. você<br />

tem <strong>de</strong> respeitar<br />

as pessoas”<br />

a cota <strong>de</strong> apoio. E vamos começar<br />

o processo <strong>de</strong> entrega para<br />

a Copa. As marcas enxergam<br />

enorme valor com o que preten<strong>de</strong>mos<br />

fazer. Teremos, por<br />

exemplo, a presença forte dos<br />

influenciadores digitais Cid Cidoso<br />

(@naosalvo), Carter Batista<br />

(@essediafoilouco) e Luana<br />

Maluf (@luanamaluf), que nos<br />

ajudam a multiplicar o alcance,<br />

que é o que a gente necessita.<br />

Nossa mensagem precisa<br />

chegar ao fã <strong>de</strong> esportes. Nosso<br />

objetivo e sair <strong>de</strong>ssa Copa com<br />

o torcedor tendo a sensação <strong>de</strong><br />

que esteve no torneio porque<br />

acompanhou o <strong>de</strong>bate na ESPN.<br />

Digital<br />

A gente vem adotando essa<br />

estratégia <strong>de</strong> disponibilizar <strong>de</strong>terminados<br />

conteúdos na íntegra<br />

no digital primeiro. Alguns<br />

documentários, por exemplo,<br />

como o feito por Gustavo Hofman<br />

com a Polícia Militar <strong>de</strong><br />

Belo Horizonte. Ele passou uma<br />

semana treinando com eles,<br />

como se fosse policial da Tropa<br />

<strong>de</strong> Choque, para atuar num<br />

clássico do futebol mineiro. Durante<br />

esse período ele enten<strong>de</strong>u<br />

e humanizou a figura do policial,<br />

que também é pai <strong>de</strong> família,<br />

torcedor, talvez até já tenha<br />

brigado em estádio e, acima<br />

<strong>de</strong> tudo, uma figura humana<br />

que precisa ter controle em um<br />

momento que <strong>de</strong>ve controlar a<br />

massa. Fizemos essa estratégia<br />

no digital e tem dado resultado.<br />

multitEla<br />

O que mudou muito em relação<br />

ao nosso fã <strong>de</strong> esporte é<br />

que antes você fazia um produto<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e esperava<br />

que as pessoas viessem assistir.<br />

Hoje isso não basta. Você tem<br />

<strong>de</strong> respeitar as pessoas. On<strong>de</strong><br />

elas querem ver, como e em<br />

que hora. Você tem <strong>de</strong> disponibilizar<br />

o conteúdo on<strong>de</strong> o fã se<br />

sente mais confortável. Nossa<br />

missão mundial é levar o melhor<br />

conteúdo on<strong>de</strong> a audiência<br />

estiver. Então, na série O Último<br />

Trem para a Rússia, disponibilizamos<br />

os <strong>12</strong> episódios para<br />

quem quiser ver <strong>de</strong> uma vez só<br />

e também na TV. Não pensamos<br />

como produtos distintos. Nosso<br />

conteúdo precisa aten<strong>de</strong>r esse<br />

360 para termos novos pontos<br />

<strong>de</strong> contato com o fã <strong>de</strong> esporte.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 57


we<br />

mkt<br />

LDProd/iStock<br />

Burrice natural<br />

“A burrice no Brasil tem um passado<br />

glorioso e um futuro promissor”.<br />

Roberto Campos<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Meu dia começa às 4 da manhã. Acordo,<br />

barba e banho, café, parabéns<br />

aos aniversariantes do “Feice” e uma primeira<br />

olhada em meus integradores <strong>de</strong><br />

notícias. Às 05h20min pego minhas coisas<br />

e vou para a sala. Sento no sofá, ligo o<br />

smartphone e abro o aplicativo do 99 para<br />

chamar um táxi.<br />

Em qualquer <strong>de</strong>cisão que eu tome sempre<br />

privilegio um especialista. Um profissional<br />

que se <strong>de</strong>dique <strong>de</strong> alma e coração a<br />

uma <strong>de</strong>terminada ativida<strong>de</strong>.<br />

Assim, não uso o Uber, um agrupamento<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> profissionais fazendo bico<br />

ou aguardando por um emprego.<br />

Sei que os motoristas <strong>de</strong> táxi nos trataram<br />

mal todos estes anos. Sei que começaram<br />

a acordar recentemente, diante da<br />

existência <strong>de</strong> concorrência. Sei que ainda<br />

<strong>de</strong>ixam muito a <strong>de</strong>sejar. Mas ainda me sinto<br />

melhor, mais confortável e mais seguro<br />

recorrendo a alguém que vive do que trabalha<br />

e faz. Que, em tese, se <strong>de</strong>dica a isso.<br />

Assim, salto todas as <strong>de</strong>mais alternativas<br />

que o 99 oferece com <strong>de</strong>scontos, promoções<br />

e tudo o mais. Só chamo táxi e tabela<br />

cheia.<br />

Numa segunda-feira <strong>de</strong>ste ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong><br />

tentei fazer isso. E aí entrou uma versão<br />

nova do aplicativo do 99. E começou a me<br />

pedir uma série <strong>de</strong> informações que já forneci<br />

no correr <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> relacionamento<br />

diário.<br />

Depois <strong>de</strong> quatro ou cinco tentativas<br />

<strong>de</strong>sisti e me lembrei <strong>de</strong> um aplicativo que<br />

instalara no celular, da Porto Seguro, o Vá<br />

<strong>de</strong> Táxi.<br />

Cliquei, rápido, direto, e mais que correspon<strong>de</strong>u<br />

às minhas expectativas mesmo<br />

sendo a primeira vez. No dia seguinte, tentei<br />

uma vez mais o 99 e nem mesmo a opção<br />

táxi consegui encontrar. Eliminaram a<br />

palavra táxi do aplicativo. Voltei a recorrer<br />

ao Vá <strong>de</strong> Táxi e funcionou.<br />

Conclusão, <strong>de</strong>sisti do 99. E a que conclusão<br />

cheguei? Que o 99, aplicativo lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

chamada <strong>de</strong> táxis e outros formatos <strong>de</strong> condução<br />

para pessoas, acaba <strong>de</strong> abrir mão <strong>de</strong><br />

todas as vantagens e facilida<strong>de</strong>s da inteligência<br />

artificial e opta pela burrice natural.<br />

Por razões que a própria razão <strong>de</strong>sconhece,<br />

<strong>de</strong>cidiu melhorar o aplicativo. Melhorar<br />

não sob a ótica do cliente e usuário, mas <strong>de</strong><br />

uma maneira tal que quase constrangesse<br />

a todos que recorrem ao aplicativo para <strong>de</strong>mandarem<br />

pelos serviços que garantem ao<br />

99 maiores margens.<br />

Ou seja, privilegiaram o produto sob a<br />

ótica <strong>de</strong>les, empresa, e os clientes que tratem<br />

<strong>de</strong> se adaptar e reiniciar do zero seu relacionamento<br />

com o aplicativo.<br />

Naquela segunda, o 99 per<strong>de</strong>u mais e<br />

muitos clientes conforme sucessivas manifestações<br />

no correr dos dias e semanas<br />

seguintes nas re<strong>de</strong>s sociais.<br />

Cada um <strong>de</strong> nós, empresários, tem o direito<br />

e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> escolher. Usar a inteligência<br />

artificial para favorecer e agradar nossos<br />

clientes e fortalecer, por <strong>de</strong>corrência<br />

nosso relacionamento, ou optar pela burrice<br />

natural por ganância porca e ambição<br />

<strong>de</strong>smedida e pornográfica. O 99 optou pelo<br />

segundo caminho.<br />

Fica a lição. Só tente evoluir do bom para<br />

o ótimo se isso for <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> ótimo e em<br />

todos os sentidos para seus clientes. Caso<br />

contrário, prevalece o velho e sábio ditado:<br />

O Ótimo é Inimigo do Bom. E nas duas situações,<br />

ótimo e bom, só é ótimo e bom <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>, e, repetindo, se for bom e ótimo<br />

para o cliente.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

58 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


curtas<br />

No Dia da Mulher,<br />

McDonald’s vira alvo<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais<br />

Fotos: Divulgação<br />

O McDonald’s inverteu seus arcos em<br />

ação para o Dia da Mulher, celebrado no<br />

último dia 8, em uma loja na Califórnia.<br />

Com a mudança, foi formado um W, em<br />

referência à palavra “woman” (mulher em<br />

inglês). Essa foi a primeira vez na história<br />

que o logo foi invertido. O logo também foi<br />

estampado nos canais digitais da marca.<br />

Enquanto isso, no Brasil, a homenagem<br />

às mulheres causou polêmica, já que a re<strong>de</strong><br />

disponibilizou operação 100% feminina<br />

em 20 lojas. Nas re<strong>de</strong>s sociais, os clientes<br />

questionaram as mulheres trabalharem,<br />

enquanto os homens estariam, supostamente,<br />

<strong>de</strong> folga. Por meio <strong>de</strong> nota oficial, o<br />

McDonald’s respon<strong>de</strong>u que “houve apenas<br />

uma troca <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> trabalho entre eles<br />

para que esses 20 restaurantes pu<strong>de</strong>ssem<br />

reunir apenas mulheres na operação”.<br />

Uma loja da Califórnia teve seu logo invertindo para formar um W, em alusão à palavra mulher em inglês<br />

Veja sai CoM Capa falsa ogilVy Cria para BMW X3 reD asset estreia na MíDia<br />

A Veja <strong>de</strong>sta<br />

semana traz<br />

um manifesto<br />

contra as fake<br />

news em uma<br />

capa falsa, que<br />

aparece quando<br />

o leitor inverte<br />

a revista.<br />

A ação é uma<br />

parceria com a<br />

DM9DDB e preten<strong>de</strong><br />

alertar os<br />

leitores sobre<br />

Revista faz manifesto esta semana<br />

os problemas<br />

causados pelas<br />

notícias falsas. Nas três páginas editoriais<br />

do manifesto, que imitam as seções da<br />

própria revista, são apresentadas fake<br />

news que circularam pela mídia digital.<br />

A revista ainda traz o anúncio Veja se é<br />

verda<strong>de</strong>, que critica as fake news e <strong>de</strong>staca<br />

a importância <strong>de</strong> usar uma fonte confiável<br />

para se informar, exaltando a própria publicação<br />

da Editora Abril como a “maior e<br />

mais prestigiada revista semanal do país” e<br />

aconselha os leitores a “antes <strong>de</strong> comentar,<br />

antes <strong>de</strong> postar, antes <strong>de</strong> curtir, antes <strong>de</strong><br />

compartilhar: Veja. Veja se é verda<strong>de</strong>”.<br />

O BMW X3 chega às concessionárias nesta semana<br />

A Ogilvy é a agência responsável pela<br />

campanha que comunica o novo BMW X3,<br />

que chega às concessionárias da marca<br />

nesta semana. O filme, adaptado ao país,<br />

explora os atrativos do carro e a i<strong>de</strong>ia<br />

“Nada menos que o máximo”. “Criamos<br />

um conceito que é muito representativo<br />

para o novo BMW X3 e reforça o seu posicionamento<br />

premium. É um carro <strong>de</strong> estilo<br />

único e inconfundível, que tem a tecnologia<br />

como um dos maiores <strong>de</strong>staques”,<br />

comenta Félix <strong>de</strong>l Valle, diretor <strong>de</strong> criação<br />

executivo da Ogilvy Brasil. A campanha<br />

ainda contempla ações nas re<strong>de</strong>s sociais,<br />

publieditoriais, mídia online e peças para<br />

mídia impressa.<br />

Filme criado pela Mar Comunicação para Red Asset<br />

A Mar Comunicação assina a primeira<br />

campanha da Red Asset, empresa <strong>de</strong> recebíveis,<br />

que estreia nesta segunda-feira (<strong>12</strong>).<br />

No filme <strong>de</strong> 45 segundos, que será veiculado<br />

na GloboNews, um executivo tenta solucionar<br />

um cubo mágico, mas não chega a<br />

um bom resultado. A campanha contempla<br />

ainda anúncio <strong>de</strong> página inteira no jornal O<br />

Valor, além <strong>de</strong> peça <strong>de</strong> rádio, anúncios <strong>de</strong><br />

revista e comunicação nos principais portais<br />

<strong>de</strong> internet e nas re<strong>de</strong>s sociais. Sob o<br />

tema Muito além <strong>de</strong> recebíveis, a campanha<br />

busca mostrar uma empresa ágil e sólida<br />

que se <strong>de</strong>staca no mercado. Em 2017, a<br />

Red Asset movimentou aproximadamente<br />

R$ 10 bilhões.<br />

Diretor e Jor na lis ta Res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Editora-chefe: Kelly Dores<br />

Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo Macedo,<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

Editora-assistente: Cristiane Marsola<br />

Repórteres: Alisson Fernán<strong>de</strong>z (SP),<br />

Danúbia Paraizo (SP), Jéssica Oliveira (SP),<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

Editor <strong>de</strong> Arte: Adu nias Bis po da Luz<br />

Assistente <strong>de</strong> Arte: Lucas Boccatto<br />

Revisor: José Carlos Boanerges<br />

Site: propmark.com.br<br />

Redação: Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Gerentes: Mel Floriano<br />

mel@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0748<br />

Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0744<br />

Diretor Executivo: Tiago A. Milani Ferrentini<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

Departamento <strong>de</strong> Assinaturas<br />

Coor<strong>de</strong>nadora: Regina Sumaya<br />

regina-sumaya@editorareferencia.com.br<br />

Assinaturas/Renovação/<br />

Atendimento a assinantes<br />

assinatura@editorareferencia.com.br<br />

São Paulo (11) 2065-0738<br />

Demais estados: 0800 704 4149<br />

O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />

rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />

opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 59


supercenas<br />

Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />

Grazi Massafera, a vilã Lívia <strong>de</strong> O Outro Lado do Paraíso, passa a integrar o time <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s da marca Eudora, <strong>de</strong> O Boticário; ela grava cenas para exibição em canais proprietários como o Fac<br />

EFEITO MATE<br />

No ar com a personagem Lívia, vilã da novela global O Outro Lado<br />

do Paraíso, a atriz Grazi Massafera passa a integrar o time <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s<br />

da marca Eudora, lançada por O Boticário no primeiro trimestre<br />

<strong>de</strong> 2011 para atingir um público diferente do que frequenta<br />

suas mais <strong>de</strong> três mil lojas em todo o país. A atriz empresta sua<br />

imagem para a campanha do novo batom Nu<strong>de</strong> Caramelo, da linha<br />

Soul Kiss Me. Grazi conheceu o produto, que possui efeito mate, ou<br />

seja, sem brilho, da Eudora, quando ganhou um kit promocional<br />

no ano passado. Ela se junta a personalida<strong>de</strong>s como Claudia Leitte,<br />

Juliana Paes e Sabrina Sato. O portfólio da Eudora só está disponível<br />

em sua única loja própria, em Belo Horizonte, no e-commerce<br />

e através <strong>de</strong> reven<strong>de</strong>doras cre<strong>de</strong>nciadas. “A Grazi representa<br />

a mulher que traça seus caminhos e conquista seus objetivos, se<br />

colocando como protagonista da própria vida. Eudora acredita na<br />

força <strong>de</strong>ssa mulher e quer ajudar nessas conquistas diárias”, conta<br />

Daniel Knopfholz, diretor da Eudora. Por enquanto, não está programada<br />

nenhuma campanha publicitária para promover a marca.<br />

A ativação se dá com a imagem da artista nos canais proprietários<br />

da Eudora nas re<strong>de</strong>s sociais (Facebook e Instagram), forte trabalho<br />

<strong>de</strong> relações públicas e no catálogo <strong>de</strong> vendas, on e off.<br />

Zito Campos (Hands), Vanessa Brandão, do marketing da Heineken, e Marcelo Lenhard (Hands)<br />

60 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Fotos: Divulgação<br />

Roberto Gnypek, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing do McDonald’s, Anitta e Rafael Urenha, CCO da agência DPZ&T<br />

PREPARADA<br />

Presente em campanhas da Doritos, Renault, iFood, Claro e Niely,<br />

a onipresente Anitta vai animar a campanha Prepara, criada pela<br />

agência DPZ&T para a Copa do Mundo na Rússia da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fast-<br />

-food McDonald’s, que é uma das patrocinadoras oficiais da Fifa.<br />

Anitta o remake do seu hit, feito pela equipe <strong>de</strong> criação da agência,<br />

para <strong>de</strong>stacar a preparação do McDonald’s, do craque Neymar, que<br />

vai ser uma das estrelas da campanha, e da torcida brasileira. O<br />

flight teve início na última quarta-feira (7) no Jornal Nacional.<br />

LER<br />

A Jotacom está à frente do segundo flight da campanha do Clube<br />

Leiturinha, que promove o hábito da leitura compartilhada<br />

para mais <strong>de</strong> 85 mil famílias, distribuídas em mais <strong>de</strong> 5.200 cida<strong>de</strong>s<br />

do país. É o maior clube <strong>de</strong> assinatura <strong>de</strong> livros infantis<br />

do país. O protagonista do comercial é o apresentador e ator<br />

Marcio Garcia, com participação da sua mulher, Andréa Santa<br />

Rosa, e do filho, Felipe. “Buscamos assim, como na primeira<br />

fase (realizada por Tania Khalill, Jairzinho Oliveira e as filhas),<br />

famosos que são a cara da marca e aparecem juntamente com<br />

suas famílias. Tudo para afirmar ainda mais a credibilida<strong>de</strong> e<br />

ajudar a fortalecer a posição da marca como gran<strong>de</strong> empresa do<br />

setor infantil”, justificou Jurgis Figueiredo, CEO da agência. A<br />

direção <strong>de</strong> criação do projeto foi conduzida por Fabio Mello; e<br />

a produção, pela Bros.co. O projeto criativo também envolveu<br />

os profissinais Rodrigo Franz, Raíssa Palamarczuk, Felipe Ruiz<br />

e Aline Strobelt.<br />

FORMATO<br />

I<strong>de</strong>alizada para permitir<br />

acesso rápido e sem<br />

comprometer o plano<br />

<strong>de</strong> dados dos usuários<br />

<strong>de</strong> smartphones,<br />

a plataforma AMP<br />

(Acelerated Mobile Pages)<br />

já está sendo usada pelo<br />

UOL, assim como<br />

a Wired, CNN, Mashable<br />

e Washington Post.<br />

SHARE<br />

A mão <strong>de</strong> obra feminina<br />

no Twitter representa<br />

38,4% da força <strong>de</strong><br />

trabalho da marca. A meta<br />

e encerrar <strong>2018</strong> com 43%.<br />

COZINHA<br />

O Masterchef, segundo a<br />

SEMrush, li<strong>de</strong>rou buscas<br />

na web, com 733,5 mil<br />

pesquisas em 2017.<br />

ebook e Instagram, além do catálogo <strong>de</strong> vendas<br />

AR LIVRE<br />

O espaço Heineken Block se<br />

aproveitou do conjunto arquitetônico<br />

da Vila dos Ingleses,<br />

na área central <strong>de</strong> São Paulo, e<br />

fez sucesso. O projeto, que foi<br />

encerrado no último domingo<br />

(11), teve a assinatura da agência<br />

<strong>de</strong> live marketing Hands. É<br />

mais uma iniciativa <strong>de</strong>scolada<br />

do anunciante, que usa os canais<br />

tradicionais para promover<br />

a marca, mas recorre a iniciativas<br />

como as block parties,<br />

festas ao ar livre com música<br />

e arte. A marca já realizou a<br />

Heineken Up On The Roof, que<br />

ocupou a cobertura <strong>de</strong> um edifício<br />

em São Paulo para reunir<br />

tribos em torno <strong>de</strong> festas pra lá<br />

<strong>de</strong> animadas.<br />

Marcio, o filho Felipe e a mulher Andréa; Fabio Mello (Jotacom) e Drico Mello (Bros.co)<br />

MONTADORAS<br />

Se o governo brasileiro<br />

não aprovar o<br />

investimento <strong>de</strong><br />

R$ 1,5 bilhão no projeto<br />

Rota 2030, algumas<br />

montadoras po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar<br />

o país, como informa<br />

a Anfavea, entida<strong>de</strong><br />

que representa o tra<strong>de</strong><br />

automobilístico.<br />

RISCO<br />

Sem reforma da<br />

Previdência, a agência<br />

<strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> risco<br />

Fitch rebaixou a nota do<br />

Brasil para a realização <strong>de</strong><br />

investimentos.<br />

FRÁGIL<br />

Brasil é o 7° no ranking<br />

da OMS sobre violência<br />

à mulher. A análise<br />

contempla 83 países.<br />

jornal propmark - <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 61


última página<br />

GeogeRudy/iStock<br />

Eu,<br />

consumidor<br />

Stalimir Vieira<br />

Outro dia, me perguntei quando foi a última<br />

vez em que tomei uma iniciativa<br />

<strong>de</strong> consumo influenciado pela propaganda.<br />

Para os padrões brasileiros, acredito que<br />

pertenço a uma faixa <strong>de</strong> cidadãos favorecidos<br />

por serem dotados <strong>de</strong> alguma cultura e<br />

por ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar o bastante<br />

para se dizer estáveis e em condições<br />

<strong>de</strong> tomar iniciativas <strong>de</strong> consumo num espectro<br />

razoável.<br />

Ou seja, acho que sou interessante para as<br />

marcas. Colocando-me do outro<br />

lado do balcão – o do anunciante<br />

– a primeira questão que me ocorre<br />

é “on<strong>de</strong> encontro esse sujeito?”.<br />

Po<strong>de</strong> parecer bobagem, mas,<br />

se pensar bem, não será por causa<br />

<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sconhecimento que<br />

o meu carro é o mesmo há mais <strong>de</strong> nove<br />

anos? É fato que não sou um aficionado por<br />

carros, mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que pu<strong>de</strong> pagar por um,<br />

nunca mais <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> ter, pagando, aliás,<br />

cada vez mais, pelo seguinte. Isso é bom<br />

para o negócios <strong>de</strong> carros ou não é?<br />

Mas, então, por que não tenho cruzado<br />

com eles nos meus hábitos <strong>de</strong> consumo<br />

<strong>de</strong> comunicação? Aliás, tenho, sim, nos<br />

anúncios-paisagem dos jornais <strong>de</strong> domingo<br />

e nos comerciais-paisagem dos intervalos<br />

dos telejornais.<br />

Lembrei-me <strong>de</strong> outro “cruzamento”: no<br />

Facebook, uma série <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os em que alguma<br />

das chamadas celebrida<strong>de</strong>s discorre<br />

sobre a experiência <strong>de</strong> dirigir uma marca<br />

francesa, se não me engano. Assisti a um inteiro<br />

e pareceu que não era comigo. Talvez,<br />

não fosse mesmo, embora, como se sabe,<br />

a faixa etária da re<strong>de</strong> social teria subido,<br />

o que me incluiria como target da marca.<br />

Mas, por on<strong>de</strong> mais eu ando, perguntaria,<br />

como gestor <strong>de</strong> marcas, além dos telejornais,<br />

da leitura domingueira dos jornais e<br />

do Facebook, meios, aliás, em que, na forma,<br />

nenhum anúncio me tem feito avaliar<br />

uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo?<br />

“On<strong>de</strong> fOi<br />

parar essa<br />

inteligência<br />

da mídia?”<br />

E pensaria: por que não pegar esse sujeito<br />

num ambiente mais exclusivo e a que<br />

ele atribua prestígio? Ajudo: ando também<br />

no Netflix, no Spotify e no Vicenews, <strong>de</strong><br />

um lado e, <strong>de</strong> outro, na Piauí, no Le Mon<strong>de</strong><br />

Diplomatique, na Quatro Cinco Um e na<br />

Scientific American, por exemplo. Se nos<br />

meios, digamos, mais óbvios, nenhuma<br />

marca parece querer falar comigo<br />

do “jeito certo”, nesses últimos,<br />

então, parecem não quererem<br />

falar com ninguém <strong>de</strong> jeito<br />

nenhum.<br />

Anos ou décadas atrás seria<br />

normal eu cruzar, por exemplo,<br />

com um anúncio do uísque preferido nos<br />

meus hábitos <strong>de</strong> leitura. Era agradável, fazia<br />

sentido. Inclusive, quando a marca concorrente<br />

se atravessava por lá também para<br />

me tentar para uma experiência.<br />

Ou alguma marca <strong>de</strong> carro resolvendo<br />

lhes fazer companhia, como que compondo<br />

uma mesma “família”, cujo traço comum<br />

era reconhecer e valorizar o meu padrão <strong>de</strong><br />

consumo <strong>de</strong> cultura. On<strong>de</strong> foi parar essa inteligência<br />

da mídia?<br />

Aparentemente, foi dispensada e substituída<br />

por algoritmos. Talvez a razão para<br />

que, viajante frequente, eu seja “punido”<br />

diariamente com uma avalanche <strong>de</strong> e-mails<br />

das companhias aéreas carregados do mais<br />

ordinário varejo ou tenha a minha timeline<br />

frequentemente invadida por postagens<br />

miseravelmente inconvenientes.<br />

Enquanto isso, os meios que me dão<br />

mais prazer pa<strong>de</strong>cem <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> anúncios.<br />

Stalimir Vieira é diretor da Base Marketing<br />

stalimircom@gmail.com<br />

62 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark


Rafael Cinoto,<br />

matemático.<br />

Doar seu Imposto <strong>de</strong> Renda para<br />

o Con<strong>de</strong>ca é bem simples e rápido.<br />

Sem dúvida, você já superou <strong>de</strong>safios maiores!<br />

Doar é fácil e você contribui para a inclusão<br />

<strong>de</strong> pessoas com Deficiência Intelectual.<br />

Doar seu Imposto <strong>de</strong> Renda para<br />

o Con<strong>de</strong>ca é bem simples e rápido.<br />

Sem dúvida, você já superou <strong>de</strong>safios maiores!<br />

Doar é fácil e você contribui para a inclusão<br />

<strong>de</strong> pessoas com Deficiência Intelectual.<br />

Acredite: você já fez<br />

coisa mais complicada.<br />

#DoarÉmaisFácil<br />

DOE ATÉ<br />

<strong>2018</strong><br />

30DOE Abril ATÉ<br />

<strong>2018</strong><br />

O limite para doação <strong>de</strong> Pessoas Físicas é <strong>de</strong> até 3%<br />

do Imposto <strong>de</strong> Renda <strong>de</strong>vido até 30 DE ABRIL DE <strong>2018</strong>.<br />

Vale lembrar que a doação só é possível para Declarações Completas.<br />

Acesse: www.doaremaisfacil.org.br<br />

O limite para doação <strong>de</strong> Pessoas Físicas é <strong>de</strong> até 3%<br />

do Imposto <strong>de</strong> Renda <strong>de</strong>vido até 30 DE ABRIL DE <strong>2018</strong>.

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