Edição Março/Abril - 2018
Edição de Março/Abril 2018 da Revista Ferroviária
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eportagem<br />
Comitê da Baixada em ação<br />
Renovações feitas por Plano Diretor Integrado dão fôlego às operações no Porto de Santos<br />
Por Evelyn Soares<br />
Quase três anos depois do início do Plano Diretor<br />
Integrado da Baixada Santista, que vem<br />
sendo discutido e elaborado em conjunto entre<br />
MRS, Rumo e VLI, mudanças nos processos<br />
de acesso ferroviário ao maior porto do Brasil já<br />
são perceptíveis e impactam o volume de movimentação a<br />
bordo de trens na região. Desde 2015, quando efetivamente<br />
os trabalhos começaram, os investimentos têm sido expressivos:<br />
duplicações e melhorias da malha ferroviária,<br />
aprimoramento da operação diária, reforma e criação de<br />
pátios novos e até a construção de um terminal dentro do<br />
Porto de Santos, o Tiplam, com o custo de R$ 2,7 bilhões<br />
por parte da VLI.<br />
“Tivemos grandes investimentos que possibilitaram<br />
melhorias de processos. Foi um conjunto de forças que<br />
levaram ao crescimento vertiginoso nesse período. Só na<br />
entrega de insumos agrícolas no porto, que é o carro-chefe<br />
da Baixada Santista para as operadoras, houve crescimento<br />
de 30% em 2017 em relação a 2016”, informou Guilherme<br />
Delgado, gerente geral de operações da MRS em São Paulo<br />
e líder do Plano Diretor.<br />
Não por acaso, em três anos, a movimentação ferroviária<br />
no Porto de Santos cresceu e isso se reflete no balanço mais<br />
recente divulgado pela Companhia Docas do Estado de São<br />
Paulo (Codesp). Segundo a entidade, a movimentação geral<br />
no porto aumentou 10,5% de 2016 para 2017. O modal<br />
ferroviário foi responsável por 2,3% do crescimento deste<br />
período e, hoje, participa com 27% de todas as cargas movimentadas<br />
no porto – percentual que, em 2013, era de apenas<br />
12%. Em projeções apresentadas em 2017 pela Codesp, as<br />
ferrovias podem chegar a 40% de participação em 2025.<br />
Ainda de acordo com dados da Codesp, as commodities<br />
respondem por 43,6% de tudo o que passou pelo porto em<br />
2017 – e o modal ferroviário foi responsável, nesse período,<br />
por 53,2% da movimentação de cargas de farelo de soja,<br />
milho e açúcar.<br />
racionalização e de ganho de eficiência na operação”, como<br />
explicou Rafael Langoni, gerente-executivo da área de Projetos<br />
e Relações Corporativas da Rumo-ALL.<br />
O grupo dividiu o trabalho em três frentes. Em Capacidades,<br />
são feitas análises de investimento atual e futuro; no<br />
quesito Normatização, a ideia é aperfeiçoar processos operacionais;<br />
e em Processo de Gestão, o objetivo é investigar<br />
ações que podem ser aplicadas para melhorar a operação,<br />
sem a necessidade de investimentos financeiros. Segundo<br />
Delgado, da MRS, o planejamento de cada etapa é feito<br />
conjuntamente, mas a maior parte dos investimentos é tratada<br />
de forma individual, ou seja, por cada operadora. Os<br />
encontros podem ser diários – no caso do setor operacional<br />
-, semanais ou mensais, e têm objetivos e níveis diferentes<br />
– sejam gerencias ou estratégicos. Ou seja, integração<br />
tornou-se a palavra de ordem para as operadoras da região.<br />
A fase inicial do grupo de trabalho, que durou do segundo<br />
semestre de 2015 a meados de 2016, teve o objetivo de colocar<br />
em prática ações para transformar a operação de forma<br />
rápida, sem a necessidade de investir capital. A primeira<br />
Aplicações imediatas<br />
O trabalho conjunto do grupo foi iniciado no segundo semestre<br />
de 2015 para “discutir a compatibilização de longo<br />
prazo de cada operadora, além de buscar oportunidades de<br />
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REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Março</strong>/<strong>Abril</strong> DE <strong>2018</strong>