EMPREENDORISMO zação em eventos da comunidade, trabalhamos muito a parte da comunicação de apoio ao reconhecimento e à notoriedade das startups. Temos, ainda, uma função mais tradicional de uma incubadora, que é pôr em contacto os empreendedores com o mundo dos investidores”. Ao todo, as empresas que por lá passaram já levantaram mais de 80 milhões de euros de investimento, revela Miguel Fontes, e “já criaram mais de 1500 postos de trabalho diretos". “Estamos a falar de uma renovação grande do nosso tecido empresarial por essa via”, reforça. Já Sónia Figueiredo revela que a constituição do Loures Inova como incubadora levou à criação de novos programas de apoio, entre mentoria, consultoria e programas de aceleração, que “dão acesso aos melhores players do mercado, especializados em áreas como certificação, propriedade intelectual, assessoria jurídica, fiscalidade, contabilidade, financiamentos, apoios à internacionalização, inovação de base tecnológica, marketing e media”. A definição do plano de negócio é o que mais é procurado na incubadora, uma vez que muitos “ainda estão numa fase inicial”. CRIAR VALOR Distanciando-se da “onda de empreendedorismo”, Carlos Oliveira assegura que a Startup Braga está, apenas e só, focada em “criar valor” para as empresas a ela associadas: “Queremos distanciar-nos do marketing associado ao empreendedorismo. Estamos totalmente focados no sucesso das nossas startups. Somos um hub de empreendedores para empreendedores, conhecemos o ciclo de vida de uma empresa, desde a ideia até à implantação no mercado, e preparamos as startups para o contacto com clientes, parceiros e potenciais financiadores”. Para o futuro, o CEO espera que “Braga continue a ser um viveiro tecnológico e de inovação” e que 26 estes projetos “ganhem asas e galguem fronteiras”. Por sua vez, a Startup Lisboa espera abrir, “no próximo ano”, um novo espaço de incubação no Chiado, em parceria com a Central de Cervejas, “dedicado apenas à área de food and beverage”, adianta Miguel Fontes. Além disso, está prevista a entrada em funcionamento do novo Hub Criativo do Beato, projeto cuja gestão foi atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa à Startup Lisboa. “Hoje, Lisboa é vista internacionalmente como um dos grandes hubs de empreendedorismo internacionais e, sem falsas modéstias, 80 devo dizer que a Startup Lisboa tem contribuído de forma decisiva para isso”, assevera. Já Sónia Figueiredo espera que o Loures Inova se torne “um braço-armado das empresas e do concelho de Loures no que respeita à inovação. Em curso, está a criação de uma Associação para a Inovação e Capacitação Empresarial, que contará com a integração de cerca de 40 entidades. “Abrirmos como uma incubadora setorial foi um desafio. Correu bem e as pessoas procuram-nos por estarmos ligados ao agroalimentar e por estarmos no MARL, onde estão 900 operadores.” Desde o arranque da Startup Lisboa, em 2012, as startups que por ali passaram levantaram 80 milhões de euros em investimento. Na Startup Braga, as startups já captaram 26,9 milhões de euros em investimento. 18 “DESENVOLVEMOS PROJETOS COM STARTUPS QUE ESTÃO FISICAMENTE NOUTRAS INCUBADORAS” Sónia Figueiredo Coordenadora executiva do Loures Inova NÚMEROS QUE CONTAM 26,9 Com um ano de atividade, o Loures Inova conta com sete projetos em incubação física e outros dez em incubação visual.
JULHO <strong>2018</strong> WWW.<strong>PME</strong>MAGAZINE.COM 27