16.07.2018 Views

Revista Apólice #234

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

e Profissional, o próprio Empresarial<br />

voltado para as pequenas empresas, pois<br />

há uma demanda significativa; agrícola<br />

e implementos, os produtos na linha de<br />

benefícios como vida, saúde, odontológico,<br />

previdência privada. Enfim, reinventar o<br />

trabalho de corretor junto aos seus próprios<br />

clientes e o seu mercado”, acredita.<br />

Para atender as demandas geradas<br />

pelos novos riscos, o corretor precisa se<br />

preparar, pois será grande a dificuldade<br />

que terá em relação ao já conhecido ramo<br />

de automóvel. O estado reúne em torno de<br />

3.400 corretores pessoas físicas e jurídicas<br />

– cerca de 1 mil corretores associados<br />

ao Sincor-SC.<br />

“O Sincor não mede esforços para<br />

trazer palestrantes, fazer workshops e<br />

reuniões. Agora, a dificuldade que nós<br />

temos para reunir um grupo de profissionais<br />

é muito grande. “O profissional<br />

precisa rever seus conceitos. Ele precisa<br />

buscar muito mais da atividade dele<br />

como profissional. Não temos mais mercado<br />

para amadores. O corretor precisa<br />

se especializar, ser tratado como um<br />

empresário, ter uma corretora e buscar<br />

novos nichos de mercado, porque senão<br />

vai ficar para trás”, alerta.<br />

Por outro lado, Claudio Rotava, administrador<br />

da Certa Administradora e<br />

Corretora de Seguros, de Chapecó, alega<br />

que, naturalmente, a demanda maior é<br />

pela carteira de automóvel, o que não<br />

significa que seja a mais fácil de comercializar,<br />

pois requer conhecimento dos<br />

produtos oferecidos pelas seguradoras e<br />

seus diferenciais como assistências, coberturas<br />

e franquias”, explica Rotava, que<br />

orienta os vendedores a oferecer outros<br />

tipos de seguros em suas visitas, além da<br />

certificação digital.<br />

Sobre a capacitação dos corretores,<br />

destaca a necessidade de uma atenção<br />

especial na área de treinamento. “Estamos<br />

distantes dos grandes centros e falta<br />

treinamento específico para as corretoras.<br />

A Escola Nacional de Seguros está em<br />

Blumenau, a 500 quilômetros de distância<br />

de Chapecó”, pontua.<br />

Relacionamento entre<br />

seguradoras e corretoras<br />

De olho nas oportunidades que o<br />

mercado catarinense traz para o setor,<br />

❙❙<br />

Claudio Rotava, da Certa Corretora<br />

as seguradoras investem no estado tanto<br />

com estruturas físicas ou mesmo com<br />

a ampliação de sua área de atuação na<br />

região. Na parte de agronegócio, inovam<br />

em produtos e oferecem cada vez mais<br />

aderência às necessidades dos clientes.<br />

“Não temos o destaque que os nossos<br />

estados co-irmãos possuem, eles são<br />

muito maiores em produção. Mas as<br />

seguradoras continuam apostando em<br />

Santa Catarina e buscando conquistar<br />

espaços em outras carteiras, sabendo que<br />

podem continuar crescendo ainda acima<br />

da média nacional, como aconteceu no<br />

primeiro quadrimestre de 2018, quando<br />

nos destacamos principalmente nas carteiras<br />

de automóvel, patrimonial e pessoas”,<br />

afirma Rogério Spezia, presidente<br />

do Sindicato das Seguradoras do Estado<br />

de Santa Catarina (SindsegSC).<br />

❙❙Rogério Spezia, do Sindseg SC<br />

Os corretores, no entanto, se queixam<br />

de desgaste e desamparo no atendimento<br />

direto. “Elas [as seguradoras] nos passaram<br />

todo o operacional e não tem nos<br />

dado um retorno merecido”, alega Charles<br />

José Firmo, dono da Firmo Corretora<br />

de Seguros, de Blumenau, ressaltando<br />

que o estado também carece de mais<br />

atenção na área da saúde. “Pelo poder<br />

aquisitivo e pela pujança do Sul como um<br />

todo, Santa Catarina carece de um investimento<br />

por parte de empresas de planos<br />

de saúde ou de seguro saúde. Percebo que<br />

estamos na mão de poucos”, diz.<br />

Spezia esclarece que a demanda de<br />

decisão na ponta já vem sendo discutida<br />

junto aos corretores. A maioria das seguradoras,<br />

segundo ele, tem procurado criar<br />

canais e situações que facilitem a comunicação<br />

do dia a dia entre o corretor e a<br />

seguradora. “A maioria das seguradoras<br />

associadas ao SindsegSC está espalhada<br />

pelas principais regiões de Santa Catarina,<br />

como Blumenau, Florianópolis, Criciúma,<br />

Joinville e Chapecó, justamente<br />

com a preocupação de encurtar distâncias<br />

e facilitar o dia a dia do corretor. Entendo<br />

que elas estão fazendo o seu papel de<br />

se aproximar cada vez mais dos nossos<br />

corretores e clientes”, sentencia.<br />

Proliferação do seguro pirata<br />

No mercado há pelo menos oito<br />

anos, as associações de proteção veicular<br />

cresceram nos últimos três anos em Santa<br />

Catarina.<br />

“A Susep não tem poder de polícia,<br />

muito menos os sindicatos”, lembra Auri<br />

Bertelli, do Sincor-SC. “O que temos<br />

feito é acompanhar os vários programas<br />

da própria Fenacor, que fez grupos de<br />

trabalho e denúncias. Já fomos ao Ministério<br />

Público, entregamos tudo o que<br />

aconteceu no estado durante esse período.<br />

Fizemos reuniões regionais, tocamos em<br />

rádio, falamos que a proteção veicular<br />

não é segura. Os Sincors, junto com os<br />

corretores, tiveram uma ação muito forte<br />

em Brasília. Tivemos uma vitória, mas<br />

ainda há um longo caminho a ser percorrido.<br />

“Sabemos que as associações devem<br />

ficar, talvez com algumas alterações<br />

necessárias e com um órgão regulador,<br />

mas esperamos que esse trabalho todo<br />

não se perca”, torce Bertelli.<br />

25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!