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classes dentro das famílias. Depois de<br />
muita apuração, descobrimos pessoas que<br />
escondem a verdade dos fatos, têm medo<br />
das proporções que isto pode tomar,<br />
diante de vizinhos e parentes. Não procurar<br />
ajuda profissional é um erro que pode<br />
custar caro em alguns anos. Para facilitar<br />
a apuração, alguns nomes nesta reportagem<br />
são fictícios, atendendo justamente<br />
ao pedido dos pais.<br />
Chama-nos a atenção casos co mo, por<br />
exemplo, o da mãe e três filhos, de três<br />
pais diferentes, que passam uma necessidade<br />
e conômica parcial. Dizemos parcial<br />
justamente para reforçar essa diferença<br />
de classes dentro de uma mesma família.<br />
Ela está solteira, trabalha num hospital<br />
e é muito bonita. Um dos pais é rico, está<br />
na classe dos píncaros. Separados, o pai<br />
rico quer o que há de melhor para seu filho,<br />
que já foi várias vezes à Disneylândia<br />
e estuda no melhor colégio de Belo Horizonte.<br />
Os outros dois penam, pois a pensão<br />
para a mãe, em geral, não ultrapassa<br />
o salário mínimo para cada filho. Logo, os<br />
dois últimos são sustentados, basicamente,<br />
pela mãe e por minguados dois<br />
salários mínimos. Eles nunca saíram do<br />
país, usam meias cerzidas e estudam em<br />
escolas públicas.<br />
Num outro caso, o marido rico se separa<br />
e a ex-mulher, coitada, por amor,<br />
casa-se com outro, mas pobre. E com<br />
ele tem filhos. Harmonizar essa casa,<br />
com filhos de diferentes classes sociais,<br />
torna-se uma grande dor de cabeça, da<br />
qual só agora os profissionais da saúde<br />
estão tomando ciência.<br />
O REI SEM REINADO Ana Maria de Albuquerque,<br />
hoje beirando a casa dos 70 anos,<br />
teve duas filhas maravilhosas, no<br />
primeiro casamento. Tudo ia bem<br />
até o marido descobrir, com inegáveis<br />
ornamentos na cabeça,<br />
certas coisas, digamos, impublicáveis,<br />
e resolver pela separação.<br />
Moravam no bairro da Serra,<br />
numa casa modesta, mas<br />
com muito conforto. O pai<br />
saiu de casa e foi morar<br />
com a segunda mulher. A<br />
convivência, difícil no início,<br />
tornou-se suportável,<br />
com o passar dos<br />
anos. E o ex-marido,<br />
acompanhado da nova esposa,<br />
voltou a frequentar o<br />
antigo lar, em festas de aniversários<br />
e comemorações.<br />
Tudo normal até Ana<br />
Maria começar a namorar,<br />
já um pouco tarde. Desta<br />
vez, o relacionamento era<br />
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