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Comentario de Champlin AT V.1

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GÊNESIS 139<br />

tendo a va n ta g e m <strong>de</strong> ser uma re fe iç ã o ligeira. V e r I S am . 28.24 q uanto a algo<br />

parecido.<br />

“ . . .um entretenim ento generoso e liberal, conform e tinha feito Abraão, que<br />

consistia em com estíveis e bebidas" (John Gill, in lo c.). M as não é m encionado<br />

vinho, embora esse artigo usualm ente fizesse parte <strong>de</strong> tais banquetes. Talvez Ló<br />

tivesse pensado que vinho era im próprio para seres celestiais, pelo que o autor<br />

não m enciona esse artigo.<br />

Eles co m e ra m . C om o po<strong>de</strong> um anjo com er? E com o o Senhor ressurrecto<br />

com eu? (Ver João 21.13 ss.). Disseram alguns intérpretes ju<strong>de</strong>us: "Eles só fingiram<br />

que com eram ”. Por outra parte, <strong>de</strong>vem os lem brar que, naquele período rem o­<br />

to, os anjos não eram concebidos com o seres im ateriais, m as som ente como<br />

seres <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m superior e <strong>de</strong> m aiores habilida<strong>de</strong>s que os homens. Não sendo<br />

eles im ateriais, por que não haveriam <strong>de</strong> com er? Cf. Gên. 18.8.<br />

O Pecado <strong>de</strong> Sodom a (19.4-11)<br />

19.4<br />

A ntes que se <strong>de</strong>itassem . O s pervertidos sodom itas apressaram -se em<br />

reclam ar outras vitim a s <strong>de</strong> suas paixões <strong>de</strong>snaturais. Eram <strong>de</strong>spudorados e<br />

incansáveis. O vício do hom ossexualism o tom ara co nta do lugar. O a u tor sacro<br />

dá-nos a horrenda inform ação <strong>de</strong> que eram hom ens velhos e jovens, vindos <strong>de</strong><br />

todas as partes da cida<strong>de</strong>. V er no D icionário o artigo cham ado Sodom a. Dou<br />

um <strong>de</strong>talhado artigo sobre o H om ossexualism o na E nciclopédia <strong>de</strong> Bíblia, Teologia<br />

e Filosofia. As estatísticas m o<strong>de</strong>rnas acerca <strong>de</strong>sse vício são m o<strong>de</strong>stas em<br />

com paração com o que <strong>de</strong>ve ter prevalecido em S odom a. S om ente cerca <strong>de</strong><br />

cinco por cento da população é realm ente hom ossexual, ou seja, fazem sexo<br />

som ente com m em bros <strong>de</strong> seu sexo. M as os bissexuais atingem a taxa im p re s­<br />

sionante <strong>de</strong> vinte por cento da população em geral. Dai a propagação rápida,<br />

que ninguém consegue fazer estacar, da AID S, em nossos dias. No Brasil, a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santos é um triste exem plo disso. M ais da m eta<strong>de</strong> das prostitutas<br />

daquela cida<strong>de</strong> já está contam inada. Em alguns países africanos, m ais da m e­<br />

ta<strong>de</strong> da população já apresentou a doença. Se essa doença tivesse existido em<br />

Sodom a, virtualm ente a população inteira estaria infectada. M as quase a população<br />

inteira estava infectada pela enferm ida<strong>de</strong> pio r ainda da corrupção da<br />

própria alma.<br />

Cercaram a casa. A violação hom ossexual é um dos m ais hediondos <strong>de</strong><br />

todos os crimes. A população inteira <strong>de</strong> Sodom a era crim inosa. V er as notas<br />

sobre Gên. 13.13 quanto à extensão da iniqüida<strong>de</strong> dos sodom itas. Yahweh observou<br />

tudo com profundo <strong>de</strong>sgosto. M as não estava distante um ressonante fim <strong>de</strong><br />

tudo aquilo, efetuado pelos próprios “hom ens" que agora eram buscados com o<br />

vitim as.<br />

19.5<br />

E cham aram . Era o clam or <strong>de</strong> terror nas trevas da noite. Aqueles homens<br />

bestiais realizariam a sua violência sexual, se necessáno. Ló estava incapacitado<br />

<strong>de</strong> lhes oferecer resistência. Teria sido um ato <strong>de</strong>sum ano, e não apenas uma<br />

quebra da hospitalida<strong>de</strong>, sacrificar os dois hom ens à m ultidão. M as que po<strong>de</strong>ria<br />

ele fazer agora? Os sodom itas eram o suprem o exem plo <strong>de</strong> total <strong>de</strong>pravação. Ver<br />

o artigo intitulado Depravação, no Dicionário. Eles <strong>de</strong>clararam <strong>de</strong>savergonhadam<br />

ente as suas intenções. V er Isa. 3.9.<br />

Para q u e abusem os <strong>de</strong>les. A lgum as traduções dizem algo com o “para que<br />

os conheçamos", um eufem ism o para o ato sexual, usado por várias vezes nas<br />

E scritu ra s. V er G ên. 4 .1 ,1 7 ,2 5 . A té h oje o te rm o so d o m ia re fe re -s e ao<br />

hom ossexualism o. Nos Estados Unidos da A m érica e em outros paises, esse<br />

pecado tam bém é cham ado <strong>de</strong> “o pecado grego", pois, ultim am ente, um número<br />

surpreen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> gregos entregou-se a essa corrupção.<br />

19.6<br />

Ló Fechou Sua Porta. Ou a da sua casa ou a do portão que dava para a rua.<br />

Mas portas não servem <strong>de</strong> obstáculo a crim inosos resolutos. Ló não pensava que<br />

fechar a porta servisse <strong>de</strong> proteção. Ele só queria um pouco <strong>de</strong> tempo para barganhar.<br />

E ofereceu um horrendo negócio. Ele entregaria suas duas filhas para serem<br />

sacrificadas à multidão (vs. 8). Mas Ló fechou a porta errada. Des<strong>de</strong> há muito ele<br />

<strong>de</strong>veria ter fechado a porta para Sodoma, afastando-se daquele lugar. Hoje em dia,<br />

a Igreja vê-se invadida pelo mal da m úsica tipo rock, sem nenhum freio, com suas<br />

chamadas palavras cristãs acerca <strong>de</strong> drogas e <strong>de</strong> sexo. M as a porta da Igreja<br />

<strong>de</strong>veria ter sido fechada para essas coisas, e várias outras, faz m uito tempo. Agora,<br />

Sodoma penetrou na Igreja, fazendo parte da apostasia prevista na Bíblia (II Tes.<br />

2.3). Assim sendo, há uma apostasia vinda <strong>de</strong> fora, e há outra apostasia, vinda <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro.<br />

19.7<br />

Meus irmãos. D evem os dar atenção a esse tratam ento. Ló cham ou “irm ãos”<br />

àqueles hom ens bestiais. M uitos <strong>de</strong>les, sem dúvida, eram conhecidos pessoalm<br />

ente por ele. Eram seus “am igos e vizinhos". Ló <strong>de</strong>scendia da linhagem <strong>de</strong> Sem;<br />

os sodom itas, da linhagem <strong>de</strong> Cão. Ló não estava apelando para a idéia <strong>de</strong><br />

origem racial, m as para a idéia <strong>de</strong> proxim ida<strong>de</strong>, vizinhança. Ele esperava que<br />

seus vizinhos e irm ãos m udassem <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>. Q uanto à fé religiosa, eles não eram<br />

“irm ãos” . Eles seguiam uma religião idólatra, e Ló havia transigido, residindo em<br />

Sodoma. Cf. I Reis 9.13, on<strong>de</strong> o term o “irm ão" é usado acerca <strong>de</strong> uma relação<br />

m ais distante, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma com unida<strong>de</strong>.<br />

Não façais m al. Ló era capaz <strong>de</strong> reconhecer o pecado, quando o via. A queles<br />

hom ens nem ao m enos possuiam essa percepção. A consciência <strong>de</strong>les havia<br />

perdido todo po<strong>de</strong>r. Em lugar da consciência, tinham um irrefreável pendor para a<br />

corrupção. A quilo que pom os em prática não <strong>de</strong>m ora a assenhorear-se <strong>de</strong> nós.<br />

Nossas práticas pecam inosas acabam por dom inar-nos. Assim, os apelos patéticos<br />

<strong>de</strong> Ló aos sodom itas foram um <strong>de</strong>sperdício. Eles agiriam com o tinham <strong>de</strong>sejado<br />

fazer. Ele era diferente <strong>de</strong>les no coração, m as nem por isso era respeitado.<br />

19.8<br />

Tenho duas filhas. Ló ainda tentou aquela repelente barganha. Duas filhas<br />

donzelas seriam entregues à m ultidão <strong>de</strong> feras pervertidas, se esquecessem suas<br />

más intenções no tocante aos hom ens. Ellicott (in loc.) opinava que essa proposta<br />

não <strong>de</strong>ve ter sido encarada, naquele tem po da história, com tanto horror como<br />

sentim os hoje; e frisou o trecho <strong>de</strong> Ju ize s 19.24 com o prova disso. Mas outros<br />

eruditos pensam que a questão é “abom inável” . Ambrósio afirm ava que Ló apenas<br />

queria substituir o pecado pior por um pecado m enor. Crisóstom o com entou<br />

sobre com o Ló estava na obrigação <strong>de</strong> proteger os homens e as suas filhas, “até<br />

os lim ites <strong>de</strong> suas forças” . M as ninguém diz com o Ló po<strong>de</strong>ria ter saido daquele<br />

dilema, sem a ajuda divina. A lgum as vezes, som ente uma intervenção divina<br />

po<strong>de</strong> solucionar os nossos problem as. Benditas são essas intervenções, quando<br />

elas ocorrem!<br />

Ló havia am ealhado propositadam ente as suas riquezas em Sodoma. Sentiase<br />

preso à cida<strong>de</strong>. Tinha negligenciado os valores morais, mas agora estava<br />

preso a um a arm adilha. Fazia anos que ele tinha aberto as portas <strong>de</strong> sua casa à<br />

corrupção, e agora estava pagando o preço por isso. Po<strong>de</strong>m os confrontar isso<br />

com a rendição <strong>de</strong> Sara, por parte <strong>de</strong> Abraão, ao harém <strong>de</strong> Faraó (Gên. 12.11­<br />

20). E Isaque fez outro tanto, m ais tar<strong>de</strong> (Gên. 26.7-11). Em todos os três inci<strong>de</strong>ntes,<br />

estava em pauta uma questão <strong>de</strong> vida ou morte. Para nós parece fácil julgálos,<br />

m as seria difícil m elhorar nossa atitu<strong>de</strong>, sob as m esm as circunstâncias. Seja<br />

com o for, o texto reflete um a atitu<strong>de</strong> inferior acerca da m ulher. Na época, as<br />

mulheres eram pouco m ais do que quinquilharias <strong>de</strong> seus maridos.<br />

C om o po<strong>de</strong>m os reconciliar esse versículo com II Pedro 2.7,8, que cham a Ló<br />

<strong>de</strong> homem justo? Até m esm o hom ens justos, especialm ente aqueles que têm<br />

com prom etido suas convicções, caem em ardis dos quais, <strong>de</strong>pois, não conseguem<br />

<strong>de</strong>svencilhar-se.<br />

19.9<br />

- Retira-te daí. Eles rejeitaram a barganha oferecida por Ló. De fato, ele não<br />

estava em posição <strong>de</strong> barganhar. Agora, abusariam <strong>de</strong> Ló e <strong>de</strong> suas filhas, e não<br />

som ente dos dois hom ens. Que Deus nos livre <strong>de</strong> indivíduos m alignos e <strong>de</strong>stituídos<br />

<strong>de</strong> razão! (II Tes. 3.2).<br />

Ló, o Estrangeiro. Na verda<strong>de</strong>, Ló não era natural <strong>de</strong> Sodoma. Tão-somente,<br />

ele tinha parado ali. Ele se tornara um dos ju iz e s da cida<strong>de</strong>; m as quem precisava<br />

<strong>de</strong>le? Ele estava brincando <strong>de</strong> ser juiz e <strong>de</strong> dizer-lhes o que <strong>de</strong>veriam fazer ou<br />

não fazer. Eram m eras palavras. Os sodom itas eram hom ens <strong>de</strong> ação, e coisa<br />

algum a fá-los-ia parar. “Os apelos <strong>de</strong> Ló em favor da justiça (vs. 7) foram <strong>de</strong>sperdiçados"<br />

(Allen P. Ross, in loc.). A iniqüida<strong>de</strong> dos sodom itas tinha sido igualada, o<br />

tem po todo, pela hipocrisia e pela transigência <strong>de</strong> Ló. Suas palavras agora nada<br />

significavam . Os cidadãos po<strong>de</strong>riam fazer o que bem quisessem . E o estrangeiro<br />

teria <strong>de</strong> m anter-se longe <strong>de</strong>les e ficar quieto.<br />

Ló, Objeto da Indignação <strong>de</strong> Todos. Visto que Ló tinha ousado abrir a boca,<br />

para apresentar sua estúpida <strong>de</strong>fesa, agora ele seria punido pela sua im prudência.<br />

Sofreria um ataque hom ossexual, e haveriam <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-lo meio morto, em<br />

piores condições em que <strong>de</strong>ixariam os dois “hom ens” .<br />

“ Na antiguida<strong>de</strong> os direitos dos cidadãos não eram ciosam ente guardados, e<br />

a situação dos forasteiros era m uito periclitante” (Ellicott, in loc.).<br />

Os sodom itas abafaram Ló com suas am eaças <strong>de</strong> violência, com insultos,<br />

m aldições e im precações. Era o dia do juízo. Entrem entes, a terra estava preparada<br />

para o seu ataque. A lava estava fervendo, os gases estavam prestes a<br />

explodir. A terra rugiria m uito m ais alto do que aquelas bestas humanas, e isso<br />

poria fim a toda aquela m iserável pecam inosida<strong>de</strong>.

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