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Comentario de Champlin AT V.1

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ÊXODO 42 9<br />

“Tenda (tabernáculo) da congregação, o lugar d a jn te ira congregação <strong>de</strong> Israel,<br />

visto que o tabernáculo era a igreja <strong>de</strong> Israel” . Ver Êxo. 28.43; 29.4; 30.16; 31.7;<br />

33.7; 38.8; 39.32; 40.2,29; Lev. 1.1, etc. V er as notas expositivas adicionais sobre<br />

Lev. 1.1.<br />

Capítulo Vinte e Oito<br />

Direções para o Sacercódio (28.1 — 29.46)<br />

Os Sacerdotes e Suas Vestes (28.1-43)<br />

O fato <strong>de</strong> que Arão e seus filhos tinham um m onopólio do sacerdote é aqui<br />

referido quase inci<strong>de</strong>ntalmente, como se soubéssemos disso o tem po todo. Naturalmente,<br />

a época refletida é a <strong>de</strong> Moisés. Arão era o sumo sacerdote e o tabernáculo<br />

requeria um elaborado sistema <strong>de</strong> m anutenção— o sacerdócio aarônico. As <strong>de</strong>scrições<br />

das vestes e das funções dos sacerdotes correspon<strong>de</strong>m às do período pósexílico<br />

(ver Eclesiástico 45.6-24 e 50.1-24). E os críticos pensam que temos aqui um<br />

reflexo <strong>de</strong>sse período mais recente. Os eruditos conservadores, por sua vez, pensam<br />

que essas práticas já tinham com eçado nos dias <strong>de</strong> M oisés, com p rojeções para<br />

épocas subseqüentes.<br />

O term o su m o sacerdote só com eçou a ser usado após o exílio babilónico;<br />

e a qui o títu lo é co n fe rid o a A rão, p orque essa tin h a sido a sua fu n çã o o rig i­<br />

nal, e m b o ra ela não fo sse ch a m a d a p or esse nom e. V er su m o s a c e rd o te (II<br />

C rô. 19.11; 24.11; Esd. 7.5); p rín cip e da casa <strong>de</strong> Deus (I C rô. 9 .11). Na é p o ­<br />

ca d os hasm o neus, o sum o s a c e rd o te to rn o u -s e um a p o d e ro s a fig u ra p o lítica,<br />

m as foi então que o o fic io sofreu vá ria s c o rru pções. F unçõ e s sa cerd ota is<br />

e xistiam em um a re lig iã o <strong>de</strong> te n d ê n c ia s p re d o m in a n te m e n te re co n c ilia d o ra s;<br />

<strong>de</strong> o u tra sorte, e la s nem seriam n e ce ss á ria s . O s s a c e rd ote s a a rô n ic o s eram<br />

m e d ia d o re s do p a c to m osaic o (v e r as n o ta s a re s p e ito na in tro d u ç ã o a Êxo.<br />

19.1). O sum o sa cerdote d e sta ca v a o co nceito da nece ssid a d e que o hom em<br />

te m <strong>de</strong> re c o n c ilia r-s e com D eus (Ê xo. 3 3 .1 2 -2 3 ). A rã o m ed ia va as g ra ça s e<br />

d o n s <strong>de</strong> Y a h w e h ao povo <strong>de</strong> Is ra e l. M as fo i a tra v é s <strong>de</strong> M o is é s q u e A rã o<br />

h a via re ce b id o seu o fíc io e su a a u to rid a d e . V e r no D ic io n á rio o a rtig o c h a ­<br />

m ado S acerd o tes e Levitas.<br />

M odos <strong>de</strong> S ervir dos S acerdotes. Q ueim ar o incenso sobre o alta r <strong>de</strong> ouro<br />

duas vezes por dia; fazer a m anutenção do can<strong>de</strong>labro; fa ze r a m anutenção da<br />

m esa dos pães da proposição; oferecer sacrifícios sobre o altar dos holocaustos;<br />

a b ençoar o povo. Além <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>veres, tam bém havia funções civis, <strong>de</strong>scritas<br />

em Núm. 5.5-31; Deu. 19.17; 21.5. Tam bém estavam encarre g a d o s <strong>de</strong> ensinar<br />

(D eu. 1 7 .9,11; 3 3 .8,1 0 ) e <strong>de</strong> a n im a r e e x o rta r o povo em m om e n to s <strong>de</strong> crise<br />

(Deu. 20.2-4).<br />

28.1<br />

Arão e seus filhos tomaram-se uma classe sacerdotal. Todos os sacerdotes eram<br />

levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. Havia funções e <strong>de</strong>veres maiores<br />

e m enores. Ver a <strong>de</strong>scdção dos <strong>de</strong>veres no parágrafo acim a, e tam bém em Êxo.<br />

13.2,12,13; 22.29; 34.19,20; Lev. 27.27; Núm. 3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Deu.<br />

15.19.<br />

V ir para junto <strong>de</strong> ti. Em outras palavras, consagrar, pois Moisés é que dava a<br />

Arão e seus filhos a autorida<strong>de</strong> original <strong>de</strong>les. Os sacerdotes tinham vestes que ilustravam<br />

os po<strong>de</strong>res, os privilégios e a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu ofício; e neste capitulo vinte e oito<br />

são <strong>de</strong>scritas as vestes sacerdotais.<br />

Nadabe, Abiú, E leazare Itamar. No Dicionário há artigos sobre cada um <strong>de</strong>sses<br />

nomes, que o leitor <strong>de</strong>ve examinar. Arão po<strong>de</strong> ter tido outros filhos, não mencionados,<br />

sendo presumível que esses outros também receberam funções sacerdotais <strong>de</strong> alguma<br />

espécie.<br />

“O ofício sacerdotal, na verda<strong>de</strong>, estava circunscrito às fam ílias <strong>de</strong> E leazar e<br />

Itamar. Eleazar tornou-se sumo sacerdote em razão da morte <strong>de</strong> Arão (Núm. 20.28).<br />

Foi sucedido por seu filho, Fínéías, que era o sum o sacerdote no tem po <strong>de</strong> Josué<br />

(Jos. 22.13) e m ais tar<strong>de</strong> (Juí. 20.28). Em data posterior, m as sob circunstâncias<br />

<strong>de</strong>sconhecidas, o sum o sacerdócio passou para a linhagem <strong>de</strong> itam ar, à qual Eli<br />

pertencia" (Ellicott, in loc.). Ver no Dicionário o artigo cham ado Sum o Sacerdote.<br />

Arão era tipo <strong>de</strong> Cristo em Sua função <strong>de</strong> Sum o Sacerdote, idéia essa inclusa no<br />

artigo sobre o assunto.<br />

28.2<br />

V estes sagradas. D escritas ao longo <strong>de</strong>ste capítulo vinte e oito, distin g u in ­<br />

d o os sacerdotes dos <strong>de</strong>m ais israelitas. E tenam que ser confe ccio n a d as <strong>de</strong> tal<br />

m odo que refletissem glória (eles serviam a Y ahw eh, e assim tinham um a fu n ­<br />

ção grandiosa) e beleza (<strong>de</strong>veria haver consi<strong>de</strong>rável senso estético que refletisse<br />

a d ig n ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu o fício). E ssas ve s te s d is tin tiv a s co n fe riam aos sacerdotes<br />

a ce s so ao L u g a r S a n to . A q u e le s q u e não tiv e s s e m ta is v e s te s não p o d ia m<br />

in g re s sa r ali.<br />

Tipos:<br />

1. A rã o era tip o <strong>de</strong> C risto co m o S um o S a c e rd o te , o que é e xp lic a d o no a rtigo<br />

S um o S acerd o te.<br />

2. Os filh o s <strong>de</strong> A rã o, os sa c e rd o te s , re p re se n ta va m vária s fu n çõ e s sa c e rd o ­<br />

ta is <strong>de</strong> C risto , co m o ta m b é m <strong>de</strong> to d o s os cre n te s , os quais são um reino<br />

<strong>de</strong> s a c e rd o te s . P ro vi um lo n g o e d e ta lh a d o a rtig o , na E n c ic lo p é d ia <strong>de</strong><br />

B íblia, Teologia e F ilo so fia , in titu la d o S acerd o tes, C re n te s Como.<br />

3. As ve s te s d is tin tiv a s dos s a c e rd o te s fa ze m -n o s le m b ra r coisas com que o<br />

E s p írito <strong>de</strong> D e u s n o s c o b re : a re tid ã o , as g ra ç a s e os d o n s <strong>de</strong> C ris to .<br />

A lg u n s e ru d ito s vê e m n e s s a s v e s te s um e m b le m a da n a tu re za h um ana<br />

<strong>de</strong> Cristo.<br />

A a rq u e o lo g ia e as re fe rê n c ia s lite rá ria s in d ica m co m o m uito s povos a n ­<br />

tig o s c o n fe ria m v e s te s d is tin tiv a s a se u s s a c e rd o te s . A d ig n id a d e do o fíc io<br />

in s p ira v a tal co isa . A arte se m p re e ste ve re la c io n a d a à re lig iã o , m a n ife s ta n ­<br />

d o -se sob a fo rm a <strong>de</strong> a rq u ite tu ra e ve s tu á rio , co m o ta m b é m im agens, p in tu ­<br />

ras e outros o b je to s que se to rn a m parte do cu lto religioso.<br />

Em Israel, as vestes sacerdotais só eram usadas quando os sacerdotes cumpriam<br />

as suas funções religiosas (Êxo. 35.19). Essas vestes eram confeccionadas com a maior<br />

arte e excelência possível (Êxo. 28.3) e eram feitas com os mesmos materiais do véu<br />

interior do tabernáculo (vss. 6,8,15,33,39,42).<br />

28.3<br />

Todos os hom ens hábeis. Os artífices que seriam encarregados da construção<br />

do tabernáculo e <strong>de</strong> seus m óveis, utensílios e <strong>de</strong>mais a<strong>de</strong>ndos teriam que<br />

ser homens capazes. Nenhum a pessoa profana teve perm issão <strong>de</strong> confeccionar<br />

as vestes dos sacerdotes. Não se sabe quantas pessoas estiveram envolvidas<br />

nessa confecção. Não são fornecidos nomes; m as é indicado indiretamente que<br />

eram pessoas sábias e espirituais, que trabalhavam por <strong>de</strong>trás dos bastidores.<br />

Receberam o privilégio especial <strong>de</strong> p ro vid e ncia ra s vestes distintivas dos sacerdotes.<br />

Tam bém eram pessoas aptas em suas tarefas respectivas, além <strong>de</strong> serem<br />

consagradas no espírito. Para a m ente dos hebreus, o coração era a se<strong>de</strong> do<br />

conhecim ento e dos afetos; e os corações dos artífices escolhidos tinham <strong>de</strong> ter<br />

conhecim ento relacionado às suas habilida<strong>de</strong>s, bem como afeto espiritual para<br />

bem empregarem tal conhecim ento.<br />

Deus aparece aqui com o a fonte do conhecim ento e da sabedoria. Ele é o<br />

originador <strong>de</strong> todo bem e <strong>de</strong> todo dom perfeito (Tia. 1.17). Tem os aí um reflexo do<br />

teísmo (ver a esse respeito no Dicionário), e não do <strong>de</strong>ísmo (ver também no Dicionário).<br />

28.4<br />

A s Seis Peças do Vestuário. As seis peças distintivas das vestes do sumo sacerdote<br />

são m encionadas neste versículo. O resto do capítulo <strong>de</strong>screve esses itens <strong>de</strong><br />

forma <strong>de</strong>talhada. Os crentes também dispõem <strong>de</strong> suas vestes (ou armadura) distintivas,<br />

próprias para o conflito espiritual em que estão envolvidos (ver Efé. 6.10 ss.).<br />

Oferendas <strong>de</strong> estofo azul e linho fino torcido foram feitas, tudo <strong>de</strong> modo voluntário,<br />

aos artífices, que passaram a em pregar suas habilida<strong>de</strong>s à confecção das vestes<br />

sacerdotais.<br />

A lista <strong>de</strong> itens não inclui o turbante <strong>de</strong> Arão (que figura nos vs. 36-38), e também<br />

os calções curtos (vs. 42). Não se sabe dizer por qual motivo foram <strong>de</strong>ixados fora da<br />

lista, mas o mais provável é que isso tenha acontecido por mero esquecimento do autor<br />

sagrado, na preparação da lista <strong>de</strong> itens. Nada é dito sobre como os pés dos sacerdotes<br />

eram calçados, mas o mais provável é que usassem simples sandálias. Ver no Dicionário<br />

o artigo Sacerdotes, Vestimentas dos, que fornece informações sobre a questão das<br />

vestes sacerdotais, com algumas ilustrações que ajudam a visualizar melhor essas vestes.<br />

Quanto a tipos e símbolos presumíveis <strong>de</strong>ssas peças do vestuário sumo sacerdotal,<br />

ver o artigo acima mencionado no parágrafo intitulado Alguns Presumíveis Símbolos<br />

Dessas Peças.<br />

28.5<br />

Foram usados m ateriais especiais, a saber: ouro, estofo azul, púrpura, ca r­<br />

m esim e linho fin o , as co re s dos véus u sados no L u gar S anto e no S anto dos<br />

Santos. V er Êxo. 26.1,31,36. A isso foram acrescentadas pedras <strong>de</strong> ônix e várias<br />

outras pedras preciosas (Êxo. 28.9,17-21).<br />

28.6<br />

A estola sacerdotal. No hebraico, ephod, palavra que significa “cobertura”.<br />

Há um a rtig o d e ta lh a d o a e sse re sp e ito , no D ic io n á rio , in titu la d o E stola, que<br />

in clu i in fo rm e s a rq u e o ló g ic o s , que o le ito r p re cisa e xa m in a r. Os sa cerd ote s

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