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Comentario de Champlin AT V.1

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5 2 8 LEVfTICO<br />

ritualistas, na esquina noroeste do átrio das m ulheres, que era cham ada ‘ câm ara<br />

da sara'at".<br />

14.10<br />

Décimo Prim eiro Passo. Vários sacrifícios e ofertas precisavam ser efetuados,<br />

restaurando a purificação religiosa da vitim a. Em outras palavras, o homem agora<br />

podia participar dos ritos e dos sacrifícios do tabernáculo, tal com o qualquer outra<br />

pessoa. Dessa form a, a sua restauração estava com pleta.<br />

Três sacrifícios tinham <strong>de</strong> ser feitos em seu favor: uma oferta p ela transgressão<br />

(ver Lev. 7.1-7; 5.1-13 e 6.1-7); uma oferta p e lo pecado (ver Lev. 6.25,30; 4.1-<br />

35); um holocausto (ver Lev. 1.3-17; 6.9-13;). O cor<strong>de</strong>iro da oferta pelo pecado,<br />

com o sem pre sucedia, não podia ter nenhum <strong>de</strong>feito (Lev. 1.3) e <strong>de</strong>via estar<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seu prim eiro ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (Lev. 12.6).<br />

Em adição, cada uma das três oferendas tinha <strong>de</strong> ser acom panhada por uma<br />

oferta <strong>de</strong> m anjares ou <strong>de</strong> cereal. Usualm ente, a oferta <strong>de</strong> m anjares não acom panhava<br />

a oferta pela transgressão nem a oferta pelo pecado, e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cereais, no caso da sa ra ’at, era m aior. V er a m aneira <strong>de</strong> preparar a oferta <strong>de</strong><br />

m anjares em Lev. 6.14-18.<br />

Esse ritual especial envo lv ia o o fe re cim e n to <strong>de</strong> to d os os q u a tro tipos<br />

o b rig a tó rios <strong>de</strong> sa crifício s (pela culpa, p elo peca do, h o lo ca u sto e o ferta <strong>de</strong><br />

m an ja re s). O s ca p ítu lo s p rim e iro a sé tim o o c u p a m -se na sua <strong>de</strong>scrição.<br />

D estarte, a purifica ção <strong>de</strong> um a v itim a da sara 'at era co n s i<strong>de</strong>ra d a um a questão<br />

tra b a lh o sa , porq u an to os ritos e n vo lv id o s eram m uito com ple xos e to d o-in clu -<br />

sivos. O uso do a zeite le m b ra -n o s do c u lto <strong>de</strong> ord e n açã o <strong>de</strong> A rão e seus<br />

filh o s (cap. 8).<br />

Três dfzimas <strong>de</strong> um efa <strong>de</strong> flor <strong>de</strong> farinha. Uma décim a parte do efa era<br />

cham ada òm e r (Êxo. 16.36). Era igual a quarenta e três ovos ou cerca <strong>de</strong> dois<br />

quilogram as. Isso significa que a farinha total trazida era <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> seis quilogram<br />

as. Portanto, o homem precisava prover três cor<strong>de</strong>iros e seis quilogram as <strong>de</strong><br />

farinha. Um homem pobre, entretanto, precisava trazer som ente um cor<strong>de</strong>iro e<br />

dois quilogram as <strong>de</strong> farinha. V er sobre o vs. 21. O sextário <strong>de</strong> azeite perm anecia<br />

o mesmo. As autorida<strong>de</strong>s diferem quanto à avaliação das várias m edidas m encionadas.<br />

Um sextário <strong>de</strong> azeite. Esse azeite era usado na cerim ônia <strong>de</strong> aspersão e<br />

unção, m encionada nos vss. 15 ss. O sextário é m encionado por quatro vezes na<br />

seção (vss. 10,12,15,21), m as em nenhum a outra parte da Bíblia. Nos dias do<br />

segundo templo, essa m edida tinha o peso <strong>de</strong> seis ovos <strong>de</strong> galinha, o que alguns<br />

calculam em cerca <strong>de</strong> meio litro.<br />

14.11<br />

T em os aqui o décim o se g u n d o dos <strong>de</strong>ze n o ve passos. P ro sse g u e o p ro ­<br />

ce sso da purifica ção da v itim a da s a ra ’at. A v itim a era tra zid a ao ta b ern áculo<br />

p ara os sacrifício s e ce rim ônias a p ropriados. D esse m odo, a p essoa já havia<br />

a d q uirido a re sta u ra ç ão p re lim in a r à adora çã o re ligio sa, d e p o is <strong>de</strong> te r obtido<br />

sua re stauração so cial (vss. 2-10). O s sa c rifíc io s e ritu a is d a r-lhe-ia m d ireitos<br />

re lig io sos p erm anentes, e, então, seria um hom em livre.<br />

Porta da tenda da congregação. Em outras palavras, por <strong>de</strong>ntro da prim eira<br />

cortina, que atuava com o porta que levava ao interior do átrio. V er sobre os três<br />

véus do tabernáculo em Êxo. 26.36. O altar dos holocaustos achava-se ali, no<br />

átrio, do lado <strong>de</strong> fora da segunda cortina, que conduzia ao Lugar Santo. V er as<br />

notas sobre o altar <strong>de</strong> bronze, em Êxo. 27.1. A fim <strong>de</strong> ser purificado, o homem<br />

m antinha o rosto voltado na direção do Lugar Santo, isto é, ‘ diante do Senhor” .<br />

Essa cortina ficava na entrada do tabernáculo. V er o diagram a sobre a planta do<br />

tabernáculo, em Êxo. 25.1, na introdução àquele capítulo. Um gráfico é apresentado<br />

com propósitos <strong>de</strong> ilustração. Essa cerim ônia era uma espécie <strong>de</strong> apresentação<br />

pública do homem. Ninguém podia duvidar da pureza do tal homem , <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> tudo isso realizado.<br />

14.12,13<br />

D écim o Terceiro Passo. Os sacrifícios refendos, <strong>de</strong>scritos sob o passo décim<br />

o prim eiro (vs. 10), estavam realizados. O ritual incluía uma oferta m ovida (ver<br />

Êxo. 29.23,24).<br />

Oferta pela culpa. Esse tipo <strong>de</strong> oferta é com entado em Lev. 7.1-7. Ver<br />

tam bém Lev. 5.1-13 e 6.1-7. A teologia dos hebreus era fraca quanto a causas<br />

secundárias, pelo que sem pre enfatizava Yahweh, a causa <strong>de</strong> tudo. Assim sendo,<br />

as enfermida<strong>de</strong>s, m ormente qualquer form a <strong>de</strong> sara'at, eram vistas com o juízos<br />

divinos por causa <strong>de</strong> algum a transgressão ou pecado, conhecido ou <strong>de</strong>sconhecido.<br />

O homem enferm o era consi<strong>de</strong>rado em estado <strong>de</strong> pecado. M as se a enferm i­<br />

da<strong>de</strong> fosse curada, então isso evi<strong>de</strong>nciava o perdão divino. M as oferendas tinham<br />

<strong>de</strong> fazer expiação pelo erro. Dessa form a, tanto m isericórdia quanto legalism o<br />

estavam envolvidos na questão. Jó, sem dúvida, era um pecador, m as não tinha<br />

consciência <strong>de</strong> nenhum pecado que houvesse com etido e que fosse a causa das<br />

calam ida<strong>de</strong>s em que se via m etido. M as <strong>de</strong> modo geral as enferm ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>m onstravam<br />

que ele havia pecado em algum ponto da vida do indivíduo. A <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> que o hom em que nascera cego não <strong>de</strong>via isso nem a algum pecado<br />

seu nem a algum pecado <strong>de</strong> seus pais, foi um conceito revolucionário. V er tam ­<br />

bém Luc. 13.4,5.<br />

D iferenças. “H avia um a notável diferença no rito da oferta pela culpa <strong>de</strong> um<br />

leproso e a oferta re g u la r <strong>de</strong> culpa, d e scrita em Lev. 5.6 etc. No caso à nossa<br />

frente, não som ente havia o a com panham ento <strong>de</strong> azeite, m as tam bém a oferta<br />

pela culpa e o azeite eram m ovidos pelo sacerdote, o que não ocorria em<br />

nenhum a outra ocasião, em conexã o com as o fertas pela culpa e pelo pecado’<br />

(E llicott, in loc.).<br />

l/s. 13. U sualm ente, aquele que trazia os anim ais a serem sacrificados era<br />

quem os abatia, e, então, o sacerdote oficiante fazia o trabalho diante do altar.<br />

Mas no caso do homem que estava sendo purificado da sa ra ’at, visto que ainda<br />

não estava religiosam ente lim po, ele não podia abater os anim ais. Essa tarefa era<br />

reservada a am igos ou parentes, que agiam em lugar <strong>de</strong>le. Ver as notas sobre<br />

Lev. 1.5. O próprio indivíduo precisava im por as m ãos sobre o animal, e assim<br />

fazer uma transferência sim bólica. E, então, o anim al (ou animais) sofria(m ) por<br />

aqueles pecados. V er Lev. 1.4.<br />

No lu g a r. O abate ocorria no átrio do tabernáculo, ao norte do altar <strong>de</strong> bronze<br />

(Lev. 1.11; 6.25). O altar ficava no centro do átrio, antes da segunda cortina,<br />

aquela que barrava a entrada ao Lugar Santo.<br />

D écim o Q uarto Passo. O sacerdote e os m em bros m asculinos <strong>de</strong> sua família<br />

tinham uma refeição com unal na área do tabernáculo, com endo aquelas porções<br />

que lhes pertenciam .<br />

A Refeição. As porções dos sacerdotes, comidas na área do tabernáculo, eram<br />

chamadas santíssimas. Ver Lev. 2.3 quanto às <strong>de</strong>signações santíssim as e santas.<br />

14.14<br />

D écim o Q uinto Passo. Partes do corpo da vítima, que estava em processo <strong>de</strong><br />

ser purificada, precisavam ser bezuntadas com sangue. Essas partes eram a<br />

ponta da orelha direita; o polegar da m ão direita e o artelho gran<strong>de</strong> do pé direito.<br />

Alguns estudiosos supõem que, originalm ente, isso tivesse por intuito m anter<br />

afastados quaisquer po<strong>de</strong>res <strong>de</strong>m oníacos, e o sangue passado sobre o corpo<br />

tinha essa virtu<strong>de</strong>. Ou, talvez, o <strong>de</strong>m ônio físico da s a ra ’a t tivesse assim <strong>de</strong> se<br />

m anter afastado do indivíduo restaurado. As partes escolhidas para essa operação<br />

com o sangue, em cada caso ao lado direito do corpo, representavam o<br />

homem inteiro, bem com o todos os seus atos possíveis.<br />

Ver a exposição sobre Êxo. 29.20 quanto a sentidos que também têm aplicação<br />

aqui. O homem sem pre <strong>de</strong>veria ouvir (a orelha) a Yahweh; sem pre <strong>de</strong>veria<br />

trabalhar (a m ão) para Ele; e sem pre <strong>de</strong>veria andar nos cam inhos (o pé) do<br />

Senhor. Desse m odo, o hom em era totalm ente <strong>de</strong>dicado a Yahweh, <strong>de</strong> modo<br />

sim bólico. Q uanto a significados do sangue, ve r as notas sobre Lev. 3.17.<br />

14.15<br />

V er sobre o vs. 10 acerca do sextário <strong>de</strong> azeite, que agora passa a figurar na<br />

cerim ônia. O azeite era posto sobre a palm a da mão esquerda do sacerdote, um<br />

lugar conveniente para dali transferi-lo, m ediante a m ão direita, para as várias<br />

partes do corpo do hom em (vss. 16 e 17). As referências na M ishnah dizem que<br />

um sacerdote punha o azeite na m ão <strong>de</strong> outro sacerdote, m as não parece que<br />

houvesse um preceito da lei m osaica que assim requeresse. Ver Negaim, c. 14,<br />

sec. 10. Assim tam bém disse M aim ôni<strong>de</strong>s (M echosre C apharah e Bartenora em<br />

Mish, Negatm, conform e visto acim a). Parece que um sacerdote podia fazer sozinho<br />

o trabalho, ou podia pedir a ajuda <strong>de</strong> outro sacerdote, quanto a esse aspecto<br />

da cerim ônia.<br />

14.16<br />

A Cerim ônia da A spersão <strong>de</strong> Azeite. Tem os aqui o décim o sexto passo dos<br />

ritos <strong>de</strong> restauração da vítim a <strong>de</strong> sara'at. O azeite não era levado ao interior do<br />

lugar Santo; m as o sacerdote, <strong>de</strong> rosto voltado naquela direção, m ergulhava seu<br />

<strong>de</strong>do indicador direito no azeite e salpicava-o por sete vezes sobre o chão do<br />

átrio. Tendo-se virado na direção do Santo dos Santos, o lugar da manifestação<br />

<strong>de</strong> Yahweh, ele assim agia ‘ diante do Senhor” . O <strong>de</strong>do era m ergulhado no azeite<br />

a cada ato <strong>de</strong> salpicar. V er no D icionário o artigo cham ado Núm ero (Numeral,<br />

Num erologia) quanto ao sentido do núm ero sete. Esse era o número da perfeição<br />

divina, pelo que Yahweh ficava totalm ente satisfeito com o que fora feito, e o<br />

homem era consi<strong>de</strong>rado totalm ente restaurado à pureza cerim onial e religiosa.

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