27.07.2018 Views

Comentario de Champlin AT V.1

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

NÚMEROS 6 3 5<br />

8.24,25<br />

Dá o que tens <strong>de</strong> m elhor ao Mestre,<br />

Dá da torça <strong>de</strong> tua juventu<strong>de</strong>,<br />

(H. G. B.)<br />

Aqueles que se tinham tornado levitas serviçais (o texto diz “o que toca aos<br />

levitas”) cabiam <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> entre os vinte e cinco e os cinqüenta<br />

anos. Os m ais idosos, a partir dos cinqüenta anos, eram liberados do serviço<br />

ativo. Esses haviam cum prido sua m issão. E agora seriam substituídos por hom<br />

ens m ais jovens. Em Núm. 4.3, os lim ites são trinta a cinqüenta anos. Alguns<br />

estudiosos supõem que isso envolva ou diferentes fontes inform ativas, ou diferentes<br />

períodos históricos, com o explicações <strong>de</strong>ssa variação. I Crônicas 23.24 fala<br />

em vinte anos com o a ida<strong>de</strong> do início dos serviços. Q uanto às várias especulações<br />

que tentam harm onizar esses núm eros, ver as notas sobre Núm. 4.3. Na<br />

verda<strong>de</strong>, nenhum a solução satisfatória foi encontrada para solucionar esse problema;<br />

nem ele se reveste <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> im portância. A essência é a mesma, ou<br />

seja, os levitas que serviam ativam ente <strong>de</strong>dicavam seus anos <strong>de</strong> m aior pujança<br />

no serviço prestado ao Senhor.<br />

8.26<br />

Os que tinham sido <strong>de</strong>sobrigados <strong>de</strong> seus serviços, ainda assim podiam ajudar<br />

seus irmãos mais jovens, voluntariamente. M as nesse caso eram isentados das<br />

tarefas m ais pesadas. Serviam “dando conselhos, instruindo aos levitas mais jovens<br />

e executando serviços mais leves, conform e disse Jarchi, e voltariam a fechar<br />

portas jubilosam ente” (John Gill, in toe). M as John Gill objeta à adição feita por<br />

Jarchi, acerca <strong>de</strong> “carregar vagões” , com o uma tarefa extenuante para levitas com<br />

mais <strong>de</strong> cinqüenta anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Antes, não <strong>de</strong>viam fazer “serviços pesados”.<br />

Tarefas dos Levitas. Entre as m uitas regras que controlavam o trabalho feito<br />

pelos levitas, havia essa que estipulava que, tendo-se aposentado, eles podiam<br />

ocupar-se <strong>de</strong> serviços m ais leves. Esse item tam bém precisava ser obe<strong>de</strong>cido e<br />

im plem entado. Yahweh não queria que hom ens idosos fizessem tarefas próprias<br />

<strong>de</strong> hom ens jovens; m as tam bém não queria que os idosos ficassem inativos <strong>de</strong><br />

todo. A <strong>de</strong>claração inclui a idéia <strong>de</strong> que os levitas, <strong>de</strong> m odo geral, se ocupassem<br />

no serviço a Yahweh; m as aos m ais idosos <strong>de</strong>ver-se-ia dar <strong>de</strong>scanso, chegado o<br />

m om ento aprazado.<br />

A Páscoa (9.1-14)<br />

C apítulo Nove<br />

Uma das características <strong>de</strong> estilo do autor do Pentateuco é a repetição. Assim,<br />

temos diante <strong>de</strong> nós m ateriais que já haviam sido apresentados em outros trechos<br />

bíblicos. Mas esta seção adiciona um novo item, ou seja, a instrução sobre como<br />

pessoas, <strong>de</strong>vido à polução cerimonial (por haverem entrado em contato com algum<br />

cadáver), ainda assim podiam celebrar o rito. A provisão era uma espécie <strong>de</strong> páscoa<br />

suplementar. A observação <strong>de</strong>ssa instrução, por parte dos tais, seria adiada por um<br />

mês, em relação ao tem po regular <strong>de</strong> observância (vs. 11). Encontramos aqui, pois,<br />

a ótima lição <strong>de</strong> que a provisão divina é ampla, cobrindo todas as fraquezas hum a­<br />

nas. Ver no Dicionário o artigo Providência <strong>de</strong> Deus. E assim os vss. 1-14 são<br />

suplementos adicionados às leis que haviam sido dados no tocante à páscoa. Ver<br />

no Dicionário o artigo Páscoa, on<strong>de</strong> há inform ações completas.<br />

“ A razão p ara essas novas in s tru çõ e s ace rca da páscoa era o fe re ce r uma<br />

so lu çã o p ara o p roblem a <strong>de</strong> qualq u e r is ra e lita que, p or algum a razão, fosse<br />

incapaz <strong>de</strong> ce le b ra r essa fe sta no te m p o d e signado” (E ugene H. M errill, in<br />

toc).<br />

9.1<br />

Falou o Senhor. Essa expressão é m uito usada para introduzir novos m ateriais<br />

no Pentateuco, com o tam bém para fazer-nos lem brar da inspiração divina da<br />

Bíblia. Q uanto a isso, ver as notas em Lev. 1.1 e 4.1.<br />

Este ve rsícu lo le m bra-nos da in a u g u ra çã o h is tó ric a da páscoa, levandonos<br />

<strong>de</strong> volta às in fo rm a ções dadas em Êxo. 12.1-16, as quais foram postas<br />

em execução form al um a vez te rm in a d a a co n s tru çã o do ta b ern á cu lo (ver<br />

Êxo. 40.17), antes do re censeam ento (v er Núm. 1.2). A páscoa foi ce le bra da<br />

por ocasião do êxodo, m as era m iste r in co rp o rá -la à exp e riê ncia <strong>de</strong> Israel no<br />

d eserto. Se os isra e lita s tivessem sido obedie ntes, a segunda páscoa te ria<br />

oco rrid o na te rra <strong>de</strong> C anaã. M as, com o não o be<strong>de</strong>cera m , precisam obse rvá-la<br />

no <strong>de</strong>serto, em m eio às suas va gueaçõ es. E. assim , essa cele bra çã o teve<br />

lu g a r no segundo ano, te n do sido essa a se g u n d a o b se rv ância da fe sta . A<br />

p rim e ira p á scoa assin a lo u o p rim e iro a n o da nova vida <strong>de</strong> Israel, quando<br />

e n tão teve in ício o c a le n d á rio re lig io so. No D icio n á rio, ve r o a rtig o geral P á s­<br />

coa. A segunda p á scoa foi o b se rv a d a no segundo ano do êxodo, no <strong>de</strong>serto.<br />

A p rim e ira oco rreu p o r oca siã o no ano a n terio r, q uando os filh o s <strong>de</strong> Israel<br />

saíram do E gito. O p rim e iro m ê s do c a le n d á rio re lig io so com eçou com aquele<br />

evento. Era o m ês <strong>de</strong> a b ib e (no hebra ico, aviv, “p rim a ve ra ”), que dizia re sp e i­<br />

to à e stação do ano em que a fe sta era ce le bra da. M ais tar<strong>de</strong>, esse m ês<br />

passou a s e r ch a m a do n/sã.<br />

9.2<br />

A páscoa não era um acontecim ento para ser celebrado <strong>de</strong> uma vez por<br />

todas. Antes, <strong>de</strong>via se r perpetuado na m em ória dos israelitas, lem brando com o<br />

eles tinham sido livrados da servidão no Egito. O senso <strong>de</strong> gratidão estava envolvido<br />

na festa. Os filhos <strong>de</strong> Israel lem bravam -se assim das po<strong>de</strong>rosas obras <strong>de</strong><br />

Yahweh. S entim entos espirituais eram assim aprofundados e fortalecidos. A perpetuação<br />

<strong>de</strong>ssa observância foi garantida pela transform ação da páscoa em um<br />

feriado nacional, com o início do calendário religioso. V er a introdução ao vs. 1 e<br />

os com entários sobre ele.<br />

9.3<br />

O e le m e n to te m p o é a q u i re p e tid o . A fe s ta d e via s e r o b se rv a d a no<br />

d é cim o q u a rto d ia do m ês <strong>de</strong> a b ib e , <strong>de</strong> um fim <strong>de</strong> ta rd e ao fim da ta rd e do<br />

d ia s e g u in te . V e r Ê xo. 12.6 q u a n to a e ssa e xp re s sã o . O ju d a ísm o p o ste rior,<br />

po ré m , e n te n d ia o te m p o e n tre o que ch a m a ría m o s <strong>de</strong> 15 às 18 h oras, ou<br />

seja, o cre p ú s cu lo , a q u e le te m p o e n tre o p ô r-d o -so l e o e scure cim e n to da<br />

no ite . A p á sc o a h a via sid o in s titu íd a em m eio a um co n ju n to <strong>de</strong> ritos, os<br />

q u a is tin h a m <strong>de</strong> s e r o b s e rv a d o s à risca. O a rtig o d e sc re ve d e ta lh a d a m e n te<br />

a q u e stã o . “ N ão se rá nem d ia nem noite , m as h a ve rá luz à ta rd e ” (Zac.<br />

14.7). V e r o c a p ítu lo 12 <strong>de</strong> Ê xodo q u a n to aos ritos o rig in a is que foram<br />

in s titu íd o s. A o b s e rv â n c ia su b s e q ü e n te e sta va su je ita às m esm as regras.<br />

Cf. Lev. 17 e Deu. 16.<br />

9.4<br />

Na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> m ediador <strong>de</strong> Yahweh, M oisés reinaugurou, por assim dizer,<br />

a observância da páscoa, garantindo que a observância no <strong>de</strong>serto não perm itiria<br />

que a questão fosse esquecida. O livram ento da servidão no Egito foi uma tre ­<br />

m enda intervenção divina, um m om ento m iraculoso especial. Nenhum israelita<br />

podia esquecer isso. Tinha-se passado apenas um ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última observância,<br />

e agora era chegado o m om ento azado para sua reiteração.<br />

9.5<br />

Este versículo registra a observância requerida. Israel observou; os ritos fo ­<br />

ram efetuados segundo havia sido or<strong>de</strong>nado pelo Senhor. Yahweh tinha dado as<br />

instruções, transm itindo-as por meio <strong>de</strong> M oisés. Todo israelita estava na obrigação<br />

<strong>de</strong> observar a festa.<br />

Não há aqui m enção algum a à guarda da fe sta dos pães asm os, que<br />

sem pre acom panhava a páscoa. P rovavelm ente o autor esperava que seus<br />

leitores se lem brassem <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>talhe, pelo que não se in c o m o d o u e m repetir<br />

tal <strong>de</strong>talhe. V er no D icionário o artigo intitulado P ães Asm os. V er Êxo. 12.8 e<br />

suas notas expositivas.<br />

9.6<br />

Houve alguns que se acharam im undos. Isso constituía uma dificulda<strong>de</strong>.<br />

Todos os cuidados não im pediram certas pessoas <strong>de</strong> ficar cerim onialm ente im puras,<br />

quando da observância da páscoa, im pedindo-as <strong>de</strong> participar. V er no D icionário<br />

o verbete Lim po e Im undo. Novas estipulações foram baixadas para cobrir<br />

tais eventualida<strong>de</strong>s, as quais, naturalm ente, provavelm ente tinham lugar a cada<br />

ano. A lgum a legislação precisava governar tais casos. Os homens m encionados<br />

haviam tocado em um cadáver (por terem estado presentes a um sepultam ento),<br />

e isso causara a im undícia cerim onial. M as tais hom ens ansiavam por cum prir<br />

seus <strong>de</strong>veres e privilégios; e assim levaram o problem a a Moisés, buscando<br />

solução. Moisés não dispunha <strong>de</strong> uma resposta im ediata, pelo que consultou a<br />

Yahweh sobre a questão (vss. 8 ss.). Q uanto à im undícia cerim onial, mediante o<br />

toque em um cadáver, ver Lev. 21.1,2.<br />

A lguns eruditos supõem uma alusão ao sepultam ento <strong>de</strong> Nadabe e Abiú (ver<br />

Lev. 10.1 ss.). Os que efetuaram o sepultam ento, pois, ficaram poluídos. M as não<br />

há indício <strong>de</strong> que, <strong>de</strong> fato, esse tenha sido o caso.<br />

9.7<br />

Estam os im undos. Essa foi a confissão <strong>de</strong>les. Os envolvidos não ocultaram<br />

o problem a. Estavam ansiosos por equacioná-lo da maneira correta. Tinham sido

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!