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702 NÚMEROS<br />
23.23), m as <strong>de</strong>m onstrou uma lealda<strong>de</strong> inquebrantável a Y ahw eh, o Deus dos<br />
ju<strong>de</strong>us. A passagem <strong>de</strong> Núm. 25.1 não fornece nenhum indício <strong>de</strong> que ele teria<br />
sugerido a Balaque que Israel, em bora nâo pu<strong>de</strong>sse ser am aldiçoado, po<strong>de</strong>ria<br />
ser corrom pido. Esse inform e surge <strong>de</strong> repente, em Núm. 31.16. Os críticos,<br />
pois, sugerem que esse com entário <strong>de</strong>riva-se <strong>de</strong> um a fonte inform ativa diferente<br />
daquela que acham os aqui, o que explicaria a om issão crassa do fato, aqui em<br />
Núm. 25.1.<br />
Seja com o for, este capítulo introduz dois relatos: Em Núm. 25.1-5, im oralida<strong>de</strong><br />
com as m ulheres m oabitas; e em Núm. 25.6-18, im oralida<strong>de</strong> com uma<br />
m ulher m idianita. A m bos os relatos ilustram com o Israel precisava separar-se<br />
dos povos pagãos em redor, se o propósito <strong>de</strong> Yahw eh acerca <strong>de</strong> Israel d evesse<br />
te r cum prim ento.<br />
A im oralida<strong>de</strong> foi um a corrupção espiritual que levou à idolatria, a qual algum<br />
as vezes é retratada com o adultério espiritual. V er no Dicionário o artigo cham a<br />
do Idolatria. M ediante a sedução sexual, m uitos israelitas foram atraídos a participar<br />
do culto a Baal.<br />
25.1<br />
Sitim. Ver sobre esse lugar no Dicionário. O nome é uma transliteração do<br />
term o hebraico que significa acácia. Esse era o nome geográfico <strong>de</strong> uma região<br />
<strong>de</strong>ntro das planícies <strong>de</strong> M oabe, im ediatam ente a nor<strong>de</strong>ste do m ar Morto. Provavelm<br />
ente é a m esm a Abel-Sitim , referida em Núm. 33.49. Ver <strong>de</strong>talhes com pletos<br />
a respeito naquele artigo.<br />
A prostituir-se. Essa corrupção moral, ao que tudo indica, fazia parte <strong>de</strong> um<br />
plano para <strong>de</strong>bilitar o povo <strong>de</strong> Israel, levando Yahweh a julgar esse povo que Ele<br />
queria abençoar. V er a introdução a este capítulo, quanto às circunstâncias. Este<br />
versículo não diz que Balaão fez parte do conluio, em bora isso seja dito em Núm.<br />
31.16 e Apo. 2.14. Esse erro chegou a ser conhecido com o “doutrina <strong>de</strong> Balaão” .<br />
Assim, foi possível corrom per um povo que não podia ser am aldiçoado (Núm.<br />
31.15,16; cf. Núm. 22.5 e 23.8). Dessarte, Israel contam inou seu estado <strong>de</strong> povo<br />
separado (santificado), e isso trouxe a ira <strong>de</strong> Yahweh contra eles. Todavia, isso<br />
não foi suficiente para im pedir a invasão da Terra Prom etida, que era o que<br />
Balaque esperava po<strong>de</strong>r evitar.<br />
Ver sobre o caminho <strong>de</strong> Balaão, em II Ped. 2.15 e sobre o seu erro, em Jud. 11.<br />
No artigo sobre Balaão, em seu quarto ponto, discuti sobre as três expressões.<br />
O objetivo da corrupção moral era levar Israel a ocupar-se do culto a Baal, o<br />
que, caso se tivesse tornado universal, provavelm ente teria causado a queda<br />
com pleta <strong>de</strong>ssa nação, <strong>de</strong>vido ao juízo <strong>de</strong> Yahweh.<br />
As im oralida<strong>de</strong>s provavelm ente faziam parte das práticas culturais <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong><br />
dos cananeus, pelo que eram parte integrante da idolatria associada a Baal.<br />
V er Deu. 23.17,18; I Reis 14.22-24; Núm. 25.2.<br />
25.2<br />
O povo com eu, inclinou-se aos <strong>de</strong>uses <strong>de</strong>les. Sem dúvida, tem os aqui<br />
alusão aos ritos <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong>, que prom oviam orgias sexuais, típicas dos cultos<br />
cananeus. A o participarem <strong>de</strong> tais festas, os israelitas já se tinham envolvido na<br />
idolatria, pois as duas coisas eram inseparáveis.<br />
Não <strong>de</strong>vem os pensar aqui em m atrim ônios, ou seja, no jugo <strong>de</strong>sigual (ver II<br />
Cor. 6.14), m as em fornicação e adultério francos, sob a capa <strong>de</strong> um culto religioso.<br />
As m ulheres m oabitas convidaram os hom ens israelitas para as celebrações<br />
em honra a Baal e Cam os (Deu. 3.29), e o convite in<strong>de</strong>coroso foi aceito.<br />
C om eu. Tem os aí m enção à refeição sagrada dos povos pagãos. As religiões<br />
pagãs vinculavam a glutonaria às orgias, pois supunha-se que isso honrasse<br />
às divinda<strong>de</strong>s. De m istura com isso, havia uma idolatria franca, em que as pessoas<br />
se prostravam diante dos ídolos que representavam os <strong>de</strong>uses. Ver no D icionário<br />
o artigo intitulado Idolatria.<br />
"... m ulheres... sensualida<strong>de</strong>... paixões... idolatria... bebe<strong>de</strong>iras...” (John Gill,<br />
in loc.).<br />
25.3<br />
Baal-Peor. Há um <strong>de</strong>talhado artigo sobre essa divinda<strong>de</strong> pagã no Dicionário,<br />
pelo que não ofereço <strong>de</strong>talhes neste ponto. Esse título significa S enhor da Palma.<br />
Encontram os aqui um rom pim ento sério com o pacto m osaico e com a fé <strong>de</strong> Israel.<br />
Israel m isturou-se com essas ativida<strong>de</strong>s bem às vésperas da entrada <strong>de</strong>les na<br />
Terra Prometida.<br />
A ira do S en hor. A ira do S enhor a cen<strong>de</strong>u-se contra Israel, um a tra d u <br />
ção que reflete <strong>de</strong> p erto o o riginal h e braico. Q u ando isso sucedia, logo se <br />
gu ia -se algum gran<strong>de</strong> juízo divino, com o resu lta do <strong>de</strong> que m uita gente m orria.<br />
V er no D icionário os artigos cham ados A ntrop o m o rfism o e A ntropopatism o.<br />
D evido à d ebilida<strong>de</strong> da linguagem hum ana, so m os força d o s a a p e la r para<br />
te rm os que são a p licá veis aos hom ens, q u a ndo fa la m o s sobre Deus, em bora<br />
isso seja, sem dúvida, um a m aneira m uito in exata <strong>de</strong> fa la r sobre a <strong>de</strong>ida<strong>de</strong>.<br />
V er na E n c iclo p é d ia <strong>de</strong> B íblia, Teologia e F ilo so fia os ve rb e te s cham ados Via<br />
N e g atio n is e Via E m in en tia e, a m b o s os q u a is m ostram m aneiras <strong>de</strong> os hom<br />
ens falarem sobre Deus.<br />
25.4<br />
Enforca-os ao S enhor ao a r livre . O juízo divino não <strong>de</strong>morou. Yahweh<br />
instruiu o mediador, M oisés, para tratar prim eiram ente com os chefes do povo.<br />
Todos eles <strong>de</strong>veriam ser executados por enforcam ento. Alguns estudiosos pensam<br />
que a execução foi por im palação ou por algum tipo <strong>de</strong> crucificação, o que<br />
entre os hebreus usualm ente ocorria <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> a pessoa já ter morrido.<br />
Ao ar livre. As execuções <strong>de</strong>viam ser públicas, da maneira mais conspícua<br />
possível, em pleno dia. Os Targuns inform am -nos que isso ocorreu “perto do<br />
tabernáculo” , apontando para a natureza religiosa do crime <strong>de</strong>les. Parece ficar<br />
entendido que todos aqueles “chefes” eram culpados, m as é possível que, <strong>de</strong><br />
acordo com a antiga idéia da solidarieda<strong>de</strong> tribal, tenham sido escolhidos apenas<br />
alguns dos chefes, incluindo culpados e inocentes. Eles <strong>de</strong>viam m orrer “pelo<br />
povo” . Todavia, a questão perm anece em dúvida. A morte <strong>de</strong>les aplacaria a ira <strong>de</strong><br />
Yahweh, e assim , o povo em geral não sofreria. Todos os culpados tiveram <strong>de</strong><br />
morrer, entretanto (ver o próxim o versículo).<br />
25.5<br />
Moisés disse aos juizes <strong>de</strong> Israel. Aos ju ize s foi or<strong>de</strong>nado que procurassem<br />
todos quantos se tinham envolvido na idolatria orgiástica, e cada um dos<br />
culpados foi executado, talvez por enforcam ento, com o os cabeças do povo,<br />
porém m ais provavelm ente por apedrejam ento. Ver no Dicionário o verbete cham<br />
ado Apedrejam ento.<br />
O term o “ju ize s” , aqui utilizado, po<strong>de</strong> referir-se aos que tinham responsabilida<strong>de</strong><br />
sobre grupos <strong>de</strong> mil, cem, cinqüenta e <strong>de</strong>z pessoas, ou seja, os subchefes<br />
que trabalhavam sob a supervisão dos príncipes. Assim, muitos executores executaram<br />
a muitos ofensores.<br />
Devassidão com os M idianitas (25.6-18)<br />
Um segundo relato foi introduzido, sem elhante ao primeiro, ambos os quais<br />
ilustram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os israelitas separarem -se do paganism o, sobretudo da<br />
varieda<strong>de</strong> que opera mediante a atração sexual, as orgias, os relacionam entos<br />
ilícitos, e m esm o o casam ento. O texto à nossa frente dá a enten<strong>de</strong>r concubinato<br />
ou casamento, em bora isso não seja dito especificam ente. Talvez o homem envolvido<br />
apenas quisesse viver com a m ulher m idianita que ele trouxera ao arraial<br />
dos israelitas <strong>de</strong> m odo tão aberto e <strong>de</strong>savergonhado. A narrativa indica que um<br />
episódio ocorreu im ediatam ente <strong>de</strong>pois do outro, porquanto o povo ainda estava<br />
lam entando pelos m ortos que tinham acabado <strong>de</strong> ser executados, por causa da<br />
orgia com as mulheres moabitas e da adoração a Baal (vss. 1-5). Ou as lamentações<br />
po<strong>de</strong>m ter envolvido alguma tragédia distinta, como uma praga (vs. 8).<br />
25.6<br />
Uma m idianita. V er no Dicionário o artigo cham ado Midiã, M idianitas. Uma<br />
praga estava em curso (vs. 8), que era causa das lam entações, e estas podiam<br />
te r sido associadas ou não ao relato que se segue.<br />
Enquanto eles choravam . As lam entações estavam acontecendo diante da<br />
porta do tabernáculo, diante da prim eira cortina, que separava o átrio do tabernáculo<br />
do espaço exterior. Ver as notas sobre as três cortinas do tabernáculo, em Êxo.<br />
26.36. O lugar escolhido para as lam entações m ostra que Israel estava suplicando<br />
a Yahweh que Ele fizesse cessar a praga. Bem em meio à solene cena, certo<br />
homem israelita apareceu no acam pam ento, exibindo uma m ulher estrangeira,<br />
vedada aos israelitas quer em casam ento, quer em concubinato. Foi outra brecha<br />
feita na condição <strong>de</strong> povo separado para Yahweh.<br />
As tradições judaicas adornam o relato, visto que o homem era um dos<br />
príncipes <strong>de</strong> Israel, ao passo que a m ulher m idianita era tam bém uma princesa.<br />
Essa inform ação é extraída dos vss. 14 e 15 <strong>de</strong>ste capítulo. Essa condição agravava<br />
ainda m ais a questão, visto que, uma vez mais, estava envolvida a “li<strong>de</strong>rança”<br />
, dando um m au exem plo ao povo com um , ao revoltar-se contra os mandam<br />
entos <strong>de</strong> Yahweh.<br />
A alta posição do homem israelita e da mulher midianita fala em favor <strong>de</strong> alguma<br />
espécie <strong>de</strong> aliança matrimonial com implicações políticas, uma tentativa <strong>de</strong> unir os<br />
israelitas e os midianitas; ou, pelo menos, sugere que tal união era algo <strong>de</strong>sejável.<br />
25.7,8<br />
Finéias. Esse nome significa oráculo, sendo um apelativo <strong>de</strong> origem egípcia,<br />
conform e tem sido confirm ado por várias <strong>de</strong>scobertas arqueológicas. Três pesso