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72 8 NÚMEROS<br />
dito antes, <strong>de</strong> acordo com o estilo literário repetitivo do autor sagrado. Moisés<br />
informou a seus dois principais subordinados sobre o plano com o qual eles<br />
<strong>de</strong>veriam cooperar. O próprio M oisés em breve haveria <strong>de</strong> morrer, e tom ar-se-ia<br />
responsabilida<strong>de</strong> daqueles dois hom ens cum prir todos os <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong>le, executando<br />
os planos da batalha e da invasão, além da tom ada <strong>de</strong> posse da terra e a<br />
distribuição da mesma.<br />
32.29<br />
Este versículo repete a m ensagem dos vss. 2 a 4 <strong>de</strong>ste capítulo (o pedido da<br />
possessão <strong>de</strong> áreas da Transjordânia, a leste do rio Jordão); com o tam bém dos<br />
vss. 16-18, 21-24, que m ostram as condições m ediante as quais a solicitação foi<br />
concedida.<br />
32.30<br />
A Transjordânia não <strong>de</strong>veria ser dada às duas tribos e meia enquanto não<br />
ajudassem seus com patriotas na batalha pelas terras a oeste do rio Jordão. Mas,<br />
se as condições não fossem cum pridas, então as duas tribos e meia tam bém<br />
teriam <strong>de</strong> com bater para possuir terras no lado oci<strong>de</strong>ntal do rio Jordão, obtendo<br />
herança na terra <strong>de</strong> Canaã (ver a respeito no Dicionário). “C anaã”, neste ponto,<br />
refere-se às terras a oci<strong>de</strong>nte do rio Jordão, em contraste com as terras a oriente<br />
<strong>de</strong>sse rio, a Transjordânia.<br />
32.31<br />
M oisé s in fo rm o u E ie a za r e Jo s u é s o b re o a co rd o a que se havia ch e g a <br />
do. R úben, G a<strong>de</strong> e a m eta<strong>de</strong> da trib o <strong>de</strong> M anassé s tin h a m fe ito um a p ro <br />
m essa so le n e <strong>de</strong> que co o p e ra ria m com as d e m a is tribo s , co m o c o n d iç õ e s<br />
da possessã o <strong>de</strong> á re a s da T ra n sjo rd â n ia . V er no D ic io n á rio o a rtig o in titu la d o<br />
T ra n sjo rd â n ia . No o rigin a l h e b ra ic o , as d u a s trib o s e m eia re sp o n d e ra m<br />
u sando os ve rb o s no sin g ula r, co m o se fo ssem um ú nico hom em . E les<br />
a te n d e ria m à vo n ta d e <strong>de</strong> Y ahw eh, p o rq u a n to Ele era o in v is íve l C o m a n d a n <br />
te -e m -ch e fe , o C a b eça dos e x é rc ito s que e sta va m e x e c u ta n d o o S eu plano<br />
<strong>de</strong> p o ssessã o do te rritó rio que h a via sido p ro m e tid o a A braão (v e r s o b re o<br />
vs. 11).<br />
32.32<br />
Este versículo repete a prom essa das duas tribos e meia — Rúben, Ga<strong>de</strong> e a<br />
meia tribo <strong>de</strong> M anassés — <strong>de</strong> que cruzariam para a parte oeste do rio Jordão, a<br />
fim <strong>de</strong> ajudarem na conquista do território. Ver as notas sobre os vss. 17 e 27<br />
<strong>de</strong>ste capítulo. “E isso foi reiterado por várias vezes, com o confirm ação, para<br />
garantir que tudo seria feito <strong>de</strong> acordo com o verda<strong>de</strong>iro intuito da invasão” (John<br />
Gill, in ioc.). “ Uma vez mais, os rubenitas e gaditas com prom eteram -se a fazer<br />
tudo quanto haviam prom etido (vss. 31 e 32; vss. 16-19; vss. 25-27)" (Eugene H.<br />
Merrill, in ioc.).<br />
32.33<br />
À meia tribo <strong>de</strong> Manassés. Ao mencionar aqui a meia tribo <strong>de</strong> Manassés, o<br />
autor projeta para nós o que finalmente suce<strong>de</strong>u ao território da Transjordânia: ficou<br />
com Rúben, Ga<strong>de</strong> e a meia tribo <strong>de</strong> Manassés. Embora tenham os falado na meia<br />
tribo <strong>de</strong> Manassés o tempo todo, esta foi a primeira vez em que o autor sagrado a<br />
mencionou. Assim, parte da tribo <strong>de</strong> Manassés localizou-se no lado oriental (a<br />
Transjordânia); m as outra parte estabeleceu-se na região ao redor <strong>de</strong> Siquém (ver<br />
Jos. 17.1-3). Siquém ficava a cerca <strong>de</strong> cinqüenta e seis quilômetros ao norte do mar<br />
Morto.<br />
A área que aquelas duas tribos e meia vieram a possuir tinha sido antes<br />
habitada por Seom, rei dos amorreus, e por Ogue, rei <strong>de</strong> Basã. Muitas cida<strong>de</strong>s<br />
foram sim plesm ente conquistadas, reconstruídas e refortificadas. O segundo<br />
versículo <strong>de</strong>ste capítulo fornece-nos os nom es <strong>de</strong> algum as das cida<strong>de</strong>s da área; e<br />
o vs. 34 repete duas <strong>de</strong>las e adiciona outra.<br />
Seom. Ver Núm. 21.21 e um verbete <strong>de</strong>talhado no Dicionário.<br />
Am orreus. Ver sobre essa palavra no Dicionário.<br />
O gue. Ver Número 21.33 e o artigo <strong>de</strong>talhado sobre ele no Dicionário.<br />
B asã. Ver N úm . 21.33 e o artigo d e talhado sobre esse lugar, no D ic io n á <br />
rio.<br />
Ver Deu. 3.13-15. Fica entendido (ver o vs. 30) que um a parcela da tribo <strong>de</strong><br />
Manassés ajudou na conquista da Transjordânia, pelo que veio a possuir parte da<br />
terra. Ignora-se, contudo, as circunstâncias que levaram essa tribo a ficar com<br />
uma porção da Transjordânia, e po<strong>de</strong>m os apenas especular a respeito. M as o vs.<br />
39 sugere a conquista por meio <strong>de</strong> forças m ilitares.<br />
Cida<strong>de</strong>s Restauradas ou Edificadas por Ga<strong>de</strong> e Rúben (32.34-38)<br />
32.34<br />
A tribo <strong>de</strong> G a<strong>de</strong> re sta u ro u ou fo rtifico u nove cida<strong>de</strong>s, a lista d a s nos vss.<br />
34-36. Rúben, por sua vez, co n stru iu (re constru iu ) se is cida<strong>de</strong>s (vss. 37,38).<br />
P elo m enos, e ssas foram as p rincip a is. M as po<strong>de</strong> ter h avido outras cida<strong>de</strong>s.<br />
Essas cid a <strong>de</strong>s to rn a ra m -se o n úcleo <strong>de</strong> sua h a b itação e <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r com o<br />
tribo s.<br />
“Os gaditas reconstruíram cida<strong>de</strong>s na parte sul <strong>de</strong> Gilea<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> A roer até o<br />
rio Arnom, ao sul <strong>de</strong> Jogbeá, cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis quilôm etros a noroeste <strong>de</strong><br />
Rabate-Am om , para o norte. As cida<strong>de</strong>s rubenitas geralm ente iam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Hesbom,<br />
a oeste e sudoeste, até o rio Jordão e o m ar Morto. Assim sendo, o território <strong>de</strong><br />
Rúben tornou-se, por assim dizer, um território encravado na parte centro-oeste<br />
do território <strong>de</strong> G a<strong>de</strong>” (Eugene H. Merrill, in Ioc.).<br />
“Não é provável que, durante esse período, novas cida<strong>de</strong>s tenham sido<br />
construídas, nem as circunstâncias enfrentadas pelos israelitas admitiam a <strong>de</strong>m o<br />
ra que tal em preendim ento causaria” (Ellicott, In Ioc.). Portanto, com preen<strong>de</strong>m os<br />
que eles reconstruíram e fortificaram cida<strong>de</strong>s previam ente existentes, que tinham<br />
pertencido aos anteriores ocupantes daquelas terras.<br />
Dibom ... Atrote. Essas duas cida<strong>de</strong>s já haviam sido m encionadas no vs. 3<br />
<strong>de</strong>ste capítulo, on<strong>de</strong> as notas <strong>de</strong>vem ser consultadas. É interessante que em<br />
nossa versão portuguesa, o nom e da segunda <strong>de</strong>ssas duas cida<strong>de</strong>s é grafado no<br />
vs. 3 como “Atarote” , e aqui com o Atrote. A razão disso <strong>de</strong>ve ser a proximida<strong>de</strong><br />
com Atrote-Sofã, que figura no versículo seguinte. No hebraico, parece que as<br />
duas form as eram igualm ente usadas. Essa palavra, em qualquer <strong>de</strong> suas formas,<br />
significa “coroa". Talvez ocupasse o local da mo<strong>de</strong>rna cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arair, ao sul <strong>de</strong><br />
Dibã, quase às m argens do rio Arnom.<br />
32.35<br />
A tro te -S o fã . No h e b ra ico, coroas. Um a cida<strong>de</strong> p e rtencente à tribo <strong>de</strong><br />
G a<strong>de</strong>, m en cio n a d a ju n ta m e n te com A ro e r e Jazer. P rovavelm ente, esse nome<br />
d eve se r enten d id o co m o um a co m p o siçã o com o nom e que se segue (Sofã),<br />
a fim <strong>de</strong> d istin g u i-la m elh o r <strong>de</strong> o utra cid a <strong>de</strong> da m esm a região, cham ada<br />
“A ta ro te ” (ver as notas no p a rá g ra fo a n terio r). Ficava em uma região fé rtil <strong>de</strong><br />
pasta g e ns. Se d e ve m os e n te n d e r A tro te -S o fã co m o um a só localida<strong>de</strong>, e não<br />
com o duas, e n tão te m o s oito cid a <strong>de</strong>s d os g a ditas que foram referidas, e não<br />
nove, co n fo rm e foi dito a n tes (ver o com eço das n o tas sobre o versículo<br />
a n terio r). A s tra d u çõ e s dão a form a co m b in a d a (com o se fosse uma só cid a <br />
<strong>de</strong>), ou separa d a m e n te , co m o se fossem d uas cida<strong>de</strong>s. M as a m aioria dos<br />
e ru d ito s opina que S ofã d eve se r e n te n d id a co m o um su fixo <strong>de</strong> A trote, co n fo r<br />
m e fa z a nossa ve rsã o portu g uesa.<br />
Ja z e r. Já foi m encio n a d a e co m e n tada no p rim eiro ve rsícu lo <strong>de</strong>ste ca p í<br />
tulo.<br />
Jogbeá. No hebraico, outeiro. Era um a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gilea<strong>de</strong>. Foi fortificada<br />
pelos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Ga<strong>de</strong>. Q uando G i<strong>de</strong>ão perseguia os m idianitas, fez um<br />
circuito em torno <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> atacá-la pela retaguarda (ver Juí. 8.11). O<br />
lugar tem sido i<strong>de</strong>ntificado com a m o<strong>de</strong>rna Khirbet el-Ajbeihat, a cerca <strong>de</strong> onze<br />
quilôm etros a noroeste <strong>de</strong> Aman.<br />
32.36<br />
B ete-N im ra. V er sobre Ninra, no versículo terceiro <strong>de</strong>ste capítulo. Note o<br />
leitor como essa palavra tam bém foi grafada <strong>de</strong> dois modos: “Nim ra” , aqui, e<br />
“Ninra” no terceiro versículo.<br />
Bete-H arã. No hebraico, casa da altura. Uma cida<strong>de</strong> que figura apenas neste<br />
versículo, em toda a Bíblia, em bora talvez seja a m esm a Bete-Arã <strong>de</strong> Josué<br />
13.27. Ficou com a tribo <strong>de</strong> Ga<strong>de</strong>, na Transjordânia (ver o artigo a respeito no<br />
Dicionário). P osteriorm ente recebeu o nome <strong>de</strong> Livias ou Júlias. Ficava <strong>de</strong>fronte<br />
<strong>de</strong> Jericó. Por ocasião da conquista da Terra Santa, pelos israelitas, foi tomada<br />
pelos amorreus e m ais tar<strong>de</strong> ainda transform ada em uma fortaleza, sob a possessão<br />
<strong>de</strong> Ga<strong>de</strong>. A lguns estudiosos crêem que se trata da cida<strong>de</strong> síria <strong>de</strong> Bete-<br />
Aramftá, m encionada por Josefo, general e historiador ju<strong>de</strong>u <strong>de</strong> uma geração<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Jesus. Seu local m o<strong>de</strong>rno tem sido i<strong>de</strong>ntificado com o Tel Iktanus, a<br />
quase treze quilôm etros a nor<strong>de</strong>ste da <strong>de</strong>sem bocadura do Jordão, ao sul do wadi<br />
Heshban.<br />
Cida<strong>de</strong>s fortificadas. Talvez já fossem cida<strong>de</strong>s-fortaleza dos habitantes originais<br />
da região, e que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> conquistadas, foram refortificadas pela tribo <strong>de</strong><br />
Ga<strong>de</strong>. Havia boas terras <strong>de</strong> pastagens e currais (ver o vs. 16 <strong>de</strong>ste capítulo). Os<br />
currais foram levantados para proteção e cuidado dos anim ais. Ver os vs. 24 e 26<br />
<strong>de</strong>ste capítulo.