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Comentario de Champlin AT V.1

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ÊXODO 35 5<br />

CapítuloTreze<br />

Consagração dos Primogênitos (13.1-16)<br />

V e r o a rtig o g e ra l in titu la d o P rim o g ên ito , que in c lu i in fo rm a çõ e s so b re a<br />

or<strong>de</strong>nança instituída por ocasião da páscoa. M uitos estudiosos supõem que as<br />

três festas, a páscoa, os pães asm os e a consag ra çã o dos filh o s prim ogênitos,<br />

foram a n tecipadas antes <strong>de</strong> serem in stitu íd a s as fe sta s form ais, o que só teria<br />

sido fe ito m ais ta rd e . E e n tão, no te m p o da p á sc oa, to rn a ra m -s e , p o r a ssim<br />

dizer, um a única in stituição. V er as notas in tro d u tó rias sobre Êxo. 12.1 quanto<br />

a isso; e v e r tam bém as notas d etalhadas sobre cada um a <strong>de</strong>ssas festivida<strong>de</strong>s,<br />

no D icionário.<br />

Os críticos atribuem o m aterial acerca da <strong>de</strong>dicação dos prim ogênitos à fonte<br />

P(Sj. V er no Dicionário o artigo J.E.D.P.(S.) quanto à teoria das fontes múltiplas do<br />

Pentateuco.<br />

O s P rim o g ê n ito s. Há um re la to m ais p o rm e n o riz a d o s o b re a d e d ica ç ã o<br />

d os p rim o g ê n ito s em N úm . 3 .1 1 -1 3 ,4 0 -5 1 ; 1 8 .1 5 ,1 6 . A m ensagem e sp e cia l<br />

d e ss e rito é que Is ra e l e to d o s os s e u s b e n s p e rte n c e m a D e u s, e q u e os<br />

filh o s p rim o g ê n ito s , o q u e h a v ia <strong>de</strong> m a is p re c io s o e n tre o p o vo <strong>de</strong> Is ra e l,<br />

re p re se n ta va a n a çã o to d a. O E gito p e rd e ra os seus p rim o g ê n ito s e, co m o<br />

um a contra -a n á lise , essa fe sta <strong>de</strong> d e d icação term inou p o r ser vin cu lada à q u e ­<br />

le e ve n to . A ssim , o que o E gito p e rd e ra , Israel p re se rv o u , m edia n te a g ra ça<br />

p ro te tora <strong>de</strong> D eus. O anjo da m orte (o d e stru id o r) p a ssara p o r cim a d as re s i­<br />

d ê n c ia s d os is ra e lita s , p o r e s ta re m p ro te g id o s p e lo s a n g u e a s p e rg id o em<br />

suas portas (Ê xo. 12.23). A ca la m id ad e h is tó ric a re lem b ra va a Israel as suas<br />

bênçãos; e, com o a to <strong>de</strong> gratidão, os p rim o g ê n ito s <strong>de</strong> Israel fora m <strong>de</strong>dica d o s<br />

ao S enhor. Se Y ahw e h tem o m elh o r, ta m b é m tem to d o o re sta n te . Em te m ­<br />

pos p o ste riore s, quando e ntrou em v ig o r a le g is la ç ã o m osaica, os le vita s to r­<br />

n a ra m -s e u m a b ê n ç ã o e s p e c ia l e um m e io <strong>de</strong> s e rv iç o , um a e s p é c ie <strong>de</strong><br />

p rim o g ê n ito s s a c e rd ota is. P ara p ro p ó sito s s a c e rd o ta is , essa trib o a ssu m iu a<br />

fu n ç ã o d os p rim o g ê n ito s -s a c e rd o te s <strong>de</strong> c a d a fa m ília em Is ra e l. M esm o a s ­<br />

sim , se r um filh o p rim o g ê n ito , em Israe l, e n v o lv ia m u ito s p riv ilé g io s e s p e c i­<br />

a is, in c lu in d o a lid e ra n ç a e s p iritu a l da fa m ília , a p ó s o pai da fa m ília . V e r<br />

N úm. 3.40-51 q u a n to à s u b s titu iç ã o d o s p rim o g ê n ito s p e la trib o <strong>de</strong> Levi, para<br />

pro p ó sito s sacerdotais.<br />

“C om o com pensação por haver poupado os filhos prim ogênito s <strong>de</strong> Israel, no<br />

te m p o do êxodo, o S e n h o r <strong>de</strong>claro u que to d os os filh o s p rim o g ê n ito s dos h o ­<br />

m ens e dos anim ais Lhe pertenciam . Isso não envolvia a m orte <strong>de</strong>les, m as a p e ­<br />

nas o seu serviço, por toda a vida. O utro d e senvolvim ento <strong>de</strong>sse p rincípio foi o<br />

a rra n jo p o r m eio do q ual à trib o <strong>de</strong> Levi co ube s e rv ir ao S enhor, co m o um a<br />

substituição por todos os prim ogênitos das outras trib o s” (E ugene H. M erill, co ­<br />

m entando sobre Núm. 3.40).<br />

13.1,2<br />

D isse o S en h o r a M o isés. H ouve in s tru ç õ e s d iv in a s a re sp e ito da d e d i­<br />

cação dos primogênitos, tal com o tin h a m s id o dadas instruções acerca da páscoa<br />

e dos pães asmos, segundo vem os em Êxo. 12.1-20. A terceira das festas, essa<br />

d e d ica ção (com e n ta da na in tro d u çã o a este c a p ítu lo ), e ra um a e x te n sã o dos<br />

requisitos divinos atinentes à páscoa. V er as notas introdutórias sobre Êxo. 12.1.<br />

Os p rim o g ê n ito s <strong>de</strong> Israel, p o u pa d o s pelo d e s tru id o r (Ê xo. 12.23), d e ve ria m<br />

agora se r entregues a Y ahw eh, a fim <strong>de</strong> servi-Lo <strong>de</strong> m odo especia l. A g ratidão<br />

requer <strong>de</strong>dicação e prestação <strong>de</strong> serviços.<br />

C o n s a g ra -m e . P or m eio <strong>de</strong> a lg u m rito e m e d ia n te um re c o n h e c im e n to<br />

contín u o , da parte <strong>de</strong> to d o s os p rim o g ê n ito s dos h o m ens e dos a n im a is, em<br />

Israel. O trecho <strong>de</strong> Núm eros 3.40-51 indica que, posteriorm ente, a casta sacerd<br />

o tal, co m p o sta p ela trib o <strong>de</strong> Levi, to m o u o lu g a r dos p rim o g ê n ito s q u a n to a<br />

serviços religiosos especiais, posto que os filh o s prim ogênitos tivessem p re se r­<br />

va d o se u s p riv ilé g io s e s p e c ia is . V e r no D ic io n á rio o a rtig o in titu la d o<br />

P rim ogênito. Os filh o s p rim o g ê n ito s eram se p a ra d o s (santific ados) p ara p re s ­<br />

tarem um serviço religioso especial.<br />

“ De a co rd o com um a c re n ç a a n tig a , a d e d ic a ç ã o d o s p rim o g ê n ito s d os<br />

h om e n s e d os a n im a is a D eus, o d o a d o r da fe rtilid a d e , e ra a lg o n e ce ss á rio<br />

p ara o a u m e n to co n tín u o e para o b e m -e s ta r (Ê xo. 2 2 .2 9 ,3 0 ; Lev. 2 7 .2 6 ,2 7 ;<br />

Núm . 3 .1 3; 8 .1 7 ,1 8 ; 1 8 .15)” (O x fo rd A n n o ta te d B ible, in lo c .). A té hoje os ju ­<br />

<strong>de</strong>us o b se rv a m esse rito e, u su a lm e n te , c e le b ra m -n o ao d é cim o te rc e iro dia<br />

após o n a sc im e n to da cria n ça . T o rn o u -s e um m e m o ria l do fa to <strong>de</strong> que Deus<br />

p oupou os filh o s p rim o g ê n ito s <strong>de</strong> Israel, d iante do d e s tru id o r que tiro u a vida<br />

dos filhos prim ogênitos dos egípcios.<br />

Tipos. A Igreja é o prim ogênito da Nova D ispensação, sendo separada para<br />

Deus, para prestar-Lhe um serviço especial, não para propósitos egoísticos, mas<br />

para o bem coletivo <strong>de</strong> toda a humanida<strong>de</strong>, porquanto Deus amou o m undo <strong>de</strong> tal<br />

m aneira (João 3.16) e preparou um a com pleta provisão em favor da hum anida<strong>de</strong><br />

(I João 2.2). Cristo é o Filho prim ogênito do Pai. Ver no D idonário o artigo intitulado<br />

Primogênito, em sua terceira seção. V er Hebreus 12.23 quanto à Igreja com o um<br />

primogênito. Ver Rom. 8.29 e Col. 1.15,18 quanto a Cristo como o Filho primogênito<br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

Comentários sobre a Páscoa e os Pães Asm os (13.3-10)<br />

N os v e rs íc u lo s onze a d e z e s s e is d e ste c a p itu lo te m o s a co n tin u a ç ã o da<br />

q u e stã o da d e d ica ç ã o dos filh o s p rim o g ê n ito s <strong>de</strong> Israel. M as em m eio a isso<br />

enco n tra m o s um re to rn o a in fo rm e s sobre a p á scoa e os p ã e s asm os, in s titu i­<br />

ções sobre as q uais há a rtig o s d e ta lh a d o s no D icio n á rio, e tam bém nas notas<br />

sobre Êxo. 12.1-20.<br />

Os crítico s a trib u e m e sta seção dos vss. 3-10, a um e d ito r <strong>de</strong>uterôm ico, a<br />

alegada fonte inform ativa D. V er no Dicionário o artigo J.E.D.P.(S.) quanto à teoria<br />

das fontes múltiplas do Pentateuco. A lei sobre os pães asm os é apresentada junto<br />

com um suplem ento hom ilético. “ Ele supunha (vs. 4) que Moisés publicou a lei no<br />

dia m esm o da partida para fora do Egito (cf. 12.2,3). Cham ou o m ês do êxodo por<br />

seu nome pré-exílico, abibe (Êxo. 12.2). A observância do rito servia <strong>de</strong> sinal com ­<br />

parável ao do uso das filactérias e da m em orização da Torah (vs. 9; Deu. 6.4-9)” (J.<br />

Edgar Park, in loc.).<br />

13.3<br />

Todos os elementos que constam neste versículo foram anotados em outros lugares.<br />

V er Êxo. 12.23-27. Ver tam bém Êxo. 12.17 quanto aos pães asm os como uma<br />

or<strong>de</strong>nança comemorativa perpétua.<br />

Um M em orial. 1. V isto que aquele m ês se tornou o prim eiro dos meses religiosos<br />

dos hebreus, apesa r <strong>de</strong> ser o sétim o m ês civil <strong>de</strong>les, havia rem em orização<br />

anual daqueles acontecim entos. 2. M ediante a observância da páscoa e dos pães<br />

asm os, essas m em órias seriam fixadas ainda m ais na m ente dos hebreus. 3. Os<br />

adultos israelitas <strong>de</strong>viam narrar o sentido <strong>de</strong>ssas com emorações à sua posterida<strong>de</strong><br />

(vss. 14,15).<br />

13.4<br />

Abibe. Esse era o nome pré-exílico do prim eiro m ês do calendário religioso<br />

dos israelitas. Nisã era o nome prim itivo <strong>de</strong>sse m esm o mês. Esse mês passou a<br />

m arcar o início do ano religioso, em bora fosse o sétimo m ês do calendário civil.<br />

Ver Êxo. 12.2.<br />

A palavra hebraica abib, aqui transliterada por abibe, significa “grão ver<strong>de</strong>” ou<br />

“ver<strong>de</strong>jante” . Falava sobre aquele m ês quando o trigo <strong>de</strong>ita grãos, ainda ver<strong>de</strong>s,<br />

m ostrando-se frutífero. Era um m ês <strong>de</strong> m utações, visto que na verda<strong>de</strong> pertencia<br />

ao dia da lua cheia que se seguia ao equinócio do inverno. Esse nome foi usado<br />

até os tem pos do cativeiro babilónico, quando foi então substituído pelo nome<br />

nisã. Cf. Nee. 2.1; Est. 3.7. Por sua vez, nisã significa “com eço” , ou seja, o mês<br />

em que com eçava o ano religioso.<br />

13.5<br />

Este versículo é virtualm ente idêntico ao <strong>de</strong> Êxo. 3.8, on<strong>de</strong> apresento as notas<br />

expositivas. O núm ero com pleto das nações cananéias era <strong>de</strong> sete, embora sejam<br />

aqui m encio n a d as apenas cin co . A s outra s duas eram a dos ferezeus e a dos<br />

girgaseus. Cf. Jos. 1.4; I Reis 10.29 e II Reis 7.6. V er tam bém Êxo. 3.17, que contém<br />

a lista das nações dadas aqui. O pacto abraãm ico prometia um território pátrio.<br />

V er as notas sobre esse pacto em Gên. 1 5 .1 8 .0 povo <strong>de</strong> Israel, liberto do Egito,<br />

tom aria as terras dos povos alistados. Esse era o <strong>de</strong>stino dos filhos <strong>de</strong> Israel, porque<br />

a ssim ditara a vo n ta d e do S enhor. U m a ve z que se apossassem daqueles<br />

territórios, <strong>de</strong>veriam continuar as festas da páscoa, dos pães asmos e da <strong>de</strong>dicação<br />

dos primogênitos.<br />

13.6<br />

V er Gên. 12.6 quanto aos elem entos <strong>de</strong>ste versículo. Este versículo não<br />

m enciona o prim eiro dia feriado. O prim eiro e o últim o dos dias <strong>de</strong>ssa festa eram<br />

um a espécie <strong>de</strong> sábados durante os quais nenhum trabalho manual podia ser<br />

feito, tornando-se dias <strong>de</strong> com em oração especial. Os ju<strong>de</strong>us referiam-se ao sétimo<br />

dia (o dia 21 <strong>de</strong> abibe) com o dia da travessia do m ar Vermelho, quando<br />

ocorreu o gran<strong>de</strong> m ilagre final do êxodo. V er no Dicionário o artigo intitulado<br />

Êxodo (o Evento).<br />

13.7<br />

Este versículo repete as informações dadas em Êxo. 12.15, e on<strong>de</strong> apresentamos<br />

as notas expositivas. Essa lei era observada <strong>de</strong> forma tão rígida que até os que<br />

estivessem em Israel somente <strong>de</strong> passagem eram exortados a se <strong>de</strong>sfazer <strong>de</strong> qualquer<br />

fermento que houvesse em suas casas, para que Israel não fosse contaminado.

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