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Comentario de Champlin AT V.1

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14 GÊNESIS<br />

Para alum iar a terra. Adam C lark [in loc.) supõe que todos os objetos físicos<br />

foram criados com o lugares <strong>de</strong> habitação, pelo que, em seus dias (século XVIII),<br />

ele pensava que todos os planetas eram habitados, incluindo a lua. Nisso ele<br />

estava enganado, em bora tivesse entendido quão antropocêntrica é a Bíblia. O<br />

autor do Gênesis adianta que os luzeiros foram feitos visando ao benefício da<br />

terra. Daí po<strong>de</strong>m os extrair uma lição espiritual, em bora talvez não uma lição<br />

científica. Ver o D icionário sobre o Teísmo.<br />

1.16<br />

Os dois gran<strong>de</strong>s luzeiros O vs. 16 é um a elaboração do vs. 15. Os<br />

luzeiros são o sol, a lua e as estrelas. O s dois gran<strong>de</strong>s luzeiros (o sol e a lua)<br />

governam , respectivam ente, o dia e a noite. A m bos visam ao benefício do<br />

hom em . M as sua finalida<strong>de</strong> não era se rv ir <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> adoração. O sol era<br />

a dorado no Egito. M as em áreas <strong>de</strong>sérticas da Á sia, on<strong>de</strong> o sol castiga e<br />

perturba os hom ens com os seus raios requeim antes, a lua era favorecida com o<br />

o po<strong>de</strong>r m ais beneficente, e m uitos lhe m ostravam gran<strong>de</strong> respeito. Os eclipses<br />

solares só infundiam o pavor no coração dos hom ens. T odavia, a lua era tem ida<br />

p or alguns com c um a entida<strong>de</strong> prejudicial. O telescópio rem oveu alguns dos<br />

m istérios, o que tam bém tem sido obtido m ediante o avanço geral do conhecim<br />

ento. M as até hoje os corpos celestes são reputados com o realida<strong>de</strong>s te m í­<br />

veis. Pensemos na maravilha da existência <strong>de</strong> qualquer coisa! O autor do Gênesis<br />

não tinha com o enten<strong>de</strong>r a grandiosida<strong>de</strong> dos objetos que ele m encionou tão<br />

aligeiradamente. A criação é um testem unho da existência, do po<strong>de</strong>r e da benevo<br />

lê ncia <strong>de</strong> Deus. A religião natural apóia-se sobre esse fato. V er o D icionário<br />

quanto à R evelação Natural.<br />

Estrelas. O nosso sol é apenas um a estrela <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za média, m as o autor<br />

sagrado não tinha com o saber disso. A m aravilha do sol é m ultiplicada por bilhões<br />

<strong>de</strong> vezes nas estrelas. O autor sagrado incluía os planetas em seu term o, estrelas.<br />

É que ele não antecipava algum a diferença nos dois tipos <strong>de</strong> luzeiros celestes.<br />

Existem bilhões <strong>de</strong> galáxias, cada qual com seus bilhões <strong>de</strong> estrelas. Ver o<br />

artigo intitulado Astronom ia quanto a alguns fatos básicos. Os fatos não são frios.<br />

Antes, ilustram a m ajesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. É a Ele que nós oram os. Seu po<strong>de</strong>r foi<br />

posto à minha disposição, para m eus pequenos interesses e projetos. O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

Deus faz-se sem pre presente, e o bem <strong>de</strong> todo o <strong>de</strong>stino hum ano <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> disso.<br />

Seu po<strong>de</strong>r está sem pre presente para o nosso bem.<br />

1.17<br />

E ste ve rsícu lo é um a re ite raçã o <strong>de</strong> itens anterio re s. Lem os aqui, n ovam<br />

ente, que os lu zeiro s existem p ara benefício da “terra", enfatiza n d o o teísm o<br />

e xtrem o do a u to r sacro, bem com o sua c o s m o lo gia a n tro p ocêntric a . Em co n ­<br />

tra ste com isso, no relato b abilónico, os d euses se d ive rtiria m em sua h a b ita ­<br />

ção a cim a do firm am ento, enquanto na te rra im perariam as tre va s e o caos.<br />

De acordo com o relato do G ênesis, D eus estava prepara n do o ca m in h o para<br />

o hom em .<br />

Colocou. Este termo dá a enten<strong>de</strong>r um propósito divino. O caos estava sendo<br />

revertido. Nada foi <strong>de</strong>ixado ao mero acaso. Os pagãos adoravam aos objetos cujo<br />

propósito era servi-los, e não serem servidos por eles (Jó 31.26-28). O homem, em<br />

seu <strong>de</strong>sespero, pensa que ele se acha em uma jom ada sem significação. Mas ao<br />

contem plar os fatos astronômicos, reconhece instintivamente a mão <strong>de</strong> Deus em<br />

todas as coisas. Deus não é perdido <strong>de</strong> vista na im ensidão <strong>de</strong> Sua criação. Antes,<br />

Seu po<strong>de</strong>r, bonda<strong>de</strong> e intento benévolo rebrilham através das obras <strong>de</strong> Suas mãos.<br />

Do fam oso Hiperion ele fez levantar-se o sol,<br />

e colocou a lua no m eio do céu,<br />

revestida <strong>de</strong> esplendor,<br />

m as com lu z m uito menor,<br />

Os chefes radiosos do dia<br />

e da noite.<br />

explanação conciliadora. M as sem im portar com o tenham sido as coisas, um<br />

ponto fica claro: “Os céus proclam am a glória <strong>de</strong> Deus e o firm am ento anuncia as<br />

obras das suas m ãos” (Sal. 19.1).<br />

Isso era bom. Uma afirm ação reiterada no fim <strong>de</strong> cada dia da criação,<br />

excetuando no segundo. Ver o com entário sobre a expressão, no vs. 8. O trabalho<br />

estava sendo bem -feito, e era benévolo. Nada foi feito ao acaso ou <strong>de</strong>stituído <strong>de</strong><br />

propósito. R esultados apropriados eram obtidos a cada dia.<br />

1.19<br />

O quarto dia. A m enção à tar<strong>de</strong> e à m anhã, form ando um ciclo <strong>de</strong> vinte e<br />

quatro horas, põe fim à <strong>de</strong>scrição do quarto dia da criação. Ver o vs. 5 quanto a<br />

am plos com entários sobre essa expressão.<br />

O Quinto Dia (1.20-23)<br />

1.20<br />

Disse tam bém Deus: P ovoem -se as águas <strong>de</strong> enxam es. Sabemos, por<br />

experiência própria e por instinto, o quanto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m os da água. Não po<strong>de</strong> haver<br />

vida sem a água. Este versículo diz, literalm ente: “Que as águas enxam eiem com<br />

enxam es” , uma expressão que alu<strong>de</strong> à abundância <strong>de</strong> form as <strong>de</strong> vida. Alguns<br />

estudiosos têm pensado que o autor cria que a própria água fosse uma fonte da<br />

vida, dotada <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r criativo ou doador <strong>de</strong> vida. Ao que parece, porém, o autor<br />

estava usando expressões poéticas. Falava em term os bem latos, agrupando<br />

peixes e aves. M as os prim eiros pertencem à água; e os segundos ao céu. Por<br />

meio <strong>de</strong> tais classificações, ele tocava em vastíssim os aspectos da criação, inúm<br />

eras espécies, m aravilhas as m ais variegadas. Há cosm ogonias antigas que<br />

pintam as aves com o saídas originariam ente do mar, m as não é provável que o<br />

autor sagrado tivesse em m ente tal conceito.<br />

A s E spécies Foram Criadas. Em contraste com a Evolução (ver no D icionário),<br />

o a u tor sacro afirm a que m uitas espécies saíram prontas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o prim eiro<br />

m om ento <strong>de</strong> sua criação. Desse m odo, o a u tor estava exaltando o po<strong>de</strong>r criador<br />

<strong>de</strong> Deus, com base em S ua in teligência e <strong>de</strong>sígnio. Há im ensos tesouros nas<br />

águas. A lguém já <strong>de</strong>clarou: “G raças a D eus pelos peixes!” . Q uão gran<strong>de</strong> é toda<br />

a indústria que gira em torno <strong>de</strong>sse item isolado da criação <strong>de</strong> Deus. Rolam<br />

b ilhões <strong>de</strong> reais todos os anos. M uitos em pregos são assim gerados; um a lim<br />

ento saudável é provido para os hom ens. E para aum entar ainda m ais a<br />

nossa adm iração, o e spaço está repleto <strong>de</strong> aves. Jesus ensinou que Deus<br />

cuida <strong>de</strong> cada ave, o que m ostra que Ele cuida <strong>de</strong> nós ainda m ais (M at. 10.29).<br />

A lguns dos p rim eiros d iscípulos <strong>de</strong> Je sus eram pescadores. O mar, os rios e os<br />

cursos <strong>de</strong> água testificam o su prim ento abundante da graça divina. Os m ares<br />

agitam -se <strong>de</strong> vida; o ar tam bém . A ssim opera o d e sígnio <strong>de</strong> Deus; assim provê<br />

a Sua graça. Deus preparou o lugar pró p rio para os peixes, e isso visando ao<br />

benefício do hom em . Ele tam bém purifico u a atm osfera para uso das aves, e<br />

<strong>de</strong>u as aves ao hom em , para que ele as contem plasse com o parte <strong>de</strong> Sua obra<br />

criativa. P línio pensava em cento e se te n ta e seis espécies diferentes <strong>de</strong> p e i­<br />

xes, m as na verda<strong>de</strong> há in co ntá ve is m ilhares <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> peixes. Isso d e ­<br />

m onstra com clareza o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> Deus. V er o D icionário quanto ao artigo<br />

intitulado Teleologia. D eclarou Joseph Smith: “A glória <strong>de</strong> Deus consiste em<br />

inteligência” . E essa inteligência é ilustrada, <strong>de</strong> form a suprem a, pelo relato da<br />

criação.<br />

A Água Espiritual. C onvidou Jesus: “Se alguém tem se<strong>de</strong>, venha a mim e<br />

beba” (João 7.37). Sim, existe um a água espiritual que opera pela agência do<br />

Espírito, e que transm ite vida e satisfaz à alma. Ver sobre a m etáfora da “água”<br />

em Jer. 2.13; 17.13; João 7.37-39; 4.10-13; Sal. 1.3; Isa. 11.3-9; 43.19. V er no<br />

Dicionário o artigo intitulado Água.<br />

1.21<br />

1.18<br />

(Claudiano, o A rrebatado E scritor <strong>de</strong> Prosa,<br />

traduzido do latim)<br />

(H iperion: Um dos titãs, pai do <strong>de</strong>us-sol Hélios. Homero<br />

cham ava Hélios <strong>de</strong> Hiperion)<br />

Criou, pois, Deus, os gran<strong>de</strong>s anim ais m arinhos. A vastidão da criação:<br />

há m ais <strong>de</strong> 500 mil espécies <strong>de</strong> insetos; há 30 mil espécies <strong>de</strong> aranhas; há 6 mil<br />

espécies <strong>de</strong> répteis; há 5 mil espécies <strong>de</strong> m am íferos; há 3 mil espécies <strong>de</strong> rãs. O<br />

autor do G ênesis fornece-nos um breve esboço. Entre os anim ais marinhos, as<br />

baleias nos im pressionam com suas dim ensões. O utros tipos <strong>de</strong> anim ais ele<br />

mencionou por m eio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s generalizações. E repete, “segundo as suas<br />

espécies” . Isso já foi com entado no vs. 11.<br />

Para governarem o dia e a noite. O vs. 18 continua a repetir itens que já<br />

haviam sido m encionados. Neste versículo, agora é o sol e a lua que divi<strong>de</strong>m a<br />

luz das trevas, o que, no vs. 4, aparecia com o uma das funções da luz primeva.<br />

Alguns intérpretes supõem que o aparecim ento do sol tenha elim inado a necessida<strong>de</strong><br />

da luz. M as outros pensam que a luz, sem im portar o que ela fosse, teria<br />

sido absorvida pelo sol. O autor sacro não oferece nenhum esclarecim ento ou<br />

Anim ais m arinhos. Entre eles, é provável que <strong>de</strong>vam os incluir as baleias.<br />

Os antigos acreditavam em m onstros m arinhos m itológicos, mas mesmo à parte<br />

dos tais, há um bom núm ero <strong>de</strong> anim ais m arinhos gigantescos (Sal. 74.13; Isa.<br />

27.1; 51.9; Jó 7.12). A lguns povos antigos adoravam dragões e monstros, m as o<br />

autor sacro mostra que eles também são apenas feituras <strong>de</strong> Deus. Jonathan e<br />

Jarchi falaram sobre o leviatã e seu companheiro, em conexão com este versículo.

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